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Controle Externo – TCE/PA 
Aula 06 - Processo no TCE/PA. 
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Fala pessoal! 
 
 
Nesta aula veremos o seguinte: 
 
 Processo no TCE/PA. 
 
Agora que já conseguimos ver quais são as atribuições do TCE/PA e também 
como ele se organiza internamente para cumpri-las, veremos os “detalhes” 
disso. Veremos de que maneira os processos funcionam no âmbito do Tribunal, 
quais são os órgãos da estrutura organizacional competentes para atuar em 
cada um deles, dentre outros pontos importantes! 
 
 
Bons estudos !! 
 
Tópicos da Aula 
 
1. Tramitação dos processos ............................................................................ 4 
2. Distribuição dos processos ........................................................................... 5 
3. Instrução dos processos .............................................................................. 8 
4. Audiência do Ministério Público nos processos ................................................ 9 
5. Formas de deliberação do Tribunal Pleno ...................................................... 11 
5.1 Ato do Tribunal Pleno ............................................................................ 11 
5.2 Acórdão do Tribunal Pleno...................................................................... 11 
5.3 Resolução do Tribunal Pleno ................................................................... 12 
6. Funcionamento do Tribunal Pleno ................................................................ 13 
6.1 Sessões do Tribunal Pleno ...................................................................... 13 
7. Julgamento dos processos .......................................................................... 17 
8. Comunicações processuais .......................................................................... 24 
8.1 Audiência ............................................................................................. 25 
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8.2 Citação ................................................................................................ 25 
8.3 Notificação ........................................................................................... 25 
9. Contagem dos prazos processuais ............................................................... 26 
10. Publicação dos atos processuais ................................................................. 27 
11. Aplicação subsidiária da legislação aplicável ao TCU, da legislação de processo 
eletrônico e do Código de Processo Civil ....................................................... 27 
12. Mais exercícios comentados ....................................................................... 29 
13. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ............................................ 42 
14. GABARITO ............................................................................................... 45 
 
 
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Processo no TCE/PA 
 
No âmbito do TCE/PA, define-se processo como o conjunto de peças que 
documentam o exercício da atividade do Tribunal. É por meio de processos que 
os trabalhos realizados pelo TCE/PA são organizados e documentados. Existem 
diversos tipos de processos: processos de fiscalização, processos de contas, 
processos de consulta, dentre vários outros (basta lembrar da quantidade de 
competências que nós vimos que o TCE/PA possui). 
 
Passaremos pelas etapas em que o processo percorre no âmbito do Tribunal. A 
primeira delas é a tramitação do processo. 
 
Tramitação dos processos 
 
Sempre que um documento é apresentado ao TCE/PA (ex: uma denúncia 
formulada por cidadão ao TCE/PA ou uma certidão de tempo de serviço 
apresentada por um servidor do TCE/PA), ele deve ser protocolizado (exceto 
quando for sigiloso, caso em que é encaminhado diretamente ao Presidente). 
 
Caso se verifique que esse documento justifique a formação de um processo, aí 
ele deve ser autuado e é constituído um processo para ele. 
 
O Regimento Interno define que alguns documentos devem ter tramitação 
preferencial dentro do Tribunal. Consideram-se urgentes, e nessa qualidade 
terão tramitação preferencial, os documentos e processos referentes a: 
 
 Inspeções extraordinárias 
 Pedidos de informação ou solicitação formulados pela Assembleia 
Legislativa 
 Pedidos de informação sobre mandado de segurança ou outro feito 
judicial 
 Consultas que, por sua natureza, exijam imediata solução 
 Denúncias que revelem a ocorrências de fato grave 
 Tomadas de contas 
 Medidas cautelares 
 Representações que possam resultar dano ao erário estadual ou 
irregularidade grave 
 Recursos previstos neste Regimento 
 Processos em que figure, como responsável ou interessado, pessoa: 
o Com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos 
o Portadora de deficiência física ou mental 
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o Portadora de doença, na forma prevista em lei 
 Outros assuntos que, a critério do Tribunal Pleno ou do Presidente, sejam 
entendidos como tal 
 
Constituído o processo, passa-se à etapa de distribuição, para definir quem será 
seu relator. 
 
Distribuição dos processos 
 
Os processos abertos no âmbito do TCE/PA possuem sempre um Relator, que 
pode ser um Conselheiro ou um Auditor (“Conselheiro substituto”). Cabe ao 
Relator adotar todas as medidas necessárias para o saneamento dos autos do 
processo, como a citação ou audiência dos responsáveis, o sobrestamento do 
julgamento, etc. 
 
O Regimento Interno do TCE/PA determina que a distribuição dos processos aos 
Conselheiros e Auditores obedeça os princípios da publicidade e do sorteio. 
 
Antes da distribuição, deve-se definir qual é o “assunto” do processo. É um 
processo de contas? É um processo de denúncia? O RITCE/PA define quais são 
esses “assuntos”, ao dizer que o processo deve ser reunido dentro de alguma 
das seguintes classes: 
 
RITCE/PA 
Art. 50. Os processos submetidos à distribuição do Tribunal Pleno serão 
reunidos em classes, da seguinte forma: 
I - prestação de contas do Governo do Estado; 
II - ato de admissão de pessoal; 
III - atos de aposentadoria, reforma e pensão; 
IV - denúncia; 
V - representação; 
VI - consulta; 
VII - prestação de contas dos administradores e responsáveis pela gestão 
de recursos públicos estaduais; 
VIII - gestão fiscal; 
IX - prestação de contas dos auxílios, contribuições ou subvenções 
concedidaspelo Estado; 
X - fiscalização de contratos; 
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XI - tomada de contas de exercício ou gestão; 
XII - tomada de contas especial; 
XIII - pedido de informação ou solicitação formulado pela Assembleia 
Legislativa; 
XIV - inspeção extraordinária e auditoria especial; 
XV - recurso; 
XVI - pedido de rescisão; 
XVII - proposta de medida cautelar; 
XVIII - demais processos. 
 
 
 
 
Lembrem-se que compete ao Presidente do TCE/PA relatar as contas do 
Governo do Estado. 
 
Por isso, o processo de prestação de contas do Governo do Estado (item I 
acima) deve ser distribuído, para relatar, ao Conselheiro que exerceu o cargo 
de Presidente, no exercício a que se referem as contas (ex: contas de Governo 
de Estado do ano de 2016 serão relatadas por quem foi o Presidente do TCE/PA 
em 2016). 
 
O RITCE/PA também diz que os “processos de Gestão Fiscal” devem ser 
distribuídos ao relator das Contas de Governo 
 
 
Para facilitar a divisão de processos a serem distribuídos, foram criadas “áreas 
de gestão” (ex: saúde, educação). Os órgãos e entidades sujeitos à jurisdição 
do TCE/PA são incluídos nessas listas (ex: Secretaria de Estado da Saúde está 
na lista “x”). 
 
Depois de definidas essas listas, elas devem ser aprovadas em Plenário. 
Aprovadas, é feito um sorteio e cada lista é distribuída para um Conselheiro. 
 
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Agora vem um detalhe importante: se o sorteio é feito para os Conselheiros, 
como os Auditores saberão quais as unidades jurisdicionadas cujos processos 
serão distribuídos a eles? O RITCE/PA define isso: 
 
RITCE/PA 
Art. 52. 
§ 5º Ato normativo estabelecerá no mínimo 1/5 das unidades 
jurisdicionais de cada lista, cujos processos referidos no caput deste 
artigo serão distribuídos aos Auditores mediante sorteio, feito pela 
Secretaria. (NR) 
§ 6º Cada Auditor atuará em até duas listas, conforme o ato normativo 
previsto no § 5º. 
 
Portanto, estamos assim: temos as listas dos Conselheiros, que são sorteadas e 
aprovadas pelo Plenário. Dessas listas, retira-se 1/5 das unidades 
jurisdicionadas de cada uma para distribuir aos Auditores (também mediante 
sorteio). Cada Auditor atua em até duas listas! 
 
