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LEGISLAÇAO CIVIL APLICADA I

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Prévia do material em texto

LEGISLAÇÃO 
CIVIL APLICADA I
Guilherme Vitor 
de Gonzaga 
Camilo
Revisão técnica:
Gustavo da Silva Santanna 
Bacharel em Direito
Especialista em Direito Ambiental Nacional e Internacional 
e em Direito Público
Mestre em Direito
Professor em cursos de graduação e pós-graduação em Direito
Miguel do Nascimento Costa
Bacharel em Ciências Sociais 
Especialista em Processo Civil
Mestre em Direito Público
 
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB -10/2147
L514 Legislação civil aplicada I / Patrícia Esteves de Mendonça... 
[et al.] ; [revisão técnica: Gustavo da Silva Santanna, 
Miguel do Nascimento Costa]. – Porto Alegre: SAGAH, 
2018.
382 p. : il. ; 22,5 cm
ISBN 978-85-9502-426-7
1. Direito civil. I. Mendonça, Patrícia Esteves de.
CDU 347
1_Iniciais.indd 2 18/05/2018 17:38:30
Do negócio jurídico: 
elementos e requisitos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os elementos constitutivos do negócio jurídico.
  Reconhecer as causas de inexistência, ineficácia, nulidade e anulabi-
lidade do negócio jurídico.
  Classificar os negócios jurídicos.
Introdução
O negócio jurídico é a classe mais importante dos fatos jurídicos. Respon-
sável por permitir que as consequências de um ato sejam especificadas 
pelas partes, é a base para os contratos. Além disso, os negócios jurídicos 
ainda podem ter sua eficácia ou ineficácia submetidas a outros aconte-
cimentos, conforme a vontade das partes.
Pela sua complexidade, os negócios jurídicos têm uma estrutura 
dividida em existência, validade e eficácia, facetas da denominada Escada 
Ponteana, que define o status do ato realizado.
Neste capítulo, abordaremos os elementos constitutivos do negócio 
jurídico, identificaremos as causas de inexistência, ineficácia, nulidade e 
anulabilidade do negócio jurídico e aprenderemos sobre a sua classificação.
Os elementos constitutivos do negócio jurídico
Os negócios jurídicos são qualifi cados por serem atos humanos lícitos cujos 
resultados são estabelecidos pelas próprias partes, ou seja, há uma composição 
de interesses das partes para atingir uma fi nalidade específi ca. No negócio 
jurídico, temos uma declaração de vontade expressa conforme o princípio da 
autonomia privada, pela qual o agente age dentro dos limites da função social 
e da boa-fé objetiva.
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 1 19/04/2018 10:58:46
Para saber mais sobre o princípio da autonomia privada, 
acesse o link a seguir ou código ao lado:
https://goo.gl/uuh3Fv
Os elementos dos negócios jurídicos são divididos em três planos parti-
cipantes da Escada Ponteana — o esquema desenvolvido pelo doutrinador 
Pontes de Miranda (1983):
  existência;
  validade;
  eficácia. 
Apesar de o plano de existência não ser previsto pelo Código Civil, a 
doutrina civilista trata do tema como o conjunto de elementos sem os quais 
não há a essência do negócio jurídico:
  agente, como sendo aquele que expressa a vontade humana;
  declaração de vontade, que pode ser escrita, verbal, gestual ou tácita 
(soma da vontade interna com a vontade externa que se declara);
  objeto, que diz respeito à prestação de interesse das partes (dar, fazer, 
não fazer) — é o bem jurídico do negócio.
  forma, que se caracteriza como o revestimento exterior da vontade e se 
relaciona com os meios de declaração da vontade, podendo ser oral, escrita 
ou gestual. Parte da doutrina não admite o silêncio como manifestação 
de vontade, mas, como o Código Civil, art. 111 (BRASIL, 2002), deixa 
claro, em situações especiais, o silêncio poderá ser utilizado para traduzir 
manifestação de vontade:
Art. 111 O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o 
autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
O próprio Código Civil traz situações em que o silêncio é carregado de efeitos 
jurídicos, como a aceitação de mandato e de doação pura.
