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Aula 04 Armando Mercadante

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DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
AULA N° 4 
(20/09/11) 
Prezado(a) aluno(a), 
Nessa quarta aula serão abordados os seguintes temas: 
• Responsabilidade civil do Estado; 
• Controle da administração pública: controle administrativo, controle 
legislativo e controle judicial. 
Desejo-lhe uma ótima aula! 
Armando Mercadante 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 137 
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
PONTO 6 
RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO 
O estudo da responsabilidade civil do Estado implica na análise das situações 
em que os agentes públicos, atuando lícita ou ilicitamente1, por meio de 
ações (condutas comissivas) ou omissões (condutas omissivas) violam 
direitos alheios, causando-lhes danos, gerando para a pessoa jurídica a que se 
vinculam o dever de indenizar. 
Atualmente, não há mais dúvidas de que o princípio da igualdade de todos 
perante a lei, um dos postulados do moderno Estado de Direito, conduz à 
conclusão de que o comportamento estatal, da mesma forma que o privado, 
quando causador de lesão a direito alheio, submete-se às regras da 
responsabilidade civil. 
Se há sujeição à ordem jurídica tanto das pessoas de direito público como das 
de direito privado, ambas deverão suportar as conseqüências advindas de 
prejuízos causados a terceiros pelas condutas de seus agentes. 
A responsabilização civil é de ordem pecuniária, ou seja, o responsável é 
condenado ao pagamento de determinada quantia em dinheiro a título de 
indenização. Trata-se, portanto, de obrigação de dar coisa certa: dinheiro. 
Alguns autores reportam-se ao tema como responsabilidade 
extracontratual do Estado, buscando distinguir a responsabilidade ora 
estudada da responsabilidade contratual, que possui campo próprio de estudo 
(contratos administrativos). 
Celso Antônio bandeira de Mello2 destaca a necessidade de a responsabilidade 
do Estado governar-se por um regime próprio, fundado em princípios próprios, 
"compatíveis com a peculiaridade de sua posição jurídica, e, por isso mesmo, é 
mais extensa que a responsabilidade que pode calhar às pessoas privadas". 
Prossegue o autor lecionando que "as funções estatais rendem ensejo à 
produção de danos mais intensos que os suscetíveis de serem gerados pelos 
particulares". 
Evolução doutrinária 
São diversas as teorias elaboradas ao longo do tempo para tratar do tema 
responsabilidade civil do Estado. 
1 No direito pr ivado a responsabi l idade civil decorre de atos ilícitos (contrár io a leis ou aos princípios), d i fe rentemente do 
que ocorre no direito administrat ivo, que prevê a responsabi l ização civil or iginária tanto de atos lícitos como ilícitos. 
2 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 26a ed. São Paulo: Malheiros, 2009. p. 986. 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 138 
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
Vamos estudá-las... 
Teoria do Risco Integral 
Por essa teoria, se houver nexo causal entre a conduta do agente público e o 
dano causado ao particular, o Estado responderá pela indenização devida, 
ainda que o dano tenha sido causado por culpa exclusiva do particular, culpa 
de terceiros ou força maior. 
Teoria da irresponsabilidade do Estado 
Remonta da origem do Direito Público, sendo adotada pelos Estados 
absolutistas, pois estes se colocavam diante de seus súditos em posição de 
autoridade incontestável (soberana). Nesses Estados, o poder militar e o 
político era concentrados nas mãos do monarca soberano (rei ou príncipe 
hereditário). 
De acordo com essa teoria, o Estado, em regra, não respondia pelos atos 
praticados por seus agentes, pois estes eram imunes a erros por serem 
considerados representantes do rei. 
Atenção na prova para as seguintes máximas que estão associadas a teoria ora 
analisada: "the king can do no wrong" e "/e roi ne peut mal faire" (ambas 
significando que "o rei não pode errar"). 
Em virtude das injustiças cometidas com base nessa teoria, ela recebeu 
diversas críticas e foi duramente combatida. 
No final do século XIX, a teoria da irresponsabilidade atingiu o máximo da sua 
crise, sendo superada pelas teorias civilistas que se fundavam em princípios 
do Direito Civil e admitiam a responsabilidade estatal. 
A partir desse momento, as teorias serão agrupadas em duas correntes 
diversas: teorias civilistas e teorias publicistas. 
Teorias civilistas 
Os civilistas estudam a responsabilidade estatal adotando como referência os 
princípios da doutrina civilista (Direito Civil), ao passo que os publicistas se 
apegam aos princípios do direito público (Direito Administrativo e Direito 
Constitucional). 
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DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
- Teoria dos atos de império e atos de gestão 
Os adeptos dessa teoria não romperam definitivamente com a teoria da 
irresponsabilidade. 
Fazia-se distinção entre atos de império e atos de gestão. 
A Administração, ao praticar atos de império, colocava-se em posição de 
supremacia diante do administrado, impondo coercitiva e unilateralmente 
suas vontades, numa relação jurídica marcada por prerrogativas e 
privilégios estatais. 
Quando a prática desses atos implicava em danos aos administrados, a 
responsabilidade estatal era afastada, mantendo-se inalterado o regime 
anterior (da irresponsabilidade do Estado). 
Situação diversa ocorria quando os atos de gestão eram praticados, 
considerados aqueles executados pela Administração em situação de igualdade 
com os particulares. 
Quanto a esses surge a inovação, pois se passou a admitir a responsabilização 
estatal. 
Distinguia-se a pessoa do Rei (insuscetível de errar), que praticaria os atos de 
império, da pessoa do Estado, que praticaria os atos de gestão, através de 
seus prepostos. 
A crítica a essa teoria incidia principalmente sobre dois pontos: 
• impossibilidade de dividir a personalidade do Estado adotando como 
referência os atos do Rei (atos de império) e atos do Estado (atos de 
gestão); 
• impossibilidade de separar com precisão os atos de império dos atos 
de gestão. 
- Teoria da culpa civil ou da responsabilidade subjetiva 
Da mesma forma que a teoria dos atos de império e dos atos de gestão, a 
teoria da culpa civil fundava-se em preceitos do Direito Civil. 
Para os adeptos dessa teoria, que não mais faziam distinção entre atos de 
império e atos de gestão, o Estado seria responsável pelos danos que seus 
agentes causassem a terceiros desde que ficasse comprovada a "culpa" (aqui 
utilizada em sentido amplo, abrangendo dolo e culpa). 
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DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
Os requisitos cumulativos para configuração do dever estatal de indenizar, 
com base nessa teoria, são os seguintes: conduta (ação ou omissão, lícita ou 
ilícita); dano; nexo causal (ligação) entre a conduta e o dano; dolo ou culpa 
(elementos subjetivos da conduta). 
É importante destacar que nessa modalidade de responsabilidade as condutas 
dolosas ou culposas representam situações ofensivas ao Direito, o que 
sustenta a afirmação da doutrina que a responsabilidade subjetiva tem como 
principal fundamento o princípio da legalidade. 
Teorias publicistas 
A doutrina identifica como o marco do surgimento destas teorias o caso 
Blanco, ocorrido em 1873 na França. 
A menina Agnès Blanco foi atropelada por uma vagonete. Seu pai ajuizou uma 
ação de indenização contra o Estado. Surgiu o conflito de atribuição entre a 
jurisdição comum (Poder Judiciário) e o contencioso administrativo (PoderExecutivo). O Tribunal de Conflitos decidiu que a matéria deveria ser analisada 
pelo tribunal administrativo, pois o tema responsabilidade civil do Estado não 
poderia ser apreciado com base nos postulados do Direito Civil, mas sim 
naqueles regentes do direito público. 
- Teoria da culpa do serviço ou da culpa administrativa ou do acidente 
administrativo 
Os adeptos dessa teoria desvincularam a responsabilidade do Estado da culpa 
do funcionário. 
Não era preciso comprovar a culpa do agente público (identificar o agente), 
mas sim a culpa na prestação do serviço (faute du service, conforme os 
franceses), bem como, logicamente, os demais elementos configuradores da 
responsabilidade. 
Nesse sentido, Segunda Turma do STF no julgamento do RE 395942 AgR/RS: 
"A alegação de falta do serviço - faute du service, dos franceses -
não dispensa o requisito da aferição do nexo de causa/idade da 
omissão atribuída ao poder público e o dano causado" (Relatora Min. 
Ellen Gracie, DJe 26/02/09). 
Essa falha do serviço público é caracterizada em três hipóteses: 
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• o serviço não foi prestado; 
• o serviço foi prestado, porém com atraso; 
• o serviço foi mal prestado. 
Pense no seguinte exemplo: 
Se diversos moradores de determinada cidade fossem hospitalizados pelo fato 
de a água fornecida pelo município estar contaminada. Caso estes moradores 
propusessem ação de indenização contra o município não seria preciso 
identificar o agente público responsável pelo controle de qualidade da água, 
mas sim a falha do município em fornecer água contaminada. Ou seja, seria 
preciso comprovar que o serviço público foi mal prestado. Observe que o foco 
não é a falta do agente, mas sim a falha na prestação do serviço. 
