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Física Experimental I (FIS111) Turma: BCMT8/ Prof.: Daniel Lucas Fernandes de Medeiros Barros Nathalia de Oliveira Marques Thaís Paiva de Aquino SISTEMA DE PARTÍCULAS – COLISÃO ELÁSTICA E INELÁSTICA Rio de Janeiro 2018/1 1 Resumo O experimento IV consiste na análise das leis físicas envolvidas nas características de um sistema unidimensional de dois carrinhos que colidem inelasticamente, com base na experiência realizada no laboratório de física. A partir do estudo das velocidades dos carrinhos antes e depois da colisão em movimento uniforme numa trajetória retilínea com atrito desprezível, verificaremos as leis de conservação de energia e do momento linear antes e depois da colisão nos choques inelásticos utilizando os resultados experimentais obtidos. Introdução As colisões podem ser descritas como um evento isolado onde ocorre a interação entre dois ou mais corpos, ou seja, durante a batida a resultante das forças externas é igual à zero. Isso acontece, pois o tempo de colisão é muito curto, ou seja, o impulso (𝐼𝐼) das forças externas se torna praticamente desprezível. 𝐼𝐼 ��⃗ = 𝐹𝐹 ���⃗ × ∆𝑡𝑡 Fórmula 1: Impulso Quando ocorre uma colisão onde o choque entre os corpos não altera a direção do movimento, ou seja, antes e após a colisão o movimento dos corpos continua na mesma direção, a colisão é denominada de unidimensional. Porém, quando ocorre o choque entre os corpos e a direção dos corpos se altera, a colisão é denominada de bidimensional. As colisões podem ser divididas em dois grupos: as elásticas e as inelásticas (essa pode ser inelástica ou perfeitamente inelástica), que se diferenciam pela energia conservada ou perdida durante um choque. ● Colisões elásticas É caracterizada por ocorrer com conservação de energia cinética e momento linear, supondo que não há atuação de forças externas no sistema. Esse tipo de colisão é obtido com auxílio de uma mola presa em um dos corpos que, durante a colisão, é comprimida temporariamente convertendo parte da energia cinética em energia potencial elástica, que é convertida em energia cinética novamente após a expansão da mola. Em um choque, sem mudança de direção, podemos obter a relação entre as velocidades iniciais e finais dos corpos envolvidos. Se dois corpos, A e B, envolvidos no sistema possuírem massas iguais, podemos dizer que 𝑣𝑣01 = 𝑣𝑣2 e 𝑣𝑣02 = 𝑣𝑣1. Então, se o corpo 1 tivesse velocidade 𝑣𝑣 e o corpo 2 estivesse em repouso antes da colisão, o corpo 1 entraria em repouso e o corpo 2 teria velocidade 𝑣𝑣 após a colisão. Logo: 𝑚𝑚1 × 𝑣𝑣0122 + 𝑚𝑚2 × 𝑣𝑣0222 = 𝑚𝑚1 × 𝑣𝑣122 + 𝑚𝑚2 × 𝑣𝑣222 Formula 2: Conservação de energia cinética 2 𝑚𝑚1 × 𝑣𝑣01 + 𝑚𝑚2 × 𝑣𝑣02 = 𝑚𝑚1 × 𝑣𝑣1 + 𝑚𝑚2 × 𝑣𝑣2 Fórmula 3: Conservação do momento linear Figura 1: Gráfico esperado da situação citada. ● Colisões inelásticas É caracterizada por ocorrer sem a conservação total de energia cinética, sendo apenas o momento linear conservado, supondo que não há atuação de forças externas no sistema. A colisão inelástica é