 
 
 
Beleza, vimos que as unidades jurisdicionadas são incluídas dentro das listas, 
de acordo com a área de gestão delas. 
 
Contudo, quando estamos falando de unidades do Poder Legislativo, do Poder 
Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e de outros órgãos 
constitucionais independentes (gravem: outros poderes além do Executivo, MP, 
DP e órgãos constitucionais), temos uma situação diferente. 
 
Para essas unidades, o RITCE/PA diz que os processos referentes a elas devem 
ser distribuídos ao Conselheiro que exerceu o cargo de Presidente, no exercício 
a que se referem. 
 
No caso específico das contas anuais de gestão do TCE/PA (afinal de contas, ele 
também é uma unidade administrativa e também é fiscalizado), o RITCE/PA diz 
que elas devem ser distribuídas por sorteio a Conselheiro que não integre o 
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quadro diretivo no exercício a que se referem (ou seja, não pode ser distribuída 
a quem era Presidente, Vice-Presidente ou Corregedor daquele exercício). 
 
 
Último detalhe, bem importante: no caso de um Conselheiro ou Auditor se 
afastar definitivamente do cargo, os processos que ele estava relatando serão 
redistribuídos a quem lhe suceder no cargo. 
 
Portanto, estamos na etapa que foi definido o relator do processo (ou seja, ele 
foi distribuído a quem lhe era de direito). Depois da distribuição, temos a etapa 
da instrução. 
 
Instrução dos processos 
 
O RITCE/PA define que são etapas do processo a instrução, o parecer do 
Ministério Público, quando obrigatório, e o julgamento ou apreciação. 
 
Os processos se iniciam, em geral, com a instrução pela unidade técnica 
(entende-se como unidade técnica os auditores que atuam no controle externo, 
no Departamento de Controle Externo). A instrução é presidida pelo Relator do 
processo. Na instrução, são organizados os documentos e apresentadas 
informações, juntamente com uma proposta de encaminhamento adequada 
para o processo. 
 
A instrução envolve o exame do processo pelo Departamento de Controle 
Externo, mediante fiscalização, realização de diligência, manifestação do 
responsável ou interessado e outras providências que sejam necessárias à 
elucidação dos fatos e apuração de responsabilidades. 
 
Se for necessário realizar diligência (ex: enviar ofício para o jurisdicionado 
solicitando informações), o servidor comunica a respectiva chefia para que ele 
decida sobre o assunto. 
 
 
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O Regimento Interno diz que diligência é toda requisição de documentos, 
pedido de informação e esclarecimentos complementares ou de providências 
necessárias à instrução do processo. 
 
Elas se classificam como internas (dentro do âmbito do próprio Tribunal) e 
externas (diligências feitas junto aos órgãos sob a jurisdição do Tribunal). 
 
As diligências externas podem ser feitas mediante ofício registrado, ou 
telegrama eletrônico com aviso de recebimento, ou por meio eletrônico, 
observadas as normas de certificação digital. 
 
 
O auditor repassa sua instrução para a chefia, que emite seu parecer conclusivo 
(concordando ou discordando da instrução). Apenas após a manifestação 
conclusiva do titular da unidade técnica é que a etapa de instrução do processo 
é finalizada. Segundo o RITCE/PA, considera-se encerrada a instrução 
preliminar com o relatório técnico do Departamento de Controle Externo e a 
remessa dos autos ao Relator. 
 
Assim, segundo o Regimento, são formalidades essenciais da instrução: 
 
 Instrução preliminar 
 Ciência ao responsável ou ao interessado para prestar esclarecimentos, 
suprir omissões ou apresentar defesa, quando for o caso (em 
obediência aos institutos do contraditório e da ampla defesa) 
 Relatório conclusivo da unidade técnica competente 
 
Depois de instruído o processo, ele está pronto para ser analisado pelo 
Conselheiro Relator. Contudo, em alguns casos é exigida a manifestação do 
Ministério Público de Contas, que veremos logo abaixo. 
 
Audiência do Ministério Público nos processos 
 
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O Regimento Interno define que em alguns casos é obrigatória a audiência do 
Ministério Público de Contas do Pará (MPC/PA). Essa audiência é feita antes do 
julgamento do processo, para queo MPC/PA se manifeste sobre o mérito do 
processo. 
 
Segundo o RITCE/PA, é obrigatória a audiência do MPC/PA nos seguintes 
processos: 
 
RITCE/PA 
Art. 86. É obrigatória a audiência do Ministério Público de Contas nos 
processos pertinentes a: 
I - prestação de contas do Governo do Estado; 
II - ato de admissão de pessoal; 
III - atos de aposentadorias, reformas e pensões; 
IV - denúncia; 
V - representação; 
VI - prestação de contas dos administradores e responsáveis pela gestão 
de recursos públicos estaduais; 
VII - gestão fiscal; 
VIII - prestação de contas dos auxílios, contribuições ou subvenções 
concedidas pelo Estado; 
IX - fiscalização de contratos; 
X - tomada de contas de exercício ou gestão; 
XI - tomada de contas especial; 
XII - inspeção extraordinária e auditoria especial; 
XIII - recurso de reconsideração e reexame; (NR) 
XIV - pedido de rescisão; 
XV - proposta de medida cautelar. 
 
Portanto, antes do julgamento pelo Tribunal Pleno desses processos, o MPC/PA 
deve ser ouvido em audiência. O prazo para ele emitir seu parecer é de até 15 
dias, contados da data de recebimento dos autos em sua Secretaria. Esse prazo 
pode ser prorrogado uma vez, por despacho do Procurador Geral, mediante 
solicitação escrita dos Procuradores. 
 
De modo a dar subsídios à sua análise, o MPC/PA pode adotar algumas 
providências antes de emitir parecer. Entre essas medidas incluem-se: 
 
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 Pedir a reabertura da instrução processual 
 Requerer ao relator do processo: 
o Novas informações do Departamento de Controle Externo 
o Realização de diligências para coletar dados e informações que lhe 
pareçam necessários 
o Realização de providência ordenatória ou saneadora do processo 
o Novo pronunciamento do Departamento de Controle Externo 
 
Depois do pronunciamento do MPC/PA (quando esse pronunciamento for 
obrigatório), o processo é encaminhado para deliberação do Tribunal Pleno. No 
âmbito desse colegiado, veremos quais são as formas de deliberação e como é 
o seu funcionamento. 
 
Formas de deliberação do Tribunal Pleno 
 
As deliberações do Tribunal Pleno podem ser tomadas em diferentes formas. 
Para cada assunto, o Tribunal Pleno julga e depois emite um “documento” 
específico (seja ele um ATO, um ACÓRDÃO ou uma RESOLUÇÃO). Vejamos 
cada um deles: 
 
Ato do Tribunal Pleno 
 
Art. 189. As deliberações do Tribunal Pleno serão na forma de: 
I - ATO, quando se referir à aprovação do Regimento, do Regulamento 
dos Serviços Auxiliares, Escola de Contas, Ouvidoria e das respectivas 
emendas; 
 
Portanto, o Ato é uma forma de deliberação utilizada em casos de organização 
interna do TCE/PA. Refere-se à aprovação das suas normas internas e da sua 
própria organização. Fácil de gravar né? 
 
Acórdão do Tribunal Pleno 
 
Art. 189. As deliberações do Tribunal Pleno serão na forma de: 
II - ACÓRDÃO, quando se tratar de: 
a) prestação ou tomada de contas, se definitiva a decisão sobre contas 
regulares, regulares com ressalva ou irregulares; 
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b) decisões terminativas, inclusive arquivamento, desarquivamento ou 
trancamento de contas iliquidáveis; 
c) atos de admissão de pessoal, aposentadorias, reformas e pensões; 
d) denúncia ou representação de qualquer natureza; 
e) proposta de medida cautelar; 
f) recurso; 
g) outras matérias que, a juízo do Tribunal Pleno, devam se revestir dessa 
forma; 
 
A forma de deliberação Acórdão é utilizada quando se tratar de matérias mais 
corriqueiras do TCE/PA, ou seja, prestações e tomadas de contas, atos de 
admissão de pessoal, denúncias. 
 