A doutrina passou a denominar o fato causador da obrigação de reparar de 
"falta do serviço" ou "faute du service" ou "culpa anônima". 
- Teoria do risco administrativo ou da responsabilidade objetiva 
Esta teoria publicista, que serviu de fundamento para a responsabilidade 
objetiva do Estado, baseia-se no princípio da igualdade de todos perante os 
encargos sociais. 
Se os benefícios advindos da atuação estatal são repartidos para todos os 
integrantes da coletividade, nada mais justo que os prejuízos sofridos por 
alguns indivíduos também sejam repartidos. 
De acordo com essa teoria, o Estado será responsabilizado se ficar comprovado 
que há nexo de causalidade (ligação) entre a conduta de seu agente e o 
resultado que causou a lesão ao administrado, sendo indiferente a 
existência de falta do serviço ou de culpa do agente público. 
Analise o seguinte exemplo: 
Ainda o exemplo do servidor municipal que avançou o sinal atropelando um 
pedestre causando-lhe ferimentos. Considerando-se que o motorista é servidor 
do Município, portanto, agente público, e no momento do acidente estava 
exercendo a sua função, o Município responderá pelos danos causados à vítima 
do acidente independentemente da comprovação de que o agente agiu 
com dolo ou culpa. Nessa situação, a vítima, para fazer jus à indenização, 
deverá provar que o agente avançou o sinal e causou-lhe um dano, sendo 
indiferente se esta conduta foi intencional (dolosa) ou não intencional (culpa). 
Os requisitos cumulativos para configuração do dever estatal de indenizar, 
com base nesta teoria, são os seguintes: 
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• conduta (ação ou omissão, lícita ou ilícita) de agente público; 
• dano; 
• nexo causal (ligação) entre a conduta e o dano. 
Em função da posição de supremacia em que o Estado se apresenta diante dos 
particulares, concluiu a doutrina que a uma maior quantidade de poderes deve 
ser atribuído um risco maior, surgindo daí a denominação teoria do risco 
administrativo. 
Responsabilidade civil da Administração no Direito brasileiro 
A teoria da responsabilidade civil objetiva do Estado foi adotada como 
regra no Brasil, constando das constituições a partir da Constituição de 1946. 
É importante destacar que a adoção essa teoria não afasta a aplicação da 
teoria da responsabilidade subjetiva, pois em determinadas situações 
(condutas omissivas), conforme será visto linhas abaixo, o Estado responderá 
de forma subjetiva. 
Previsão legal: 
A adoção pelo ordenamento jurídico pátrio da teoria da responsabilidade civil 
objetiva do Estado é demonstrada por meio da leitura do art. 37, §6°, da 
Constituição Federal, e do art. 43 do Código Civil: 
CF/88 Art. 37, §6°. As pessoas jurídicas de direito público 
e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado 
o direito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa. 
CC Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público 
interno são civilmente responsáveis por atos dos 
seus agentes que nessa qualidade causem danos a 
terceiros, ressalvado o direito regressivo contra os 
causadores do dano, se houver, por parte destes, 
culpa ou dolo. 
Observe que os elementos subjetivos culpa e dolo não estão associados à 
responsabilidade estatal, mas sim à responsabilidade dos agentes 
públicos causadores do dano quando acionados em ação regressiva. 
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DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
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Requisitos: 
Conforme já visto na questão anterior, os requisitos cumulativos são: 
• conduta (ação ou omissão, lícita ou ilícita) de agente público; 
• dano; 
• nexo causal (ligação) entre a conduta e o dano. 
Pessoas sujeitas à teoria da responsabilidade objetiva: 
A decomposição do art. 37, §6°, CF, revela quais os sujeitos que estão 
expostos à teoria da responsabilidade civil objetiva do Estado: 
"As PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO e as de DIREITO 
PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo 
ou culpa" (sem destaque no original). 
Portanto, responderão de forma objetiva, em regra, tanto as pessoas jurídicas 
de direito público com as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de 
serviços públicos. Mas afinal, quem são essas pessoas? Veja o quadro: 
Pessoas juríd 
Pú 
icas de Direito 
blico 
Pessoas jurídicas de Direito Privado 
prestadoras de serviços públicos 
Entes 
federados 
União 
Estados 
Distrito Federal 
Municípios 
Administração 
indireta 
Fundações Públicas de 
Direito Privado, Empresas 
Públicas e Sociedades de 
Economia Mista. 
Administração 
indireta 
Autarquias e 
Fundações 
Públicas de 
Direito Público 
Particulares 
delegatários 
Concessionários e 
Permissionários 
Observações: 
1) As empresas públicas e as sociedades de economia mista podem ser 
criadas tanto para a prestação de serviços públicos como para a exploração 
de atividades econômicas. Contudo, apenas as prestadoras de serviços 
públicos são abrangidas pela teoria da responsabilidade objetiva, o 
que demonstra que nem todas as entidades integrantes da administração 
indireta estão expostas à teoria em questão. Adote-se como exemplo de 
empresa pública exploradora de atividades econômicas a CEF e de sociedade 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 144 
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PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
de economia mista o Banco do Brasil. 
2) Dentre as pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração 
indireta pode-se incluir as agências reguladoras e asagências 
executivas, que possuem natureza jurídica de autarquia ou fundação, bem 
como as associações públicas, cuja natureza jurídica é de autarquia. 
3) Quanto às pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços 
públicos, o comando normativo do art. 37, §6°, da CF, não exige que tais 
pessoas integrem a Administração Pública, daí justificar-se a presença 
das concessionárias e das permissionárias de serviços públicos. 
Abrangência da expressão "agentes públicos": 
As constituições de 1946, 1967 e 1969, no que se refere ao tema, reportavam-
se aos danos causados a terceiros por funcionários das pessoas jurídicas de 
direito público. 
O texto da Constituição de 1988 (art. 37, §6°) é de alcance muito maior, não 
apenas relativamente às pessoas jurídicas responsáveis pelas indenizações 
decorrentes dos danos, mas também quanto às pessoas físicas causadoras dos 
danos. 
O constituinte de 1988 substituiu a expressão "funcionário" por 
"agente publico". Além disso, acrescentou ao rol das pessoas jurídicas 
responsáveis pelas indenizações as pessoas jurídicas de direito privado 
prestadoras de serviços públicos, que, juntamente com as pessoas jurídicas de 
direito público, passaram a responder como sujeitos ativos dessa relação 
jurídica obrigacional. 
Porém, resta saber quem são os agentes públicos? Agente público é a 
pessoa física que exerce funções públicas. 
Dessa forma, todo aquele que exerça função pública vinculado à pessoa 
jurídica de direito público ou a pessoa jurídica de direito privado 
prestadora de serviço público será considerado agente público para 
fins de responsabilização estatal, nos termos do art. 37, §6°, da CF. 
Portanto, as condutas praticadas pelos agentes públicos no exercício de 
função pública, independentemente se dolosas ou culposas, são consideradas 
para efeito de responsabilização da pessoa jurídica a qual estejam vinculados. 
Uma pergunta muito comum é: por que a vítima não propõe a ação contra o 
próprio agente público ao invés de indicar como réu a pessoa jurídica? 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 145 
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
A resposta a essa indagação encontra resposta na teoria da imputação volitiva 
(teoria do órgão), que está atrelada ao princípio da impessoalidade. 
Teoria da imputação volitiva: 
Dentre as teorias utilizadas para justificar a relação entre agente público e a 
pessoa jurídica a qual está vinculado, prevaleceu no ordenamento jurídico 
pátrio a teoria da imputação volitiva (teoria do órgão). 
Os adeptos dessa teoria sustentam que os agentes públicos não atuam com 
vontade própria, mas sim praticam seus atos tendo como propósito atender as 
finalidades da lei. A atuação do agente deve ser impessoal, sendo suas 
condutas imputadas à pessoa jurídica a que se vinculam. 
Responsabilidade primária e secundária: 
A discussão envolvendo responsabilidade primária e secundária está 
intimamente ligada aos institutos da centralização e da descentralização. 
Por meio da centralização União, Estados, DF e Municípios atuam 
diretamente para a consecução de seus objetivos, não se valendo de entidades 
da administração indireta ou de concessionários/permissionários. 
Nessas hipóteses, quando um agente das pessoas federativas indicadas causa 
lesão ao direito de outrem, o próprio ente público responderá pela indenização, 
restando caracterizada a responsabilidade primária. 
Exemplo: se um policial federal, agente da União, agride um particular 
causando-lhe lesões, eventual ação de indenização será proposta diretamente 
contra a União, refletindo a responsabilidade primária desta. 
Agora, adote-se o mesmo exemplo alterando apenas o sujeito. Ao invés de um 
policial federal o agressor será um carteiro dos Correios, entidade integrante 
da administração indireta, fruto de descentralização, cuja natureza jurídica é 
de empresa pública. 
Se na centralização a atuação das pessoas políticas é direta, na 
descentralização estas pessoas perseguem suas finalidades por meio das 
entidades integrantes da administração indireta ou das 
concessionárias/permissionárias. 
