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Aula 00 Armando Mercadante

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DIREITO ADMINISTRATIVO – PROCON-DF – TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br       
 
1
Prezado(a) aluno(a), 
 
Meu nome é Armando Mercadante. Sou Procurador do Estado de Minas 
Gerais e professor de Direito Administrativo em cursos preparatórios para 
concursos públicos, além de ser autor dos livros “Direito Administrativo – vol. 3 
– coleção informativos comentados” e “Coleção CESPE Questões Comentadas – 
Direito Administrativo”, ambos publicados pela editora JusPODIVM. 
 
Para aqueles que não me conhecem, adoto um estilo de aula bem objetivo, 
buscando redigir textos sem excessos, elaborados apenas com o que de fato 
interessa para você que precisa conciliar tempo com muita matéria. 
 
Minha proposta é desenvolver nas aulas um treinamento de Direito 
Administrativo, sendo fundamental que você siga durante todo o curso minhas 
orientações. 
 
As aulas terão em média de 30 a 40 páginas, nas quais explicarei o conteúdo 
de Direito Administrativo constante do edital para o concurso do PROCON-DF, 
focando, quando necessário, teoria e jurisprudência, além de questões de 
provas de concursos anteriores. 
 
O presente curso será desenvolvido de acordo com o seguinte cronograma: 
 
AULA 0 
 
Ponto 1. Conceito e fontes do Direito Administrativo; 
 
 
AULA 1 
 
Ponto 2. Princípios do Direito Administrativo; 
 
 
AULA 2 
 
Ponto 3. Estado: conceito, elementos, poderes e organização; 
 
Ponto 4. Governo e Administração Pública: conceitos. 
 
 
AULA 3 
 
Ponto 5. Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle, 
forma, meios e requisitos, delegação: concessão, permissão, autorização; 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO – PROCON-DF – TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br       
 
2
AULA 4 
 
Ponto 6. Responsabilidade civil do Estado; 
 
Ponto 7 - Controle da administração pública: controle administrativo, controle 
legislativo e controle judicial. 
 
 
AULA 5 
 
Ponto 8 - Regime jurídico da licitação e dos contratos (Lei no 8.666/93) 
 
Ponto 9. Pregão (Lei 10.520/02); 
 
 
Desejo-lhe muita sorte e espero que faça um ótimo proveito do curso. 
 
Forte abraço! 
 
 
Armando Mercadante 
mercadante@pontodosconcursos.com.br 
DIREITO ADMINISTRATIVO – PROCON-DF – TODOS OS CARGOS 
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3
 
AAUULLAA DDEEMMOONNSSTTRRAATTIIVVAA 
 
PPOONNTTOO 11 
DDIIRREEIITTOO AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVOO 
 
11.. CCOONNCCEEIITTOO 
 
Como a matéria objeto do nosso estudo será o Direito Administrativo, 
iniciaremos essa aula pela análise de seu conceito. 
 
Pense que você foi aprovado(a) no vestibular e começou a cursar uma 
Faculdade de Direito. 
 
Logo no primeiro dia receberá o horário das aulas com a indicação das 
disciplinas que serão cursadas e o nome dos professores. 
 
Ao ler a grade de horários, você verifica que na primeira semana terá aulas de 
Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Civil e Direito Comercial. 
 
Aqui eu chamo a sua atenção para um fato: na realidade, o Direito é um só. 
Trata-se de uma ciência que é objeto de estudos. Porém, para fins 
didáticos, é dividido em diversas disciplinas que possuem temas específicos 
(Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Civil...). 
 
Então, no Direito Penal, por exemplo, você estudará o crime de homicídio, 
matéria que não será analisada no Direito Administrativo. Por outro lado, nesta 
disciplina, você estudará licitações, o que não será visto no Direito Comercial. 
 
Se você entrar numa livraria no setor de livros jurídicos perceberá que as 
prateleiras são divididas por assuntos: Direito do Trabalho, Direito Eleitoral, 
Direito Civil, Direito Tributário etc... 
 
Essa divisão é justificada, conforme dito acima, porque cada uma dessas 
disciplinas possui características próprias que lhe dão autonomia. 
 
Se o empregado discute com o seu patrão por conta de horas extras que não 
foram pagas, deverá buscar a solução desse conflito no Direito do Trabalho. 
Nesta disciplina existem leis e princípios que regulamentam a relação entre 
empregador (patrão) e empregado. Se o problema envolve o pagamento de 
um tributo, invoque o Direito Tributário; se está ligado à candidatura de um 
político para as eleições de prefeito, busque a solução no Direito Eleitoral. 
 