subdividida em: perfeitamente inelástica e parcialmente inelástica. → Perfeitamente Inelástica É caracterizada por ocorrer com a perda máxima de energia cinética, ou seja, não possui conservação de energia cinética. Esse tipo de colisão é feito através de um sistema de acoplamento entre os corpos envolvidos, mantendo os mesmos presos no instante da colisão, momento em que suas velocidades se tornam iguais. Em um choque, sem mudança de direção, podemos obter a relação entre as velocidades iniciais e finais dos corpos envolvidos. 𝐸𝐸0 = 𝑚𝑚1 × 𝑣𝑣0122 + 𝑚𝑚2 × 𝑣𝑣0222 Fórmula 4: Energia cinética inicial 𝐸𝐸 = (𝑚𝑚1+𝑚𝑚2)×𝑣𝑣2 2 Fórmula 5: Energia cinética final ▪ Carrinho 1 • Carrinho 2 3 Figura 2: Gráfico de uma colisão inelástica onde os dois carrinhos estavam em movimento antes do choque. → Parcialmente Inelástico É caracterizado por ocorrer com parte da conservação de energia cinética. Nessa colisão, os corpos se chocam e se separam, assumindo direções opostas às iniciais. As velocidades relativas são diferentes, sendo a final menor que a inicial. Além disso, a velocidade relativa antes da colisão é dada pela diferença entre as velocidades iniciais. 𝑣𝑣𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑣𝑣𝑟𝑟 = 𝑣𝑣01 − 𝑣𝑣02 Fórmula 6: Velocidade relativa ● Momento Linear O momento linear é conservado em colisões, isto é, o momento linear dos objetos somada antes da colisão permanece inalterado, antes, durante e depois da colisão. Isso ocorre, pois as forças trocadas na colisão de objetos são internas, ou seja, atuam e reagem no interior do sistema. Portanto, ocorre apenas uma transferência de quantidade de movimento entre os objetos que compõem o sistema. 𝑝𝑝 = 𝑚𝑚 × 𝑣𝑣 Fórmula 7: Momento linear 𝑚𝑚1 × 𝑣𝑣1 + 𝑚𝑚2 × 𝑣𝑣2 = (𝑚𝑚1 + 𝑚𝑚2) × 𝑣𝑣 Fórmula 8: Conservação do momento linear Gráfico colisão 2 – Posição x tempo Tempo (s) Po siç ão (m ) ▪ Carrinho 1 • Carrinho 2 4 Quando há a conservação do momento linear, o movimento realizado pela partícula é uniforme, pois pela 2ª Lei de Newton, uma partícula que possui massa 𝑚𝑚 está submetida a uma força 𝐹𝐹 ���⃗ ou a um somatório de forças tendo por 𝐹𝐹𝑅𝑅 = 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑟𝑟 . Sendo assim, a derivada do momento linear é igual à força resultante e, considerando que não há forças externas influenciando o movimento, então a força resultante é igual à zero. Com isso, podemos deduzir então, se a força resultante é zero, que a aceleração também é zero, caracterizando desta forma, um movimento retilíneo uniforme. ● Centro de massa O centro de massa é um ponto representativo onde toda a massa do sistema ou do corpo está concentrada. É nele que qualquer força uniforme atua sobre o objeto. 