No caso apresentado, a ação indenizatória será proposta diretamente contra a 
empresa pública Correios. Contudo, se o patrimônio deste não for suficiente 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 146 
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
para saldar o débito, a União pode ser responsabilizada subsidiariamente, 
configurando-se a sua responsabilidade secundária. 
Condutas omissivas: 
De acordo com a posição que prevalece na doutrina e na jurisprudência, 
quando a conduta estatal foi omissiva (omissão), a responsabilidade 
estatal será subjetiva, sendo necessário apurar a existência de dolo ou de 
culpa para surgir o dever de indenizar. 
Dessa forma... 
Conduta Responsabilidade 
Comissiva Objetiva 
Omissiva Subjetiva 
Portanto, as condutas omissivas surgem como exceção à regra da aplicação da 
responsabilidade objetiva do Estado, encontrando discussão na doutrina e na 
jurisprudência. 
A jurisprudência dominante no STJ e no STF é de que nas omissões o 
Estado responde de forma subjetiva. 
Porém, quando o dano decorre de omissão de agente público em 
estabelecimento prisional, as decisões tanto do STJ como do STF 
convergem para a responsabilidade objetiva, aplicando-se novamente 
a regra. O Estado tem o dever de proteger aqueles que estão sob sua 
custódia, sendo objetiva sua responsabilidade nos casos de mortes de presos, 
inclusive por suicídio. 
É essa a posição que você deve adotar nas suas provas. 
Prestadores de serviços públicos e terceiro não-usuários 
Sobre esse tema, analise a questão abaixo: 
(PGM/ARACAJU/PROCURADOR/2008/CESPE) A responsabilidade 
civil de concessionária de serviço público de transporte municipal é 
objetiva apenas relativamente aos usuários do serviço. (errada) 
Para melhor entendimento dessa assertiva, duas situações devem ser 
visualizadas: 
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DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
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I) Motorista de ônibus de permissionária de serviço público, conduzindo o 
veículo, freia bruscamente causando ferimentos nos passageiros em função 
das quedas ocorridas; 
II) Motorista de ônibus de permissionária de serviço público, conduzindo o 
veículo, atropela pedestre que atravessava a pista. 
Analisando as duas situações acima facilmente conclui-se que as vítimas do 
primeiro caso, no momento do acidente, eram usuárias do serviço público de 
transporte. Já no segundo caso, a vítima atropelada, no momento do acidente, 
não estava utilizando o serviço público de transporte público. 
Tem-se, portanto, duas narrativas abrangendo usuário de serviço público e 
não usuário. 
O Supremo Tribunal Federal, durante certo tempo, fez distinção entre essas 
duas situações, considerando objetiva a responsabilidade do particular 
prestador de serviço público por danos causados a usuários do serviço e 
subjetiva se o dano fosse causado a não usuários. 
Contudo, essa posição foi alterada em decisão proferida no julgamento do RE 
591874 (julgado em 08/03/07), conforme se verifica de trecho da notícia 
extraída do informativo n° 458: 
O Min. Joaquim Barbosa, relator, negou provimento ao recurso por 
entender que a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de 
direito privado prestadoras de serviço público é objetiva também 
relativamente aos terceiros não-usuários do serviço. Asseverou que, 
em razão de a Constituição brasileira ter adotado um sistema de 
responsabilidade objetiva fundado na teoria do risco, mais favorável às 
vítimas do que às pessoas públicas ou privadas concessionárias de serviço 
público, toda a sociedade deveriaarcar com os prejuízos decorrentes dos 
riscos inerentes à atividade administrativa, tendo em conta o princípio da 
isonomia de todos perante os encargos públicos. Ademais, reputou ser 
indevido indagar sobre a qualidade intrínseca da vítima, a fim de 
se verificar se, no caso concreto, configura-se, ou não, a hipótese 
de responsabilidade objetiva, haja vista que esta decorre da 
natureza da atividade administrativa, a qual não é modificada pela 
mera transferência da prestação dos serviços públicos a empresas 
particulares concessionárias do serviço. 
Danos de obras públicas: 
A matéria deve ser analisada sob dois aspectos: 
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PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
I) Quando o dano é provocado pelo só fato da obra: 
Por razões de ordem natural ou imprevisível, sem culpa de alguém, a obra 
pública causou dano ao particular. Nesse caso, restará configurada a 
responsabilidade objetiva da Administração Pública, independentemente de 
quem esteja executando a obra (se ela diretamente ou um particular 
contratado). 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo citam o seguinte exemplo: "pode 
ocorrer de, numa obra de perfuração e abertura de galerias para ampliação do 
metrô de São Paulo, as explosões necessárias, a despeito de todas as 
precauções e cuidados técnicos, provocarem nas paredes das casas próximas. 
Nesse caso, o dano a essas casas é ocasionado pelo só fato da obra, sem que 
haja culpa de alguém, e quem responde pelo dano é Administração Pública 
(responsabilidade civil objetiva), mesmo que a obra esteja sendo executada 
por um particular por ela contratado" 
II) Quando o dano é causado diretamente pelo Estado ou este 
atribuiu a obra a particular por meio de contrato administrativo 
Trata-se de hipótese de má execução da obra, cujos danos devem ser 
imputados ao executor. 
Se a obra está sendo realizada pela Administração Pública, aplicar-se-á 
a teoria do risco administrativo (responsabilidade objetiva): caso a execução 
esteja a cargo de particular contratado, a responsabilidade será do tipo 
subjetiva. 
Participação do lesado: 
Há casos em que o dano tem origem exclusiva na conduta do lesado, restando 
totalmente afastada a responsabilidade civil do Estado, que não pode ser 
responsabilizados por prejuízos que não ocasionou. Todavia, em outras 
situações, a culpa não é exclusiva do lesado, mas sua participação contribuiu 
para a configuração do dano. Nesses casos, é pacífico nos tribunais que 
haverá a compensação de culpas, devendo o Estado arcar 
proporcionalmente à sua participação no evento danoso. 
Caso fortuito e força maior: 
Há grande discussão na doutrina quanto aos conceitos de caso fortuito e de 
força maior. 
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DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCON-DF - TODOS OS CARGOS 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
Alguns autores sustentam que o caso fortuito está associado a eventos 
inevitáveis decorrentes da atuação do homem, ao passo que a força maior 
associa-se a eventos irresistíveis da natureza. 
Já outros, como Maria Sylvia Di Pietro, Celso Antônio Bandeira de Mello, 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo não adotam esse critério de distinção, 
posicionando-se da seguinte maneira: 
• Força maior: consiste num evento externo, inevitável e invencível ou 
irresistível, estranho a qualquer atuação da Administração, como, por 
exemplo, um furacão. 
• Caso fortuito: consiste num evento interno, decorrente de uma atuação 
da Administração, cujo resultado é inevitável e invencível ou irresistível. Em 
que pese todos os cuidados técnicos terem sido adotados, o resultado ocorre 
da forma diversa da prevista, como exemplo, uma veículo público chocar-se 
com veículo particular, causando-lhe dano, por ter o freio falhado. 
O Supremo Tribunal Federal em seus julgados não tem feito distinção entre 
essas figuras, considerando que ambos são excludentes da 
responsabilidade estatal na modalidade risco administrativo, pois na 
condição de eventos externos à atuação administrativa rompem o nexo causal 
entre a conduta estatal e o dano. 
Quando a conduta estatal for omissiva (omissão), hipótese que será aplicada 
a teoria da culpa administrativa (responsabilidade subjetiva), caso fortuito e 
força maior serão excludentes da responsabilidade estatal, salvo se o 
Estado contribuiu para ocorrência do dano. Imagine uma árvore que em 
função de uma tempestade caiu sobre um veículo particular. Inicialmente, não 
há nenhuma relação entre o dano e o Estado. Porém, a situação muda se ficar 
demonstrado que os moradores já haviam alertado o Poder Público de que a 
árvore estava com seu tronco podre e prestes a cair. Nesse caso, a omissão da 
Administração Pública contribuiu para o evento danoso. Responderá, portanto, 
de forma subjetiva, pois sua omissão decorreu de culpa. 
Sendo comissiva (ação) a conduta estatal, surge a controvérsia doutrinária. 
Para aqueles que seguem as lições de Celso Antônio Bandeira de Mello, nas 
hipóteses de força maior a responsabilidade estatal será afastada por 
ausência de nexo causal (no ex. de Marcelo A. e Vicente P.: um terremoto 
que arremessa um veículo oficial sobre propriedade particular, causando 
danos). 
Já nas hipóteses de caso fortuito, essa corrente sustenta que haverá 
responsabilização estatal, ainda que o resultado seja inevitável e 
irresistível. Dessa forma, no exemplo do freio do veículo público que falhou, 
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apesar de estar em perfeito estado de conservação, responderia a 
Administração Pública pelos danos causados na colisão. 
Importante ressaltar, mais uma vez, que o STF não tem feito distinção 
entre caso fortuito e força maior. 
Ação de indenização e ação regressiva 
A reparação do dano causado pela Administração dar-se-á de forma 
amigável ou pela via judicial. 