Veja que cada disciplina possui normas jurídicas que foram feitas justamente 
com o propósito de regulamentar as relações existentes entre os membros da 
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4
sociedade e entre estes e o Estado. De acordo com o assunto discutido, 
aplicam-se as normas jurídicas de determinada disciplina. 
 
Mas veja que interessante... 
 
Se o dono da livraria jurídica for muito organizado, ele pode fazer uma nova 
divisão em seu espaço: seção de livros de direito público e seção de livros de 
direito privado. 
 
Fazendo dessa forma ele classificará cada disciplina como pertencente ao 
direito público ou ao direito privado. Mais ou menos assim: os livros de Direto 
Administrativo e de Direito Constitucional ficarão na seção de direito público, 
enquanto os livros de Direito Civil e de Direito Comercial na seção de direito 
privado. 
 
Nesse ponto pode surgir uma dúvida para você? Com base em que critério o 
dono da livraria fará essa divisão? Será feita de acordo com o que ele achar 
logisticamente mais adequado: 5 disciplinas para lá e 5 disciplinas para cá? 
Logicamente que não! 
 
Essa divisão já foi feita pelos estudiosos do Direito, devendo ser observada 
pelo dono da livraria na hora de dividir seus livros, pelas Faculdades de Direito 
que possuem os Departamentos de Direito Público e de Direito Privado, e por 
você na hora de responder na sua prova de concurso à seguinte pergunta: a 
que ramo do Direito pertence o Direito Administrativo? 
 
Eu vou transcrever uma questão que caiu em concurso público, mas não se 
preocupe ainda em entendê-la. Vamos por parte, adquirindo conhecimentos 
gradualmente. 
 
Os candidatos tiveram que analisar a assertiva abaixo e dizer se a frase está 
certa ou errada: 
 
(ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO GERAL/FINEP/CESPE/2009) Por ser 
um ramo do direito público, o direito administrativo não se utiliza de 
institutos do direito privado. 
 
Observe que para responder a questão o candidato tinha que saber se o direito 
administrativo pertence ou não ao direito público. A banca está afirmando que 
o direito administrativo é um ramo do direito público. E aí? Certa ou errada? 
 
Conforme eu disse, ainda não se preocupe em responder. Vamos conversar 
mais um pouco e depois você terá condições de resolver essa questão... 
 
Pense em duas situações: 
 
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1) Você comprou em uma livraria um livro que está com defeito (algumas 
páginas em branco) e pretende trocá-lo; 
 
2) Você pretende construir uma casa e precisa do alvará da Prefeitura; 
 
Pergunto: 
 
Qual o ramo do Direito regulará as relações da primeira situação? E as da 
segunda? 
 
A primeira relação será regida pelo Direito Privado e a segunda pelo Direito 
Público. Sabe por quê? 
 
• Direito Público: formado pelo conjunto de normas que regem 
basicamente as relações internas do Estado (Poder Público) e as 
existentes entre este e os particulares. 
 
• Direito Privado: formado pelo conjunto de normas que regem 
basicamente as relações dos particulares entre si. 
 
Na primeira situaçãotemos dois particulares: você e a livraria; já na segunda 
situação, um particular (você) e o Poder Público (município). 
 
Dessa forma, as disciplinas que se preocupam em regular as relações nas 
quais faça parte o Estado pertencem ao Direito Público, tais como o Direito 
Administrativo, Direito Constitucional e Direito Tributário. 
 
Eis a resposta à questão de prova que eu reproduzi: o Direito 
Administrativo integra o Direito Público! 
 
Vamos dar uma parada neste ponto e destacar o que você aprendeu até esse 
momento: 
 
• O Direito é uma ciência jurídica; 
• O Direito é dividido, por motivos didáticos, em disciplinas que se agrupam 
em dois ramos; 
• Os ramos do Direito são o Direito Privado e o Direito Público; 
• O Direito Privado rege as relações entre os particulares; 
• O Direito Público rege as relações internas do Estado e as firmadas entre 
este e os particulares; 
• O Direito Administrativo integra o Direito Público. 
 