Resolução do Tribunal Pleno 
 
Art. 189. As deliberações do Tribunal Pleno serão na forma de: 
III - RESOLUÇÃO, quando se tratar de: 
a) Parecer Prévio às contas do Governo do Estado; 
b) alerta sobre relatório da Lei de Responsabilidade Fiscal; 
c) informações prestadas pelo Tribunal solicitadas pela Assembleia 
Legislativa; 
d) conversão de julgamento em diligência; 
e) consultas; 
f) decisões preliminares do Tribunal; 
g) instruções normativas gerais ou especiais relativas ao disciplinamento 
de matéria que envolva pessoa física, órgãos ou entidades sujeitas à 
jurisdição do Tribunal; 
h) uniformização de jurisprudência; 
i) assuntos de economia interna do Tribunal; 
j) outras matérias que, por sua natureza, entenda o Tribunal Pleno devam 
se revestir desta forma. 
 
Ao contrário do Acórdão, que é utilizada nas deliberações mais “comuns” do 
TCE/PA, a Resolução é utilizada em casos mais especiais. Envolve, por exemplo, 
o relacionamento com a Assembleia Legislativa e as contas de Governo do 
Estado. São assuntos mais “importantes” e que envolvem jurisdicionados 
complexos e relevantes. 
 
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Bom pessoal, vistas as formas de deliberação do Tribunal Pleno, vamos passar 
para o seu funcionamento. Já sabemos que ele é composto dos sete 
Conselheiros e que os Auditores participam das discussões. Vejamos, então, de 
que maneira o Tribunal Pleno se reúne para cumprir com suas competências e 
deliberar sobre os processos que lhe cabem. 
 
 
Funcionamento do Tribunal Pleno 
 
 
Sessões do Tribunal Pleno 
 
Segundo o RITCE/PA, o Tribunal Pleno se reúne anualmente, em Belém (sede 
do TCE/PA), no período de 07/01 a 19/12. O intervalo entre esse período (ou 
seja, 20/12 a 06/01) é o recesso do Tribunal. Durante o recesso, porém, os 
trabalhos não são interrompidos e o Tribunal Pleno pode ser convocado 
extraordinariamente caso seja necessário. 
 
Cumpre destacar um ponto interessante do RITCE/PA. Sabemos que a sede do 
TCE/PA é em Belém. Porém, de acordo com o Regimento, por decisão do 
Tribunal Pleno pode ser realizada, de forma excepcional e resguardados os 
direitos dos responsáveis e interessados, sessão fora da Capital do Estado. 
 
Por isso, gravem isso: apesar de a sede do TCE/PA ser em Belém, 
excepcionalmente pode ocorrer uma sessão do Tribunal Pleno fora da capital. 
 
As sessões do TCE/PA são sempre registradas em atas, que são elaboradas pela 
Secretaria. Nessas atas devem constar: 
 
 Dia, mês, ano e hora de abertura e encerramento da sessão 
 Nome do Conselheiro que presidiu a sessão e do Secretário que redigiu a 
ata 
 Nomes dos Conselheiros, Auditores e Representantes do MPC/PA que 
estavam presentes na sessão 
 Nomes das autoridades que faltaram e o motivo da ausência 
 Expediente (ou seja, os “temas” discutidos na sessão) 
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 Decisões que foram proferidas na sessão, bem como os votos que 
fundamentaram essas decisões 
 Matérias administrativas 
 Demais ocorrências da sessão 
 
As atas são elaboradas durante a realizaçãodas sessões, mas só são aprovadas 
na sessão seguinte. O RITCE/PA fala de uma exceção: em casos especiais e 
devidamente justificados ao Tribunal Pleno, pode-se adiar a aprovação da ata 
por até 3 sessões. 
 
Existem três tipos de sessão do Tribunal: as ordinárias, as extraordinárias e as 
solenes. Vejamos os detalhes importantes sobre cada um desses tipos. 
 
Sessões ordinárias 
 
As sessões ordinárias, como o próprio nome já diz, são aquelas “de rotina”, nas 
quais o Tribunal Pleno delibera sobre os assuntos de sua competência (exceto 
aqueles assuntos “especiais” que são tratados em sessões extraordinárias – 
veremos logo abaixo). Elas são realizadas às terças e quintas-feiras às 9h e 
podem durar o tempo necessário à realização de suas finalidades. 
 
Por decisão da maioria dos Conselheiros, as sessões ordinárias podem ser 
realizadas em data e horário diferentes desses (terças e quintas às 9h). 
 
O RITCE/PA exige que estejam presentes pelo menos 4 Conselheiros em 
condições de votar para que o Tribunal Pleno se reúna e delibere sobre os 
processos que estiverem na pauta. 
 
Existe a hipótese, ainda, de convocação dos Auditores (ou “Conselheiros 
Substitutos”). Eles são convocados para completar o quórum necessário aos 
serviços do TCE/PA (ou seja, o quórum de 4 Conselheiros) sempre que, por 
falta ou impedimento, não houver número legal. O Regimento permite que essa 
convocação seja feita na ocasião da realização da sessão (ex: reuniram-se 3 
Conselheiros e perceberam que faltava 1 para completar o quórum. Nesse caso, 
convoca-se 1 Auditor para fins de quórum). 
 
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Nas sessões ordinárias costuma-se discutir uma série de assuntos diversos. 
Para organizar isso, o próprio Regimento Interno do TCE/PA definiu qual a 
ordem que deve ser seguida na deliberação desses assuntos. 
 
Segundo o RITCE/PA, os trabalhos das sessões ordinárias devem obedecer à 
seguinte ordem, salvo quando outra ordem for fixada: 
 
 Verificação do número de Conselheiros presentes 
 Verificação da presença dos Auditores (“Conselheiros Substitutos) 
 Verificação da presença do Representante do MPC/PA 
 Abertura da sessão 
 Leitura, discussão e votação da ata da sessão anterior (obs: a leitura da 
ata pode ser dispensada, caso ela tenha sido disponibilizada antes da 
sessão por meio eletrônico ou cópia aos Conselheiros, Auditores e 
Representantes do MPC/PA) 
 Leitura do expediente 
 Julgamentos 
 Apreciação de matérias administrativas 
 Concessão de palavra aos Conselheiros, Auditores e Representantes do 
MPC/PA 
 Encerramento da sessão 
 
Bem fácil entender essa ordem, né? Primeiro o Presidente faz a “chamada” e vê 
quem estão na sessão e quem faltou. Depois disso, abre a sessão e vota a ata 
da sessão anterior. 
 
Depois de ter falado da sessão anterior, aí sim começa a falar de assunto da 
sessão atual: lê o expediente e faz o julgamento das matérias de controle 
externo. Após terem sido feitos os julgamentos pertinentes, sobra espaço para 
falar de matérias mais tranquilas e do dia-a-dia, ou seja, matérias 
administrativas. 
 
Depois de ter passado pelas matérias de controle externo (expediente e 
julgamentos) e pelas matérias administrativas, sobra tempo para que quem 
estiver presente à sessão fale alguma coisa. Depois disso, encerrada a sessão 
ordinária! 
 
Sessões extraordinárias 
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As sessões extraordinárias são convocadas para que o Tribunal Pleno delibere 
sobre alguns assuntos em específico. De acordo com o Regimento, a 
convocação para sessão extraordinária é feita pelo Presidente do TCE/PA (de 
ofício ou caso algum Conselheiro faça proposta) com pelo menos 24h de 
antecedência da realização da sessão. 
 
