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17417 Diversidade Seres Vivos aula 29 volume3

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Ao fi nal desta aula, você deverá ser capaz de:
• Estudar a origem e a diversidade dos mamíferos.
Mamíferos I
ob
jet
ivo
s
29AULA
Pré-requisitosPré-requisitos
Aulas 3, 4, 14, 17, 18, 26, 27 e 29.
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Diversidade dos Seres Vivos | Mamíferos I
Nós, mamíferos, temos uma biologia interessante. Todos os 
mamíferos são ani mais AMNIOTAS de estrutura óssea compactada e 
dentição complexa. Al gu mas ca rac te rís ti cas exclusivas dos mamíferos 
são as glândulas mamárias, a placenta, os pêlos, um sistema nervoso
central sofi sticado, entre várias outras. Essas ca rac te rís ti cas re ú nem 
uma imensa e fas ci nan te diversidade de formas: cangurus, tamanduás,
capivaras, tigres, baleias, morcegos, girafas, ele fan tes, chimpanzés e nós 
mesmos, seres hu ma nos, todos fazemos parte desse último grupo que
iremos estudar nestas aulas do curso. Nesta, iremos nos aprofundar na
di ver si da de de ma mí fe ros.
Você pode estar pensando que desse grupo você (fi nalmente!)
conhece to dos os animais. Realmente, os mamíferos sempre nos chamam
a nossa aten ção pelo porte, pelo tamanho, pelos hábitos (em que muitas
vezes reconhecemos nossos pró pri os...), e naturalmente pela sua beleza.
Assim, você poderia pen sar que co nhe ce a diversidade de mamíferos.
Entretanto, a fauna atual do gru po é fruto de mais de 300 milhões de anos
de história evolutiva. A Classe Mammalia resultou de uma di ver si fi ca ção
sem precedentes de modos de vida associados a pro fun das modifi cações no
plano de organização estrutural desses animais. A Classe compreende mais
de 60 entidades taxonômicas de status associado a categoria de ordem;
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AMNIOTAS
Veja a Aula 26 para
defi nição de amniotas.
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Nosso planeta hoje deve, certamente, comportar mais de cinco mil 
es pé ci es de mamíferos distribuídas por todos os continentes, abrangendo 
a am pla maioria de habitats terrestres e aquáticos. Uma apreciação
dessa di ver si da de sob a pers pec ti va da variação de tamanho, permite
a constatação, quase absurda, da exis tên cia de minúsculos insetívoros
(musaranhos) com menos de 5 cm de com pri men to e pesando apenas
alguns poucos gramas e, no ex tre mo oposto, elefantes afri ca nos, que 
podem atingir até 7 toneladas (maior ma mí fe ro terrestre vivo), ou ain da 
as baleias-azul, que podem alcançar 31,5 m e 119 toneladas de peso
(maior ani mal co nhe ci do).
HIBERNAÇÃO
Alguns mamíferos, como os morcegos, as marmotas e os esquilos,
entre vários outros, que habitam re gi ões de cli ma tem pe ra do com
in ver nos ri go ro sos, apre sen tam a peculiar ca pa ci da de de “hibernação”.
Nor mal men te, o co ra ção bate inúmeras vezes por minuto nes ses
or ga nis mos. Entretanto, du ran te a hi ber na ção, seu coração bate seis vezes
por minuto. Além disso, o rit mo res pi ra tó rio é muito lento. A temperatura
do cor po diminui consideravelmente, fi can do em tor no de 5°C. Nes se
pe rí o do, o animal utiliza a gordura acumulada para obter energia para seu
metabolismo. Ao contrário do que você pode estar pen san do, os ursos não 
hibernam. Na ver da de, eles fi cam ativos, com o mesmo nível me ta bo lis mo,
du ran te todo o in ver no. No en tan to, esses ma mí fe ros le vam o ali men to
para den tro do abrigo, onde eles dormem por pra ti ca men te todo o dia,
acordando apenas para se ali men tar. Esse tipo de ro ti na não caracteriza
uma hi ber na ção, pois a temperatura corpórea deles di mi nui muito pouco.