Do negócio jurídico: elementos e requisitos2
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 2 19/04/2018 10:58:47
https://goo.gl/uuh3Fv
Art. 659 A aceitação do mandato pode ser tácita e resulta do começo de execução.
Art. 539 O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não 
a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, 
a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.
O plano de validade é tratado pelo Código Civil e qualifica o negócio 
jurídico para que tenha aptidão para gerar efeitos. Os elementos do plano de 
validade estão, com exceção da vontade livre e sem vícios, previstos no Código 
Civil, art. 104 (BRASIL, 2002):
Art. 104 A validade do negócio jurídico requer:
 I — agente capaz;
 II — objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
 III — forma prescrita ou não defesa em lei.
São, portanto, elementos do plano de validade dos negócios jurídicos:
  agente capaz, que são as partes devem ser capazes e legitimadas para o 
negócio jurídico (os absolutamente ou relativamente incapazes devem 
ser representados ou assistidos);
  objeto, não contrário à lei, que possa ser tratado em um negócio (por 
exemplo, ninguém poderia tratar da negociação da lua), já especificado 
ou que possa vir a ser (a licitude liga-se à boa-fé, aos bons costumes, à 
ordem pública e função social, enquanto a possibilidade relaciona-se 
à questão fática, isto é, física e jurídica);
  forma prescrita ou não defesa em lei (alguns atos jurídicos exigem 
forma específica);
  manifestação de vontade livre e sem vícios (ausência de erro, dolo, 
coação, lesão, estado de perigo ou fraude contra credores).
O último dos planos, componente do negócio jurídico, é o da eficácia. Os 
elementos da eficácia são considerados acidentais, pois podem ou não ocorrer:
  condição, que estabelece um evento futuro e incerto como determinante 
para eficácia do negócio, como o casamento;
  termo, que estabelece um evento futuro e certo, como o aniversário;
3Do negócio jurídico: elementos e requisitos
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 3 19/04/2018 10:58:48
  encargo, que estabelece um ônus para que o credor possa se utilizar 
da liberdade do devedor, como o dever de construir uma escola com 
parte do dinheiro da doação;
  consequências do inadimplemento negocial, como juros, cláusula penal, 
perdas e danos, regime de bens, etc.
Na próxima seção, abordaremos as causas de inexistência, ineficácia, 
nulidade e anulabilidade do negócio jurídico.
Inexistência, ineficácia, nulidade e 
anulabilidade do negócio jurídico
Aqui, trataremos sobre as causas de inexistência, inefi cácia, nulidade e anu-
labilidade dos negócios jurídicos. É importante ter em mente que cada uma 
dessas causas se liga a um dos planos anteriormente apresentados. Trataremos 
inicialmente da inexistência.
A inexistência é definida pela ausência de algum dos requisitos estipulados 
no plano de existência, qual seja o agente, o objeto, a vontade e a forma. Como 
esses são os elementos mínimos do negócio jurídico, a ausência de qualquer 
um deles faz com que este não exista.
Destaca-se, nesse contexto, que, no caso de coação física, o negócio é 
inexistente, porque não houve manifestação de vontade. O plano de validade é 
responsável por definir a nulidade (nulidade absoluta) e anulabilidade (nulidade 
relativa) do negócio jurídico. Para saber se haverá a nulidade ou anulabilidade, 
deverá ser analisado qual elemento de validade foi atingido. O Código Civil, 
art. 166 (BRASIL, 2002), traz a lista de nulidades do negócio jurídico:
Art. 166 É nulo o negócio jurídico quando:
 I — celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
 II — for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
 III — o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
 IV — não revestir a forma prescrita em lei;
 V — for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a 
sua validade;
 VI — tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
 VII — a lei taxativamente odeclarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem co-
minar sanção.