As sessões extraordinárias são convocadas para os seguintes fins: 
 
 Apreciação das contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado 
 Elaboração da lista tríplice dos Auditores, para preenchimento do cargo de 
Conselheiro 
 Apreciação de questões de alta indagação 
 Outros eventos, a critério do Tribunal Pleno 
 
Existe, também, a figura das sessões extraordinárias reservadas. Elas são ainda 
mais específicas do que as sessões extraordinárias públicas e delas participam 
apenas os Conselheiros, os Auditores, o representante do Ministério Público de 
Contas, o Secretário e, quando for o caso, pessoas expressamente admitidas a 
critério do Tribunal Pleno. 
 
O Tribunal Pleno pode realizar sessões extraordinárias de caráter reservado 
para tratar de: 
 
 Assuntos de natureza administrativa interna 
 Casos determinados em lei nos quais a preservação do direito à 
intimidade do interessado pelo sigilo não prejudique o interesse público à 
informação 
 Apreciação ou julgamento de processos que derem entrada ou se 
formarem no Tribunal com chancela de sigiloso 
 
Sessões solenes 
 
As sessões solenes, por sua vez, têm por objeto alguns eventos especiais. Elas 
são convocadas pelo Presidente do TCE/PA e se destinam aos seguintes fins: 
 
 Posse de Conselheiro, do Presidente, do Vice-Presidente e do Conselheiro 
Corregedor 
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 Posse de Auditor (“Conselheiro Substituto”) 
 Prática de atos de caráter cívico ou cultural 
 Outras homenagens a critério do Tribunal Pleno 
 
 
Pessoal, depois de vistas as classificações das sessões, temos de dar um 
destaque maior para uma das “fases” de uma sessão ordinária: o julgamento. O 
RITCE/PA dá bastante ênfase para os julgamentos e vale a pena darmos uma 
olhada em como isso funciona. 
 
Julgamento dos processos 
 
O “julgamento” de um processo envolve sua apreciação e votação pelo Tribunal 
Pleno. De início cabe esclarecer a vocês que o que é discutido é o relatório 
elaborado pelo relator do processo. Como vimos, os processos são distribuídos 
para cada Relator a depender do seu tema. O Relator, então, deve analisar todo 
esse processo (incluindo a análise técnica emitida pelos servidores) e emitir 
uma conclusão. Assim, seu relatório conclusivo é analisado pelo Tribunal Pleno 
a fim de decidirem se o TCE/PA acata ou não essa conclusão. 
 
Para entender melhor como um processo é julgado, vamos dividir tudo em 
partes. 
 
Verificação do quórum para votação do processo 
 
Logo após o anúncio do processo que será julgado e antes da exposição do 
Relator, os Conselheiros que se considerarem impedidos ou suspeitos de votar 
devem se manifestar. Isso deve ser feito para que o Presidente tenha noção se 
vai haver quórum ou não para votação (pois quem se declara impedido ou 
suspeito não vota). Se o próprio Presidente declarar impedimento ou suspeição, 
a direção dos trabalhos é transferida para o Vice-Presidente ou para o 
Corregedor (lembrem-se da linha de sucessão da presidência do TCE/PA). 
 
Importante destacar: o quórum para abertura da sessão é uma coisa e o 
quórum para votação é outra. O quórum para abertura da sessão nós vimos 
que é de 4 Conselheiros.Essa verificação de quórum que estamos falando aqui 
é outra coisa. Para chegar até essa segunda verificação de quórum 
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obrigatoriamente a sessão já tem que ter sido aberta e, por isso, há pelo menos 
4 Conselheiros (ou Auditores convocados) na sessão. 
 
Essa verificação de quórum é feita para que não aconteça de haver 1 
Conselheiro impedido ou suspeito que não possa votar. Imaginem se há 4 
Conselheiros e depois de toda a discussão sobre o processo, 1 deles se declara 
suspeito ou impedido. É bom que essa verificação seja feita antes para que isso 
não aconteça e a discussão seja feita em vão. 
 
 
 
Vale a pena destacarmos a diferença entre impedimento e suspeição: 
 
O impedimento é declarado por um Conselheiro em casos de processos de 
interesse próprio, de cônjuge, de parente consanguíneo ou afim, na linha reta 
ou colateral, até o segundo grau, ou de amigo íntimo ou inimigo capital, assim 
como em processo em que tenha funcionado como advogado, perito, 
representando do MPC/PA ou servidor da Secretaria do Tribunal ou do Controle 
Interno. Outra hipótese de impedimento é quando o Conselheiro se deparar 
com processo em que ele nele estiver postulando, como advogado da parte, o 
seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o segundo grau. 
 
Por sua vez, a suspeição deve ser declarada por um Conselheiro quando algum 
motivo íntimo o impedir de julgar o processo com a imparcialidade que o caso 
requer. 
 
Vale destacar que o Conselheiro ou Auditor que alegar impedimento ou 
suspeição não pode participar nem da discussão, nem da votação do processo. 
 
 
 
Exposição do relatório do Relator 
 
Beleza, foi verificado o quórum e agora temos um número suficiente de 
Conselheiros para que o processo seja votado. Porém, como vimos, o que é 
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votado é o relatório do Relator, onde ele traz as conclusões a que ele chegou 
depois de analisar todo o processo. Assim, será votado se os Conselheiros 
concordam ou não com ele e se há necessidade de se fazer mudanças nas 
conclusões a que chegou o Relator. 
 
Alguns de vocês podem estar pensando: caramba, mas e se o processo for 
sobre um assunto muito complexo? O Relator vai ter que dar uma aula aos 
demais Conselheiros para que eles entendam o assunto e possam votar de 
acordo com o que pensam? Pois é, o RITCE/PA permite que o Relator 
disponibilize antecipadamente o Relatório aos membros do Tribunal Pleno e ao 
Representante do MPC/PA. 
 
Depois de iniciada a exposição do Relator ele não pode ser interrompido. 
 
Manifestação do Representante do MPC/PA, do responsável, do 
interessado e do procurador 
 
Assim que o Relator finalizar a exposição do relatório, o Representante do 
MPC/PA pode falar durante 15 minutos, caso queira. 
 
Após a fala do Representante do MPC/PA, podem falar o responsável envolvido 
no processo (ex: o gestor cujas contas estão sendo julgadas), o interessado ou 
o procurador. O tempo para cada um deles também é de 15 minutos. Contudo, 
há uma diferença com relação ao Representante do MPC/PA. Para que possam 
falar, o responsável, o interessado ou o procurador devem se dirigir ao 
Secretário em até 30 minutos antes do início da sessão para que seja requerida 
ao Presidente, ouvido o Relator, a autorização para realização dessa 
sustentação oral. 
 
Nessa sustentação oral, o responsável, o interessado ou o procurador podem 
apresentar documentos. Contudo, a sustentação oral não é a fase do processo 
em que são concedidos os direitos de contraditório e ampla defesa. Na 
instrução do processo (feita pelos servidores do Tribunal) tais institutos são 
respeitados e as partes do processo podem contestar o que foi feito. Dessa 
forma, os documentos apresentados na sustentação oral devem ser, 
cumulativamente: 
 
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 Inéditos nos autos e que não dispunham justificadamente na fase de 
instrução 
 Essenciais para o esclarecimento da irregularidade apontadas nos autos 
 
Casos esses documentos sejam aceitos, o Relator pode fazer o seguinte: 
 
 Suspender o julgamento por até 2 sessões ordinárias consecutivas, a fim 
de reexaminar a matéria 
 Solicitar ao Tribunal Pleno a reabertura da instrução processual, uma 
única vez, quando o processo será reencaminhado ao Departamento de 
Controle Externo e ao MPC/PA 
 
Então estamos assim: o processo foi colocado em pauta, o Relator apresentou 
seu Relatório e o Representante do MPC/PA, o responsável, o interessado ou o 
procurador tiveram a oportunidade de falar por 15 minutos. Depois que eles 
falarem, o processo entra na fase de discussão. 
 