Pois é, os ursos levam a vida que mui tas vezes nós gos ta rí a mos de terque
é poder dormir até mais tarde num dia frio de inverno, não é mesmo?
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Diversidade dos Seres Vivos | Mamíferos I
ORIGEM E TRANSFORMAÇÕES
Os mamíferos fazem parte de um grande grupo de Amniotas, 
conhecido como sinapsídeos. Você se lembra das aulas de répteis? Nela 
vimos que os répteis podem ser divididos de acordo com o número 
de fossas tem po rais em seu crânio. Os Synapsida são conhecidos 
popularmente como répteis mamaliformes, que se caracterizam pela 
presença de uma única fossa temporal.
A origem desses organismos ocorreu no final do Período 
Paleozóico (veja a aula sobre tempo geológico e fósseis).
Em primeiro lugar, observamos um aumento da compactação da
osteologia craniana. Essa compactação permitiu maior fi rmeza e maior
robustez do crânio desses animais. Predadores, que devem entrar em luta
para conseguir seu ali men to, e presas, que tentam escapar de predadores,
ne ces si tam de caixa craniana com pac ta para proteção. Mesmo o ser humano,
quando bebê, tem um crânio pouco compacto. Por isso devemos ter tanto
cuidado ao segurar os nenéns para evi tar danos graves que podem acontecer
durante a época em que nossos ossos ainda não estão compactados.
Na linhagem dos mamíferos, também aconteceu um aumento da
com ple xi da de do aparelho mastigatório. Essa complexidade pode ser
associada a uma di fe ren ci a ção funcional da arquitetura dentária. Você 
já reparou que seus den tes possuem formatos muito diferentes? Isso não 
é comum, sabia? Re al men te, os jacarés pos su em dentes bem parecidos 
entre si. A diferenciação dentária acon te ceu na linhagem dos mamíferos.
Por exemplo, nossos dentes da frente são fi ninhos e são adaptados para 
cortar alimentos. Já os dentes ca ni nos são pon tu dos e servem para rasgar, 
en quan to os molares possuem uma superfície larga e conseguem moer
os alimentos duros que ingerimos. Por tan to, esse tipo de di fe ren ci a ção 
na dentição permite um aumento das opções de alimentação.
Uma outra característica importante que aconteceu foi o aumento 
da massa encefálica dos mamíferos. Iremos estudar isso mais adiante, 
quando falaremos sobre primatas e humanos. Entretanto, podemos dizer 
que, além de aumentar a inteligência desses organismos, o aumento do
cérebro também apurou os sentidos de nossos antepassados; o olfato, a
visão, e a audição fo ram todos melhorados por esse evento. Além disso,
aconteceu uma trans for ma ção de pequenos ossos da mandíbula em ossos 
do ouvido, o que permitiu uma maior sofi sticação do apa re lho auditivo. 
Essa sofi sticação promoveu uma melhoria ainda maior da sen si bi li da de 
do ouvido desses animais.
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DIVERSIDADE
A história evolutiva dos mamíferos recentes divide as quatro mil
es pé ci es em três grupos principais. Esses grupos são os monotremados, os
mar su pi ais e os placentários. Os monotremados são mamíferos que ainda
retêm CA RAC TE RÍS TI CAs bas tan te PRIMITIVAS como por exemplo a ausência
de mamilos. Você sabia que alguns ma mí fe ros põem ovos? Pois é, os
ma mí fe ros monotremados põem. A re pro du ção envolve a de po si ção de
ovo em meio ex ter no através de suas cloacas e da ausência de ma mi los.
Os mar su pi ais, como o próprio nome induz a compreensão, apresentam
marsúpios (bol sas), nos quais os embriões recém-nascidos se fi xam a 
mamilos. Fi nal men te, os placentários são ca rac te ri za dos pela presença de
uma pla cen ta que per mi te um de sen vol vi men to intra-uterino até estágios 
bem mais avan ça dos do que os observados entre os mar su pi ais.