Até aqui tudo bem? Lembre-se de que você está aprendendo uma disciplina e 
é natural ter alguma dificuldade no começo. Em caso de dúvidas realize novas 
leituras e caso não consiga solucioná-las faça contato comigo por meio do 
fórum. 
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Vamos dar sequência... 
 
Vou reproduzir a questão para análise negritando a parte que está correta: 
 
(ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO GERAL/FINEP/CESPE/2009) Por ser 
um ramo do direito público, o direito administrativo não se utiliza de 
institutos do direito privado. 
 
Contudo, essa frase não está totalmente correta por causa do seu final: “não 
se utiliza de institutos do direito privado”. 
 
O correto seria: apesar de ser um ramo do direito público, o direito 
administrativo utiliza-se também de institutos do direito privado. 
 
Como o Direito é dividido em diversas disciplinas e em dois grandes ramos, 
pode ocorrer de ser necessário utilizar na solução de um determinado 
problema normas pertencentes a mais de uma disciplina, inclusive, de mais de 
um ramo. 
 
Estou afirmando que para regulamentar determinadas situações talvez seja 
preciso aplicar regras pertencentes ao Direito Público e ao Direito Privado. 
 
Pense no seguinte exemplo: 
 
Determinado município faz uma licitação com o objetivo de contratar posto de 
gasolina para fornecimento de combustível para os veículos da prefeitura. 
 
A empresa Gama vence a licitação e o seu sócio é convocado pelo Prefeito para 
assinar o contrato de fornecimento de combustível. 
 
Pergunto: você sabe dizer onde estão previstas as normas específicas sobre os 
contratos firmados pelo Poder Público? Respondo: no Direito Administrativo, 
especificamente na Lei 8.666/93, que traz regras sobre licitações e contratos 
administrativos. 
 
Contudo, enquanto as regras específicas sobre contratos administrativos estão 
na Lei 8.666/93, as regras gerais sobre os contratos, que também devem ser 
observadas pelo Poder Público, encontram-se no Direito Civil, que é 
disciplina do Direito Privado. 
 
O contrato é um instituto (uma figura jurídica) do Direito Civil. 
 
Portanto, na situação narrada, a relação entre o Município e a empresa Gama 
será regida pelo Direito Administrativo (Direito Público), que se utilizará de um 
instituto do Direito Civil (Direito Privado), qual seja, o contrato. 
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Agora você tem condições de ler a questão e sozinho(a) julgá-la: 
 
(ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO GERAL/FINEP/CESPE/2009) Por ser 
um ramo do direito público, o direito administrativo não se utiliza de 
institutos do direito privado. 
 
Concorda comigo que o erro está na expressão “não se utiliza”? Conforme visto 
acima, o Direito Administrativo, que é ramo do Direito Público, utiliza-
se também de institutos do Direito Privado. 
 
Resolvida essa questão, é hora de identificarmos quais são as relações regidas 
pelo Direito Administrativo. 
 
Há algumas linhas acima eu escrevi o seguinte: 
 
Se o empregado discute com o seu patrão por conta de horas extras que 
não foram pagas, deverá buscar a solução desse conflito no Direito do 
Trabalho. Nesta disciplina existem leis que regulamentam a relação entre 
empregador (patrão) e empregado. Se o problema envolve o pagamento 
de um tributo, invoque o Direito Tributário; se está ligado à candidatura 
de um político para as eleições de prefeito, busque a solução no Direito 
Eleitoral. 
 
Vamos dar sequência ao raciocínio... 
 
Se a discussão envolve a relação entre a Administração Pública e os 
seus servidores, ou entre a Administração Pública e os seus bens ou 
entre a Administração Pública e os particulares, será regida pelo 
Direito Administrativo. 
 
Para facilitar a compreensão dessa frase, seguem alguns exemplos: 
 
• Relação entre Administração e servidor: servidor requerendo férias; 
servidor requerendo licença por motivo de saúde; servidor sendo punido 
com uma suspensão. 
 
• Relação entre Administração e seus bens: município emprestando uma 
escola pública para ser utilizada como seção eleitoral nas eleições para 
Presidente da República; Estado de Minas Gerais doando um imóvel para o 
município de Belo Horizonte. 
 
• Relação entre Administração e particular: município concedendo alvará 
para funcionamento de barraquinha de cachorro quente; Corpo de 
Bombeiros vistoriando local que funcionará como uma clínica médica. 
 
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Estou certo que agora já temos informações suficientes para analisarmos o 
conceito de Direito Administrativo. 
 
Só um detalhe: esse é o estudo gradual que destaquei no início da aula. As 
informações não são lançadas aleatoriamente, mas sim construídas numa 
sequência lógica que facilita e que permite o entendimento e absorção da 
matéria. Eis a proposta do curso que o Ponto está oferecendo para você. 
 
Ao conceito... 
 
Direito Administrativo é o ramo autônomo do direito público que tem 
como objetivo preservar o interesse público, regulando, por meio de 
suas normas e seus princípios, as relações internas da Administração 
Pública, envolvendo seus agentes, órgãos e bens, bem como as 
relações entres estes e a coletividade. 
 
Fique atento na prova especialmente para três pontos, que já foram objeto de 
comentários: 
 
1) Direito Administrativo é ramo do direito público e não do direito privado; 
 
2) Direito Administrativo regula relações internas (ex: punição de um 
servidor) e externas (ex: concessão de alvará para particular construir um 
imóvel); 
 
3) Apesar de ser ramo do direito público, o Direito Administrativo, nas suas 
lacunas, pode se utilizar de institutos de direito privado (ex: aplicação da 
teoria geral dos contratos, que é regida pelo direito privado, aos contratos 
administrativos). 
 
E aí? Conceito de Direito Administrativo compreendido? Se ainda não entendeu 
dê uma nova lida, esforce-se para sanar sua dúvida, mas se não conseguir, 
sem problemas, conforme já lhe disse, estou à disposição no fórum. 
 
 
22.. FFOONNTTEESS 
 
Vimos no item anterior que por meio das normas do Direito Administrativo são 
reguladas as relações internas (Administração e seus servidores e seus bens) e 
externas da Administração Pública (Administração e os particulares). 
 
Contudo, de onde surgem essas normas que são observadas no Direito 
Administrativo? De onde nascem? 
 
Com essas perguntas quero saber: quais são as fontes do Direito 
Administrativo? 
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De acordo com os principais autores dessa disciplina, as principais fontes são: 
 
• Lei 
• Doutrina 
• Costumes e praxes administrativas 
• Jurisprudência 
 
Alguns autores ainda incluem os princípios gerais do direito. 
 
 
a) Lei 
 
Certamente você ouve ou lê todos os dias essa palavra. É lei que foi aprovada, 
lei que é inconstitucional, lei que deve ser feita... 
 
Já faz parte do nosso dia-a-dia esse contato com a expressão “lei”. Você entra 
num restaurante e vê um adesivo com o número da lei que proíbe fumar; você 
passa pelo pedágio e no guichê tem uma plaquinha dizendo não aceitamos 
cheques conforme artigo “tal” da Constituição Federal (que é a principal lei de 
um país). 
 
A ideia comum que temos de lei é daquele ato elaborado pelo Poder Legislativo 
e aprovado pelo Poder Executivo. Por exemplo: o deputado federal apresenta 
um projeto de lei, que é votado pela Câmara dos Deputados, depois pelo 
Senado Federal, após é enviado para o Presidente da República que, ao 
sancionar o referido projeto, transforma-o em lei. A partir do momento que 
essa lei, após ser publicada na imprensa oficial, entra em vigor (quando 
começa a produzir os seus efeitos), todos nós temos que cumprir as regras 
nela previstas. Cito como exemplos as leis ordinárias e as leis 
complementares. 
 
Contudo, na condição de fonte do Direito Administrativo, teremos que usar a 
expressão “lei” num sentido mais amplo, não nos limitando apenas a essas 
leis que criam direitos e obrigações. 
 
Adotaremos um sentido mais abrangente, alcançando qualquer ato 
normativo que em seu conteúdo contenha regras jurídicas, pouco 
importando se crie ou não direitos e deveres. 
 
Vamos aos exemplos... 
 
Quando um fiscal apreende mercadorias que são vendidas sem documentos 
fiscais, ele lavra um documento chamado auto de apreensão. Pergunto: esse 
auto de apreensão, em seu conteúdo, possui alguma regra jurídica? Seu 
conteúdo traz regra que vão regulamentar alguma situação? Não, pois 
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simplesmente contém informações sobre as mercadorias apreendidas, a 
quantidade e a lei desrespeitada. 
 
