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3.10. POLIETILENO CLORADO (CM) 
 
Em 1951 a DuPont começou a produzir dois tipos de Hypalon, o Hypalon S-1 que era 
um polietileno clorado, e o Hypalon S-2 que era um polietileno clorosulfonado; pouco 
tempo depois, a DuPont deixou de fabricar o primeiro em favor do segundo. Os 
primeiros polietilenos clorados com ampla aceitação comercial foram introduzidos no 
mercado em 1971 pela Dow Chemicals. Sua abreviatura internacional é CM (C de 
Chlorinated e M da cadeia principal polimetilênica). 
 
 
O teor de cloro pode variar de 25 a 42%. Os tipos com 25% são praticamente 
cristalinos, já contêm seqüências de polietileno sem clorar, são relativamente rígidos e 
muitos não os classificam como elastômeros. A partir de 35% de cloro, a cristalinidade 
praticamente desaparece e aumenta sua resistência ao frio. Acima de 45%, devido às 
fortes interações entre as cadeias, devido à polaridade dos grupos C-Cl, os polímeros 
tornam-se novamente mais friáveis, com melhor resistência aos solventes apolares. A 
tabela 1 apresenta características dos CM fabricados pela Dow Chemicals. 
 
Tipo 
% Cloro 
em peso 
Calor de 
fusão, cal/g 
Viscosidade fundidada, 
poise/1000 
Viscosidade Mooney, MS 
1+4 (121ºC) 
Anti-
aglomerante 
Sódio 
ppm 
CM0836 36 <0.5 / 94 Talco/CaCO3 / 
3615P 36 <0.5 24 / Talco/Est Ca / 
CM0136 36 <0.5 22 80 Talco / 
CM674 25 10 13 / Talco/Est Ca <50 
3245P 32 <0.5 10.3 / Talco/Est Ca / 
3611P 36 <0.5 8 30 Talco/Est Ca / 
4211P 42 <0.5 9.5 42 Talco/Est Ca / 
 
2348P 36 <0.5 / 90 Talco/Est Ca <50 
CM0730 30 <0.5 / 65 Talco / 
CM566 36 <0.5 / 80 Talco <50 
2136P 36 <0.5 20.5 / Talco/Est Ca / 
 
6000 35 <2.0 24 / Est Ca / 
BH 9000 40 <10 17 / Est Ca / 
CM 
3551E 
35 <2.0 / 90 Est Ca / 
CM 
3630E 
36 <2.0 / 80 Est Ca / 
 
 
Os CM são vulcanizados por peróxidos com o emprego de um coagente. Como no caso 
do CSM, requerem a presença de um aceptor ácido; os mais usados são o MgO, quando 
não se exige resistência à água e o litargírio, quando se quer resistência à água. O óxido 
de zinco, pelas mesmas razões expostas no capítulo referente ao CSM, também não 
deve ser utilizado. Como no CSM, podemos utilizar resinas epóxi ou plastificantes 
epoxidados no lugar dos óxidos metálicos. Não é necessário o uso de antidegradantes. 
Os CM aceitam proporções relativamente elevadas de cargas (até 200 phr) e são 
empregados negros semi-reforçantes ou cargas minerais, evitando-se as de caráter ácido, 
que podem interferir na ação dos peróxidos. Como plastificantes são utilizados ésteres; 
óleos naftênicos e parafínicos não são compatíveis e os aromáticos interferem na 
vulcanização. 
 
Para o processamento dos compostos, aconselha-se o uso de misturadores internos com 
um fator de carga de 0,8, sistema invertido (up-side-down) e com temperaturas de 
descarga de 100-120ºC. Por sua elevada plasticidade não apresentam problemas de 
extrusão e calandragem. 
 
As propriedades dos vulcanizados de CM são parecidas com as do CSM, porém, as 
propriedades físicas como resistência à tração, rasgamento e abrasão são inferiores. A 
resistência ao calor é maior, devido a vulcanização por peróxidos. 
 
Sua aplicação principal é no isolamento de cabos elétricos de baixa e média tensão, em 
especial nos casos em que se requer uma excepcional resistência ao ozônio e a 
intempérie, à chama, aos óleos e solventes. 
 
 
3.10.1. Bibliografia 
1. HOFMANN, W, Rubber Technology Handbook, Hanser Publishers, Munich, 1989. 
2. M. Morton, Rubber Technology (3ª ed. 1987). 
3. Literatura Tyrin®, DuPont-Dow.

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