𝐶𝐶𝐶𝐶 = 𝑚𝑚1 × 𝑣𝑣1 + 𝑚𝑚2 × 𝑣𝑣2(𝑚𝑚1 + 𝑚𝑚1) Fórmula 9: centro de massa O caso experimental analisado foi o de um sistema unidimensional de dois carrinhos que colidem inelasticamente e se movem uniformemente em uma trajetória retilínea, ou seja, por ser uma colisão inelástica, espera-se que o momento linear seja conservado e que haja perda máxima de energia cinética. Podemos observar isto experimentalmente através dos cálculos realizados ao longo do procedimento, averiguando os resultados por meio de um critério de compatibilidade. |𝑥𝑥1 − 𝑥𝑥2| �𝛿𝛿𝑥𝑥12 + 𝛿𝛿𝑥𝑥22 > 3 Fórmula 10: Critério de compatibilidade Onde 𝑥𝑥1 e 𝑥𝑥2 são duas medidas da mesma grandeza e 𝑥𝑥1 e 𝑥𝑥2 são suas respectivas incertezas. Consideramos duas medidas compatíveis quando o resultado desta equação é menor que 3 e consideramos incompatível quando o resultado da equação é maior que 3. Procedimento Experimental e Levantamento de Dados Parte I: No estudo qualitativo da colisão elástica, adotamos carrinhos com massas iguais, verificando-as na balança. Em seguida, ajustamos o nível do trilho de ar utilizando folhas de papel debaixo dos pés do trilho, verificando que, se o trilho estivesse inclinado, o carrinho deslizava, e se o trilho estivesse nivelado, o carrinho se mantinha inerte. Após isso, iniciamos o procedimento empurrando um carrinho (1) para uma extremidade onde se localizava um elástico, enquanto o outro carrinho (2) se mantinha em repouso. Quando o carrinho em movimento volta em 5 movimento retilíneo uniforme e colide com o carrinho inerte, o carrinho em movimento entra em repouso e o carrinho parado começa a se movimentar. Isso é o esperado para uma colisão elástica, pois houve a transferênciatotal de energia mecânica. 𝑣𝑣1𝑓𝑓 = �𝑚𝑚1 − 𝑚𝑚2𝑚𝑚1 + 𝑚𝑚2� 𝑣𝑣1𝑖𝑖 + 2𝑚𝑚2𝑚𝑚1 + 𝑚𝑚2 𝑣𝑣2𝑖𝑖 Fórmula 11: Velocidade final do carrinho que estava em movimento 𝑣𝑣2𝑓𝑓 = 2𝑚𝑚1𝑚𝑚1 + 𝑚𝑚2 𝑣𝑣1𝑖𝑖 − �𝑚𝑚1 − 𝑚𝑚2𝑚𝑚1 + 𝑚𝑚2� 𝑣𝑣2𝑖𝑖 Fórmula 12: Velocidade final do carrinho que estava em repouso. Parte II: Iniciamos a prática da colisão perfeitamente inelástica pegando dois carrinhos e adicionando 40 g ao carrinho (1) e 100g ao carrinho (2). Pesamos cada carrinho com os acessórios em uma balança e obtemos seus pesos em gramas que foram, respectivamente, 240,7 g e 339,4 g. Para conseguirmos a incerteza da massa se fez necessário a pesagem dos carrinhos sem os acessórios e somando ao final, 40,0 ao carrinho (1) e 100,0 ao carrinho (2), o resultado dessa pesagem foi 240,2 g (200,2g + 40,0) para o carrinho (1) e 339,9g (239,9 + 100,0) para o carrinho (2). Logo, a incerteza dos carrinhos é a subtração entre os dois modos que os pesamos, que foi 0,5 para ambos os carrinhos, visto que |240,7 − 240,2| = 0,5 e |339,4 − 339,9| =0,5, respectivamente, para o carrinho (1) e carrinho (2). Dando continuidade ao experimento, uma câmera digital foi configurada para a captura de vídeo e posicionada em um tripé, a uma distância que possibilitasse aparecer no campo de visão da câmera, todo o comprimento do trilho de ar. ● Análise do vídeo A filmagem do carrinho em movimento foi iniciada quando um integrante do grupo empurrou o carrinho (1) em direção a uma extremidade do trilho, que colidiu com o elástico que ali se encontrava e retornou com um movimento retilíneo uniforme. Este mesmo carrinho, colidiu com carrinho (2) que se encontrava inerte na posição (100,0 ± 0,1) cm do trilho de ar. Após a colisão, os dois carrinhos seguiram juntos (acoplados por um dispositivo) a uma velocidade constante diferente da inicial. Assim que o carrinho atingiu o fim do trilho, a filmagem foi interrompida e salva. Enfim, editou-se o vídeo no programa de análise de imagens ImageJ, que, dentre outras funções, fornece a posição em pixel do cursor em relação à imagem captada. 