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6Mais Internet e mais Linux
Ao fi nal desta aula, você deverá ser capaz de:
• Apresentar os depositórios de programas na Internet.
• Aprofundar as questões sobre pragas de computador.
• Usar buscadores e mineradores de informações na Internet.
• Usar programas de visualização de imagens e arquivos.
• Apresentar os compactadores e sua utilidade.
• Usar meios removíveis no Linux (disquetes e CDs).
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OBJETIVOS
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Introdução à Informática | Mais Internet e mais Linux
MAIS INTERNET E MAIS LINUX
O número de recursos existentes na Internet é muito grande 
e é comum o surgimento de novas ferramentas como também o 
desaparecimento de outras. O que há pouco tempo era a última 
palavra em aplicativos, de uma hora para outra pode cair em 
esquecimento. Isto ocorre não só pela dinâmica altamente fl exível da 
Internet, mas também pelas pressões comerciais que surgem na grande 
rede. Situações polêmicas, como direitos autorais versus liberdade de 
informação, provocam intensos confl itos legais. Questões legais na 
Internet ainda estão em evolução e, algumas vezes, muitas coisas são 
decididas mais devido a pressões políticas de grupos (os lobbys) do 
que por avaliações profundas. 
O Linux também tem muitos recursos e está em constante 
evolução, não só ele mas todos os aplicativos feitos para ele. Não diferente 
de outros sistemas operacionais, aplicativos para o Linux também podem 
surgir e cair no esquecimento. No entanto, comumente isto acontece 
com aplicativos experimentais, enquanto softwares consolidados podem 
apresentar versões atualizadas e aprimoradas várias vezes por ano. Alguns 
recursos usados em outros sistemas operacionais têm, cada vez mais, 
origem em conceitos desenvolvidos em aplicativos para o Linux.
MAIS LINUX
Vimos uma breve mostra de como usar o ambiente gráfi co do 
Linux, mas alguns pontos vitais não foram discutidos, como transferir 
um arquivo para disquete, usar a unidade de CD-ROM, copiar arquivos, 
renomeá-los. Aqui, veremos o uso de ferramentas gráfi cas e também 
algumas em comando de linha. 
USANDO MEIOS REMOVÍVEIS
O mais comum nos computadores atuais é termos como meios 
removíveis os disquetes e os CD-ROMs. Você pode examinar o conteúdo 
dos mesmos, usando o ícone em forma de disco de CD que se encontra 
no canto superior esquerdo da janela principal do KDE. Ao clicar sobre 
ele surge a janela a seguir.
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Figura 6.1
Não se esqueça de que deve haver um CD e/ou um disquete nos 
acionadores respectivos para você usar este recurso. No exemplo apre-
sentado, está o CD da Revista do Linux número 11. O seu conteúdo 
é exposto na fi gura a seguir. Repare que a janela é a do Konqueror 
novamente!
Figura 6.2
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Introdução à Informática | Mais Internet e mais Linux
O que praticamos com o Konqueror como gerenciador de arquivos 
é válido também aqui, com apenas uma observação: o CD é um disposi-
tivo só de saída e, portanto, você não pode gravar nada nele, mas você 
pode copiar os arquivos para o disco rígido.
Clicando sobre o ícone de disquete, obtemos a janela que se segue 
onde estão os arquivos, com ícones de identifi cação. Sendo o disquete 
um dispositivo gravável, você poderá arrastar arquivos do disquete para 
o disco rígido do seu computador ou do disco rígido para o disquete. 
Figura 6.3
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BAIXANDO ARQUIVOS (USANDO O FTP)
Muitas vezes sabemos que, num determinado endereço, temos um 
livro eletrônico, uma apostila ou manuais de fabricantes de alguma coisa de 
nosso interesse. O meio mais tradicional e efi ciente (em termos de tempo) de 
baixarmos estes arquivos é o FTP (fi le transfer protocol), que permite um 
acesso restrito a outras máquinas, de forma que possamos pegar arquivos 
ou transmiti-los pela rede. Isto é muito prático se estamos trabalhando 
num computador que se encontra distante de onde nos encontramos. 
