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Slides _ Pessoa Juridica de Direito Privado

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Artigo 44 e seguintes do cc/2002
PESSOA JURIDICA DE DIREITO PRIVADO
Conceito - Pessoa
O vocábulo pessoa é derivado do latim persona, no sentido técnico-jurídico,exprime ou designa todo ser, capaz ou suscetível de direitos e obrigações.
Ensina Caio Mario da Silva Pereira que a “característica essencial da pessoa é a personalidade, que exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações”.
Portanto, personalidade, é atributo jurídico que se dá a um ser status de pessoa.
A personalidade é invenção do direito. Daí dizermos que personalidade é atributo ou valor jurídico. A personalidade não é natural, tanto que antigamente havia seres humanos aos quais o Direito não atribuía personalidade. Eram os escravos, considerados coisas perante o ordenamento jurídico.
A personalidade é atributo jurídico, e não natural, é a existência das pessoas jurídicas, entes não humanos, aos quais o Direito concede personalidade.
Conceito de pessoa jurídica:
Segundo Carlos Roberto Gonçalves, “consiste num conjunto de pessoas ou de bens, dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei, para a consecução de fins comuns”.
Pode-se afirmar que as pessoas jurídicas são entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de direitos e obrigações.
Assevera Maria Helena Diniz que “pessoa jurídica é a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações”
Requisitos para a constituição de da pessoa jurídica
Pode-se dizer que são quatro os requisitos para a constituição da pessoa jurídica:
1- VONTADE HUMANA CRIADORA: é a intenção de criar uma entidade distinta da de seus membros. 
2- ELABORAÇÃO DE ATO CONSTITUTIVO: estatuto ou contrato social.
3- REGISTRO DO ATO CONSTITUTIVO NO ORGÃO COMPETENTE.
4- LICEIDADE DE SEU OBJETIVO.
COMEÇO DA EXISTENCIA LEGAL:
As pessoas jurídicas têm sua personalidade atrelada a uma lei ou ao registro.
As pessoas jurídicas de Direito Privado se atrelam ao registro no órgão competente, e as de Direito Público, à Lei.
PESSOAS JURIDICAS DE DIREITO PRIVADO:
O Código Civil de 2002, em seu artigo 44 considera Pessoas Jurídicas de Direito Privado: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações;
II – as sociedades; 
III – as fundações; 
IV – as organizações religiosas;
V – os partidos políticos;
VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Associações
a) Conceito: As associações, pessoas jurídicas de direito privado, são formadas pela união de indivíduos com propósito de realizarem fins não-econômicos (art. 53 do CC). Esses fins não-econômicos podem ser religiosos, morais, científicos, culturais, literárias, educacionais, de utilidade pública, de assistência social, recreativas, entre outras.
OBS: Não há direitos e obrigações recíprocos entre os associados. 
Exemplo: AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros)
 
Sociedade
a) Conceito: A sociedade, espécie de pessoa jurídica de direito privado, é dotada de personalidade jurídica própria e instituída por meio de contrato social com propósito de exercer atividade econômica e partilhar lucro.
 
OBS: As sociedades são reguladas pelo Livro II da Parte Especial do CC – Direito de Empresa (Objeto da disciplina de Direito Comercial). Entretanto, por força do art. 44, §2º, do CC, aplicam-se subsidiariamente às sociedades as disposições concernentes às associações (arts. 53 a 61 do CC).
  
b) Finalidade: À luz do CC, a sociedade terá obrigatoriamente finalidade econômica e partilha de lucros entre os sócios, circunstância que faz parte do conceito técnico de sociedade, de modo que é incorreto se falar em “sociedade sem fins lucrativos”.
Exemplo: Empresas
Fundações
a) Conceito: As Fundações (de direito privado) resultam, não da união de indivíduos, mas da AFETAÇÃO DE PATRIMÔNIO, por testamento (tanto público como privado) ou escritura pública, que o instituidor faz para realizar finalidade ideal (art. 62 do CC).
 
b) Finalidade: Somente para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. 
 
OBS: Segundo a doutrina (Enunciado n. 08 da I Jornada de Direito Civil), a constituição de fundação para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente está compreendida no parágrafo único do art. 62 do CC.
 
OBS: As ONG’s somente podem se constituir como associações ou fundações e, para atuarem em parceria com o Poder Público, devem se qualificar como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP (Lei 9.790/99).
Exemplo: Fundação Carlos Chagas, Fundação Airton Senna, Fundação Getulio Vargas, Fundação Bradesco.
organizações religiosas
Conceito: Para Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, podem ser consideradas organizações religiosas as entidades de direito privado, formadas pela união de indivíduos com o propósito de culto a determinada força ou forças sobrenaturais, por meio de doutrina e ritual próprios , envolvendo, em geral, preceitos eticos.
partidos políticos
Conceito: O partido político é uma forma de agremiação de um grupo social que se propõe organizar, coordenar e instrumentar a vontade popular com o fim de assumir o poder para realizar seu programa de governo.
 