6 ● Levantamento dos dados de tempo e posição Sob essas condições, foi determinado um intervalo padrão de 3 quadros entre os quais anotou-se o tempo (t), em segundos, e a posição p de um ponto fixo do carrinho, em pixels. Para proceder, assume-se que o tempo não possui incerteza intrínseca, bem como que a incerteza da posição do carrinho corresponde à diferença da posição de dois pontos colineares – o ponto onde a imagem ampliada do carrinho deixa de ficar nítida e o ponto onde a imagem borrada do carrinho termina. Na realidade, neste experimento, esse é o método empregado sempre que é preciso calcular a incerteza de uma medida em pixel. O número regular de quadros contribui para a obtenção de intervalos de tempo regulares. Vale ressaltar que a captação de quadros consecutivos não seria eficiente. Afinal a posição do carrinho varia cada vez mais no tempo, o que não permitiria que fossem coletados dados da maior parte do percurso, caso o intervalo padrão fosse de 1 quadro. ● Obtenção da Constante de Calibração (K) Obtemos a posição em centímetros do carrinho por meio da conversão de pixel para centímetros do trilho de ar, através de uma constante K, denominada constante de calibração. Para obter mais precisão, utiliza-se o trilho como objeto-referência, pois ele está parado, de modo a conferir menor incerteza. K é obtida através da razão entre o comprimento total do trilho de ar em cm e em pixel. É primordial notar que K possuo unidade de medida (cm/pixel) e incerteza associada. Então, basta multiplicar cada uma das posições p por K para obter a posição corresponde x em centímetros, com incerteza propagada. 𝐾𝐾 = (200,0 ± 0,1)𝑐𝑐𝑚𝑚(584 ± 1)𝑝𝑝𝑝𝑝𝑥𝑥𝑝𝑝𝑝𝑝 = (0,3424 ± 0,0006)𝑐𝑐𝑚𝑚/𝑝𝑝𝑝𝑝𝑥𝑥𝑝𝑝𝑝𝑝 Fórmula 13: Constante de calibração ● Obtenção da velocidade Com todos os pontos convertidos em centímetros, foram plotados os dados de posição (cm) x tempo(s) em um gráfico e a velocidade foi obtida por meio do ajuste linear. Foi calculada a velocidade para cada carrinho antes (imagens 3 e 4) e depois (imagens 5 e 6) da colisão, para o sistema da soma das partículas na interação (imagem 7) e para o centro de massa antes e depois da colisão (imagens 8 e 9). 7 . Figura 3: Gráfico da Carrinho 1 - Antes da Colisão (Posição x Tempo) cm/s Figura 4: Gráfico da Carrinho 1 - Depois da Colisão (Posição x Tempo) cm/s 8 Figura 5: Gráfico da Carrinho 2 - Antes da Colisão (Posição x Tempo) cm/s Figura 6: Gráfico da Carrinho 2 - Depois da Colisão (Posição x Tempo) cm/s 9 Figura 7: Gráfico do Sistema - Colisão Perfeitamente Inelástica (Posição x Tempo) cm/s Figura 8: Gráfico do Centro de Massa - Antes da Colisão 10 Figura 9: Gráfico do Centro de Massa - Depois da