Podemos preparar um programa, mandá-lo para o computador remoto, 
executá-lo e pegar o resultado da computação, transferindo-o para o 
computador no qual trabalhamos. 
Este serviço, atualmente, se encontra automatizado nos 
navegadores que acessam os serviços de FTP. 
O termo usado para pegarmos um arquivo é baixar um arquivo. 
Em inglês, tal procedimento é referenciado como download. Observem 
que baixar é mais fácil de falar que dizer fazer um download e dói menos 
aos ouvidos do que falar downloadar, que não é português, não é inglês, 
é muito feio e difícil de pronunciar!
Baixar arquivos é a atividade de FTP mais empregada, sendo 
raros os casos nos quais se transmite informações por esse serviço (em 
inglês upload). O uso do programa específi co de FTP agiliza, em muito, 
a troca de arquivos, se compararmos com a ferramenta embutida nos 
navegadores. O motivo é simples: estes programas são especializados 
nesta atividade. 
Embora haja muita informação na Internet, a questão principal é 
encontrá-la. Para isso foram criadas ferramentas de busca, e estas serão 
discutidas a seguir.
FERRAMENTAS DE BUSCA
Uma grande fonte de informação são as chamadas máquinas ou 
ferramentas de busca. Você as acessa através de uma página na Internet 
onde você coloca um determinado assunto do qual você quer se informar e 
ela mostra uma lista de endereços que apresentam o tema de seu interesse. 
A seguir, temos a página de abertura de duas dessas ferramentas de busca.
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Figura 6.4: Janela principal 
do buscador Google.
Como você pode ver, existe um campo em branco no qual você 
deverá escrever o assunto de seu interesse. Existe na página do Google 
a opção de língua na qual você deseja procurar a informação e se a 
busca deve ser nacional ou mundial. O botão principal é o Pesquisa 
Google, que dispara o processo de busca. Você verá que estas ferramentas 
cometem erros em suas buscas. Isto não é espantoso, afi nal é algo feito 
por humanos. Além disso, a tecnologia deste tipo de ferramenta é muito 
complexa e ainda é objeto de pesquisa. 
Figura 6.5: Janela 
principal do Altavista.
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A página do Altavista é muito similar à do Google. Temos o 
mesmo campo onde colocar o assunto que desejamos localizar e os 
mesmos botões de seleção de línguas. A seleção de busca nacional ou 
mundial também é encontrada aqui. A única diferença, nada signifi -
cativa, é o botão de busca denominado localizar. 
No entanto, se você for muito genérico, isto é, introduzir a 
palavra madonna, você poderá ter problemas não com a falta de 
informações, mas com o excesso. Afi nal, existem quadros, estátuas, 
colégios e hospitais que referenciam esta palavra. É claro, temos tam-
bém a cantora estadunidense. A seguir, temos a resposta da pesquisa 
nos dois buscadores apresentados.
Figura 6.6: Resultado de busca da palavra madonna no Altavista.
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Figura 6.7: Resultado de busca da palavra madonna no Google.
No Altavista foram encontrados, no momento da captura desta 
imagem, 1 653 553 documentos referenciando a palavra madonna! 
Repare que o Altavista apresenta, logo abaixo do campo onde colocamos 
o assunto de busca, sub-referências para ajudarvocê. No entanto, devido 
ao volume de informações, a ajuda não é muita.
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Observe que o Google localizou 3 340 000 documentos! Como 
você pode constatar, nem sempre mais informação é melhor que menos. 
O uso efi ciente dos buscadores de informações depende de prática. 
É similar ao uso de um dicionário. Temos nele milhares de palavras, 
as regras para a procura são simples, mas só com o tempo pegamos 
agilidade no seu uso. 
Como exemplo de uma busca mais seletiva, colocaremos no campo 
de busca do Google o termo ensino a distância. Observe que não foram 
colocados acentos. Não há necessidade de colocá-los no buscador, 
embora os acentos também não prejudiquem. 
Figura 6.8: Resultado de busca da expressão ensino a distância.
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O resultado da busca nos deu 18 900 documentos. Observe que 
a expressão ensino a distancia está entre aspas no campo de pesquisa. 
As aspas indicam ao buscador que você quer estas palavras associadas. 