São associações de pessoas com uma ideologia ou interesses comuns que, mediante uma organização estável (Partei – Apparat), miram exercer influência sobre a determinação da orientação política do país” (Pietro Virga).
as empresas individuais de responsabilidade limitada
	A Lei nº 12.441, de 2011, instituiu a empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), acrescentou novos dispositivos ao Código Civil, passando a considerar pessoa jurídica de direito privado as empresas individuais de responsabilidade limita as constituídas por uma única pessoa (física ou jurídica) titular da totalidade do capital social integralizado. 
Este tipo empresarial pode adotar firma ou denominação social, e deve acrescer obrigatoriamente a frente de seu nome a expressão EIRELI.
A empresa individual de responsabilidade limitada poderá optar por se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte, se atendido as exigências contidas em lei.
Desconsideração da personalidade jurídica 
O ordenamento jurídico confere ás pessoas jurídicas personalidade distinta da dos seus membros.
Princípio da Autonomia da personalidade da pessoa jurídica: Vigora no nosso ordenamento a regra de que a pessoa jurídica tem personalidade jurídica própria, autônoma e independe dos seus fundadores, proprietários e administradores, ou seja, possui um patrimônio jurídico próprios com direitos e obrigações distintos das pessoas físicas que a compõe. 
Entretanto, essa regra pode ser excepcionada diante de circunstâncias que a autonomia da pessoa jurídica é utilizada para a prática de ilícitos em detrimento dos direitos daqueles que com ela se relacionam. Esse fenômeno jurídico se dá por meio da teoria denominada Desconsideração da Personalidade da Pessoa Jurídica.
DESPERSONIFICAÇÃO X DESCONSIDERAÇÃO
DESPERSONIFICAÇÃO: Acarreta a dissolução da pessoa jurídica ou a cassação da autorização para seu funcionamento.
 
DESCONSIDERAÇÃO: subsiste o principio da autonomia subjetiva da pessoa coletiva, distinta da pessoa de seus sócios ou componentes, mas essa distinção é afastada, provisoriamente e tão só para o caso concreto.
Conceito - desconsideração
A doutrina da desconsideração pretende o afastamento temporário e episódico da personalidade de uma pessoa jurídica, para permitir que os seus credores possam satisfazer os seus direitos no patrimônio pessoal do sócio ou administrador que cometera o ato abusivo. 
À luz do art. 50 do CC, a desconsideração da personalidade jurídica pressupõe: 
1) Desvio de finalidade;
2) Confusão patrimonial;
Desvio de finalidade
Desvirtuou-se o objetivo social, para se perseguirem fins não previstos contratualmente ou proibidos por lei.
Confusão patrimonial
A
atuação do sócio ou administrador confundiu-se com o funcionamento da propria sociedade, utilizada com escudo , não se podendo identificar a separação patrimonial entre ambos.
Responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado
Toda pessoa jurídica de direito privado, tenha ou não fins lucrativos , responde pelos danos causados a terceiros, qualquer quem seja a sua natureza e os seus fins (corporações e fundações). 
Responde, assim, a pessoa jurídica civilmente pelos atos de seus dirigentes ou administradores, bem como de seus empregados ou prepostos que, nessa qualidade, causem dano a outrem.
EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
As pessoas jurídicas nascem, desenvolvem-se modificam-se e extinguem-se. O ato de dissolução pode assumir quatro formas distintas, conforme a natureza e a origem, correspondentes ás seguintes modalidades de extinção:
Convencional: extinção por consenso unânime dos sócios ou deliberação destes por maioria absoluta (Exemplo: Sociedade de Prazo indeterminado).
 Legal: extinção pela morte dos sócios, decretação de falência, etc.
Administrativa: cassação de alvará de funcionamento da pessoa jurídica pela prática de atos em desacordo com o ato constitutivo, infração de ordem pública,impossibilidade ou ilicitude de seus objetivo
MACETE JURÍDICO
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO
As pessoas jurídicas de direito privado estão elencadas no artigo 44 do Código Civil, vejamos:
"Art. 44 CC: São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações;
IV – as organizações religiosas;
V – os partidos políticos.”
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
	Percebam que, na imagem acima, o número 44 (artigo do Código Civil que informa quem são as pessoas jurídicas de direito privado) está invertido parecendo um SOFÁ PARTIDOE.
S - Sociedades
O - Organizações religiosas
F - Fundações
A - Associações
PARTIDO político
	E - Empresas individuais

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