Uma vez indenizado o particular, a entidade pública se voltará contra o agente 
causador do dano, em ação regressiva, buscando o ressarcimento do 
prejuízo financeiro, devendo, todavia, para ter sucesso nessa empreitada, 
demonstrar a existência de culpa ou dolo na conduta do servidor. 
É, portanto, subjetiva a responsabilidade do agente público na ação 
regressiva que lhe move o Estado. 
É importante destacar que é possível que o agente formalize acordo com a 
Administração Pública em sede administrativa. O que o Estado não pode fazer 
é obrigar administrativamente o seu agente ao pagamento da indenização. 
Caso não alcance seu objetivo na via administrativa, deverá a 
Administração recorrer-se à via judicial. 
A indenização do dano deve abranger o que a vítima objetivamente 
perdeu, o que desprendeu e o que deixou de ganhar em conseqüência 
direta e mediata do ato lesivo da Administração. 
Nos termos do art. 37, §5°, CF, a ação regressiva de ressarcimento é 
imprescritível. 
Por fim, a obrigação do servidor de reparar o dano estende-se aos sucessores 
e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. 
Responsabilidade civil, penal e administrativa 
Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, penal e 
administrativamente: 
Responsabilidade civil Prejuízo ao erário ou a terceiros 
Responsabilidade penal Abrange crimes e contravenções 
Responsabilidade administrativa Infração disciplinar 
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A responsabilidade civil decorre de ato omissivo (omissão) ou comissivo 
(ação), doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a 
terceiros. 
Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responderáperante a 
Fazenda Pública em ação regressiva. 
A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será 
executada, até o limite do valor da herança recebida. 
Já a responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções 
imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo 
praticado no desempenho do cargo ou função que caracterize infração 
disciplinar. 
Agora, as duas questões desse tema mais cobradas em prova: 
- As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo 
independentes entre si. 
- A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso 
de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
Fique atento(a) quanto a esse último ponto, pois a absolvição no crime por 
insuficiência ou ausência de provas não interfere necessariamente no 
resultado na esfera administrativa. 
Súmulas sobre responsabilidade civil do Estado 
- Súmula vinculante n° 11 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de 
fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou 
de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado. 
- Súmula do STF n° 562 
Na indenização de danos materiais decorrentes de ato ilícito cabe a atualização 
de seu valor, utilizando-se, para esse fim, dentre outros critérios, os índices de 
correão monetária. 
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- Súmula do STJ n° 37 
São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do 
mesmo fato. 
- Súmula do STJ n° 54 
Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de 
responsabilidade extracontratual. 
- Súmula do STJ n° 326 
Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao 
postulado na inicial não implica sucumbência recíproca. 
- Súmula do STJ n° 387 
É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. 
Decisões importantes sobre responsabilidade civil do Estado 
Legitimidade passiva 
Matéria que encontra muita controvérsia na doutrina e na jurisprudência reside 
na possibilidade de a ação indenizatória ser proposta somente contra o agente 
público ou contra este e a pessoa jurídica ou somente contra a pessoa jurídica. 
Na doutrina não há uma posição definitiva. Por enquanto, no STF, posição que 
você deve adotar na sua prova, prevalece o entendimento pela tese do 
ajuizamento contra a pessoa jurídica, reservando-se a esta a ação 
regressiva contra o agente causador do dano. 
Inclusive essa a solução dada pela Lei 8.112/90, nos termos do art. 122, §2°: 
"tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a 
Fazenda Pública, em ação regressiva". 
Denunciação à lide ao agente público 
Quanto ao tema, o entendimento do STJ é no sentido de não ser obrigatória 
a denunciação à lide do agente público supostamente causador do dano nas 
ações fundadas na responsabilidade civil objetiva do Estado. 
Cuidado, pois o STJ não veda a denunciação à lide ao agente, mas tão 
somente não a considera obrigatória. 
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Culpa recíproca 
A questão mostra-se tranqüila no STJ, não havendo dúvidas que a indenização 
deve ser proporcional à participação no dano nos casos de culpa recíproca, 
caracterizada, no caso apresentado, pela omissão estatal conjugada com a 
ausência de dever de cuidado da vítima. 
Prescrição para ações de reparação civil contra o Estado: 
3 anos ou 5 anos 
A questão ainda não se mostra pacífica no STJ, havendo divergências entre a 
Primeira e Segunda Turmas e dentro das próprias Turmas. 
Dessa forma, não há uma definição se nas ações propostas contra o Estado 
buscando reparação civil deve-se observar a prescrição de 3 anos, prevista no 
art. 206, §3°, V, do Código Civil, ou o prescrição quinquenal do art. 1° do 
Decreto 20.910/32. 
Infelizmente aqui não há uma "receita de bolo" para sua prova. Saiba que há 
adeptos para as duas posições, não se podendo ainda dizer qual prevalece. 
Pretensão indenizatória decorrente 
de ilícito penal: prescrição 
A questão aqui é saber qual o prazo inicial de contagem da prescrição para 
ajuizamento de ações indenizatórias por danos causados em decorrência de 
ilícitos penais praticas por agentes públicos. 
Ilustrando: servidor público policial é acusado de um homicídio e a família 
pretende ingressar com ação de reparação civil contra o Estado. A partir de 
que momento tem início a contagem do prazo prescricional para a ação de 
reparação civil? 
A posição das duas Turmas de Direito Público do STJ - Primeira e Segunda 
Turmas - é resumida a seguinte forma: 
• se houver o ajuizamento da ação penal, deve-se aguardar seu trânsito em 
julgado, a fim de que seja iniciada a contagem do prazo prescricional; 
• caso não haja a propositura de ação penal e, por conseguinte, o inquérito 
policial seja arquivado, o termo inicial da prescrição deve ser a data do 
referido arquivamento. 
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Responsabilidade do Estado 
por atos jurisdicionais 
Ressalvadas as hipóteses de condenação por erro judiciário e as que o 
condenado ficar preso além do tempo fixado na sentença, o entendimento do 
STJ e do STF é que o Estado não responde por atos jurisdicionais. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO SOBRE 
RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO 
1) A responsabilidade objetiva do Estado, com base na culpa administrativa 
(teoria adotada no Brasil), de fundo constitucional, alcança atos praticados 
pelas autarquias. 
2) É correto afirmar-se que a responsabilidade civil da pessoa jurídica de 
direito público não a obriga a reparar o dano sem prova do nexo de 
causalidade, nas circunstâncias do caso concreto. 
3) Vigora no Brasil, como regra, a teoria do risco integral da responsabilidade 
civil. 
4) Em face de prejuízos causados a particulares, as empresas privadas que 
integram a Administração Pública submetem-se às mesmas regras de 
responsabilidade civil aplicáveis aos entes públicos. 
5) Será objetiva a responsabilidade civil do Estado por acidentes nucleares. 
6) Caso a absolvição do agente público decorra da negativa de autoria, a sua 
responsabilidade administrativa poderá ser afastada. 
7) As sanções civis, administrativas e penais que podem ser impostas ao 
agente público são independentes, podendo cumular-se. Todavia, a absolvição 
criminal em decorrência da negativa de materialidade ensejará a absolvição na 
esfera administrativa - ou a revisão do processo, caso a penalidade já tenha 
sido imposta. 
8) Quando demandado regressivamente, o agente causador do prejuízo 
responderá de forma subjetiva perante a Administração Pública. 
9) A ação regressiva da administração pública contra o agente público 
causador direto de dano a particular, indenizado pela administração por força 
de condenação judicial, extingue-se, não se transmitindo aos herdeiros, no 
caso de falecimento desse agente. 
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10) Se restar comprovada a culpa parcial do particular, a administração não 
responderá civilmente pelo prejuízo. 
11) A responsabilidade civil do Estado, pelos danos causados por seus agentes 
a terceiros,é hoje tida por ser subjetiva passível de regresso. 
12) A responsabilidade extracontratual do Estado decorre da prática de ato 
lícito e ilícito. 
13) A empresa privada prestadora de serviço público responde solidariamente 
com a Administração Pública e objetivamente pelos atos danosos que seus 
empregados causarem a terceiros quando da prestação de serviço. 
14) Em tema de responsabilidade civil, a Constituição da República adota a 
responsabilidade objetiva, baseada na teoria da culpa administrativa. 
15) Existe prejudicialidade da esfera de responsabilidade criminal sobre a da 
responsabilidade administrativa, de modo que o servidor absolvido em ação 
penal não poderá, em nenhuma hipótese, ser punido administrativamente. 
16) O exercício irregular das atribuições do cargo pode acarretar 
responsabilidade civil e administrativa do servidor público. 
17) Tanto a responsabilidade da Administração para com a vítima quanto a 
responsabilidade do agente em face da Administração seguem a teoria da 
responsabilidade subjetiva. 
18) Considere que tenha sido instaurado, contra servidor, processo penal pelo 
cometimento de crime contra a administração pública e que este foi absolvido 
pela insuficiência de provas. Em face dessa situação, a responsabilidade 
administrativa do servidor ficará automaticamente afastada. 