Assim você reduz o número de respostas possíveis, simplifi cando muito 
a sua seleção. Não é de se espantar que apareceram somente páginas 
em português, afi nal a expressão é da língua portuguesa. Esta é outra 
maneira simples de fi ltrar a sua informação. 
Já que a melhor maneira de aprender a trabalhar com estas ferra-
mentas é experimentando, a seguir damos três dos mais famosos:
www.altavista.com.br
www.google.com.br
www.yahoo.com.br
VÍRUS, VERMES E CAVALOS-DE-TRÓIA
Desde o início do uso de computadores surgiu a preocupação com 
a construção de programas que pudessem causar danos às informações 
contidas nas máquinas. Inicialmente, temia-se que programadores 
modifi cassem os programas das empresas a fi m de se aproveitar das 
informações contidas nos computadores. Isto ocorreu de fato mas não 
é bem por aí que queremos explorar. Nós, aqui, falaremos de programas 
especiais que podem provocar danos às suas informações, comprometer 
o uso de um equipamento, introduzindo-se de forma não autorizada. 
Existem muitas histórias sobre as origens desses programas, mas talvez 
a mais bem documentada seja a do primeiro verme de computador, 
criado por Robert Morris, em 1988. O autor não tinha a intenção de 
provocar dano.
Basicamente, o programa explorava brechas de segurança do 
sistema de correio em máquinas Unix para transmitir informações. 
O programa deveria entrar em ação acessando os endereços do serviço de 
correio eletrônico e se copiava para os endereços encontrados. Por uma 
falha na programação, o programa não verifi cava se existia uma cópia 
dele mesmo no computador, o que fazia com que gerasse cópias mesmo 
que estas não fossem enviadas pelo correio. Depois de algum tempo, em 
cada máquina da rede existiam centenas ou mesmo milhares de vermes 
competindo pelos recursos de processamento. Com isso, as máquinas 
iam se tornando cada vez mais lentas, a ponto de inviabilizar o seu uso. 
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Desligar as máquinas mostrou-se inócuo, pois logo depois a contaminação se 
reiniciava pelo recebimento de mensagens pelo correio eletrônico. O próprio 
autor do programa alertou para o que estava acontecendo, mas não a tempo 
de o verme se espalhar pela Internet. Com o aviso, em poucas horas, já 
apareciam soluções para impedir o processo de reprodução do verme e, 
em poucos dias, as brechas de segurança foram eliminadas. 
As origens dos vírus de computador são difíceis de trilhar. Alguns 
diziam que eram piadas para importunar amigos ou desafetos. Outros 
afi rmavam que era uma estratégia de fabricantes de software para inibir 
cópias piratas. O que se sabe, realmente, é que os primeiros vírus eram 
mais irritantes que danosos. Estes programas levam o nome conveniente 
de vírus pelas similaridades com os vírus existentes no mundo biológico. 
Eles são inertes até encontrarem o programa alvo, geralmente contaminam 
um determinado tipo de arquivo e não outros, usam estratégias diferentes 
para driblar o sistema operacional, assim como os vírus biológicos usam 
estratégias diferentes para enganar o sistema imunológico. Podem ser 
apenas chatos, como o pingue-pongue, que fazia um pequeno retângulo 
fi car ricocheteando pela tela, ou uma grande variedade de vírus que 
destroem arquivos ou os embaralham. Atualmente (2003) o sistema 
operacional mais suscetível a ataques de pragas digitais é o Windows e 
seu programa Outlook Express, existindo, inclusive, vermes explorando 
suas falhas. No entanto, todo e qualquer sistema operacional pode ser 
vítima de ataques de vírus e vermes de computador.
Outro tipo de ataque são os chamados cavalos-de-tróia. Estes são, 
essencialmente, programas que têm o mesmo identifi cador de um outro 
existente na máquina, imitando o seu funcionamento. No entanto, um 
cavalo-de-tróia permite operações extras, como o acesso a uma REDE de 
um usuário a partir de outro computador. Outro tipo de cavalo-de-tróia 
são programas que têm nomes ou funções atraentes, de forma a induzir o 
usuário a usá-lo. Enquanto a atividade prometida se cumpre, operações 
não autorizadas vão sendo executadas.