 
 
Para fixar ainda mais o entendimento, vale a pena destacar a diferença entre 
“responsável” e “interessado”. 
 
Responsável é aquele que figura no processo em razão da utilização, 
arrecadação, guarda, gerenciamento ou administração de dinheiros, bens e 
valores públicos, ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, 
assuma obrigações de natureza pecuniária, ou por ter dado causa a perda, 
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. 
 
Já o interessado é aquele que, em qualquer etapa do processo, tenha 
reconhecida razão legítima para intervir no processo. Também é considerado 
interessado aquele que possa ter direito subjetivo próprio prejudicado pela 
decisão a ser exarada pelo Tribunal. Quem confere a habilitação de interessado 
é o Relator ou o Tribunal. 
 
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As partes atuam praticando atos processuais diretamente ou por intermédio de 
um procurador regularmente constituído. Atuam, por exemplo, por meio da 
resposta a diligências, apresentação de defesa, etc. 
 
 
 
Discussão do processo 
 
Encerradas as manifestações que acabamos de ver, é aberta a discussão que 
não pode exceder a 30 minutos, prorrogáveis por igual período. Qualquer 
membro do Colegiado pode participar da discussão. 
 
Nessa fase os Conselheiros podem usar da palavra, podendo solicitar 
esclarecimentos ao Relator, ao representante do MPC/PA e aos responsáveis, 
interessados ou procuradores. 
 
Na fase de discussão o Representante do MPC/PA pode fazer pedido de vista do 
processo, para que analise melhor algum ponto em que tenha ficado com 
dúvidas. Se houver esse pedido de vista, o julgamento do processo é suspenso 
por até 2 sessões ordinárias consecutivas. 
 
Vale destacar que da discussão não participam os Conselheiros que tenham se 
declarado impedidos de votar, ok? 
 
 
 
Aqui na discussão do processo os Conselheiros podem emitir suas opiniões a 
respeito do assunto dentro do Colegiado. 
 
Contudo, o Regimento Interno possui uma restrição com relaçãoà emissão de 
opiniões dos Conselheiros e demais autoridades e servidores a meios de 
comunicação. 
 
Segundo o RITCE/PA, é vedado aos Conselheiros, Auditores e servidores do 
Tribunal manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo 
pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre 
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despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos 
autos. 
 
 
Apresentação de questões preliminares 
 
As questões preliminares podem ser apresentadas pelos membros do Colegiado 
sobre algum assunto que tenha suscitado a respeito do assunto tratado no 
processo. Essas questões preliminares devem ser sempre apreciadas antes do 
julgamento do mérito do processo, tendo em vista que um ponto levantado por 
algum dos Conselheiros pode influenciar no julgamento. 
 
Levantada a preliminar, o Representante do MPC/PA pode sobre ela se 
pronunciar. Depois de decidirem se a questão preliminar deve ser acolhida ou 
rejeitada, segue-se para o julgamento do mérito do processo. 
 
Julgamento do mérito do processo por meio de votação 
 
O julgamento do mérito do processo sempre se inicia com o voto do Relator. 
Depois do voto dele, os demais Conselheiros devem votar. 
 
O voto dos Conselheiros pode ser colhido de forma simbólica ou nominal. A 
votação simbólica consiste na adesão tácita ao voto do Relator, quando não 
houver manifestação em contrário, sendo de imediato proclamado o resultado 
pelo Presidente (ex: Presidente pergunta algo do tipo: “todos concordam com o 
Relator?”. Se ninguém se manifestar em contrário, o voto do Relator é 
tacitamente acolhido por todos). 
 
Já a votação nominal é determinada pelo Presidente, após o voto do Relator, 
seguindo-se dos demais Conselheiros, na ordem de antiguidade do Tribunal. A 
votação nominal é concluída com o voto do Presidente. Caso haja empate, o 
voto do Presidente é considerado “voto de qualidade” (ou “de minerva). 
 
Vale lembrar que a gente viu que os Auditores (“Conselheiros substitutos”) 
também relatam processos. Contudo, eles participam apenas da fase da 
discussão. O relatório deles é encaminhado para votação apenas pelos 
Conselheiros. 
 
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Pessoal, vale destacar que os Conselheiros podem pedir vista dos processos que 
estão em julgamento (assim como vimos que pode fazer o Representante do 
MPC/PA). 
 
Pedida vista do processo, o julgamento fica adiado em até no máximo duas 
sessões ordinárias consecutivas (esse prazo pode ser prorrogado por decisão do 
Tribunal Pleno, se a matéria requerer mais estudos). Quem pediu vista não 
pode acrescentar novos documentos ao processo, salvo em caso de aprovação 
por parte do Tribunal Pleno e ouvido o Relator. 
 
Na sessão em que o processo retornar à pauta, reabre-se a discussão para que 
voto-vista (emitido pelo Conselheiro que pediu vista) seja discutido. Pode ser 
concedida vista aos demais Conselheiros durante a discussão de um voto-vista. 
 
 
Não participará da votação o Conselheiro ausente na sessão em que foi 
apresentado e discutido o relatório do Relator, salvo se ele pedir vista dos 
autos, ou se der por esclarecido. 
 
Proclamação do resultado da votação 
 
Terminada a votação, o Presidente proclama o resultado, declarando-o por: 
 
 Unanimidade, se não houver votos divergentes 
 Maioria, indicando os votos vencidos 
 Voto de qualidade do Presidente, quando houver empate na votação 
 
Antes da proclamação do resultado do Presidente, qualquer Conselheiro pode 
pedir a palavra para modificar seu voto, dispondo, para tanto, de 10 minutos. 
 
Depois de proclamado o resultado, não pode ser reaberta a fase de discussão 
nem pode ser alterado o teor dos votos dos Conselheiros. 
 
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Ufa! Conseguimos ver como “nasce” um processo e as fases que ele deve 
percorrer até ser julgado pelo Tribunal Pleno. Agora, veremos alguns detalhes 
referentes a trâmites processuais que devem ser destacados separadamente 
por sua importância e probabilidade de caírem em prova. 
 
Comunicações processuais 
 
Vimos acima que o processo sempre envolverá um responsável, que é chamado 
para se manifestar no âmbito do processo em obediência aos institutos do 
contraditório e da ampla defesa. 
 
O Tribunal encaminha comunicações aos responsáveis para possibilitar o direito 
de defesa (por meio de audiência e de citação), bem como encaminha outras 
diligências (ex: ofícios, solicitações de informações, etc., por meio de 
notificação). A audiência, a citação e a notificação se realizam pelos seguintes 
meios: 
 
 Diretamente ao responsável, interessado ou procurador legalmente 
autorizado, quando eles comparecem espontaneamente ao TCE/PA 
 Por via postal, mediante telegrama processado eletronicamente com aviso 
de recebimento 
 Por meio eletrônico, assegurada a certificação digital 
 Por edital, publicado no Diário Oficial do Estado, quando o seu 
destinatário não for localizado 
 Por servidor designado pelo Tribunal de Contas 
 
Observem que a comunicação não precisa necessariamente ser feita com a 
ciência da parte. Na segunda hipótese acima (via postal), se qualquer pessoa 
que more na mesma residência do responsável e assinar o aviso de 
recebimento, fica comprovada a entrega da comunicação. 
 
A quarta hipótese (por edital) é utilizada quando não for possível localizar o 
destinatário. Assim, quando não for possível localizá-lo nem em endereço para 
envio postal nem por meio eletrônico, o responsável é comunicado através da 
publicação em diários oficiais. 
 
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O comparecimento espontâneo do responsável ou interessado supre a falta de 
audiência, citação ou notificação, desde que esse comparecimento tenha 
ocorrido após a determinação do Tribunal em intimá-lo (ou seja, se a parte se 
manifestar no processo depois de determinada a comunicação, conta como se 
ele tivesse sido avisado pertinentemente). 
 