Figura 29.2: O ornitorrinco, 
um dos únicos representantes 
atuais de monotremados, 
que vive na Austrália.
Os mamíferos possuem hábitos alimentares relacionados com 
o seu modo de vida: herbívoros, carnívoros, insetívoros ou ONÍVOROS. 
Depois de mas ti ga dos e insalivados na boca, os alimentos são engolidos e 
levados até o es tô ma go. Ao passarem por várias transformações, seguem
do estômago para o in tes ti no del ga do, onde os nutrientes passam para o
sangue, através dasparedes desse órgão. Assim, as substâncias nutritivas 
podem ser distribuídas pelo cor po do animal, como combustível para
seu metabolismo. Os resíduos dos ali men tos seguem para o intestino
grosso, que absorve a água e forma as fezes, que são enviadas para o
exterior do corpo pelo ânus.
CARACTERÍSTICAS
PRIMITIVAS
(OU PLESIOMORFIAS)
São aquelas presentes
nos ancestrais
do grupo.
Veja a Aula 17 para
maiores detalhes.
ONÍVOROS
Mamíferos que se
nutrem de todos os
tipos de alimentos.
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Diversidade dos Seres Vivos | Mamíferos I
Como já mencionamos nas aulas sobre as aves, alguns mamíferos
cha ma dos RU MI NAN TES (camelos, gado, antílopes, ovelhas, girafas, cabras e
ve a dos) in ge rem o alimento sem mastigá-lo. Esse alimento é acumulado
num es tô ma go an te ri or com ple xo, o rúmen, permitindo que alguns 
microorganismos simbiontes trans for mem a celulose em nutrientes digeríveis. 
Esse alimento retorna à boca, é mas ti ga do e volta ao estômago. O estômago é 
dividido em quatro câ ma ras. Esses animais en go lem o alimento parcialmente 
mastigado, que se dirige para a primeira câmara, chamada de rúmen, onde
esse alimento é umedecido, mis tu ran do-se com os microorganismos que aí 
vivem. Do rúmen, esse alimento passa pelas outras câ ma ras do estômago,
antes de seguir adiante para ser eli mi na do nas fezes.
A respiração dos mamíferos é sempre exclusivamente pulmonar. 
Isso acon te ce mesmo nos aquáticos, como as baleias e golfi nhos. O 
sistema res pi ra tó rio é formado pelos pulmões e pelas vias respiratórias
(fossas nasais, faringe, laringe, traquéia e brônquios). Os movimentos 
de entrada do ar (inspiração) e saída (expiração) são controlados pelo
diafragma, que é um músculo que se pa ra o tórax do abdômen. Existem 
adaptações de partes do sistema respiratório como, por exemplo, nos
mamíferos marinhos, que desenvolveram válvulas para fechar as narinas 
externas quando vão mergulhar.
O sistema circulatório é formado por um coração com quatro
câmaras (dois aurículos e dois ventrículos). Nesse coração existem septos 
que separam com ple ta men te o sangue venoso (pobre em oxigênio) do 
sangue arterial (rico em oxi gê nio). O sangue sai dos pulmões pelas veias 
pulmonares. Daí, ele entra no coração pelo átrio esquerdo e depois passa 
para o ventrículo também es quer do. Algumas adaptações importantes 
do sistema circulatório são en con tra das nos mamíferos marinhos, como 
vimos, na Aula 5, o exemplo das focas. Nesses casos, a ca pa ci da de de 
transporte de oxigênio pelo sangue é au men ta da, a freqüência cardíaca 
é reduzida e grande parte do sangue é desviada da pele, da musculatura
do corpo e da região da cauda para assegurar um rico suprimento para
o encéfalo e para o coração.