No caso especial do Linux, o sistema operacional também pode 
ser atacado, mas devido à sua estrutura, criada a partir do Unix, ser 
um sistema seguro por princípio, o número de pragas digitais é muito 
menor e seu ataque só é muito destrutivo se o usuário for muito relapso. 
CONTA NUMA REDE
Registro feito para um 
usuário numa rede, 
de forma que este 
tenha autorização 
para usá-la.
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Geralmente os ataques, quando ocorrem, afetam apenas o usuário que 
os recebeu de outros usuários, pois as contas numa máquina Linux são, 
geralmente, independentes e de ambiente personalizável.
Os antívírus surgiram como conseqüência do surgimento de 
PRAGAS DIGITAIS. Tão importantes quanto eles são os serviços de alerta. 
O CERT é um centro de especialistas em segurança na Internet que emite 
relatórios e descrições de pragas para quaisquer sistemas operacionais. 
É um bom lugar para verifi car se o alerta de vírus que você recebeu é 
um boato ou é verdadeiro. Você também pode obter informações sobre 
pragas digitais junto aos fabricantes de antivírus. 
Embora os programas antivírus sejam importantes auxiliares, 
sempre é bom chamar a atenção para o fato de que a atitude displicente 
do usuário de computadores é a maior responsável pelas infestações. 
Prevenir para não remediar é uma frase antiga mas sempre atual. Devido 
à contínua criação de pragas, é necessário sempre atualizar os programas 
que os combatem e, mais importante, ser mais atento.
COMPACTADORES
Os programas compactadores servem para diminuir o tamanho de 
arquivos. Mesmo que na atualidade discos rígidos de vários Gigabaites 
sejam comuns, também estamos numa época de grande acúmulo de 
informações.
Quando elas estão sob a forma de imagens, podemos rapidamente 
encher parte considerável do disco e, muitas vezes, para acessá-las 
eventualmente. Assim, o disco fi ca cheio com informação de pouco 
uso. Além disto, se quisermos mandar uma informação pela Internet, 
seremos obrigados a fi car conectados (e, portanto, “engordando” a 
conta telefônica) mais tempo conforme o tamanho da informação a ser 
transmitida. Portanto, se pudermos “encolher” o tamanho da informação 
sem adulterá-la, teremos uma considerável economia de tempo e dinheiro.Novamente nos socorrem os compactadores. 
Os compactadores são programas que usam ALGORITMOS que 
detectam regularidades na informação contida no arquivo. Baseados 
nestas regularidades, o compactador gera um novo arquivo que contém 
as informações necessárias para que, ao ser descompactado, você tenha 
a informação original. 
INFORMAÇÕES SOBRE 
PRAGAS DIGITAIS
CERT 
Coordenation Center
http://www.cert.org
http://www.f-
prot.com
http://www.mcafee-
at-home.com
http://www.panda
software.com
ALGORITMO
Houaiss, A. Dicioná-
rio Houaiss. Processo 
de encadeamento das 
ações necessárias ao 
cumprimento de uma 
tarefa; processo efeti-
vo, que produz uma 
solução para um pro-
blema num número 
fi nito de etapas.
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Observe que algoritmos de compactação de textos são conhecidos e usados 
antes dos computadores. A taquigrafi a é uma forma de escrever de maneira 
sintética um texto ditado e ainda é usada em tribunais no mundo inteiro 
para anotar testemunhos, fora outras aplicações.
Vamos apresentar um pequeno exemplo de compactação usando 
um algoritmo de substituição:
Na última reuni+, infeliz/ , n+ pude.. atender a reivindica# de sua 
fi rma. Certa/ espera.. poder reconsiderar seu pedido futura/.
Com as informações de que + signifi ca ão, / substitui mente, .. repre-
senta mos e # equivale a ção, podemos ler a versão não compactada:
Na última reunião, infelizmente, não pudemos atender a reivindi-
cação de sua fi rma. Certamente esperamos poder reconsiderar seu 
pedido futuramente.
Não houve, é claro, uma grande compactação. No entanto, este 
esquema simples demonstra como podemos diminuir o tamanho de uma 
informação sem perder o seu conteúdo. É claro que esquemas mais sofi s-
ticados de compactação são de construção mais difícil e exigem mais 
tempo de processamento para serem usados.