Do negócio jurídico: elementos e requisitos4
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 4 19/04/2018 10:58:48
O primeiro elemento analisado é a capacidade do agente. Caso a parte seja 
absolutamente incapaz e não seja representada, o negócio jurídico será nulo. 
Por outro lado, caso a parte seja relativamente incapaz e não seja assistida na 
celebração do negócio jurídico, este será anulável.
O segundo requisito de validade, objeto lícito, possível e determinado 
ou determinável, também causará a nulidade do ato, caso desrespeitado. 
Dessa forma, o objeto que fere as regras do ordenamento Nacional, que não 
seja possível de ser negociado (como a venda da Lua, por exemplo) ou cujo 
conteúdo não esteja determinado, ao menos sobre o gênero e a quantidade, 
causará a nulidade do ato.
O mesmo acontece caso a vontade expressa pelas partes se fundir em motivo 
ilícito, ferindo o ordenamento jurídico Nacional, ou tenha como objetivo ferir 
norma imperativa — isso é, aquela que não pode ser afastada pela vontade 
das partes. Por fim, caso seja desrespeitada a forma determinada em lei ou 
não seja seguida solenidade requisitada, também se imporá a nulidade do 
negócio jurídico.
O Código Civil ainda prevê, para além dos requisitos de validade, que 
também será nulo o negócio jurídico que a lei taxativamente assim o declarar 
ou proibir-lhe a prática.
Há, ainda, a nulidade do negócio jurídico simulado, prevista no Código 
Civil, art. 167, subsistindo a parte do negócio que se dissimulou. Essa hipótese 
será mais bem explorada, juntamente com os vícios do negócio jurídico, na 
próxima seção.
Com relação à anulabilidade, além do caso de ausência de assistência ao 
agente relativamente incapaz, ocorrerá nos casos expressamente definidos 
em lei e em razão de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude 
contra credores.
Art. 171 Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o ne-
gócio jurídico:
 I — por incapacidade relativa do agente;
 II — por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou 
fraude contra credores (BRASIL, 2002).
O Quadro 1, a seguir, sintetiza as diferenças entre nulidade e anulabilidade.
5Do negócio jurídico: elementos e requisitos
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 5 19/04/2018 10:58:48
Nulidade Anulabilidade
Nulidade absoluta. Nulidade relativa.
Código Civil, art. 166. Código Civil, art. 171.
Atinge interesse de ordem pública. Atinge interesse de ordem privada.
Pode ser alegada a qualquer 
tempo, não há decadência.
Deve ser alegada dentro do prazo 
decadencial previsto em lei, conforme 
o Código Civil, arts. 178 e 179.
Pode ser alegada por qualquer 
interessado ou pelo Ministério Público 
e, ainda, ser reconhecida ex officio.
Só pode ser alegada pelos 
interessados e não pode ser 
reconhecida ex officio.
Não pode ser ratificada. Pode ser ratificada.
Não convalesce com o 
decurso do tempo.
Convalesce com o decurso do tempo.
A sentença que a reconhece 
opera efeitos ex tunc.
A sentença que a reconhece 
opera efeitos ex nunc.
O reconhecimento tem 
efeito erga omnes.
O reconhecimento tem efeito 
para quem a alegar, salvo caso de 
solidariedade ou indivisibilidade.
Sentença declaratória. Sentença desconstitutiva do ato.
Quadro 1. Diferenças entre nulidade e anulabilidade.
Por fim, temos, ainda, alguns negócios jurídicos considerados ineficazes, 
quando pendente condição ou termo, elementos do plano de eficácia. Como 
visto anteriormente, condição é o evento futuro e incerto, enquanto termo é 
o acontecimento futuro e certo. Esses elementos serão classificados como 
suspensivos quando impedirem que o negócio jurídico tenha eficácia até a 
verificação do evento estipulado.