19) Caso o servidor público a quem se imputou o dever de indenizar prejuízo 
causado ao erário venha a falecer, essa obrigação de reparar o dano não 
poderá ser estendida aos sucessores. 
20) A responsabilidade civil do servidor decorrerá de ato culposo ou doloso. 
21) As autarquias respondem, em regra, pessoal e subjetivamente pelos atos 
danosos que seus servidores causarem a terceiros. 
22) A responsabilidade da administração indireta é sempre objetiva. 
23) A teoria da responsabilidade objetiva informa que a obrigação de indenizar 
do Estado surge do ato lesivo causado por culpa do serviço. 
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24) Nos atos omissivos a Administração Pública responderá de forma 
subjetiva, de acordo com posicionamento do Supremo Tribunal Federal. 
25) Encontra amparo no STF, de forma pacífica, a tese que distingue a 
responsabilidade civil dos prestadores de serviços públicos diante de usuários 
(objetiva) e não usuários (subjetiva) do respectivo serviço. 
GABARITO: 1) E, 2) C, 3) E, 4) E, 5) C, 6) E, 7) C, 8) C, 9) E, 10) E, 11) E, 12) C, 13) E, 14) 
E, 15) E, 16) C, 17) E, 18) E, 19) E, 20) C, 21) E, 22) E, 23) E, 24) C, 25) E. 
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Gabarito comentado das questões erradas 
I) Errada - A responsabilidade objetiva do Estado, com base na culpa administrativa (teoria 
adotada no Brasil), de fundo constitucional, alcança atos praticados pelas autarquias. (risco) 
3) Vigora no Brasil, como regra, a teoria do risco integral da responsabilidade civil. (risco 
administrativo) 
4) Em face de prejuízos causados a particulares, as empresas privadas que integram a 
Administração Pública submetem-se às mesmas regras de responsabilidade civil aplicáveis aos 
entes públicos. (somente as prestadoras de serviços públicos) 
6) Caso a absolvição do agente público decorra da negativa de autoria, a sua responsabilidade 
administrativa poderá ser afastada. (será afastada) 
9) A ação regressiva da administração pública contra o agente público causador direto de 
dano a particular, indenizado pela administração por força de condenação judicial, extingue-
se, não se transmitindo aos herdeiros, no caso de falecimento desse agente. (os 
sucessores respondem até o limite do patrimônio transferido) 
10) Se restar comprovada a culpa parcial do particular, a administração não responderá 
civilmente pelo prejuízo. (as indenizações serão proporcionais à participação no fato) 
II) A responsabilidade civil do Estado, pelos danos causados por seus agentes a terceiros, é 
hoje tida por ser subjetiva passível de regresso. (objetiva) 
13) A empresa privada prestadora de serviço público responde solidariamente com a 
Administração Pública e objetivamente pelos atos danosos que seus empregados causarem a 
terceiros quando da prestação de serviço. (responderá pessoalmente pelos atos) 
14) Em tema de responsabilidade civil, a Constituição da República adota a responsabilidade 
objetiva, baseada na teoria da culpa administrativa. (teoria do risco administrativo) 
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15) Existe prejudicialidade da esfera de responsabilidade criminal sobre a da responsabilidade 
administrativa, de modo que o servidor absolvido em ação penal não poderá, em nenhuma 
hipótese, ser punido administrativamente. (somente nos casos de absolvição penal por 
negativa de autoria ou inexistência do fato) 
17) Tanto a responsabilidade da Administração para com a vítima quanto a responsabilidade 
do agente em face da Administração seguem a teoria da responsabilidade subjetiva. (somente 
do agente. A Administração, em regra, responde de forma objetiva) 
18) Considere que tenha sido instaurado, contra servidor, processo penal pelo cometimento 
de crime contra a administração pública e que este foi absolvido pela insuficiência de provas. 
Em face dessa situação, a responsabilidade administrativa do servidor ficará 
automaticamente afastada. (a absolvição na esfera penal por insuficiência de provas não 
necessariamente interferirá na esfera administrativa. Será obrigatória a absolvição 
administrativa se o servidor for absolvido no crime por negativa de autoria ou inexistência do 
fato) 
19) Caso o servidor público a quem se imputou o dever de indenizar prejuízo causado ao 
erário venha a falecer, essa obrigação de reparar o dano não poderá ser estendida aos 
sucessores. (aos sucessores, até o limite do patrimônio transferido) 
21) As autarquias respondem, em regra, pessoal e subjetivamente pelos atos danosos que 
seus servidores causarem a terceiros. (objetivamente) 
22) A responsabilidade da administração indireta é sempre objetiva. (nas condutas omissivas 
será subjetiva. Além disso, as pessoas jurídicas de direito privado que a integram respondem 
de forma subjetiva) 
23) A teoria da responsabilidade objetiva informa que a obrigação de indenizar do Estado 
surge do ato lesivo causado por culpa do serviço. (independe de culpa ou dolo) 
25) Encontra amparo no STF, de forma pacífica, a tese que distingue a responsabilidade civil 
dos prestadores de serviços públicos diante de usuários (objetiva) e não usuários (subjetiva) 
do respectivo serviço. (o STF não faz mais distinção) 
QUESTÕES DE CONCURSOS SOBRE 
RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO 
1) (PROCURADOR MUNICIPAL DE VITÓRIA 2007 / CESPE) A teoria do 
risco integral jamais foi acolhida em quaisquer das constituições republicanas 
brasileiras. 
2) (PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPSP/2002) A obrigação de indenizar do 
Estado, segundo a teoria da responsabilidade integral, dá-se 
independentemente de qualquer culpa, exceto se o dano decorrer por culpa da 
vítima. 
3) (CESPE/FISCAL INSS/1998) Vigora no Brasil, como regra, a teoria do 
risco integral da responsabilidade civil. 
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4) (JUIZ SUBSTITUTO TJBA 2004 / CESPE) As fórmulas "The king can do 
no wrong" ("O rei não pode errar") e "Le roi ne peut mal faire" ("O rei não 
pode fazer mal") representam, historicamente,a teoria da responsabilidade 
com culpa (ou responsabilidade subjetiva), segundo a qual o administrado 
somente fazia jus a indenização por ato estatal se provasse a culpa ou o dolo 
da administração. 
5) (PROCURADOR DO DF 2007.1/ESAF) A teoria da faute du service, 
segundo entendimento predominante na doutrina administrativista pátria, 
insere-se no campo da responsabilidade extracontratual estatal objetiva, por 
aplicação da regra do § 6.° do art. 37 da CF. 
6) (PROCURADOR DO DF 2007.1/ESAF) A aplicação da responsabilidade 
objetiva do Estado se satisfaz somente com a demonstração do nexo causal. 
7) (TJ/SE/JUIZ/2008/CESPE) O STF entende não haver responsabilização 
civil do Estado por ato omissivo quando um preso, foragido há vários meses, 
pratica crime doloso contra a vida, por não haver nexo de causalidade direto e 
imediato. 
8) (PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPSP/2002) A teoria da responsabilidade 
objetiva informa que a obrigação de indenizar do Estado surge do ato lesivo 
causado por culpa do serviço. 
9) (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO UNIÃO/2001) A teoria do risco 
administrativo, base para a responsabilidade objetiva do Estado, admite a 
exclusão da responsabilidade do Estado nos casos de comprovação de culpa 
exclusiva da vítima. 
10) (CESPE/TRE-MT/2009) Segundo a teoria objetiva da responsabilidade 
civil do Estado no Brasil, não é necessária a comprovação de culpa ou nexo 
causal entre ação e resultado para se imputar o dever de indenizar ao Estado. 
11) (CESPE/TRE-MT/2009) No que se refere à responsabilidade civil por 
atos judiciais, segundo jurisprudência majoritária, a regra é a 
irresponsabilidade civil do Estado. 
12) (CESPE/TRE-MT/2009) Um dos requisitos para que seja caracterizada a 
responsabilidade objetiva do Estado é a demonstração da culpa in eligendo da 
administração na escolha do servidor que praticou o ato. 
13) (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2006) Os atos comissivos 
lícitos praticados por agente público, que causem danos ao particular, não 
ensejam a responsabilização civil da Administração Pública. 
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14) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) A Constituição Federal de 1988 
adotou a Teoria da Responsabilidade Objetiva do Estado, teoria que se 
fundamenta no risco administrativo e que isenta o lesado de provar a culpa do 
agente estatal, bastando que este aponte o nexo causal entre o fato 
administrativo e o dano. 
15) (TJ/SE/JUIZ/2008/CESPE) A CF prevê a responsabilidade objetiva da 
administração pública tanto na prática de atos omissivos como na realização 
de atos comissivos. 
16) (DPE/PI/DEFENSOR/2009/CESPE) Segundo o STF, para a 
configuração da responsabilidade objetiva do Estado, é necessário que o ato 
praticado seja ilícito. 
17) (PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPSP/2002) A responsabilidade 
extracontratual do Estado decorre somente da prática de ato ilícito. 