O nível de compactação 
de um arquivo varia de 
caso para caso.
!
Um fato curioso: os criadores de um compactador, denominado compress, patentearam um 
algoritmo. Com isto, ninguém poderia usar este algoritmo para compactar arquivos sem a 
permissão dos autores. No entanto, nada impedia alguém de criar programas para descompactar. 
Enquanto a polêmica corria mundo (se alguém poderia ou não patentear um algoritmo) o pessoal 
do projeto GNU criou o Gzip, que permitia descompactar os arquivos com algoritmo patenteado 
e conseguia compactar melhor com um algoritmo de domínio público. Resumindo: a polêmica 
foi interrompida pela criatividade e com vantagem para todos os usuários.
Os primeiros compactadores eram acionados via comando de 
linha. Hoje, são comuns os compactadores que acionamos clicando 
sobre um ícone. Apesar de estes serem mais simples de acionar, os de 
comando de linha permitem uma maior fl exibilidade na escolha do nível 
de compactação, o que refl ete no tempo necessário para a compactação e 
descompactação. Quanto ao nível de compactação, é típico arquivos de 
texto conseguirem uma redução de tamanho maior que 50%. Quando 
compactamos imagens, conseguimos valores que variam de até mais 
de 90% de redução (caso dos arquivos BMP, TIF etc.) ou praticamente 
nada, no caso das imagens do formato JPG e PNG.
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Você pode encontrar uma ferramenta de compactação no Linux. 
De fato, é um pequeno sistema (um front end) que ativa o Gzip de 
comando de linha. A seguir, temos a seqüência de menus que você deve 
abrir para acionar os compactadores disponíveis.
Como você pode ver, temos três ferramentas de compactação: 
Archive Generator, Ark e File-Roller. Usaremos a mais simples delas, o 
Archive Generator.
Ao clicar sobre o item do submenu, você terá a janela principal 
do aplicativo (na barra de título da janela está a identifi cação de que 
esse é um aplicativo nativo do projeto Gnome). 
Figura 6.10
Figura 6.9
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Para compactar um arquivo, você deve selecionar um ou mais, ou 
até uma pasta inteira, clicando no menu Arquivo. Como resultado desta 
ação, a janela a seguir surgirá. Por ela você poderá navegar na árvore de 
diretórios e encontrar os arquivos que você pretende compactar.
Figura 6.11
Aqui, selecionamos o arquivo linhadecomando4.png. Após a 
seleção, basta clicar no ícone Criar Pacote e dar um nome para o arquivo 
compactado, que pode ser o mesmo do arquivo original. No entanto, 
para que não haja confusão, o arquivo gerado terá uma extensão extra .gz, 
como vemos na fi gura a seguir.
Figura 6.12
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Introdução à Informática | Mais Internet e mais Linux
As outras ferramentas são um pouco mais sofi sticadas e permitem 
maior liberdade que o Archive Generator. No entanto, o uso mais fl exível 
e poderoso do Gzip é em linha de comando.
VISUALIZADORES DE DOCUMENTOS
Há na Internet muita documentação e informações úteis para todos 
os níveis de conhecimento. Os formatos mais encontrados são o HTML, 
postscript e pdf. Isso ocorre porque as informações nestes formatos, não 
estão associadas a restrições de copyright e condicionadas de maneira 
rígida a determinadas versões, como é muito comum nos documentos 
específi cos de produtos da Microsoft. Arquivos HTML podem ser lidos 
pelos navegadores e não há necessidade de procedimentos ou programas 
auxiliares. 
Um visualizador de arquivos postscript e pdf (Adobe portable 
document format) é o ghostview, que acompanha as distribuições Linux. 