Agora temos de ver o que significa cada um dos tipos de comunicação: 
audiência, citação e notificação. 
 
 
Audiência 
 
A audiência é uma forma de comunicação ao responsável ou ao seu procurador 
legalmente constituído, com a finalidade de que ele apresente razões de 
justificativa. 
 
Essas razões de justificativas devem ser apresentadas sempre que o relatório 
do Departamento de Controle Externo ou o parecer do Ministério Público de 
Contas, em processos de prestação ou tomada de contas especial, concluírem 
pela irregularidade, regularidade com ressalva ou, ainda, pela aplicação de 
multa. 
 
O prazo para atendimento é de 15 dias, contados do recebimento da audiência. 
 
 
Citação 
 
A citação é consideradapelo Regimento como o chamamento inicial do 
interessado para que exerça o contraditório e a ampla defesa, quando for o 
caso de irregularidade que leve à imputação de débito ou à aplicação de 
penalidade. 
 
 
Notificação 
 
Segundo o RITCE/PA, as demais comunicações dirigidas ao responsável, 
interessado ou procurador, que não se trate de audiência e citação, serão 
realizadas por notificação. 
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A notificação é emitida especialmente nos casos de inclusão de processos na 
pauta de julgamentos e de solicitação de comprovação do recolhimento de 
débito declarado em decisão transitada em julgado. 
 
Contagem dos prazos processuais 
 
No âmbito do TCE/PA, os prazos dos processos são contados por dia, a partir da 
data: 
 
 Em que o responsável ou interessado tomar ciência da notificação (vimos 
as hipóteses de ciência de comunicação acima) 
 Em que for aprovada a ata da sessão, quando se tratar de matéria que 
não dependa de acórdão ou resolução 
 
Na contagem dos prazos, salvo disposição legal em contrário, exclui-se o dia do 
início e inclui-se o dia do vencimento. Se o vencimento recair em dia em que 
não houver expediente, o prazo é prorrogado até o primeiro dia útil 
imediatamente posterior. 
 
Nos processos em que há mais de um responsável, o prazo conta de forma 
independente para cada um deles, de acordo com a data em que tomarem 
ciência da comunicação. 
 
Já para os Conselheiros, Auditores, MPC/PA e Serviços Auxiliares, os prazos são 
contados da recepção dos autos ou dos documentos encaminhados. Caso não 
haja prazo específico definido pelo Regimento, os Conselheiros, Auditores e o 
MPC/PA terão 15 dias para atuarem nesses casos. 
 
Outro dispositivo importante sobre a contagem dos prazos processuais é o que 
fala do recesso. Quando o Tribunal Pleno estiver em férias coletivas ou recesso, 
os prazos concedidos aos Conselheiros e Auditores serão suspensos, 
reiniciando-se a contagem no dia imediato ao término dos referidos períodos. 
 
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Publicação dos atos processuais 
 
O TCE/PA pode criar diário eletrônico em seu Portal na Internet, para publicação 
de atos processuais e administrativos próprios, bem como comunicações em 
geral. 
 
Vejam só o que diz a Lei Orgânica do TCE/PA: 
 
LOTCE/PA 
Art. 69. O Tribunal poderá criar Diário Oficial Eletrônico disponibilizado em 
sítio da rede mundial de computadores para publicação de seus atos, bem 
como comunicações em geral, na forma e condições estabelecidas em ato 
próprio. 
Art. 70. Ao Tribunal de Contas do Estado são reservados os direitos 
autorais e de publicação do Diário Oficial Eletrônico, ficando autorizada 
sua impressão, vedada, todavia, a comercialização. 
 
 
Aplicação subsidiária da legislação aplicável ao TCU, da 
legislação de processo eletrônico e do Código de Processo 
Civil 
 
A Lei Orgânica do TCE/PA dispõe que na falta de normas legais ou regimentais 
específicas, aplica-se, analógica e subsidiariamente, no que couber, a legislação 
referente ao TCU e as disposições do Código de Processo Civil. 
 
LOTCE/PA 
Art. 104. Nos casos omissos será subsidiária da presente Lei, 
sucessivamente e no que couber: 
I - a legislação referente ao Tribunal de Contas da União; 
II - o Código de Processo Civil. 
 
Da mesma forma procedeu o Regimento Interno, falando, além da legislação do 
TCU e do Código do Processo civil, da legislação que trata do processo 
eletrônico: 
 
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RITCE/PA 
Art. 290. Nos casos omissos, aplicar-se-á subsidiariamente a este 
Regimento o Código de Processo Civil, a legislação que trata do processo 
eletrônico e a referente ao Tribunal de Contas da União. 
 
 
 
Bom pessoal, agora que vimos os trâmites de um processo dentro do TCE/PA, 
vamos passar para uma bateria de questões para fixar tudo isso que foi visto! 
Vamos lá? 
 
 
 
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29 
 
Mais exercícios comentados 
 
Vamos partir para as questões relacionadas ao assunto da aula! 
 
 
1. (Inédita) No mesmo dia do recebimento, todos os documentos 
recebidos pelo TCE/PA devem ser protocolizados e autuados. 
 
Questão pra fixarmos uma exceção importante. De fato o Regimento Interno 
dispõe que os documentos recebidos pelo TCE/PA devem ser protocolizados e 
autuados no mesmo dia do recebimento. Contudo, há uma exceção a essa 
regra geral. Os documentos de caráter reservado que chegarem no Tribunal 
devem ser encaminhados diretamente para o Presidente. 
 
Além disso, o RITCE/PA fala de outra situação em que os documentos recebidos 
não são autuados. Vejam só o que diz o Regimento: 
 
RITCE/PA 
Art. 41 
§ 2o Somente estão sujeitos à autuação os documentos que justifiquem a 
formação de processos. 
 
Portanto, os documentos que não justifiquem a formação de processos não são 
autuados, mas apenas protocolizados. 
 
Item errado. 
 
 
2. (Inédita) Os servidores do Tribunal não podem se manifestar em 
meios de comunicação sobre processos que ainda estejam pendentes 
de julgamento. 
 
É isso mesmo. Nem Conselheiros, nem auditores, nem servidores do TCE/PA 
podem se manifestar em meios de comunicação a respeito de algum processo 
que ainda não tenha sido julgado. 
 
Da mesma forma, também não podem emitir juízo depreciativo sobre 
despachos, votos ou sentenças. 
 
Item certo. 
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30 
 
 
3. (Inédita) A distribuição de processos no âmbito do TCE/PA deve 
obedecer os princípios da publicidade e do sorteio. Depois de divididos 
em classes, os processos são incluídos em áreas de gestão, que estão 
associadas à estrutura organizacional ou forma de atuação do Estado, 
considerando os órgãos e entidades sujeitos à jurisdição do Tribunal. 
 
De fato a distribuição de processos no TCE/PA deve obediência aos princípios da 
publicidade e do sorteio, para que seja dada transparência e para que se evite 
que os processos sejam direcionados a um Conselheiro ou Auditor em 
específico. Utilizar o sorteio garante com que haja mais segurança jurídica. 
 
Outro ponto importante citado pelo item diz respeito à divisão dos processos 
para fins de distribuição. Primeiro divide-se os processos em classes, quais 
sejam: 
 
I - prestação de contas do Governo do Estado; 
II - ato de admissão de pessoal; 
III - atos de aposentadoria, reforma e pensão; 
IV - denúncia; 
V - representação; 
VI - consulta; 
VII - prestação de contas dos administradores e responsáveis pela gestão de 
recursospúblicos estaduais; 
VIII - gestão fiscal; 
IX - prestação de contas dos auxílios, contribuições ou subvenções concedidas 
pelo Estado; 
X - fiscalização de contratos; 
XI - tomada de contas de exercício ou gestão; 
XII - tomada de contas especial; 
XIII - pedido de informação ou solicitação formulado pela Assembleia 
Legislativa; 
XIV - inspeção extraordinária e auditoria especial; 
XV - recurso; 
XVI - pedido de rescisão; 
XVII - proposta de medida cautelar; 
XVIII - demais processos. 
 
