Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Ca´lculo IV – EP8 – Tutor Exerc´ıcio 1: Seja a integral ∫ 3 0 ∫ 1 √ x/3 ey 3 dydx. Esboce a regia˜o de integrac¸a˜o, inverta a ordem de integrac¸a˜o e calcule a integral resultante. Soluc¸a˜o: A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada por D : { 0 ≤ x ≤ 3√ x 3 ≤ y ≤ 1 . Logo, D esta´ entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = 3 e e´ limitada inferiormente pela curva y = √ x/3 ( ou x = 3y2 ) e superiormente pela reta y = 1. Assim temos o esboc¸o de D na figura que se segue. x y Dentra em x = 0 sai em x = 3y2 1 3 Para inverter a ordem de integrac¸a˜o, imaginemos uma reta horizontal atrave´s de D, orientada como o eixo x. Vemos que ela entra em D em x = 0 e sai de D em x = 3y2. Logo, 0 ≤ x ≤ 3y2. Ale´m disso, vemos que D esta´ entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. Logo, 0 ≤ y ≤ 1. Enta˜o temos D : { 0 ≤ x ≤ 3y2 0 ≤ y ≤ 1 . Assim: I = ∫ 3 0 ∫ 1 √ x/3 ey 3 dydx = ∫ 1 0 ∫ 3y2 0 ey 3 dxdy = ∫ 1 0 ey 3 ∫ 3y2 0 dxdy = ∫ 1 0 ey 3 3y2 dy . Fazendo u = y3 temos du = 3y2dy. Para y = 0 temos u = 0 e para y = 1 temos u = 1. Portanto: I = ∫ 1 0 eudu = eu ∣∣∣1 0 = e− 1 . Ca´lculo IV – EP8 Tutor 2 Exerc´ıcio 2: No ca´lculo de uma integral dupla sobre uma regia˜o D obtivemos uma soma de integrais iteradas: I = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫ 1 0 ∫ 2x x f(x, y) dydx + ∫ 2 1 ∫ 2 x f(x, y) dydx . a) Esboce D. b) Expresse a integral dupla como uma so´ integral iterada com ordem de integrac¸a˜o invertida. c) Calcule o valor de I para f(x, y) = ey 2 . Soluc¸a˜o: a) Temos que I = ∫ ∫ D f(x, y) dxdy = ∫ ∫ D1 f(x, y) dydx + ∫ ∫ D2 f(x, y) dydx onde D = D1 ∪D2 com: D1 = {(x, y) ∈ R2 | 0 ≤ x ≤ 1 e x ≤ y ≤ 2x} D2 = {(x, y) ∈ R2 | 1 ≤ x ≤ 2 e x ≤ y ≤ 2} Esboc¸o de D1 Como 0 ≤ x ≤ 1 enta˜o D1 encontra-se na faixa vertical dada por 0 ≤ x ≤ 1. Como x ≤ y ≤ 2x enta˜o D e´ limitado inferiormente pela reta y = x e e´ limitado superiormente pela reta y = 2x. Assim, temos o esboc¸o de D na figura que se segue. x y D1 y = 2x ou x = y 2 y = x 1 2 Esboc¸o de D2 Como 1 ≤ x ≤ 2 enta˜o D2 encontra-se na faixa vertical dada por 1 ≤ x ≤ 2. Como x ≤ y ≤ 2 enta˜o D e´ limitado inferiormente pela reta y = x e e´ limitado superiormente pela reta horizontal y = 2. Assim, temos o esboc¸o de D na figura que se segue. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 3 x y D2 1 2 2 Como D = D1 ∪D2, temos: x y D y = 2x y = x 2 b) Decric¸a˜o de D como regia˜o do tipo II. x y D Sai em x = yEntra em x = y/2 2 Temos que D = {(x, y) ∈ R2 | 0 ≤ y ≤ 2 e y/2 ≤ x ≤ y}. Logo: I = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫ 2 0 ∫ y y/2 f(x, y) dxdy . c) Temos: I = ∫∫ D ey 2 dxdy = ∫ 2 0 ∫ y y/2 ey 2 dxdy = ∫ 2 0 ey 2 ∫ y y/2 dxdy = ∫ 2 0 ey 2[ x ]y y/2 dy = ∫ 2 0 ey 2 ( y − y 2 ) dy = = 1 2 ∫ 2 0 ey 2 · y dy = 1 2 · 1 2 ∫ 2 0 e y2︸︷︷︸ u (2y) dy︸ ︷︷ ︸ du = 1 4 [ ey 2 ]2 0 = 1 4 ( e4 − 1). Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 4 Exerc´ıcio 3: Calcule a integral tripla ∫∫∫ W x dV , onde W e´ o so´lido do primeiro octante, limitado pelo cilindro parabo´lico z = 1− y2 e os planos z = 0, y = x e x=0. Soluc¸a˜o: Esboc¸o do so´lido W Inicialmente, esboc¸amos no plano yz a para´bola z = 1− y2 com y ≥ 0 e z ≥ 0. Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel x, trac¸amos no primeiro octante semirretas paralelas ao eixo x atrave´s de pontos da para´bola. Assim obtemos o cilindro parabo´lico no primeiro octante. x y z 1 1 1 Em seguida, esboc¸amos no plano xy a semirreta y = x, com x ≥ 0. Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel z, enta˜o no primeiro octante, trac¸amos retas paralelas ao eixo z atrave´s da semirreta. Assim obtemos a porc¸a˜o do plano y = x, contida no primeiro octante. x y z Observamos que os pontos A(0, 0, 1) e B(1, 1, 0) sa˜o comuns a`s duas superf´ıcies. Enta˜o, ligando-os obtemos a curva intersec¸a˜o. Considerando que o so´lido W e´ tambe´m limitado pelos planos x = 0 e z = 0 temos o seu esboc¸o na figura que se segue. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 5 x y z W D A B Dxy entra em z = 0 sai em z = 1− y2 1 1 Descric¸a˜o de W Projetando W no plano xy, temos a regia˜o Dxy dada pelas desigualdades 0 ≤ x ≤ 1 e x ≤ y ≤ 1. x y Dxy entra em y = x sai em y = 1 1 1 Imaginando uma reta paralela ao eixo z atrave´s de W e orientada como o eixo z, vemos que ela entra em W em z = 0 e sai de W em z = 1− y2. Enta˜o temos:{ (x, y, z) ∈ R3 | (x, y) ∈ Dxy e 0 ≤ z ≤ 1− y2 } . Assim:∫∫∫ W x dV = ∫∫ Dxy ∫ 1−y2 0 x dzdxdy = ∫∫ Dxy x ( 1− y2) dxdy = ∫ 1 0 x ∫ 1 x ( 1− y2) dydx = = ∫ 1 0 x [ y − y 3 3 ]1 x dx = ∫ 1 0 x [( 1− 1 3 ) − ( x− x 3 3 )] dx = ∫ 1 0 ( 2 3 x− x2 + x 4 3 ) dx = = [ x2 3 − x 3 3 + x5 15 ]1 0 = 1 3 − 1 3 + 1 15 = 1 15 . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 6 Exerc´ıcio 4: Esboce o so´lido W limitado pelas superf´ıcies z = 4− x2, x + y = 2, y = 0 e z = 0 e calcule seu volume. Soluc¸a˜o: Identificando as superf´ıcies z = 4 − x2 (ciclindro parabo´lico com geratrizes paralelas ao eixo y) Esboc¸o Esboc¸aremos o cilindro. Inicialmente esboc¸amos a para´bola z = 4 − x2 no plano xz. Em seguida trac¸amos retas paralelas ao eixo y passando pela para´bola. x y z −2 2 4 Esboc¸aremos o plano x+ y = 2. Inicialmente esboc¸amos a reta x+ y = 2 no plano xy. em seguida, trac¸amos retas paralelas ao eixo z passando pela reta. x y z 2 2 Temos y = 0 (plano xz) e z = 0 (plano xy). Finalmente esboc¸aremos W . Para esboc¸ar o so´lido, devemos encontrar a curva intersec¸a˜o do cilindro parabo´lico z = 4 − x2 com o plano x + y = 2. A reta x + y = 2 no plano xy intercepta o cilindro parabo´lico nos pontos A1 e A2. Pelo ponto y = 2 (no eixo y) trac¸amos uma reta paralela ao eixo z. Esta paralela, que esta´ no plano x + y = 2, intercepta o cilindro parabo´lico em A3. Ligando os pontos A1, A3 e A2 temos a curva intercec¸a˜o. Como o so´lido esta´ limitado pelo cilindro parabo´lico, o plano xz e o plano xy, temos W . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 7 replacements x y z W “teto” z = 4− x2 D “piso” A1 A2 A3 −2 22 4 x y D y = 2− x y = 0 −2 2 2 De acordo com a figura, o so´lido W esta´ abaixo do cilindro parabo´lico z = 4− x2 e acima da regia˜o triangular D do plano xy delimitada pelo eixo x, reta x = −2 e reta x + y = 2. Pela definic¸a˜o de volume, com f(x, y)4− x2, temos: V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D ( 4− x2) dxdy = ∫ 2 −2 ∫ 2−x 0 ( 4− x2) dydx = = ∫ 2 −2 ( 4− x2) (2− x) dx = ∫ 2 −2 ( 8− 4x− 2x2 + x3) dx = [8x− 2x2 − 2x3 3 + x4 4 ]2 −2 = = 2 ( 8 · 2− 2 · 8 3 ) = 2 ( 16− 16 3 ) = 64 3 u.v. Exerc´ıcio 5: Uma laˆmina tem a forma da regia˜o D = {(x, y) ∈ R2 | 1 ≤ x2 + y2 ≤ 4 , x ≥ 0} e a densidade e´ proporcional a` distaˆncia do ponto a` origem. Determine o valor da constante de proporcionalidade se o momento de ine´rcia em relac¸a˜o ao eixo x for igual a 93pi 10 . Soluc¸a˜o: O esboc¸o da laˆminaD esta´ representado na figura que se segue. x y P Dentra em r = 1 sai em r = 2 1 1 2 2 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 8 Como a densidade em (x, y) e´ proporcional a` distaˆncia a` origem, a func¸a˜o densidade e´ δ(x, y) = k √ x2 + y2 , onde k > 0 e´ a constante de proporcionalidade. O momento de ine´rcia em relac¸a˜o ao eixo x e´: Ix ∫∫ D y2δ(x, y) dA = k ∫∫ D y2 √ x2 + y2 dA . Em coordenadas polares temos: y2 √ x2 + y2 dA = (r sen θ)2 √ r2 r drdθ = r4 sen2 θdrdθ . Descric¸a˜o de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hora´rio a partir do eixo y negativo onde θ = −pi/2 ate´ o eixo y positivo onde θ = pi/2. Enta˜o θ varia de −pi/2 a pi/2. Por outro lado, considerando um ponto P no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D em r = 1 e sai de D em r = 2. Enta˜o r varia de 1 a 2. Enta˜o temos Drθ : { −pi/2 ≤ θ ≤ pi/2 1 ≤ r ≤ 2 . Assim: Ix = k ∫∫ Drθ r4 sen2 θ drdθ = k ∫ 2 1 r4 ∫ pi/2 −pi/2 sen2 θ dθdr = k ∫ 2 1 r4 · 1 2 [ θ − sen 2θ 2 ]pi/2 −pi/2 dr = = k 2 ( pi 2 + pi 2 )∫ 2 1 r4 dr = kpi 2 [ r5 5 ]2 1 = kpi 10 (32− 1) = 31kpi 10 . Mas Ix = 93pi 10 . Enta˜o 31kpi 10 = 93pi 10 donde k = 3. Exerc´ıcio 6: Uma placa D tem a forma de uma regia˜o limitada pelas curvas y = √ 4− x2 , y = −x e y = x. A densidade em cada ponto e´ proporcional a` distaˆncia do ponto a` origem. Determine a massa da placa D. Soluc¸a˜o: De y = √ 4− x2 temos x2 + y2 = 4 com y ≥ 0. Logo, o esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D y = xy = −x pi/4 3pi/4 −2 2 2 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 9 A distaˆncia de um ponto (x, y) a` origem e´ √ x2 + y2 . Logo, a densidade δ(x, y) e´ dada por δ(x, y) = k √ x2 + y2, onde k e´ uma constante positiva. Como a massa M e´ dada por M = ∫∫ D δ(x, y) dA enta˜o: M = ∫∫ D √ x2 + y2 dA . Passando para coordenadas polares temos: x = r cos θ y = r sen θ dA = rdrdθ x2 + y2 = r2 . Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hora´rio, vemos que a regia˜o transformada Drθ e´ dada por; Drθ : { pi/4 ≤ θ ≤ 3pi/4 0 ≤ r ≤ 2 . Logo: M = k ∫∫ Drθ √ r2r drdθ = k ∫∫ Drθ r2 drdθ = k ∫ 2 0 r2 ∫ 3pi/4 pi/4 dθdr = k ∫ 2 0 r2 ( 3pi 4 − pi 4 ) dr = = kpi 2 ∫ 2 0 r2 dr = kpi 2 [ r3 3 ]2 0 = 4kpi 3 u.m. Exerc´ıcio 7: Use coordenadas esfe´ricas para determinar o centro´ide do so´lido envolvido pelos he- misfe´ricos z = √ 4− x2 − y2 , z = √ 9− x2 − y2 e o plano z = 0. Soluc¸a˜o: O esboc¸o do so´lido W esta´ representado na figura que se segue. x y z W 2 2 2 3 3 3 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 10 O centro´ide (x, y, z) e´ tal que: V (W )x = ∫∫∫ W x dV V (W )y = ∫∫∫ W y dV V (W )z = ∫∫∫ W z dV onde V (W ) = 1 2 [ volume (esfera de raio 3)− volume (esfera de raio 2)] = 1 2 ( 4 3 pi33 − 4 3 pi23 ) = 1 2 · 4 3 pi(27− 8) = 38pi 3 . Como a func¸a˜o f1(x, y, z) = x e´ ı´mpar na varia´vel x e W tem simetria em relac¸a˜o ao plano yz enta˜o∫∫∫ W x dV = 0. Logo x = 0. Como a func¸a˜o f2(x, y, z) = y e´ ı´mpar na varia´vel y e W tem simetria em relac¸a˜o ao plano xz enta˜o ∫∫∫ W y dV = 0. Logo y = 0. Ca´lculo de ∫∫∫ W z dV = 0 Em coordenadas esfe´ricas z dV = (ρ cosφ)ρ2 senφ dρdφdθ = ρ3 cosφ senφdρdφdθ e W e´ dado por Wρφθ : 2 ≤ ρ ≤ 3 0 ≤ φ ≤ pi/2 0 ≤ θ ≤ 2pi . Enta˜o: ∫∫∫ W z dV = ∫∫∫ Wρφθ ρ3 cosφ senφ dρdφdθ = ∫ 3 2 ρ3 ∫ pi/2 0 cosφ senφ ∫ 2pi 0 dθdρdφ = = 2pi ∫ 3 2 ρ3 ∫ pi/2 0 cosφ senφ dφdρ = 2pi ∫ 3 2 ρ3 [ sen2 φ 2 ]pi/2 0 dρ = pi ∫ 3 2 ρ3 dρ = pi [ ρ4 4 ]3 2 = = pi 4 (81− 16) = 65pi 4 . Logo 38pi 3 z = 65pi 4 donde z = 195 152 . Portanto, o centro´ide e´ (x, y, z) = ( 0, 0, 195 152 ) . Exerc´ıcio 8: Calcule ∫ 1 0 ∫ √ 1−x2 0 ∫ √ 1−x2−y2 0 √ x2 + y2 + z2 dzdydx . Soluc¸a˜o: Temos que: I = ∫ 1 0 ∫ √ 1−x2 0 ∫ √ 1−x2−y2 0 √ x2 + y2 + z2 dzdydx = ∫∫∫ W √ x2 + y2 + z2 dV Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 11 onde W e´ dado por W : 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ √1− x2 , 0 ≤ z ≤ √ 1− x2 − y2. Da descric¸a˜o de W , vemos que o so´lido esta´ contido no primeiro octante pois x ≥ 0, y ≥ 0 e z ≥ 0 e a sua projec¸a˜o no plano xy e´ a regia˜o Dxy dada por: Dxy : 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ √ 1− x2. x y Dxy y = √ 1− x2 ⇒ x2 + y2 = 1 1 1 ou x y z Dxy 1 1 De z = √ 1− x2 − y2 temos que x2 + y2 + z2 = 1, com z ≥ 0 (semi-esfera superior). De 0 ≤ z ≤ √ 1− x2 − y2, vemos que W e´ limitado inferiormente pelo plano z = 0 e e´ limitado superiormente pela esfera x2 + y2 + z2 = 1. Considerando que W esta´ contido no primeiro octante, temos o esboc¸o de W na figura a seguir. x y z W 1 1 1 Passando para coordenadas esfe´ricas temos: x = ρ senφ cos θ y = ρ senφ sen θ z = ρ cosφ dV = ρ2 senφ dρdφdθ x2 + y2 + z2 = ρ2 . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 12 O conjunto W em coordenadas esfe´ricas e´ Wρφθ : 0 ≤ ρ ≤ 1 , 0 ≤ φ ≤ pi/2 , 0 ≤ θ ≤ pi/2. Enta˜o: I = ∫∫∫ Wρφθ √ ρ2ρ2 senφ dρdφdθ = ∫∫∫ Wρφθ ρ3 senφ dρdφdθ = ∫ 1 0 ρ3 ∫ pi/2 0 senφ ∫ pi/2 0 dθdφdρ = pi 2 ∫ 1 0 ρ3 ∫ pi/2 0 senφ dφdρ = pi 2 ∫ 1 0 ρ3 [− cosφ]pi/2 0 dρ = pi 2 ∫ 1 0 ρ3 dρ = pi 2 [ ρ4 4 ]1 0 = 1 8 . Exerc´ıcio 9: Um arame fino e´ entortado no formato da curva intersec¸a˜o do cilindro el´ıptico x2 2 + y2 = 1 com o plano z = 10− y. a) Parametrize C. b) Determine a massa de C se a densidade em qualquer ponto e´ igual ao quadrado da distaˆncia do ponto ao plano yz. Soluc¸a˜o: a) Esboc¸o de C Tracemos o cilindro el´ıptico cuja base esta´ no plano xy e geratrizes paralelas ao eixo z. Em seguida, trac¸amos o plano z = 10 − y. Vemos que os pontos A1(0, 1, 9), A2( √ 2 , 0, 10), A3(0,−1, 11), A4(− √ 2 , 0, 10) sa˜o comuns a`s duas superf´ıcies. Ligando-os temos a curva intersec¸a˜o. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 13 x y z A1A2 A3 A4 √ 2 1 10 10 Seja (x, y, z) ∈ C. Enta˜o x, y e z satisfazem a`s equac¸o˜es x 2 2 + y2 = 1 e z = 10 − y. Enta˜o x = √ 2 cos t, y = sen t e z = 10 − sen t, com 0 ≤ t ≤ 2pi ou γ(t) = (√2 cos t, sen t, 10 − sen t), com 0 ≤ t ≤ 2pi. b) Como o quadrado da distaˆncia de (x, y, z) ao plano yz e´ x2 enta˜o a densidade e´ δ(x, y, z) = x2. Assim, a massa e´: M = ∫ C δ(x, y, z) ds = ∫ C x2 ds onde ds = ∣∣∣∣γ′(t)∣∣∣∣ dt = ∣∣∣∣(−√2 sen t, cos t,− cos t)∣∣∣∣ dt = √(−√2 sen t)2 + (cos t)2 + (− cos t)2 dt = = √ 2 sen2 t + cos2 t+ cos2 t dt = √ 2 sen2 t + 2 cos2 t dt = √ 2 dt . Enta˜o: M = ∫ 2pi 0 ( √ 2 cos t)2 √ 2 dt = 2 √ 2 ∫ 2pi 0 cos2 t dt = 2 √ 2 · 1 2 [ t + sen 2t 2 ]2pi 0 = 2 √ 2pi u.m. Exerc´ıcio 10: Seja C um arame que esta´ no primeiro octante com a forma da intersec¸a˜o da esfera x2 + y2 + z2 = 4 com o plano y = 2x. a) Esboce C. b) Parametrize C. c) Calcule a massa de C se a densidade em cada ponto de C for proporcional a` distaˆncia do ponto ao plano xy. d) Calcule o momento ine´rcia de C em relac¸a˜o ao eixo z. Fundac¸a˜oCECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP8 Tutor 14 Soluc¸a˜o: a) Esbocemos no primeiro octante a porc¸a˜o da esfera x2 + y2 + z2 = 4. Em seguida, esbocemos o plano y = 2x, destacando alguns pontos comuns. A curva C e´ obtida ligando esses pontos. x y z C y = 2x A B 2 2 2 b) De x2 + y2 + z2 = 4 e y = 2x, com x, y, z ≥ 0 temos x2 + 4x2 + z2 = 4, com x, z ≥ 0 ou 5x2 +z2 = 4, com x, z ≥ 0 ou x 2 4/5 + z2 4 = 1, com x, z ≥ 0, que representa a projec¸a˜o de C no plano xz. Enta˜o x = 2√ 5 cos t, z = 2 sen t, y = 2x = 4√ 5 cos t com 0 ≤ t ≤ pi/2 pois x, z ≥ 0. Assim, uma parametrizac¸a˜o de C e´: γ(t) = ( 2√ 5 cos t, 4√ 5 cos t, 2 sen t ) , 0 ≤ t ≤ pi/2 . c) A distaˆncia de (x, y, z) ∈ C ao plano xy e´ igual a |z| = z pois z ≥ 0. Como a densidade δ(x, y, z) e´ proporcional a` distaˆncia de (x, y, z) ao plano xy enta˜o δ(x, y, z) = kz, onde k e´ uma constante positiva. Como a massa e´ dada por M = ∫ C δ(x, y, z) ds enta˜o M = k ∫ C z ds. Temos que γ′(t) = ( − 2√ 5 sen t,− 4√ 5 sen t, 2 cos t ) donde ‖γ′(t)‖ = √ 4 5 sen2 t + 16 5 sen2 t + 4 cos2 t = √ 4 sen2 t + 4 cos2 t = 2 . Logo, ds = ‖γ′(t)‖ dt = 2 dt. Enta˜o: M = k ∫ pi/2 0 (2 sen t)2 dt = 4k ∫ pi/2 0 sen t dt = 4k [− cos t]pi/2 0 = 4k u.m. d) Temos que: Iz = ∫ C ( x2 + y2 ) δ(x, y, z) ds = k ∫ C ( x2 + y2 ) z ds = = k ∫ pi/2 0 ( 4 5 cos2 t + 16 5 cos2 t ) (2 sen t)2 dt = 4k ∫ pi/2 0 ( 20 5 cos2 t sen t ) dt = = 16k ∫ pi/2 0 cos2 t sen t dt = −16k [ cos3 t 3 ]pi/2 0 = −16k 3 (0− 1) = 16k 3 . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ
Compartilhar