18) (CESPE/TRE-MT/2009) No caso de dano causado por leis de efeito 
concreto, não se admite a responsabilização civil do Estado. 
19) (CESPE/DPU/TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL/2010) O nexo 
de causa e efeito não constitui elemento a ser aferido na apuração de eventual 
responsabilidade do Estado. 
20) (PGE/CE/PROCURADOR/2008/CESPE) Uma sociedade de economia 
mista prestadora de serviço público responderá por danos causados a terceiros 
independentemente da prova de culpa. 
21) (TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJSE/2006/CESPE) As pessoas 
jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, desde que 
haja, qualquer que seja a hipótese, dolo ou culpa. 
22) (PROCURADOR DO MP/TCU 2004/CESPE) A responsabilidade da 
administração direta é sempre objetiva. 
23) (JUIZ/TRT 17/2003/CESPE) A empresa privada prestadora de serviço 
público responde pessoal e objetivamente pelos atos danosos que seus 
empregados causarem a terceiros quando da prestação de serviço. 
24) (JUIZ/TRT 17/2003/CESPE) O Instituto de Previdência do Estado do 
Espírito Santo, como autarquia estadual, responde pessoal e subjetivamente 
pelos atos danosos que seus servidores causarem a terceiros. 
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25) (CESPE/Defensor Público União/2001) No ordenamento jurídico 
brasileiro, a responsabilidade objetiva é restrita ao Estado e às pessoas 
jurídicas integrantes de sua administração indireta. 
26) (ESAF/AFRF/2005) Assinale, entre as entidades abaixo, aquela que não 
se submete à responsabilidade objetiva pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causem a terceiros. 
a) REDE GLOBO DE TELEVISÃO 
b) FUNASA - Fundação Nacional de Saúde 
c) ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações 
d) CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
e) TELEMAR 
27) (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO UNIÃO/2001) As sociedades de 
economia mista, independentemente do seu objeto social, submetem-se à 
responsabilidade objetiva pelo dano que seus agentes causarem a terceiros. 
28) (CESPE/FISCAL INSS/1998) Em face de prejuízos causados a 
particulares, as empresas privadas prestadoras de serviços públicos 
submetem-se às mesmas regras de responsabilidade civil aplicáveis aos entes 
públicos. 
29) (PROCURADOR FEDERAL/2002/CESPE) Flávio, servidor público 
federal, concursado e regularmente investido na função pública, motorista do 
Ministério da Saúde, ao dirigir, alcoolizado, carro oficial em serviço, atropelou 
uma pessoa que atravessava, com prudência, uma faixa de pedestre em uma 
quadra residencial do Plano Piloto de Brasília, ferindo-a. Considerando essa 
situação hipotética e os preceitos, a doutrina e a jurisprudência da 
responsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte: Com base em preceito 
constitucional, a vítima pode ingressar com ação de ressarcimento do dano 
contra a União. 
30) (CESPE/PGEPB/2008) Um policial militar do estado da Paraíba, durante 
o período de folga, em sua residência, teve um desentendimento com sua 
companheira e lhe desferiu um tiro com uma arma pertencente à corporação. 
Considerando o ato hipotético praticado pelo referido policial, é correto afirmar 
que não há responsabilidade civil do Estado, visto que o dano foi causado por 
policial fora de suas funções públicas. 
31) (CESPE/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) Considere-se que, em 
um acidente de trânsito, o condutor do veículo e a vítima sejam servidores 
públicos. Nessa situação, descabe a responsabilização do Estado pelos danos 
causados, pois, apesar de estar definido na Constituição Federal que o Estado 
deve responder pelos danos causados por seus agentes a terceiro, não é 
possível enquadrar servidor público em tal conceito. 
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32) (TJ/SE/JUIZ/2008/CESPE) A CF prevê a responsabilidade objetiva da 
administração pública tanto na prática de atos omissivos como na realização 
de atos comissivos. 
33) (DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 2004/CESPE) A responsabilidade 
civil do Estado por conduta omissiva não exige caracterização da culpa estatal 
pelo não cumprimento de dever legal, uma vez que a Constituição brasileira 
adota para a matéria a teoria da responsabilidade civil objetiva. 
34) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) A Prefeitura do Rio de Janeiro 
tem o dever de realizar, rotineiramente, as podas das árvores existentes nas 
ruas da cidade. Após um temporal de verão, inúmeros galhos caíram sobre 
veículos estacionados na rua X, localizada no município. No caso, o poder 
Público Municipal é responsável pelos danos causados. 
35) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) Professores servidores públicos 
municipais, reivindicando maiores salários,entraram em greve pelo tempo de 
15 dias. Tal conduta gerou uma série de danos aos estudantes da rede 
municipal de ensino e seus familiares. É direito liquido e certo dos munícipes 
receberem indenização pelos danos gerados pela paralisação dos servidores 
municipais. 
36) (EXAME DE ORDEM OAB 2007.1/CESPE) Prevalece o entendimento de 
que, nos casos de omissão, a responsabilidade extracontratual do Estado é 
subjetiva, sendo necessário, por isso, perquirir acerca da culpa e do dolo. 
37) (CESPE/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) No caso de ato 
omissivo do poder público, a responsabilidade civil da administração pública 
ocorre na modalidade subjetiva. 
38) (CESPE/TJ-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) Na situação em que 
um detento mate um outro que estava recolhido na mesma carceragem, não 
há razão para se aventar a responsabilidade objetiva do Estado, pois o dever 
de guarda da administração pública não chega a configurar a assunção do risco 
administrativo. 
39) (PGM/ARACAJU/PROCURADOR/2008/CESPE) A responsabilidade civil 
de concessionária de serviço público de transporte municipal é objetiva apenas 
relativamente aos usuários do serviço. 
40) (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2006) Havendo culpa 
exclusiva da vítima, a responsabilidade civil do Estado deverá ser mitigada, 
hipótese em que se reparte do quantum da indenização. 
41) (CESGRANRIO/CAPES/ASSISTENTE EM CIÊNCIA/2008) João 
Rodrigo se atira de uma passarela e cai sobre um automóvel oficial a serviço 
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de um dos órgãos da União. João Rodrigo sofre sérios danos motores 
decorrentes do impacto com o veículo, que o impossibilitam, em caráter 
permanente, de exercer qualquer tipo de atividade profissional. Sua esposa, 
então, decide postular indenização da União, proprietária do veículo oficial, por 
responsabilidade civil pelos danos sofridos por João Rodrigo. Nesse caso, o 
Estado não será responsável pelo dano sofrido por João Rodrigo, por falta de 
nexo causal entre o seu comportamento e o dano. 
42) (TÉCNICO EM PROCURADORIA/PGE-PA/2007/CESPE) O direito 
brasileiro adota a responsabilidade objetiva do Estado, tanto na ocorrência de 
atos comissivos como de atos omissivos de seus agentes que, nessa qualidade, 
causarem danos a terceiros. Pela referida teoria da reparação integral, basta a 
ocorrência do evento danoso, ainda que este resulte de caso fortuito ou força 
maior, para gerar a obrigação do Estado de reparar a lesão sofrida pelo 
terceiro. 
43) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) A Teoria da Responsabilidade 
Objetiva do Estado não prevê excludentes, por isso só se aplica às condutas 
ilícitas do Estado. 
44) (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2006) A força maior exclui a 
responsabilidade civil do Estado, quando descaracteriza o nexo de causalidade 
entre o evento danoso e o serviço público prestado ao administrado. 
45) (JUIZ/TRT 17/2003/CESPE) A responsabilidade objetiva do Estado, no 
direito vigente, impõe à União o dever de indenizar ainda que o dano ocorra de 
força maior. 
46) (DPE/PI/Defensor/2009/CESPE) A força maior e o caso fortuito, 
ainda que determinantes para a ocorrência de evento danoso, não podem ser 
considerados como excludentes de responsabilidade do Estado. 
47) (PROCURADOR DO DF 2007.2/ESAF) Embora a Constituição preveja 
responsabilidade civil objetiva do Estado pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, o dever de indenizar não surge, 
necessariamente, em todo ato praticado pelo poder público que gere dano a 
particular. Se não houver nexo causal entre o ato e o dano ou se houver culpa 
exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior, por exemplo, o Estado 
poderá não ser obrigado a pagar indenização. 
48) (CESPE/DPU/TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL/2010) A 
reparação do dano, na hipótese de prejuízo causado a terceiros pela 
administração, pode ser feita tanto no âmbito administrativo quanto no 
judicial. 
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49) (ESAF/AFRF/2003) Em caso de responsabilidade civil do Estado, a 
divergência sobre a inserção do agente público causador do dano a 
terceiros, em caso de culpa, na ação judicial, em relação à Fazenda 
Pública, foi dirimida pelo Estatuto dos Servidores Públicos Civis da 
União, na esfera federal. Pela regra positiva, será caso de: 
a) ação regressiva ou litisconsórcio b) ação regressiva ou denunciação à 
lide 
c) somente ação regressiva d) litisconsórcio ou denunciação à lide 
e) somente denunciação à lide 
50) (PGE/PB/PROMOTOR/2008/CESPE) A ação regressiva pode ser 
movida mesmo após terminado o vínculo entre o agente e a administração 
pública. 
