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Código Civil 10/10/18 Invalidade do negócio jurídico Invalidade: Recusar efeitos do negócio jurídico porque ele não atende algum requisito legal Plano de eficácia: Assume outra perspectiva – se trata dos limitadores dos efeitos do negócio jurídico e que são previstos para atender os interesses das partes Em ambas perspectivas falam de efeitos, mas de forma diferente Regimes de invalidade Sanções invalidantes Nulidade: É a sanção invalidante mais grave Retira do negócio jurídico qualquer possibilidade de produção de efeitos O que é nulo não pode produzir efeitos continua nulo Negócio jurídico completamente desprovido de produzir efeitos Ofende/viola norma jurídica de ordem pública que é de importância fundamental Viola os interesses públicos cuja proteção interessa a todos Anulabilidade: Sanção invalidante menos grave Em certas circunstâncias o negócio jurídico meramente anulável pode produzir efeitos O negócio jurídico anulável viola norma que diz respeito a interesse privado Cabe a pessoa entrar com ação anulatória exemplo Somente o interessado pode provoca-la Interesse privado Classificações complementares Invalidades originárias: O defeito do negócio jurídico se verifica no momento da celebração/formação do negócio jurídico Nulidades e anulabilidades Visualizar a linha do tempo de anulabilidade: -----|---------|-------------------------------------------------------------------------------------------------------------> Formação celebração se estende no tempo – execução e cumprimento do negócio jurídico Invalidades sucessivas: Evento superveniente que afeta a execução/cumprimento do negócio jurídico Não tem nada a ver com anulabilidade e nulidade No universo contratual usamos: Resilição do contrato ou resolução do contrato – muito usado quando estamos falando da rescisão do contrato – exemplo pagar o que está no contrato caso contrário é decidido pelo juiz. Só é empregada na parte geral. Invalidade total: O defeito do negócio jurídico diz respeito a aspectos fundamentais dele, à essência do negócio jurídico à sua “alma” Nada se salva no negócio jurídico Nulidade e anulabilidade Invalidade parcial: O defeito do negócio jurídico atinge partes do negócio, mas não a sua essência Nulidade e anulabilidade Art. 184 – redução do negócio jurídico Na primeira parte podem ser separadas/destacadas partes inválidas e partes (cláusulas) válidas Na segunda parte, se aplica em relação a acessoriedade – a invalidade do negócio jurídico principal estende-se ao negócio jurídico acessório, mas a recíproca não é verdadeira Exemplo: Contrato de locação (principal) – Se tem a prestação de uma garantia (fiador - acessório) – a invalidade do negócio jurídico principal invalida a do acessório. Se o negócio jurídico não for correto está sobre pena de anulabilidade, o negócio acessório, principal continua válido – a647 c/c 1949 Casamento: Pacto antenupcial – acordo prévio ao casamento no qual se define um regime de bens – negócio jurídico acessório – casamento é o negócio jurídico principal. Aplicação do que vamos encontrar na classificação dos bens – aplica agora Obs.: Art. 183 – alguns autores se referem como invalidade instrumentaria – meio físico no qual se fixa uma manifestação de vontade negocial – papel no qual se escreve o contrato – documento representativo do negócio jurídico – instrumento diferente de negócio jurídico em si. “Sempre que este pode provar-se por outro meio” “Apenas quando este puder provar-se...” Negócios jurídicos formais: Forma exigida em lei (é essencial ao Direito é da substância do Direito). Ex.: Escritura pública em negócio jurídico imobiliário (108) Falsificação da assinatura do tabelião. A nulidade do instrumento contamina o negócio jurídico Exemplo 2: Cheque a título de crédito – ordem de pagamento à vista – representativo de uma relação de crédito/débito – rasura/borrão do cheque invalida o título – mas a relação ainda continua pois prova a existência do negócio Nulidade Mais grave Retira qualquer possibilidade de efeito do negócio jurídico Estão sistematizados no Art. 166 – casos do CC É nulo o negócio jurídico quando: Absolutamente incapazes (Art.3°, caput – menores até 16 anos) For ilícito, impossível ou indeterminado o seu objeto – comparação com o Art. 104 – objeto ilícito: carregamento de drogas – existe, mas não é lícito – impossibilidade absoluta e indeterminação absoluta – nulidade Impossibilidade relativa e indeterminação relativa – Art. 106 – não são casos de nulidade pois o objeto é determinável – contratos aleatórios – não são casos de nulidade. Motivo determinante do negócio comum a ambas as partes for ilícito – é uma exceção ao nosso sistema jurídico por ter alusão à causa do negócio – referência indireta à simulação maliciosa e V. É nulo o negócio jurídico quando a forma prevista em lei ou for preterida (esquecida) alguma solenidade que a lei reputa essencial ao ato. Forma = solenidade – lei distingue porque a diferença é muito pequena mas com efeitos é igual Forma = conceito pontual Solenidade = Rito – procedimento – encadeamento de atos Exemplo: quando no Art. 108 se exige a escritura pública em negócios jurídicos imobiliários e no 819 se diz que a fiança de um contrato de locação deve ser prestado por escrito. Rito tem a ver com atos de celebração – casamento 1.533 – testamento 1.864 A nulidade absoluta decorre da violação a um dos requisitos de validade estabelecidos pelo Art. 104 Art. 166 do Estatuto Substantivo Civil estabelece que é nulo o negócio jurídico quando: Celebrado por pessoa absolutamente incapaz For ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto O motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito Não revestir a forma prescrita em lei Quando for preterida a solenidade que a lei considere essencial para sua validade Tiver por objetivo fraudar a lei imperativa Inciso VII Nulidade por fraude é OBJETIVA – pouco interessa se o declarante tinha, ou não, o propósito fraudatório Será reconhecida a nulidade perante uma decisão judicial meramente declaratória
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