No entanto, este aplicativo pode não ser capaz de abrir todos os arquivos 
pdf que você encontrar na rede. O arquivo do tipo pdf permite níveis 
diferentes de segurança para o texto. Isto signifi ca que se o documento 
for colocado em determinados modos de proteção, o ghostview pode não 
ter como apresentar o texto. Isto, de fato, não implica grande problema, 
pois a maioria do material disponível na Internet pode ser aberto com o 
ghostview. Embora aqui apresentemos onde você pode encontrá-lo, cer-
tamente o seu equipamento já o tem instalado. No Mandrake você pode 
encontrá-lo no submenu Applications e no submenu deste Publishing. O 
ghostview pode ser encontrado para várias plataformas, como Unix de 
vários fabricantes, Linux, Windows e os iMac da Apple. 
O postscript se distingue pela extensão .ps. Ele é muito comum em 
documentação científi ca e há, inclusive, livros disponíveis nesse formato. 
Revistas científi cas comumente trabalham com esse formato. Ele foi 
criado pela Adobe e tanto os leitores como os criadores de documentos 
em postscript são liberados para qualquer aplicação. Em particular, existe 
um sistema de editoração de texto de domínio público, denominado Tex, 
que permite a criação de documentos muito sofi sticados, embora seja de 
uso mais complexo, se comparado com os editores convencionais como 
o contido no OpenOffi ce (que veremos em outra aula) e o KWord. 
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Os arquivos que você não conseguir abrir com o ghostview cer-
tamente serão abertos com o uso do Acrobat Reader, fornecido pelo 
próprio defi nidor do padrão pdf. Este aplicativo é um freeware e pode 
ser baixado direto do fabricante ou dos DEPOSITÓRIOS DE PROGRAMAS na 
Internet. É um formato de documento identifi cado pela extensão .pdf 
e permite, como o formato ps, produzir documentos complexos como 
livros. No entanto, se você quiser produzir documentos em pdf, só terá 
dois caminhos:a) comprar os outros componentes da familia Adobe; b) 
usar um programa de conversão de formatos (ps, rtf, doc etc.) para pdf, 
a maior parte GPL. A primeira opção é a melhor (porém mais cara), por 
dar total fl exibilidade para o usuário. 
Onde encontrar o ghostview http://www.cs.wise.edu/~ghost/
Onde encontrar o Acrobat Reader http://www.brasil.adobe.com
O HTML
Na construção de uma página é utilizado um padrão de editoração 
que permite dar forma a uma página na Internet. Tal padrão é chamado 
HTML (HyperText Markup Language) e permite escrever palavras em 
boa parte das línguas escritas. Permite que você salte da página em que 
você se encontra para outra, sem haver a necessidade de o endereço ser 
colocado explicitamente. A esse tipo de mídia se denomina hipermídia. 
Ela permite uma navegação intuitiva a partir de uma determinada página. 
Por ser um padrão independente de fabricante, páginas escritas em puro 
HTML podem ser acessadas por qualquer navegador. Mas o HTML 
está em evolução, como a própria Internet, sempre adicionando novas 
capacidades às que existiam em versões anteriores, já havendo, em testes, 
uma extensão que permite a representação de fórmulas matemáticas. 
Um arquivo HTML é constituído de CARACTERES ASCII universais que são 
interpretados como textos com acentos e tipografi a variados, símbolos 
gráfi cos e imagens e ligações (links) com outros arquivos HTML, 
texto comum ou imagens. Assim, pode ser criada uma hierarquia na 
informação, de forma a facilitar a sua localização.
Existem muitos programas que facilitam a construção de páginas 
em HTML, sendo comum que navegadores venham acompanhados de 
editores para esse fi m. Além disso, no segundo módulo deste curso, você 
verá que o OpenOffi ce é também um editor de HTML, o que simplifi ca 
muito a construção de páginas simples.
HTML 
HyperText Markup 
Language
Linguagem de 
formatação de 
hipertexto.
CARACTERES ASCII
Conjunto de caracteres 
que seguem o padrão 
da American Standard 
Code for Information 
Interchange. 
É constituído por 127 
caracteres universais 
e 128 caracteres 
variáveis com a língua 
e o país.
DEPOSITÓRIOS 
DE PROGRAMAS
Endereços dos quais 
podem ser baixados 
programas para vários 
sistemas operacionais
http://www.tucows.com
http://www.sourceforge.org
http://sal.kachinatech.com/
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O formato HTML permite acentos em letras por meio de uma 
seqüencia de caracteres especiais. Por exemplo, a seguir temos uma 
frase como você a vê numa página da Internet e como ela é escrita em 
HTML.
o OpenOffi ce é também um editor de HTML, o que simplifi ca 
muito a construção de páginas simples.
o OpenOffi ce é também um editor de HTML, o 
que simplifi ca muito a construção de páginas 
simples.