Contudo, na hora de preencher o auto de apreensão, o fiscal seguiu as 
orientações constantes de um decreto nº “X”. Aqui a história muda, pois no 
conteúdo desse decreto constavam regras de como preencher um auto de 
apreensão de mercadorias. O seu conteúdo regulamentava uma determinada 
situação, motivo pelo qual podemos considerar o decreto como lei em sentido 
amplo. 
 
Perceba que o importante para considerarmos um ato normativo como fonte 
do direito administrativo, abrangido pela expressão lei, é que o mesmo tenha 
um conteúdo regulamentador, isto é, que o seu conteúdo contenha 
regras jurídicas. 
 
Dessa forma, a lei em sentido amplo abrange, dentre outros, os seguintes atos 
normativos: Constituição Federal, leis ordinárias, leis complementares, 
medidas provisórias, regulamentos, decretos, resoluções, instruções 
normativas e tratados internacionais. 
 
A informação que julgo muito importante para a sua prova é que a lei é a 
principal fonte formal do Direito Administrativo, sendo considerada a 
única fonte primária. 
 
As demais fontes, que serão listadas abaixo, são consideradas fontes 
secundárias. 
 
 
b) Doutrina: 
 
É a fonte menos cobrada em provas de concursos públicos. Decorre dos 
trabalhos dos estudiosos do Direito, formando um material teórico que 
auxilia na formação do Direito Administrativo, tais como livros, monografias, 
teses, dissertações etc. 
 
 
c) Costume e praxe administrativa: 
 
Costume é a prática reiterada de determinado comportamento não 
previsto em lei pelo fato de as pessoas estarem convictas de sua 
obrigatoriedade jurídica. 
 
Adote como exemplo o cheque pré-datado. 
 
Você sabia que não existe lei prevendo o cheque pré-datado? Pela lei todo 
cheque é pagamento à vista. Contudo, esse comportamento reiterado de pós-
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datar cheques, apesar de não estar previsto em lei, é praticado e respeitado 
pelos indivíduos por considerarem obrigatória a observância do prazo nele 
previsto. 
 
Leia novamente o conceito e veja se agora ficou mais claro. 
 
De acordo com a doutrina, dois são os elementos dos costumes: 
 
• elemento material: prática reiterada; 
• elemento subjetivo: convicção geral de sua obrigatoriedade. 
 
 
Você também deve saber quais são as espécies de costumes: 
 
• secundum legem; 
• praeter legem; 
• contra legem. 
 
Vai se acostumando, pois no estudo do Direito são utilizadas algumas 
expressões em latim, conforme as indicadas acima. Não é bobagem de autor 
para falar bonito, mas expressões que foram absorvidas pelo nosso Direito e 
incorporadas à linguagem jurídica. Ao longo do curso você irá se acostumar 
com esses termos. 
 
Veja as diferenças dessas espécies de costumes: 
 
 
Costume Característica 
Secundem legem de acordo com a ordem 
jurídica1 
Contra legem contrário à ordem jurídica 
Praeter legem supre as lacunas das leis 
 
 
Atenção: o Direito Administrativo não admite o costume contra legem! 
 
 
Vamos analisar agora a fonte praxe administrativa... 
 
Praxe administrativa é a prática reiterada observada pelos agentes 
administrativos (ex: servidores públicos) no exercício de suas funções. 
 
                                                            
1 Quando em me referir à ordem jurídica do Brasil (ou ordenamento jurídico pátrio), estarei me referindo ao conjunto de 
leis e princípios existentes no país. Portanto, por exemplo, o costume contra legem é aquele contrário às leis e aos 
princípios de um dado ordenamento jurídico. 
 
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Diferentemente dos costumes, apesar de ser uma prática reiterada, a praxe 
administrativa não possui a convicção generalizada de 
obrigatoriedade. 
 
Lembra desse trecho que escrevi linhas acima? 
 
“De acordo com a doutrina, dois são os elementos dos costumes: 
 
• elemento material: prática reiterada; 
• elemento subjetivo: convicção geral de sua obrigatoriedade.” 
 
Portanto, costumes e praxes administrativas possuem o mesmo elemento 
material, pois são práticas reiteradas, porém somente o costume possui o 
elemento subjetivo, qual seja, a convicção generalizada de sua 
obrigatoriedade. 
 
 
d) Jurisprudência: 
 
São reiterados julgamentos do Poder Judiciário num mesmo sentido 
acerca de determinado assunto, sendo forte a sua influência para a 
construção do Direito. 
 
Em comparação com a lei e doutrina, a jurisprudência tem um caráter mais 
prático, em que pese ser influenciada por princípios teóricos. 
 