51) (VUNESP/DEFENSOR PÚBLICO/2008) A ação regressiva contra o 
funcionário, nas hipóteses de dolo ou culpa, é faculdade do Estado. 
52) (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SFA/SP 2006) A responsabilidade 
civil de um servidor público e a de um empregado de empresa privada 
concessionária de serviço público, ambos atuando no exercício de suas 
funções, por danos causados a um terceiro, é, respectivamente 
(A) subjetiva e subjetiva. (B) objetiva e objetiva. (C) subjetiva e objetiva. 
(D) objetiva e subjetiva. (E) inexistente e inexistente. 
53) (CESPE/Fiscal INSS/1998) Quando demandado regressivamente, o 
agente causador do prejuízo responderá de forma objetiva perante a 
administração pública. 
54) (ESAF/Procurador DF/2004) O Estado responde pelos danos causados 
por seus agentes, na execução de serviços públicos, descontando destes, 
automaticamente os valores que despender no pagamento de indenizações. 
55) (PGM/VITÓRIA/PROCURADOR/2007/CESPE) No atual estágio da 
doutrina da responsabilidade da administração pública pelos atos de seus 
agentes, a indenização decorrente de atos lesivos limita-se aos danos 
materiais. 
56) (PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPSP/2002) A dor pela perda de um filho, 
sem reflexos patrimoniais, causada pela Administração Pública, não se 
constitui em dano indenizável. 
57) (PGE/PB/PROMOTOR/2008/CESPE) A ação por meio da qual o Estado 
requer ressarcimento aos cofres públicos de prejuízo causado por agente 
público considerado culpado prescreve em 5 anos. 
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58) (CESPE/ACE/TCU/2004) A ação regressiva da administração pública 
contra o agente público causador direto de dano a particular, indenizado pela 
administração por força de condenação judicial, extingue-se, não se 
transmitindo aos herdeiros, no caso de falecimento desse agente. 
59) (CESPE/PAPILOSCOPISTA PF-NACIONAL/2004) A responsabilidade 
civil do servidor decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que 
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. A obrigação de reparar o dano 
estende-se aos sucessores, e, tratando-se de dano causado a terceiros, 
responderá o servidor ou o sucessor, perante a fazenda pública, em ação 
regressiva. 
60) (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) João ingressou com ação 
de indenização contra determinado estado da Federação, fundada na 
responsabilidade objetiva do estado, diante do dano a ele causado pelo 
servidor público Mário, que teria agido com culpa. Nessa situação, se o juízo 
não aceitar a denunciação à lide do servidor que causou o dano, o estado não 
perderá, por esse motivo, o direito de ingressar posteriormente com ação de 
regresso contra Mário. 
61) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) Sociedade de economia mista, 
prestadora de serviço público, pode ser acionada para responder pela prática 
de ato ilícito absoluto, perante o Poder Judiciário, no prazo de 3 anos. 
62) (CESPE/FISCAL INSS/1998) Ainda que secomprove erro judiciário, o 
Estado não estará obrigado a indenizar o condenado, haja vista a sentença 
judicial não possuir natureza de ato administrativo. 
63) (FGV/TCM-RJ/PROCURADOR/2008) Apesar de a Constituição Federal 
ditar que "o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o 
que ficar preso além do tempo fixado na sentença", a regra é a 
irresponsabilização do Estado por atos de jurisdição. 
64) (FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) No atual regime jurídico 
brasileiro, convivem as teorias subjetiva e objetiva de responsabilidade do 
Estado. 
65) (FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) Dano ao particular derivado 
de conduta lícita do Estado pode gerar obrigação de indenizar. 
66) (FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) A empresa pública 
exploradora de atividade econômica submete-se à responsabilidade objetiva 
pelos danos que seus agentes causarem a terceiros. 
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67) (FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) A responsabilidade objetiva 
das concessionárias e permissionárias de serviços públicos não se estende a 
terceiros não-usuários. 
68) (FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) A responsabilidade civil do 
Estado por danos nucleares independe da existência de culpa. 
69) (FUNIVERSA/2009/PC-DF/Agente de Polícia) Posto ser o sistema de 
responsabilização objetiva o adotado pelo ordenamento jurídico nacional, no 
qual, independentemente de culpa, pode o Estado ser responsabilizado nos 
atos comissivos, ao autor cabe somente demonstrar a conduta danosa do 
agente público. 
70) (FUNIVERSA/2009/PC-DF/Agente de Polícia) A despeito da garantia 
constitucional de vedação de penas perpétuas, tem-se admitido a 
imprescritibilidade da responsabilidade civil dos agentes públicos perante o 
Estado. 
71) (FUNIVERSA/2009/PC-DF/Agente de Polícia) Os atos praticados pelo 
Poder Judiciário não ensejam responsabilização civil. 
72) (FUNIVERSA/2009/PC-DF/Agente de Polícia) O Estado, em tese, 
não pode ser responsabilizado por atos omissivos, posto que a desnecessidade 
de culpa, característica do sistema de responsabilização estatal, poderia 
conduzir à proliferação de demandas contra os entes públicos. 
73) (FUNIVERSA/2009/PC-DF/Agente de Polícia) Por se submeterem ao 
direito privado, não se aplica aos concessionários de serviços públicos a 
responsabilização objetiva. 
Gabarito: 1) correta, 2) errada, 3) errada, 4) errada, 5) errada, 6) errada, 7) correta, 8) 
errada, 9) correta, 10) errada, 11) correta, 12) errada, 13) errada, 14) correta, 15) errada, 
16) errada, 17) errada, 18) errada, 19) errada, 20) correta, 21) errada, 22) errada, 23) 
correta, 24) errada, 25) errada, 26) D, 27) errada, 28) correta, 29) correta, 30) correta, 31) 
errada, 32) errada, 33) errada, 34) errada, 35) errada, 36) correta, 37) correta, 38) errada, 
39) errada, 40) errada, 41) correta, 42) errada, 43) errada, 44) correta, 45) errada, 46) 
errada, 47) correta, 48) correta, 49) C, 50) correta, 51) errada, 52) A, 53) errada, 54) 
errada, 55) errada, 56) errada, 57) errada, 58) errada, 59) correta, 60) correta, 61) correta, 
62) errada, 63) correta, 64) correta, 65) correta, 66) errada, 67) correta, 68) correta, 69) 
errada, 70) correta, 71) errada, 72) errada, 73) errada. 
1) Correta - A teoria do risco integral jamais foi acolhida em quaisquer das constituições 
republicanas brasileiras. (apenas recapitulando, por essa teoria, se houver nexo causal entre 
a conduta do agente público e o dano causado ao particular, o Estado responderá pela 
indenização devida, ainda que o dano tenha sido causado por culpa exclusiva do particular, 
culpa de terceiros ou força maior). 
2) Errata - A obrigação de indenizar do Estado, segundo a teoria da responsabilidade integral, 
dá-se independentemente de qualquer culpa, exceto se o dano decorrer por culpa da vítima. 
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(ver questão anterior) 
3) Errada - Vigora no Brasil, como regra, a teoria do risco integral da responsabilidade 
civil. (teoria da risco administrativo) 
4) Errada - As fórmulas "The king can do no wrong" ("O rei não pode errar") e "Le roi ne peut 
mal faire" ("O rei não pode fazer mal") representam, historicamente, a teoria da 
responsabilidade com culpa (ou responsabilidade subjetiva), segundo a qual o 
administrado somente fazia jus a indenização por ato estatal se provasse a culpa ou o dolo da 
administração. (teoria da irresponsabilidade estatal) 
5) Errada - A teoria da faute du service, segundo entendimento predominante na doutrina 
administrativista pátria, insere-se no campo da responsabilidade extracontratual estatal 
objetiva, por aplicação da regra do § 6.° do art. 37 da CF. (responsabilidade subjetiva, pois 
pela teoria da faute du service é preciso provar a falha no serviço, ou seja, a culpa (usada 
aqui em sentido amplo, abrangendo culpa em sentido restrito e dolo) da Administração. 