Colisão Com todas as velocidades calculadas, foi preenchida a tabela 1 com as velocidades iniciais e finais do carrinho 1 e 2. Carrinho 1 Carrinho 2 𝒗𝒗𝟎𝟎 (𝟑𝟑𝟑𝟑,𝟎𝟎 ± 𝟎𝟎,𝟑𝟑)𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒔𝒔 (𝟎𝟎,𝟎𝟎 ± 𝟎𝟎,𝟎𝟎)𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒔𝒔 𝒗𝒗 (𝟏𝟏𝟏𝟏,𝟒𝟒 ± 𝟎𝟎,𝟏𝟏)𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒔𝒔 (𝟏𝟏𝟏𝟏,𝟔𝟔 ± 𝟎𝟎,𝟏𝟏)𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒔𝒔 Tabela 1: Velocidades dos carrinhos Com isso, todos os valores obtidos até o momento para antes e depois da colisão, adequando os algarismos significativos, foram organizados na tabela 2 da coleta final de dados. ● Levantamento total de dados 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 𝑇𝑇𝑝𝑝𝑚𝑚𝑝𝑝𝑄𝑄(𝑠𝑠) 𝑃𝑃𝑝𝑝𝑥𝑥𝑝𝑝𝑝𝑝 1 𝛿𝛿 𝑃𝑃1 𝑃𝑃𝑝𝑝𝑥𝑥𝑝𝑝𝑝𝑝 2 𝛿𝛿 𝑃𝑃2 𝑋𝑋1(𝑐𝑐𝑚𝑚) 𝛿𝛿 𝑋𝑋1 𝑋𝑋2(𝑐𝑐𝑚𝑚) 𝛿𝛿 𝑋𝑋2 𝐶𝐶𝐶𝐶(𝑐𝑐𝑚𝑚) 𝛿𝛿 𝐶𝐶𝐶𝐶 𝐴𝐴𝐴𝐴𝑡𝑡𝑝𝑝𝑠𝑠 𝑄𝑄𝑄𝑄 𝑐𝑐𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑠𝑠ã𝑄𝑄 77 2,57 105 1 292 1 36,0 0,3 100,0 0,4 73,4 23,0 80 2,67 116 1 291 1 39,7 0,3 99,7 0,4 74,8 21,5 83 2,77 128 1 291 1 43,8 0,4 99,7 0,4 76,5 20,0 11 86 2,87 139 1 291 1 47,6 0,4 99,7 0,4 78,1 18,7 89 2,97 149 2 290 1 51,0 0,7 99,3 0,4 79,3 17,3 92 3,07 160 2 291 1 54,8 0,7 99,7 0,4 81,0 16,1 95 3,17 171 2 291 1 58,6 0,7 99,7 0,4 82,6 14,7 98 3,27 182 2 290 1 62,3 0,7 99,3 0,4 84,0 13,3 101 3,37 192 2 291 1 65,7 0,7 99,7 0,4 85,6 12,2 104 3,47 203 2 291 1 69,5 0,7 99,7 0,4 87,2 10,8 107 3,57 214 2 291 1 73,3 0,7 99,7 0,4 88,7 9,5 110 3,67 224 2 291 1 76,7 0,7 99,7 0,4 90,1 8,2 113 3,77 235 2 291 1 80,5 0,7 99,7 0,4 91,7 6,9 116 3,87 245 2 291 1 83,9 0,7 99,7 0,4 93,1 5,7 119 3,97 256 2 291 1 87,7 0,7 99,7 0,4 94,7 4,3 122 4,07 266 2 291 1 91,1 0,7 99,7 0,4 96,1 3,1 125 4,17 274 1 293 1 93,8 0,4 100,3 0,4 97,6 2,3 𝐷𝐷𝑝𝑝𝑝𝑝𝑄𝑄𝑝𝑝𝑠𝑠 𝑄𝑄𝑄𝑄 𝑐𝑐𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑠𝑠ã𝑄𝑄 128 4,27 279 1 296 1 95,5 0,4 101,4 0,4 99,0 2,1 131 4,37 282 1 300 1 96,6 0,4 102,7 0,4 100,2 2,2 134 4,47 286 1 304 1 97,9 0,4 104,1 0,4 101,6 2,2 137 4,57 289 1 307 1 99,0 0,4 105,1 0,4 102,6 2,2 140 4,67 293 1 311 1 100,3 0,4 106,5 0,4 103,9 2,2 143 4,77 297 1 314 1 101,7 0,4 107,5 0,4 105,1 2,1 146 4,87 301 1 318 1 103,1 0,4 108,9 0,4 106,5 2,1 149 4,97 304 2 323 2 104,1 0,7 110,6 0,7 107,9 2,4 152 5,07 308 2 327 2 105,5 0,7 112,0 0,7 109,3 2,4 155 5,17 311 2 331 2 106,5 0,7 113,4 0,7 110,5 2,5 158 5,27 315 2 334 2 107,9 0,7 114,4 0,7 111,7 2,4 161 5,37 318 2 337 2 108,9 0,7 115,4 0,7 112,7 2,4 164 5,47 322 1 341 1 110,3 0,4 116,8 0,4 114,1 2,4 12 167 5,57 326 1 344 1 111,6 0,4 117,8 0,4 115,3 2,2 170 5,67 329 1 348 1 112,7 0,4 119,2 0,4 116,5 2,4 173 5,77 333 2 351 2 114,0 0,7 120,2 0,7 117,6 2,3 176 5,87 336 1 355 1 115,1 0,4 121,6 0,4 118,9 2,4 179 5,97 340 1 358 1 116,4 0,4 122,6 0,4 120,0 2,2 Tabela 2: Coleta final de dados Para a construção de uma terceira tabela, calculamos também o momento linear (fórmula8) e a energia cinética (fórmula 14) de cada carrinho, assim como para todo o sistema e a informação da velocidade inicial e final para o centro de massa já calculada anteriormente pelo ajuste linear. 