A jurisprudência, em regra, não vincula a Administração Pública. Diz-se em 
regra, pois nos termos do art. 102, § 2º, da Constituição Federal, “as decisões 
definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações 
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de 
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, 
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública 
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.” 
 
Além destas decisões proferidas em controle concentrado de 
constitucionalidade (expressão que será objeto de estudo em Direito 
Constitucional), há que se ressaltar a inovação trazida pela EmendaConstitucional 45/04, que introduziu no ordenamento jurídico pátrio as 
súmulas vinculantes, previstas no art. 103-A, da Constituição Federal, que 
também vinculam a Administração Pública: “O Supremo Tribunal Federal, 
poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus 
membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar 
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito 
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração 
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como 
proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.” 
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QQUUEESSTTÕÕEESS PPAARRAA FFIIXXAAÇÇÃÃOO 
 
1) (ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO GERAL/FINEP/CESPE/2009) Por ser 
um ramo do direito público, o direito administrativo não se utiliza de institutos 
do direito privado. 
 
2) (PROVA NÃO IDENTIFICADA) A despeito de disciplinar atividade 
eminentemente formal, o Direito Administrativo admite o costume como fonte, 
embora com restrições. 
 
3) (TRT/FUNDEC/2003) Por força do princípio da legalidade, apenas a 
Constituição e a lei ordinária podem ser consideradas fontes formais do Direito 
Administrativo. 
 
4) (TRF/2006/TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA/ESAF) A primordial fonte 
formal do Direito Administrativo no Brasil é 
a) a lei b) a doutrina c) a jurisprudência d) os costumes e) o vade-
mécum 
 
5) (ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO GERAL/MCT/FINEP/CESPE/2009) A 
doutrina é a atividade intelectual que, sobre os fenômenos que focaliza, aponta 
os princípios científicos do direito administrativo, não se constituindo, contudo, 
em fonte dessa disciplina. 
 
6) (SEFAZ/AC/AUDITOR/2009) Os costumes são fontes do direito 
administrativo, não importando se são contra legem, praeter legem ou 
secundum legem. 
 
7) (ANALISTA/TCE/AC/2007/CESPE) O costume não se confunde com a 
chamada praxe administrativa. Aquele exige cumulativamente os requisitos 
objetivo (uso continuado) e subjetivo (convicção generalizada de sua 
obrigatoriedade), ao passo que nesta ocorre apenas o requisito objetivo. No 
entanto, ambos não são reconhecidos como fontes formais do direito 
administrativo, conforme a doutrina majoritária. 
 
8) (CESGRANRIO/2006/DNPM/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) De acordo 
com o livro "Direito Administrativo Brasileiro", de Hely Lopes Meirelles, o 
Direito Administrativo tem quatro fontes principais. Nesse sentido, correlacione 
as fontes do Direito Administrativo que se encontram na coluna da esquerda 
com as afirmativas a elas referentes que se encontram na coluna da direita. 
 
I – Doutrina; II – Jurisprudência; III - Costume 
 
X - Influencia fortemente o Direito Administrativo por traduzir reiteração de 
decisões contenciosas. 
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Y - Tem tido utilização crescente nos demais ramos do direito, sendo 
importante para o Direito Administrativo em razão da deficiência da legislação. 
Z - Distingue as regras que convêm a cada um dos sub-ramos do saber 
jurídico e influi tanto na elaboração da Lei quanto nas decisões contenciosas ou 
não contenciosas2. 
 
9) (CESPE TCU ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO 2004) A 
jurisprudência e os costumes são fontes do direito administrativo, sendo que a 
primeira ressente-se da falta de caráter vinculante, e a segunda tem sua 
influência relacionada com a deficiência da legislação. 
 
10) (DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 2004 - PROVA NACIONAL) A 
jurisprudência é fonte do direito administrativo, mas não vincula as decisões 
administrativas, apesar de o direito administrativo se ressentir de codificação 
legal. 
 
11) (ANALISTA DE SISTEMAS/TCE-PE/2004/CESPE) O direito 
administrativo é um ramo do direito público interno. 
 
12) (PROVA NÃO IDENTIFICADA) A lei, em sentido amplo, é a fonte 
primária do direito administrativo; essa expressão abrange desde a 
Constituição até os regulamentos executivos. 
 