Classificação dos negócios jurídicos
Os negócios jurídicos têm diversas classifi cações conforme os elementos 
que apresentam. Nesta seção, aprenderemos mais sobre a classifi cação dos 
Do negócio jurídico: elementos e requisitos6
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 6 19/04/2018 10:58:48
negócios jurídicos, lembrando que ela também serve para os atos jurídicos 
lícitos, conforme Código Civil, art. 185 (BRASIL, 2002).
Quanto à manifestação de vontade dos envolvidos.
  Negócio jurídico unilateral — a declaração de vontade emana de apenas 
uma pessoa (por exemplo, testamento). Pode ser receptício, ou seja, aquele 
em que a manifestação de vontade deve ser levada ao conhecimento do 
seu destinatário para que haja produção de efeitos, como a promessa 
de recompensa, ou não receptício, em que o negócio produzirá efeitos 
independentemente do conhecimento do destinatário, como o testamento.
  Negócio jurídico bilateral — ocorre quando há duas manifestações 
de vontade sobre o mesmo objeto ou bem jurídico, como ocorre no 
casamento e nos contratos.
  Negócio jurídico plurilateral — acontece quando o negócio jurídico 
envolve mais de duas partes, com a manifestação de vontade coincidente 
sobre o mesmo objeto ou bem jurídico, como um contrato realizado 
entre várias partes.
Quanto às vantagens patrimoniais para as partes.
  Negócio jurídico gratuito — atos de liberalidade, quando apenas uma 
das partes aufere vantagens, como a doação pura.
  Negócio jurídico oneroso — constitui atos em que todos os envolvidos au-
ferem vantagens e dão uma contraprestação, como é o caso de um contrato 
de aluguel de imóvel. Esse tipo de negócio pode, ainda, ser classificado 
em comutativo, quando as prestações de ambas as partes dependem de 
acontecimento certo, e aleatório, quando a prestação de uma das partes 
depende de acontecimento incerto, como contrato de seguro de carro.
  Negócio jurídico neutro — é aquele em que não há uma atribuição patri-
monial específica, não podendo ser classificado como oneroso ou gratuito, 
como ocorre no caso da instituição do patrimônio de família convencional.
  Negócio jurídico bifronte — pode ser oneroso ou gratuito, dependendo 
da vontade das partes envolvidas, como os contratos de depósito.
Quanto ao aspecto temporal.
  Negócio jurídico inter vivos — é o que produz efeitos durante a vida 
dos negociantes, como os contratos em geral.
7Do negócio jurídico: elementos e requisitos
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 7 19/04/2018 10:58:48
  Negócio jurídico mortis causa — produz efeitos apenas após a morte 
de determinada pessoa.
Quanto à necessidade de formalidades e solenidades.
  Negócio jurídico formal ou solene — obedece certa formalidade ou 
solenidade prevista em lei, como o casamento e a compra e venda de 
imóvel com valor acima de 30 salários mínimos.
  Negócio jurídico informal ou não solene — não depende de formalida-
des ou solenidades para ser realizado, como o contrato de transporte.
Quanto à autonomia.
  Negócio jurídico principal — não depende de qualquer outro negócio 
jurídico para ter existência e validade, como o contrato de casamento.
  Negócio jurídico acessório — depende de outro para ter existência e 
validade, como a fiança relacionada à locação de imóvel. A nulidade 
do negócio secundário não ocasiona a nulidade do negócio jurídico 
principal, mas o contrário não se verifica.
Quanto às condições dos negociantes.
  Negócio jurídico impessoal — não depende de uma característica espe-
cífica do negociante, o que permite que a obrigação seja cumprida tanto 
pelo obrigado quanto por terceiros, como é o caso do contrato de locação.
  Negócio jurídico personalíssimo — depende de uma característica 
especial dos contratantes, como é o caso de contrato com um artista 
famoso para realizar um concerto musical.
Quanto à causa determinante.
  Negócio jurídico causal — o motivo da sua celebração consta expres-
samente no seu conteúdo.
  Negócio jurídico abstrato — o motivo da sua celebração não se encontra 
expresso no seu conteúdo.