Depois de incluído em alguma dessas classes, o processo é classificado em uma 
das áreas de gestão, que dizem respeito à atuação do poder público estadual 
(ex: saúde, educação, etc.). Toda essa divisão é feita para que seja possível 
realizar o sorteio das áreas de gestão cujos processos serão relatados por cada 
Conselheiros. 
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31 
 
Item certo. 
 
 
4. (Inédita) O processo de prestação de contas do Governo do Estado 
deve ser distribuído, para relatar, ao Conselheiro Presidente do 
Tribunal. 
 
Opa, calma lá. O processo de prestação de contas do Governo do Estado 
realmente sofre um processo de distribuição diferente dos demais processos. 
 
Contudo, ele deve ser distribuído ao Conselheiro que era Presidente no exercício 
a que as contas dizem respeito (e não ao Conselheiro que no momento da 
distribuição esteja no exercício da Presidência, como deixa entender o texto do 
item). 
 
Item errado. 
 
 
5. (Inédita) Tanto os Conselheiros quanto os Auditores recebem 
processos para relatar. Na hipótese de afastamento definitivo dessas 
autoridades, os processos que lhe couberam por distribuição são 
redistribuídos a quem lhes suceder no cargo, por nomeação ou 
convocação. 
 
Questão que merece a análise separada de dois trechos. Primeiramente temos 
que ter em mente que tanto os Conselheiros quanto os Auditores realmente 
relatam processos. Os Conselheiros recebem processos das áreas de gestão 
incluídas nas listas que lhes forem sorteadas. 1/5 dos jurisdicionados dessas 
listas devem ser distribuídos aos Auditores, para que estes também relatem 
processos. 
 
Já o segundo trecho fala do afastamento de Conselheiro ou de Auditor. Caso 
isso aconteça, acontece isso mesmo que a questão falou. Os processos que 
cabiam a quem se afastou são “repassados” a quem os vier a substituir 
posteriormente. 
 
Item certo. 
 
 
6. (Inédita) Obrigatoriamente o Ministério Público de Contas deve ser 
ouvido em audiência quando se tratar de processo de tomada de contas 
ou de tomada de contas especial. 
 
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Vimos na aula que em alguns casos é obrigatória a audiência do MPC/PA. O 
prazo para que ele se manifeste é de 15 dias, prorrogáveis uma vez por 
despacho do Procurador Geral, mediante solicitação escrita dos Procuradores. 
 
Agora, vale dar uma olhada nos casos em que essa audiência é obrigatória: 
 
RITCE/PA 
Art. 86. É obrigatória a audiência do Ministério Público de Contas nos 
processos pertinentes a: 
I - prestação de contas do Governo do Estado; 
II - ato de admissão de pessoal; 
III - atos de aposentadorias, reformas e pensões; 
IV - denúncia; 
V - representação; 
VI - prestação de contas dos administradores e responsáveis pela gestão 
de recursos públicos estaduais; 
VII - gestão fiscal; 
VIII - prestação de contas dos auxílios, contribuições ou subvenções 
concedidas pelo Estado; 
IX - fiscalização de contratos; 
X - tomada de contas de exercício ou gestão; 
XI - tomada de contas especial; 
XII - inspeção extraordinária e auditoria especial; 
XIII - recurso de reconsideração e reexame; (NR) 
XIV - pedido de rescisão; 
XV - proposta de medida cautelar. 
 
Estão incluídos nesse rol os processos de tomada de contas e de tomada de 
contas especial, assim como diz a questão. 
 
Item certo. 
 
 
7. (CESPE/TCU – AUFC/2009/Adaptada) Para se disciplinar o 
Regulamento dos Serviços Auxiliares do TCE/PA, deverá ser editada 
uma resolução. 
 
Essa questão caiu na prova do TCU e dizia respeito às formas de deliberação 
daquele Tribunal. Fiz as adaptações para trazer a questão para a realidade do 
TCE/PA, ok? 
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O RITCE/PA define que as deliberações do Tribunal Pleno são tomadas na forma 
de ato, acórdão ou resolução: 
 
O ato nós vimos que é utilizado quando se tratar de aprovação do Regimento, 
do Regulamento dos Serviços Auxiliares, Escola de Contas, Ouvidoria e 
respectivas emendas. 
 
Já o acórdão é utilizado quando se tratar de processos de controle externo mais 
corriqueiros, como por exemplo as prestações ou tomadas de contas, decisões 
de arquivamento de processos, atos de admissão de pessoal, aposentadoria, 
reforma ou pensão, proposta de medida cautelar, recurso, dentre outros. 
 
Por sua vez, a resolução é utilizada para assuntos um pouco mais complexos, 
como por exemplo o parecer prévio das contas do Governo do Estado, alertas 
sobre relatório da LRF, informações que devem ser prestadas à Assembleia 
Legislativa, consultas, uniformização de jurisprudência. 
 
Assim, disciplinar o Regulamento dos Serviços Auxiliares constitui assunto 
administrativo, pois o Tribunal estará definindo como se organizará 
internamente. Assim, a questão erra ao dizer que deverá ser editada uma 
resolução nesse caso. O correto seria a edição de um ato do Tribunal Pleno. 
 
Item errado. 
 
 
8. (Inédita) Excepcionalmente, por decisão do Tribunal Pleno, 
resguardado o direito de responsáveis e interessados, poderá o 
Tribunal realizar sessão fora da capital do Estado. 
 
Questão copia e cola do Regimento Interno. Destaquei na exposição teórica da 
aula e vou destacar novamente: existe uma exceção para a realização de 
sessão do Tribunal Pleno fora de Belém. 
 
Regra geral, o RITCE/PA define que o Tribunal Pleno se reúne anualmente em 
Belém, no período de 7 de janeiro a 19 de dezembro. Contudo, por decisão do 
próprio Tribunal Pleno e de forma excepciona, resguardados os direitos dos 
responsáveis e interessados, o Tribunal pode realizar sessão fora da capital do 
Estado. 
 
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Item certo. 
 
 
9. (Inédita) O Tribunal Pleno pode se reunir em sessões ordinárias, 
extraordinárias e solenes. A apreciação de determinados processos 
exige a convocação de sessão extraordinária pelo Presidente, de ofício, 
ou por proposta de Conselheiro, devendo tal convocação ser feita com 
antecedência mínima de 24 horas. Dentre os fins das sessões 
extraordinárias incluem-se a apreciação das contas prestadas pelo 
Governador do Estado e a elaboração da lista tríplice de membros do 
Ministério Público de Contas, para preenchimento do cargo de 
Conselheiro. 
 
Enunciado bem completo, mas que aborda muitos conceitos importantes. De 
fato as sessõesdo Tribunal Pleno são de 3 tipos: ordinárias, extraordinárias e 
solenes. 
 
As sessões ordinárias são aquelas realizadas nos dias definidos pelo próprio 
Regimento Interno (terças e quintas-feiras, às 9h). Lembrem-se que por 
decisão da maioria dos Conselheiros do Tribunal Pleno as sessões ordinárias 
podem ser realizadas em datas e horários diferentes desses que falei. 
 
As sessões extraordinárias são as que a questão comentou. A convocação de 
uma sessão extraordinária de fato é feita pelo Presidente, de ofício, ou por 
proposta de algum Conselheiro. A antecedência para essa convocação é de 24 
horas de sua realização. Os fins das sessões extraordinárias são definidos no 
Regimento, quais sejam: 
 
I - apreciação das contas prestadas anualmente pelo Governador do 
Estado; 
II - elaboração da lista tríplice dos Auditores, para preenchimento de 
cargo de Conselheiro; 
III - apreciação de questões de alta indagação; 
IV - outros eventos, a critério do Tribunal Pleno. 
 