Não é muito difícil interpretar que os sinais são marcados por 
iniciarem por um & (chamado e comercial), seguindo a letra que será 
acentuada, o tipo de acento e terminando por um ; (ponto e vírgula). 
Obviamente não é muito agradável de escrever algo assim. Nisto ajudam 
os editores de HTML, que nos permitem escrever a maior parte do que 
queremos de forma mais convencional. No entanto, os editores não são 
muito inteligentes. É comum ser necessário dar uma ajustada na página 
gerada direto em HTML. 
INFORMAÇÕES NA INTERNET
Atualmente, você pode encontrar muito mais que só universidades 
e órgãos de pesquisa com páginas, como era no início da Internet. Hoje, 
temos vários jornais, livrarias, empresas públicas e privadas, sindicatos, 
organizações não governamentais e sempre mais alguma coisa nova surge 
a cada dia na grande rede. Como exemplo, a seguir vão alguns jornais 
que permitem o acesso livre (mo máximo solicitam um cadastro) ao seu 
conteúdo:
www.oglobo.com.br (O Globo)
www.jb.com.br (Jornal do Brasil)
www.uol.com.br/correiodabarra (Correio da Barra)
www.uol.com.br/diariodovale (Diário do Vale)
www.uol.com.br/avozdaserra (A Voz da Serra)
www.elpais.es (El País — Espanha)
www.lemonde.fr (Le Monde — França)
www.nytimes.com (New York Times — EUA)
www.dw-world.de/brazil (Deutsche Welle — Alemanha)
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Foram apresentados mais alguns dados sobre o uso da Internet e alguns de seus 
serviços. Foram descritas mais algumas funcionalidades básicas do Linux, alguns 
aplicativos novos e apresentados endereços onde obter mais informações.
ONDE ENCONTRAR MAIS INFORMAÇÕES
Não só no Linux, como em qualquer outro sistema operacional 
ou aplicativo, atualizações são constantes, o que difi culta a criação de 
documentos em papel. Muitas vezes, um manual de um aplicativo se 
torna obsoleto muito rapidamente, o que aumenta os custos de produção 
e o custo fi nal. O que está se tornando mais comum são os chamados 
e-books, os HowTos e os arquivos digitais. A seguir vão endereços 
eletrônicos que permitem o acesso a muita informação. Mesmo que 
algumas delas não sejam específi cas do Linux Mandrake, estas serão 
úteis de uma maneira geral.
BONAN, Adilson Rodrigues. Configurando e usando o sistema 
operacional Linux. [S.l.]: Editora Berkeley, 2002.
GRUPO usuário Linux de Santo Antônio da Platina. Disponível em: 
<http://www.gulsap.kit.net> Acesso em: 4 ago. 2003.
http://www.linuxbh.org
MORIMOTO, Carlos E. Guia do hardware.net: sua fonte de informação. 
Disponível em: <http://www.guiadohardware.net> Acesso em: 4 ago. 
2003.
SILVA, Gleydson Mazioli da. Guia Foca Gnu/Linux. Disponível em: 
<http://focalinux.cipsga.org.br> Acesso em: 4 ago. 2003.
STATO FILHO, André. Domínio Linux, do básico à servidores. 
Florianópolis: Visual Books, 2002.
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Introdução à Informática | Mais Internet e mais Linux
Na questão do combate à exclusão digital, a seguir temos endereços 
onde se encontram algumas experiências neste campo no Brasil. Também 
é referenciado um livro com artigos sobre esse assunto.
São Paulo. Prefeitura. Telecentros: governo eletrônico.: Disponível em: 
<http://www.telecentros.sp.gov.br> Acesso em: 4 ago. 2003.
http://quilombodigital.org 
SILVEIRA, Sérgio Amadeu da; CASSINO, João (orgs.) Software livre e 
inclusão digital. [S.l.]: Editora Conrad, 2003.
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