6) Errada - A aplicação da responsabilidade objetiva do Estado se satisfaz somente com a 
demonstração do nexo causal. (ainda é preciso demonstrar a conduta do agente e o dano 
causado à vítima) 
7) Correta - O STF entende não haver responsabilização civil do Estado por ato omissivo 
quando um preso, foragido há vários meses, pratica crime doloso contra a vida, por não haver 
nexo de causalidade direto e imediato. (o fato tempo afasta o nexo causal) 
8) Errada - A teoria da responsabilidade objetiva informa que a obrigação de indenizar do 
Estado surge do ato lesivo causado por culpa do serviço. (na responsabilidade objetiva não 
há que se falar em culpa) 
9) Correta - A teoria do risco administrativo, base para a responsabilidade objetiva do Estado, 
admite a exclusão da responsabilidade do Estado nos casos de comprovação de culpa 
exclusiva da vítima. (pois aí não haverá nexo causal entre a conduta do agente e o dano) 
10) Errada - Segundo a teoria objetiva da responsabilidade civil do Estado no Brasil, não é 
necessária a comprovação de culpa ou nexo causal entre ação e resultado para se imputar o 
dever de indenizar ao Estado. (é preciso comprovar o nexo causal) 
11) Correta - No que se refere à responsabilidade civil por atos judiciais, segundo 
jurisprudência majoritária, a regra é a irresponsabilidade civil do Estado. (observe que a 
questão trata de regra, pois há exceções, conforme se verifica do art. 5°, LXXV, CF) 
12) Errada - Um dos requisitos para que seja caracterizada a responsabilidade objetiva do 
Estado é a demonstração da culpa in eligendo da administração na escolha do servidor 
que praticou o ato. (não é preciso comprovar culpa ou dolo) 
13) Errada - Os atos comissivos lícitos praticados por agente público, que causem danos ao 
particular, não ensejam a responsabilização civil da Administração Pública. (tanto os atos 
lícitos como ilícitos, bem como omissivos e comissivos) 
14) Correta - A Constituição Federal de 1988 adotou a Teoria da Responsabilidade Objetiva 
do Estado, teoria que se fundamenta no risco administrativo e que isenta o lesado de provar a 
culpa do agente estatal, bastando que este aponte o nexo causal entre o fato administrativo e 
o dano. (não gosto da redação dessa questão, pois é preciso comprovar fato administrativo, 
nexo causal e dano. Da forma que a questão foi colocada parece ser suficiente a 
demonstração de nexo causal, o que não é verdade) 
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15) Errada - A CF prevê a responsabilidade objetiva da administração pública tanto na prática 
de atos omissivos como na realização de atos comissivos. (na prática de atos omissivos a 
responsabilidade será subjetiva)16) Errada - Segundo o STF, para a configuração da responsabilidade objetiva do Estado, é 
necessário que o ato praticado seja ilícito. (já vimos que pode ser lícito ou ilícito) 
17) Errada - A responsabilidade extracontratual do Estado decorre somente da prática de ato 
ilícito. (idem questão anterior) 
18) Errada - No caso de dano causado por leis de efeito concreto, não se admite a 
responsabilização civil do Estado. (uma lei que desapropria de forma ilícita uma fazenda não 
gerará para o proprietário direito à indenização? Lógico que sim! Lembrar que leis de efeitos 
concretos são materialmente atos administrativos) 
19) Errada - O nexo de causa e efeito não constitui elemento a ser aferido na apuração de 
eventual responsabilidade do Estado. (já vimos que sim, juntamente com conduta e dano) 
20) Correta - Uma sociedade de economia mista prestadora de serviço público responderá 
por danos causados a terceiros independentemente da prova de culpa. (às prestadoras de 
serviços públicos aplica-se a regra constante do art. 37, §6°: responsabilidade objetiva) 
21) Errada - As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos 
respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, desde que 
haja, qualquer que seja a hipótese, dolo ou culpa. (art 37, §6°. Somente exigirá a 
comprovação de dolo ou culpa, ou seja, será subjetiva a responsabilidade, nas hipóteses de 
atos omissivos) 
22) Errada - A responsabilidade da administração direta é sempre objetiva. (na caso de 
condutas omissivas, a responsabilidade será subjetiva) 
23) Correta - A empresa privada prestadora de serviço público responde pessoal e 
objetivamente pelos atos danosos que seus empregados causarem a terceiros quando da 
prestação de serviço. (conforme art. 37, §6°, CF). 
24) Errada - O Instituto de Previdência do Estado do Espírito Santo, como autarquia estadual, 
responde pessoal e subjetivamente pelos atos danosos que seus servidores causarem a 
terceiros. (pessoal e objetivamente) 
25) Errada - No ordenamento jurídico brasileiro, a responsabilidade objetiva é restrita ao 
Estado e às pessoas jurídicas integrantes de sua administração indireta. (aplica-se também às 
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos, como as concessionárias 
e permissionárias de serviços públicos) 
26) Letra d 
a) REDE GLOBO DE TELEVISÃO (concessionária de serviço público) 
b) FUNASA - Fundação Nacional de Saúde (fundação pública de direito público) 
c) ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações (agência reguladora, ou seja, autarquia 
em regime especial)^ 
d) CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (empresa pública exploradora de atividade 
econômica - responderá de forma subjetiva, pois não é pessoa jurídica de direito 
privado prestadora de serviço público) 
e) TELEMAR (concessionária de serviço público) 
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27) Errada - As sociedades de economia mista, independentemente do seu objeto social, 
submetem-se à responsabilidade objetiva pelo dano que seus agentes causarem a terceiros. 
(somente se prestarem serviços públicos) 
28) Correta - Em face de prejuízos causados a particulares, as empresas privadas 
prestadoras de serviços públicos submetem-se às mesmas regras de responsabilidade civil 
aplicáveis aos entes públicos. (art. 37, §6°, CF) 
29) Correta - Flávio, servidor público federal, concursado e regularmente investido na função 
pública, motorista do Ministério da Saúde, ao dirigir, alcoolizado, carro oficial em serviço, 
atropelou uma pessoa que atravessava, com prudência, uma faixa de pedestre em uma 
quadra residencial do Plano Piloto de Brasília, ferindo-a. Considerando essa situação hipotética 
e os preceitos, a doutrina e a jurisprudência da responsabilidade civil do Estado, julgue o item 
seguinte: Com base em preceito constitucional, a vítima pode ingressar com ação de 
ressarcimento do dano contra a União. (sim, pois a ação não é proposta em face do agente, 
mas sim contra a pessoa jurídica. Esta, posteriormente, proporá a ação regressiva contra o 
agente) 
30) Correta - Um policial militar do estado da Paraíba, durante o período de folga, em sua 
residência, teve um desentendimento com sua companheira e lhe desferiu um tiro com uma 
arma pertencente à corporação. Considerando o ato hipotético praticado pelo referido policial, 
é correto afirmar que não há responsabilidade civil do Estado, visto que o dano foi causado 
por policial fora de suas funções públicas. (não há nexo causal com função pública) 
31) Errada - Considere-se que, em um acidente de trânsito, o condutor do veículo e a vítima 
sejam servidores públicos. Nessa situação, descabe a responsabilização do Estado pelos 
danos causados, pois, apesar de estar definido na Constituição Federal que o Estado deve 
responder pelos danos causados por seus agentes a terceiro, não é possível enquadrar 
servidor público em tal conceito. (agente público é toda pessoa fisica no exercício de 
função pública) 
32) Errada - A CF prevê a responsabilidade objetiva da administração pública tanto na prática 
de atos omissivos como na realização de atos comissivos. (ato omissivo - responsabilidade 
subjetiva) 
33) Errada - A responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva não exige caracterização 
da culpa estatal pelo não cumprimento de dever legal, uma vez que a Constituição brasileira 
adota para a matéria a teoria da responsabilidade civil objetiva. (idem questão anterior) 
34) Errada - A Prefeitura do Rio de Janeiro tem o dever de realizar, rotineiramente, as podas 
das árvores existentes nas ruas da cidade. Após um temporal de verão, inúmeros galhos 
caíram sobre veículos estacionados na rua X, localizada no município. No caso, o poder 
Público Municipal é responsável pelos danos causados. (não há como afirmar que o 
município é responsável, pois a sua responsabilidade será apurada por meio da 
responsabilidade subjetiva. Num primeiro momento, não haveria responsabilidade, pois o 
dano foi causado por caso fortuito/força maior. Contudo, se provada que a omissão estatal 
contribui para a ocorrência de danos 
35) Errada - Professores servidores públicos municipais, reivindicando maiores salários, 
entraram em greve pelo tempo de 15 dias. Tal conduta gerou uma série de danos aos 
estudantes da rede municipal de ensino e seus familiares. É direito liquido e certo dos 
munícipes receberem indenização pelos danos gerados pela paralisação dos servidores 
municipais. 
36) Correta - Prevalece o entendimento de que, nos casos de omissão, a responsabilidade 
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extracontratual do Estado é subjetiva, sendo necessário, por isso, perquirir acerca da culpa e 
do dolo. 
37) Correta - No caso de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil da 
administração pública ocorre na modalidade subjetiva. 
38) Na situação em que um detento mate um outro que estava recolhido na mesma 
carceragem, não há razão para se aventar a responsabilidade objetiva do Estado, pois 
o dever de guarda da administração pública não chega a configurar a assunção do 
risco administrativo. (em que pese a conduta ser omissiva, trata-se de exceção, 
respondendo o Estado de forma objetiva) 
39) Errada - A responsabilidade civil de concessionária de serviço público de transporte 
municipal é objetiva apenas relativamente aos usuários do serviço. (para o STF não se faz 
distinção entre usuário e não usuário) 
40) Errada - Havendo culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade civil do Estado deverá ser 
mitigada, hipótese em que se reparte do quantum da indenização. (havendo culpa exclusiva 
da vítima, não haverá nexo causal e,

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