13) (PROVA NÃO IDENTIFICADA) A lei, como fonte primária do Direito 
Administrativo, abrange a(os): 
a) Doutrina. 
b) Jurisprudência. 
c) Constituição. 
d) Analogia 
 
14) (PROVA NÃO IDENTIFICADA) A doutrina é fonte do direito 
administrativo, mas não exerce influência sobre a elaboração das leis ou sobre 
as decisões administrativas ou judiciais. 
 
15) (PROVA NÃO IDENTIFICADA) Conceitualmente, podemos afirmar 
que Direito Administrativo é: 
a) Conjunto harmônico de princípios jurídicos, de natureza privada, que regem 
os órgãos, os agentes, as atividades públicas como também as privadas, 
tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo 
Estado; 
b) Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes 
da União, e as atividades públicas da Administração, mesmo quando esta atua 
em condições de igualdade com o particular, tendentes a realizar concreta, 
direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado; 
                                                            
 
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c) Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes 
e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente 
os fins desejados pelo Estado; 
d) Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes 
e as atividades públicas, indicando quais são os fins do Estado, visando a 
realizar concreta, direta e imediatamente a vontade deste. 
 
16) (ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO GERAL/MCT FINEP/CESPE 2009) A 
doutrina é a atividade intelectual que, sobre os fenômenos que focaliza, aponta 
os princípios científicos do direito administrativo, não se constituindo, contudo, 
em fonte dessa disciplina. 
 
17) (ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO GERAL/MCT FINEP/CESPE 2009) O 
costume e a praxe administrativa são fontes inorganizadas do direito 
administrativo, que só indiretamente influenciam na produção do direito 
positivo. 
 
18) (ANALISTA/ADMINISTRAÇÃO GERAL/MCT FINEP/CESPE 2009) 
Apesar de ser um ramo do direito público, o Direito Administrativo, em várias 
situações, poderá recorrer ao direito privado com o objetivo de suprir lacunas 
existentes no regime jurídico-administrativo. 
 
19) (PROCURADOR FEDERAL/AGU/2002/CESPE) Não obstante o princípio 
da legalidade e o caráter formal dos atos da administração pública, muitos 
administrativistas aceitam a existência de fontes escritas e não escritas para o 
direito administrativo, nelas incluídas a doutrina e os costumes; a 
jurisprudência é também considerada por administrativistas como fonte do 
direito administrativo, mas não é juridicamente correto chamar de 
jurisprudência uma decisão judicial isolada. 
 
20) (PROVA NÃO IDENTIFICADA) A jurisprudência tem um caráter mais 
prático que a doutrina, portanto afasta-se de princípios teóricos aplicáveis à 
administração pública. 
 
Gabarito comentado: 
 
1) Errada - já estudamos que o direito administrativo, em que 
pese ser ramo do direito público, utiliza-se também de instituto do 
direito privado. 
 
2) Correta – diferentemente do que ocorre com as demais fontes, 
não é pacífica na doutrina a aceitação dos costumes como fontes do 
direito administrativo. A posição majoritária sustenta essa posição, 
contudo, fazendo restrições quanto à sua utilização, uma vez que o 
direito administrativo é regido pelo princípio da legalidade. Na 
realidade, a utilização dos costumes no direito administrativo 
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encontra-se atualmente consideravelmente reduzida. 
 
3) Errada – na condição de fonte do direito administrativo, a 
expressão “lei” deve ser utilizada em sentido amplo, abrangendo 
atos normativos que possuam conteúdo jurídico, tais como a CF, 
emendas constitucionais, leis ordinárias, leis complementares, 
decretos, resoluções, regulamentos e etc. 
 
4) A - por força do princípio da legalidade. 
 
5) Errada - uma vez que a doutrina, conforme já estudado, é fonte 
do direito administrativo. 
 
6) Errada – apenas os costumes praeter legem ou secundum 
legem são admitidos como fontes do direito administrativo. 
 
7) Errada – de fato, costume não se confunde com praxe 
administrativa, uma vez que essa não possui o requisito subjetivo 
da convicção generalizada da obrigatoriedade de sua observância, 
Contudo, ambos são reconhecidos pela doutrina majoritária como 
fontes do direito administrativo. 
 
8) II – X; III - Y; I - Z 
 
9) Correta – vale a pena ressaltar, relativamente à jurisprudência, 
que as súmulas vinculantes e as decisões proferidas no controle 
concentrado de constitucionalidade possuem caráter vinculante. De 
qualquer forma, a fonte “jurisprudência”, sem qualquer menção aos 
institutos citados, não possui caráter vinculante. 
 