𝐸𝐸𝑐𝑐 = (𝑚𝑚 × (𝑣𝑣2))2 Fórmula 14: Energia cinética Referências 𝒗𝒗𝒊𝒊 ± 𝜹𝜹𝒗𝒗𝒊𝒊(𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒔𝒔) 𝒗𝒗𝒇𝒇 ± 𝜹𝜹𝒗𝒗𝒇𝒇(𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒔𝒔) 𝑷𝑷𝒊𝒊 ± 𝜹𝜹𝑷𝑷𝒊𝒊(𝒈𝒈 ∗ 𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒔𝒔) 𝑷𝑷𝒇𝒇 ± 𝜹𝜹𝑷𝑷𝒇𝒇(𝒈𝒈∗ 𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒔𝒔) 𝑬𝑬𝑪𝑪𝒊𝒊 ± 𝜹𝜹𝑬𝑬𝑪𝑪𝒊𝒊 𝑬𝑬𝑪𝑪𝒇𝒇 ± 𝜹𝜹𝑬𝑬𝑪𝑪𝒇𝒇 Carrinho 1 37,0 ± 0,3 12,4 ± 0,2 8905,9 ± 74,5 2984,7± 48,5 164759,2 ± 2693,6 18505 ± 600 Carrinho 2 0,0 ± 0,0 12,6 ± 0,2 0,0 ± 0,0 4276,4 ± 68,2 0,0 ± 0,0 26941,6 ± 856,2 Sistema x x 8905,9 ± 74,5 7261,1 ± 116,7 164759,2 ± 2693,6 4544,6 ± 2904,7 Centro de massa 15,2 ± 0,1 12,5 ± 0,1 x x x x Tabela 3: Complemento da tabela 1 com os dados do momento linear e da energia cinética. ● Análise de dados e discussão dos resultados Ao verificar todo o sistema da soma das partículas na interação e o conjunto de informações da tabela 3, podemos perceber que é possível obter o instante da colisão a partir da tabela de dados, mais precisamente entre o último ponto antes e o primeiro ponto depois, da colisão. Pois conforme já plotado o gráfico da posição em função do tempo de todo o sistema (imagem 7), conseguimos identificar o instante em que o carrinho 2 em repouso antes da colisão, adquiri velocidade depois da colisão. 13 Ao analisar os dados, verificamos que mesmo não conseguindo a conservação total do momento linear, conservamos boa parte dela. Mas utilizando a fórmula da compatibilidade, chegamos ao valor de 11,9. Concluindo que o resultado não foi compatível como o esperado para este tipo de colisão. O mesmo se aplica para a energia cinética, pois não conseguimos executar a perda total desta energia no processo experimento. Ao aplicar a fórmula da compatibilidade, encontramos um valor de 30,1. Concluindo que o resultado não foi compatível como o esperado para este tipo de colisão. Calculamos a porcentagem de perda de momento linear, usando a fórmula: �𝑝𝑝𝑓𝑓 − 𝑝𝑝0� 𝑝𝑝0 Fórmula 15: Perda do momento linear O valor obtido na resolução desta fórmula foi o de 20%, logo, esse percentual é correspondente ao quanto foi perdido de momento linear no sistema durante a colisão. É certo que não se pode afirmar o que pode ter causado esse comportamento, porém não podemos descartar os possíveis erros cometidos ao longo do procedimento, como por exemplo, o acessório de encaixe do carrinho parado. Antes de o experimento começar, temos que vedar completamente o buraco do acessório com massinha, de forma que, o não cumprimento desta tarefa pode influenciar na velocidade dos carrinhos (o que deve ter ocorrido, pois as velocidades dos carrinhos após a colisão são ligeiramente diferentes) e, consequentemente no momento linear. Com o acessório completamente vedado, o encaixe se dá de forma íntegra, sem que haja um movimento por parte do pino na região da massinha. Calculamos a porcentagem de perda da energia cinética, usando a fórmula: �𝐾𝐾𝑓𝑓 − 𝐾𝐾𝑟𝑟� 𝐾𝐾𝑟𝑟 Fórmula 16: Perda de energia cinética O resultado obtido na resolução desta fórmula foi de 70%, logo, esse percentual é correspondente ao quanto foi perdido de energia cinética no sistema durante a colisão. O que não está de acordo, visto que neste tipo de colisão não temos conservação de energia cinética. 