O sistema urinário dos mamíferos é formado por dois rins e 
pelas vias urinárias. Os rins são órgãos que funcionam como fi ltros, 
com a função de retirar os resíduos do sangue. Esses resíduos são 
armazenados na bexiga como urina. Uma questão interessante é que
muitos mamíferos marcam seu ter ri tó rio com urina. Se você possui um 
cachorro macho, provavelmente já viu como ele urina de pouco em pouco.
RUMINANTES
São os anteriormente 
cha ma dos 
artiodactilas, que 
hoje fa zem parte do
grupo Cetartiodactyla.
Os ca me los, gado,
an tí lo pes, ove lhas,
girafas, cabras e
ve a dos fa zem parte
desse gru po.
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 Isso ele faz para marcar seu território. A iden ti fi ca ção de um cachorro
por outro se dá através do odor da urina, que pode servir de aviso para
que outros indivíduos fi quem longe do território de li mi ta do.
Nos mamíferos, os sexos são separados, isto é, não existem 
mamíferos hermafroditas, com exceção de indivíduos mutantes. 
O dimorfismo sexual é acen tu a do nesses organismos. Os machos 
possuem órgãos de cópula (pênis) e tes tí cu los. A fecundação é interna
com desenvolvimento direto. Na maioria das espécies, o embrião se 
desenvolve dentro da fêmea, unido ao organismo materno através 
da placenta, por onde respira, por onde se nutre e por onde lança os
produtos da excreção. O tempo de gestação dos mamíferos é bastante
variado, desde os ele fan tes com 20 meses até os lagomorfos (coelhos) com
apenas 30 dias para de sen vol ver o embrião. No caso dos marsupiais, as
fê me as possuem uma bolsa no ven tre (marsupio), onde os fi lhotes, que 
nascem num estágio praticamente embriônico, permanecem protegidos
até com ple ta rem o seu desenvolvimento.
MAMÍFEROS BO TAN DO OVO?
Os monotremados são os únicos mamíferos oví pa ros. Estes possuem os ovários bem 
de sen vol vi dos em re la ção aos de mais mamíferos e a va gi na é dupla. Os óvu los são fe cun da dos
antes de sua entrada no útero. Em seguida, são recobertos por uma casca coriácea e 
mineralizada. Duas es pé ci es de monotremados são vi vas, o ornitorrinco e a equidna. O 
ornitorrinco põe dois ovos, que são incubados num ninho. As equidnas põem apenas um,
que é transportado numa bol sa como a dos marsupiais. As fêmeas desse grupo não pos su em
ma mi los e os fi lhotes se alimentam do lei te que escorre pelos pêlos da mãe.
O cérebro dos mamíferos é dividido em dois hemisférios ligados,
res pon sá veis por todas as atividades que o corpo pode fazer, desde
respirar até andar. Uma parte do cérebro dos mamíferos se chama 
cerebelo. Este é o mais desenvolvido entre todos os vertebrados, e é o
centro de controle dos mo vi men tos e do equi lí brio. 
O sistema nervoso central dos mamíferos é o cérebro, mas a 
medula es pi nhal está recoberta por três camadas protetoras ou me ninges:
a pia-mater (a mais interna e em contato direto com sistema nervoso),
a segunda meninge ou aracnóide, e a mais externa, a dura-mater. 
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Diversidade dos Seres Vivos | Mamíferos I
A aracnóide está separada da pia-mater por um espaço cheio de um 
líquido denominado cérebro-espinhal. A dura-mater está separada da 
aracnóide pelo espaço subdural, contendo uma pequena quan ti da de de 
lí qui do. A me nin gi te é uma doença perigosa porque constitui jus ta men te
a in fl a ma ção das meninges, que são camadas em contato direto com o
sistema ner vo so.
os mamíferos são dotados de cinco sentidos (visão, audição,
ação e tato). Entretanto, nem todos eles são igual men te
pelas espécies. Por exemplo, os morcegos vampiros (Desmodus
e sen tam ain da um sexto sentido, relacionado à percepção de
para localizar as veias san guí ne as de suas pre sas.
dessas adaptações, uma das mais importantes, que per mi te 
mí fe ros sobreviverem a diferentes condições climáticas, é
le, também chamada de tegumento; funciona como um
sa co em condições de baixas tem pe ra tu ras ou como 
pro te ção.