Quanto ao número de atos.
  Simples — formado por apenas um ato.
Do negócio jurídico: elementos e requisitos8
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 8 19/04/2018 10:58:49 Complexo — formado pela junção de vários atos independentes para 
a celebração de um negócio jurídico único, como a alienação de um 
imóvel em prestações, que se inicia com a celebração do compromisso 
de compra e venda e se completa com a outorga da escritura definitiva.
  Coligado — formado por vários negócios jurídicos distintos, como é o 
caso de arrendamento do posto de gasolina com a locação das bombas.
Essas são as principais classificações dos negócios jurídicos utilizados 
pela doutrina brasileira e são muito importantes para a correta conceituação 
da matéria.
1. Qual destas cláusulas apresenta 
um exemplo de termo aplicado 
nos negócios jurídicos?
a) Determinação de obrigação 
ao beneficiário para que 
usufrua de uma liberalidade.
b) Acontecimento futuro e 
incerto que suspende a 
eficácia do negócio jurídico.
c) Cláusula que resolve o negócio 
jurídico diante do acontecimento 
de evento futuro e certo.
d) Acontecimento futuro e incerto 
que resolve o negócio jurídico.
e) Cláusula que determina a 
eliminação de um risco que 
pesa sobre o devedor.
2. Assinale a alternativa que 
contém apenas requisitos de 
existência do negócio jurídico.
a) Condição, termo, agente.
b) Vontade livre, agente, objeto.
c) Objeto, vontade, forma.
d) Forma prescrita em lei, 
objeto, condição.
e) Encargo, vontade, forma.
3. É elemento que ocasiona a nulidade 
relativa do negócio jurídico: 
a) ausência de agente.
b) objeto ilícito.
c) parte relativamente incapaz 
sem assistência.
d) ausência de solenidade 
estabelecida em lei.
e) forma defesa em lei.
4. É característica do negócio 
jurídico praticado com lesão:
a) não pode ser ratificado.
b) a sentença que o reconhece 
tem efeito declaratório.
c) tem prazo decadencial 
de 4 anos para que seja 
requisitada a anulação.
d) a sentença que o reconhece 
tem efeito erga omnes.
e) pode ser reconhecido de ofício.
5. O contrato de compra e venda de uma 
moto classifica-se como um negócio:
a) causa mortis e unilateral.
b) bilateral e causa mortis.
c) inter vivos e unilateral.
d) causa mortis e personalíssimo.
e) inter vivos e bilateral.
9Do negócio jurídico: elementos e requisitos
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 9 19/04/2018 10:58:51
BRASIL. Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 17 abr. 2018.
PONTES DE MIRANDA, F. C. Tratado de Direito Privado. 4. ed. São Paulo: RT, 1983. t. III. 
IV e V.
Leituras recomendadas
LÔBO, P. Direito Civil: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2009.
MORAES, H. Sala de Direito. Disponível em: <http://www.saladedireito.com.br/2011/01/
negocio-juridico-nulidade-e.html>. Acesso em: 14 abr. 2018. 
RATTI, F. Autonomia da vontade e/ou autonomia provada? Disponível em: <https://
goo.gl/uuh3Fv>. Acesso em: 17 abr. 2018.
SOUSA, A. M. F. de. Quando o negócio é nulo e quando ele é anulável. Disponível em: 
<https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2590466/quando-o-negocio-juridico-e-nulo-
-e-quando-ele-e-anulavel-aurea-maria-ferraz-de-sousa>. Acesso em: 17 abr. 2018.
TARTUCE, F. Manual de Direito Civil: volume único. 7. ed. São Paulo: Forense, 2017. 
Do negócio jurídico: elementos e requisitos10
C10_Legislacao_Civil_Aplicada_I.indd 10 19/04/2018 10:58:52
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
http://www.saladedireito.com.br/2011/01/
http://goo.gl/uuh3Fv
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2590466/quando-o-negocio-juridico-e-nulo-
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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