14 • Conclusão O experimento teve por objetivo constatar a conservação ou não de energia cinética e momento linear nas colisões elásticas e inelásticas. Na colisão elástica podemos observar que o momento linear e a energia cinética continuaram o mesmo e que essa colisão ocorre quando não há alteração nas massas dos corpos, nem deformações. Conforme os dados obtidos na colisão inelástica, teve a formulação do gráfico por tempo, sendo assim possível calcular a velocidade de cada caminho em sua devida trajetória, que seria este o coeficiente angular da reta. E com esses resultados pudemos calcular o momento linear e a energia cinética. Foi possível observar a grande perda de energia cinética (70%), como é previsto ser em colisões inelásticas. Os resultados obtidos revelam que houve perda de momento linear, sendo que, como já explicado na introdução, “o momento linear dos objetos somada antes da colisão permanece inalterado, antes, durante e depois da colisão. Isso ocorre, pois as forças trocadas na colisão de objetos são internas, que atuam e reagem no interior do sistema.” Isso provavelmente se deve ao fato de os corpos que se unem para manter os dois carrinhos juntos não estarem completamente fixos um no outro, ou a contagem de pixels está errada, ou leves desníveis no trilho do equipamento. Concluímos, com base nos dados, que não conseguimos atingir exatamente o objetivo. Por outro lado, é muito difícil encontrar exatamente ΔP conservado e ΔE = 0 quando se trata de um experimento. Estamos lidando com muitas flutuações e incertezas no processo experimental. Se levarmos em consideração os erros sistemáticos e experimentais que podem ter sido cometidos, os resultados encontrados foram bem razoáveis, sempre buscando os resultados previstos pelo modelo teórico. 15 Referências [1] Apostila de física experimental I, IF UFRJ, 01/2018 [2] Livro de Física mecânica - hidromecânica , Sears/Zemansky, Vol. 1 Apêndice A Legenda: 𝑚𝑚1→ Massa do corpo 1. 𝑚𝑚2 → Massa do corpo 2. 𝑣𝑣01 → → Velocidade inicial do corpo 1. 𝑣𝑣02→ Velocidade inicial do corpo 2. 𝑣𝑣1 → Velocidade final do corpo 1. 𝑣𝑣2 → Velocidade final do corpo 2. 𝑣𝑣→ Velocidade final do corpo 1 e do corpo 2 (porque elas são iguais). 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 → Derivada parcial de x em relação a P. 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 → Derivada parcial de x em relação a K. 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 → Derivada parcial de K em relação a L. 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕∆𝜕𝜕 → Derivada parcial de K em relação a P. 𝜕𝜕𝑑𝑑 𝜕𝜕𝑚𝑚 → Derivada parcial de p em relação a m. 𝜕𝜕𝑑𝑑 𝜕𝜕𝑣𝑣 → Derivada parcial de p em relação a v. 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐 𝜕𝜕𝑚𝑚 → Derivada parcial de Ec em relação a m. 