A pele mole e fi na é constituída pela epiderme 
queratinizada, pela derme e hipoderme com tecido adiposo. A pele dos
ma mí fe ros é ca rac te ri za da pela pre sen ça de pê los e de vá ri as glân du las 
(mamárias, sudoríparas, se bá ce as e, em al gu mas es pé ci es, odoríferas). 
As glân du las ma má ri as for ne cem leite para ali men ta ção dos fi lhotes; as 
se bá ce as secretam subs tân ci as que lu bri fi cam os pê los; as sudoríparas e 
os pêlos au xi li am na termorregulação ou homeotermia.
Algumas es pé ci es terrestres de locomoção rápida têm grossas
al mo fa das córneas nos pés. O pêlo e várias estruturas córneas são 
pro du zi dos pela pele. Outros grupos têm especializações conforme seu
habitat. Por exemplo, ba lei as e focas apresentam uma grossa camada de
gordura sub cu tâ nea que isola o corpo contra perda de calor na água. A
presença de um re ves ti men to externo de pêlos, associado a numerosas
glândulas cutâneas, forneceu aosma mí fe ros distintas van ta gens em 
relação aos répteis. O pêlo isola contra o calor e o frio, ajudando a 
manter uma temperatura interna constante, o que possibilitou que os
mamíferos penetrassem em muitos habitats.
possuem um sexto sentido,
com o qual eles conseguem
perceber o calor emitido pelo
sangue de outros animais
homeotérmicos.
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EXERCÍCIOS
1. Quais são as principais características dos mamíferos?
2. Em que grupo de répteis estão os ancestrais dos mamíferos?
3. Que tipo de adaptações permitiram aos mamíferos habitar lu ga res inós pi tos?
4. Como é o sistema respiratório das baleias?
R E S U M O
Características exclusivas dos mamíferos são glândulas mamárias, pla cen ta, pêlos e 
um sistema nervoso central sofi sticado. Existem hoje mais de cinco mil espécies de
mamíferos, distribuídas por to dos os continentes. Os mamíferos fazem parte dos
sinapsídeos. Na evolução da linhagem dos ma mí fe ros, observamos um aumento da
compactação da osteologia craniana, o que permitiu uma maior fi rmeza do crânio
desses animais, além de um aumento da com ple xi da de do aparelho mastigatório
associado a uma diferenciação fun ci o nal da arquitetura dentária. Uma outra
característica im por tan te que acon te ceu nessa linhagem foi o aumento da massa
encefálica desses animais. Além de aumentar a inteligência desses or ga nis mos, o
aumento do cérebro tam bém apurou os sentidos de nossos antepassados; o olfato, 
a visão, a audição foram todos melhorados por esse evento. A história evolutiva
dos mamíferos re cen tes di vi de as quatro mil espécies em três grupos principais.
Esses grupos são os monotremados, os marsupiais e os placentários. Os ma mí fe ros
possuem hábitos alimentares re la ci o na dos com o seu modo de vida: herbívoros,
car ní vo ros, insetívoros ou onívoros. A res pi ra ção dos mamíferos é sempre pul mo nar,
mesmo nas baleias e gol fi nhos. O sistema urinário é formado por dois rins e pelas
vias urinárias. O sistema circulatório é formado por um coração com quatro câ ma ras
e com septos que separam completamente o san gue venoso do sangue arterial.
Além dessas adaptações, uma das mais im por tan tes que per mi tem aos mamíferos
sobreviverem a di fe ren tes con di ções climáticas é a pele. A pele, também chamada
de tegumento, funciona como um casaco em con di ções de baixas temperaturas,
ou como proteção.

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