10) Correta – as explicações da questão acima aplicam-se 
perfeitamente esse enunciado. A afirmação de que o direito 
administrativo ressente de codificação legal faz sentido, pois a 
legislação administrativa não é unificada, como ocorre, por 
exemplo, no direito civil (Código Civil) e no direito penal (Código 
Penal). 
 
11) Correta – já estudamos que o direito administrativo é 
disciplina do direito público interno. Interessante destacar que as 
relações entre países são regidas pelo direito público externo. 
 
12) Correta – reforçando que a expressão lei é utilizada em 
sentido amplo na condição de fonte do direito administrativo. 
 
13) C – a expressão “fonte primária” significa que das leis (em 
sentido amplo) originam-se regras que irão regular as relações 
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jurídicas firmadas entre particulares e entre estes e o Poder 
Público. 
 
14) Errada – a doutrina, como fonte do direito administrativo, 
exerce influência sobre o legislador quando da elaboração das leis, 
bem como sobre as decisões administrativas ou judiciais. Não é 
raro acontecer de decisões judiciais serem proferidas adotando-se 
como fundamentação teses sustentadas por doutrinadores. 
 
15) C – reproduzi abaixo as alternativas destacando os respectivos 
erros: 
 
a) Conjunto harmônico de princípios jurídicos, de natureza 
privada, que regem os órgãos, os agentes, as atividades públicas 
como também as privadas, tendentes a realizar concreta, direta e 
imediatamente os fins desejados pelo Estado; 
b) Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, 
os agentes da União, e as atividades públicas da Administração, 
mesmo quando esta atua em condições de igualdade com o 
particular, tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente 
os fins desejados pelo Estado; 
d) Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, 
os agentes e as atividades públicas, indicando quais são os fins 
do Estado, visando a realizar concreta, direta e imediatamente a 
vontade deste. 
 
16) Errada - definição perfeita de doutrina, porém a assertiva se 
equivoca ao afirmar que doutrina não é fonte do direito 
administrativo. 
 
17) Correta – diz-se inorganizadas pois não são catalogadas, 
como as leis, que são escritas e recebem numeração específica. Os 
costumes, apesar de serem fontes do direito administrativo, não 
exercem influência direta na produção do direito positivo, 
(produção das leis). Quando da produção legislativa, as práticas 
reiteradas observadas na sociedade podem exercer influência na 
elaboração dos textos legais, mas não ao ponto de se poder afirmar 
que a influencia é direta, decisiva. 
 
18) Correta – é a aplicação supletiva do direto privado nas 
lacunas do direito público. 
 
19) Correta – uma decisão judicial apenas não configura 
jurisprudência, pois esta se materializa por meio do conjunto de 
decisões proferidas no mesmo sentido sobre determinado assunto. 
 
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20) Errada - o enunciado está correto ao afirmar que a 
jurisprudência tem um caráter mais prático do que a doutrina, pois 
é reflexo das análises realizada pelos tribunais acerca de situações 
concretas levadas para apreciação judicial. Contudo, a 
jurisprudência não se afasta de princípios teóricos aplicáveis à 
administração, como diz o enunciado. É justamente o contrário, 
pois os magistrados se baseiam também nesses princípios para 
formarem suas convicções e proferirem suas decisões. 
 
 
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Neste momento, chego ao final desta aula demonstrativa na expectativa de 
que por meio dela você tenha aprimorado seus conhecimentos acerca do 
conceito e das fontes do Direito Administrativo. 
 
Essa primeira matéria é mais tranquila, não envolvendo jurisprudência e 
legislação, mas tão somente conceitos teóricos. Inclusive, as questões de 
provas anteriores disponíveis relacionadas a esses temas são poucas, o que 
não vai ocorrer relativamente aos demais temas trabalhados ao longo do 
curso. 
 
De qualquer forma, busquei por meio do método de repetição desenvolver esse 
treinamento com você. 
 
A minha expectativa é que quando retorne a essas questões considere-as bem 
simples, o que demonstrará que nosso objetivo comum foi alcançado. 
 
É com base nesses métodos que o curso será desenvolvido. 
 
Até a próxima aula! 
 
 
Armando Mercadante 
mercadante@pontodosconcursos.com.br

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