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐 𝜕𝜕𝑣𝑣 → Derivada parcial de Ec em relação a v. 𝜕𝜕𝑑𝑑𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝜕𝜕𝑑𝑑1 → Derivada parcial de 𝑝𝑝𝑟𝑟𝑡𝑡𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 em relação a 𝑝𝑝1. 𝜕𝜕𝑑𝑑𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝜕𝜕𝑑𝑑2 → Derivada parcial de 𝑝𝑝𝑟𝑟𝑡𝑡𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 em relação a 𝑝𝑝2. 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐1 → Derivada parcial de 𝐸𝐸𝑐𝑐𝑟𝑟𝑡𝑡𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 em relação a 𝐸𝐸𝑐𝑐1. 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐2 → Derivada parcial de 𝐸𝐸𝑐𝑐𝑟𝑟𝑡𝑡𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 em relação a 𝐸𝐸𝑐𝑐2. 𝑋𝑋 → posição em cm 𝑃𝑃→ posição em pixels 𝐾𝐾 → constante de calibração 𝐿𝐿 → comprimento da régua em cm 16 ∆𝑃𝑃 → comprimento da régua em pixels 𝑃𝑃 → momento linear g.cm/s 𝑚𝑚 → massa em g 𝑣𝑣 → velocidade em cm/s 𝐸𝐸𝑐𝑐 → energia cinética em g.cm/s 𝑝𝑝𝑟𝑟𝑡𝑡𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 → momento linear do sistema em g.cm/s 𝐸𝐸𝑐𝑐𝑟𝑟𝑡𝑡𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 →energia cinética total do sistema em g.cm/s 𝑝𝑝1→ momento linear do carrinho 1 em g.cm/s 𝑝𝑝2→ momento linear do carrinho 2 em g.cm/s 𝐸𝐸𝑐𝑐1 →energia cinética do carrinho 1 em g.cm/s 𝐸𝐸𝑐𝑐2 →energia cinética do carrinho 2 em g.cm/s 𝛿𝛿→ Incerteza Apêndice B Fórmulas de propagação de incerteza usadas ao longo do experimento: 𝛿𝛿𝜕𝜕 2 = �𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 × 𝛿𝛿𝐿𝐿�2 + �𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 × 𝜕𝜕𝑃𝑃�2→ Propagação de incerteza da constante de calibração. 𝛿𝛿𝑋𝑋 2 = �𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 × 𝛿𝛿𝑃𝑃�2 + �𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 × 𝛿𝛿𝐾𝐾�2→ Propagação de incerteza da posição em cm. 𝛿𝛿𝜕𝜕 2 = �𝜕𝜕𝑑𝑑 𝜕𝜕𝑚𝑚 × 𝛿𝛿𝑚𝑚�2 + �𝜕𝜕𝑑𝑑𝜕𝜕𝑣𝑣 × 𝛿𝛿𝑣𝑣�2→ Propagação de incerteza do momento linear. 𝛿𝛿𝜕𝜕𝑐𝑐 2 = �𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐 𝜕𝜕𝑚𝑚 × 𝛿𝛿𝑚𝑚�2 + �𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐 𝜕𝜕𝑣𝑣 × 𝛿𝛿𝑣𝑣�2→ Propagação de incerteza da energia cinética. 𝛿𝛿𝑑𝑑𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 2 = �𝜕𝜕𝑑𝑑𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝜕𝜕𝑑𝑑1 × 𝛿𝛿𝑝𝑝1�2 + �𝜕𝜕𝑑𝑑𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝜕𝜕𝑑𝑑2 × 𝛿𝛿𝑝𝑝2�2→ Propagação de incerteza do momento linear total. 𝛿𝛿𝜕𝜕𝑐𝑐𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 2 = �𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐1 × 𝛿𝛿𝐸𝐸𝑐𝑐1�2 + �𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝜕𝜕𝜕𝜕𝑐𝑐2 × 𝛿𝛿𝐸𝐸𝑐𝑐2�2→ Propagação de incerteza da energia cinética total. 𝛿𝛿𝐶𝐶𝐶𝐶 2 = �𝜕𝜕𝐶𝐶𝐶𝐶 𝜕𝜕𝜕𝜕1 × 𝛿𝛿𝑥𝑥1�2 + �𝜕𝜕𝐶𝐶𝐶𝐶𝜕𝜕𝜕𝜕2 × 𝛿𝛿𝑥𝑥2�2 + �𝜕𝜕𝐶𝐶𝐶𝐶𝜕𝜕𝑚𝑚1 × 𝛿𝛿𝑚𝑚1�2 + �𝜕𝜕𝐶𝐶𝐶𝐶𝜕𝜕𝑚𝑚2 × 𝛿𝛿𝑚𝑚2�2→ Propagação de incerteza do centro de massa. | 𝑋𝑋1−𝑋𝑋2 | �(𝛿𝛿𝜕𝜕1)2+(𝛿𝛿𝜕𝜕2)² < 3→ Fórmula da Compatibilidade. capa Experimento 4
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