A questão está correta até falar da convocação de uma sessão extraordinária. 
Ela começa a errar quando diz que dentre os fins da sessão extraordinária está 
incluída a elaboração de lista tríplice dos Membros do Ministério Público de 
Contas para preenchimento de cargo de Conselheiro. 
 
A sessão extraordinária para elaboração de lista tríplice diz respeito à lista de 
Auditores! Nela o Tribunal Pleno delibera sobre a lista tríplice que será enviada 
ao Governador para que ele escolha o nome que ocupará o cargo de 
Conselheiro na vaga dedicada aos Auditores. 
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Lembrem-se que o Ministério Público de Contas possui sua autonomia e é um 
órgão independente. Não faria sentido o Tribunal Pleno deliberar sobre a lista 
tríplice que compete ao MPC/PA elaborar, concordam? 
 
Item errado. 
 
 
10. (Inédita) É obrigatória a presença de, pelo menos, 4 Conselheiros 
em condições de votar para que o Tribunal Pleno se reúna e delibere 
sobre os processos em pauta. Sempre que, por falta ou impedimento, 
não houver o número legal necessário para isso, serão convocados 
Auditores para completar o quórum necessário aos serviços do Tribunal 
Pleno. 
 
O quórum mínimo para que o Tribunal Pleno se reúna e inicie a deliberação dos 
processos que estiverem pautados é de pelo menos 4 Conselheiros. No caso de 
uma sessão estar prestes a iniciar mas se verificar que há apenas 2 
Conselheiros, por exemplo, deverão ser convocados 2 Auditores para que esse 
quórum mínimo seja atingido. 
 
Lembrem-se também que logo após o anúncio do processo a ser votado o 
Presidente deve verificar se há algum Conselheiro que se declara impedido ou 
suspeito de votar aquele processo em específico. Caso haja e tal impedimento 
faça com que o quórum fique abaixo do mínimo exigido, deverá ser convocado 
Auditor para que complete-se o quórum. 
 
Item certo. 
 
 
11. (CESPE/TCU – TEFC/2004/Adaptada) Um Conselheiro do TCE/PA 
alegou impedimento em relação a um determinado processo. Nessa 
situação, quando da deliberação acerca do processo, embora seja 
vedado ao Conselheiro participar da fase de votação, será permitido 
que ele se manifeste durante a fase de discussão. 
 
Mais uma questão do TCU adaptada para a nossa realidade. 
 
Vamos relembrar as hipóteses em que o Conselheiro deve se declarar 
impedido: 
 
 Ao se deparar com processos que tratem de interesse próprio, de 
cônjuge, de parente consanguíneo ou afim, na linha reta ou colateral, até 
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o segundo grau, ou de amigo íntimo ou inimigo capital, ou como em 
processo em que tenha funcionado como advogado, perito, representante 
do MPC/PA ou servidor da Secretaria do Tribunal ou do Controle Interno. 
 Ao se deparar com processo em que ele nele estiver postulando, como 
advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral, até o segundo grau. 
 
Assim, fica claro que nesses casos o Conselheiro não pode votar, afinal de 
contas ele possui interesse direto no resultado do processo. Mas será que ele 
pode ao menos participar da etapa de discussão do processo? 
 
A resposta é não! O RITCE/PA veda que os Conselheiros que declararem 
impedimento participem tanto da etapa de discussão quanto da etapa de 
votação. Vejam só o que diz o Regimento: 
 
Art. 180 
§ 3º Não tomará parte na discussão e votação o Conselheiro que se tenha 
declarado impedido de votar, na forma deste Regimento. 
 
Item errado. 
 
 
12. (CESPE/TCU – TEFC/2004/Adaptada) Adalberto, na condição de 
Conselheiro do TCE/PA, foi o segundo a proferir seu voto em uma 
determinada proposta de enunciado. Porém, ao refletir a respeito dos 
argumentos que estavam sendo apresentados pelo último Conselheiro a 
votar, ele concluiu que o voto que havia proferido não era o mais 
adequado. Nessa situação, o Conselheiro Adalberto poderia modificar 
seu voto, desde que o fizesse antes da proclamação do resultado da 
votação. 
 
Mais uma adaptada para vocês verem como o Cespe cobra essas questões 
regimentais. 
 
Essa questão entra nos detalhes do RITCE/PA. Durante a aula vimos que os 
Conselheiros que já tenham proferido seus votos podem modificá-los até a 
proclamação do resultado da decisão ou se o Presidente ainda não tiver 
começado a emitir o seu voto de qualidade (ou “voto de minerva”). 
 
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Vale a pena olharmos o dispositivo do Regimento que fala disso: 
 
Art. 187 
§ 1º Antes de proclamado o resultado da decisão ou se o Presidente não 
tiver ainda começado a emitir o seu voto de qualidade, se for o caso, 
qualquer Conselheiro poderá pedir a palavra para modificar o seu voto, 
dispondo, para tanto, de 10 (dez) minutos. 
 
Item certo. 
 
 
13. (CESPE/TCU – TEFC/2012/Adaptada) Se, em determinado processo 
de contas, houver cinco pessoas indicadas como responsáveis, 
representadas por cinco procuradores diferentes, será dado, para cada 
procurador, o prazo de quinze minutos para sustentação oral, desde 
que regularmente requerido. 
 
Outra adaptada do TCU para a nossa realidade no TCE/PA! 
 
Aqui temos de relembrar qual o tempo que o Regimento permite que cada 
responsável, interessado ou procurador utilize para fazer sua sustentação oral 
num processo. 
 
O RITCE/PA define que em até 30 minutos antes do início da sessão, o 
responsável, o interessado ou o procurador que tenha interesse em produzir 
sustentação oral no Tribunal Pleno deve dirigir-se ao Secretário para requerer 
ao Presidente, ouvido o Relator, a inversão da pauta de julgamentos. 
 
Já com relação ao tempo que eles podem gastar para falar, o Regimento define 
o seguinte: 
 
Art. 179. Findo o Relatório, poderá usar da palavra, a seu pedido, o 
Representante do Ministério Público de Contas e, sucessivamente, o 
responsável, o interessado ou o procurador, quando for o caso. 
§ 1º O Representante do Ministério Público de Contas, o responsável, o 
interessado ou o procurador, cada um disporá, alternadamente,de até 15 
(quinze) minutos para aduzir as razões que tiver, salvo disposição 
expressa em contrário neste Regimento. 
 
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Portanto, a questão acerta ao dizer que o prazo para fala de cada procurador 
(que no caso hipotético da questão estão representando algum responsável, 
que lhes passaram procuração) é de 15 minutos. 
 
Item certo. 
 
 
14. (Inédita) A publicação das deliberações plenárias é feita no Diário 
Oficial do Estado, devendo ser observada a data da publicação para 
efeito de interposição de recurso. 
 
O Regimento Interno do TCE/PA define que as deliberações do Tribunal Pleno 
devem ser publicadas no Diário Oficial do Estado do Pará, de modo a obedecer 
o princípio da publicidade que rege a administração pública. 
 
Item certo. 
 
 
15. (Inédita) O Tribunal de Contas do Estado do Pará pode criar Diário 
Oficial Eletrônico para publicação de seus atos, bem como 
comunicações em geral. 
 
Fiz essa questão logo em seguida da questão acima para que a gente entenda 
um ponto importante. Na questão anterior estávamos falando das deliberações 
plenárias e o RITCE/PA é expresso ao dizer que elas devem ser publicadas no 
Diário Oficial do Estado. 
 
Contudo, a Lei Orgânica autoriza que o TCE/PA crie Diário Oficial Eletrônico para 
publicação de alguns de seus assuntos (exceto aqueles em que há definição 
expressa do Regimento Interno ou da Lei Orgânica para que haja publicação no 
Diário Oficial do Estado). Vejam só o que diz a LOTCE/PA: 
 
LOTCE/PA 
Art. 69. O Tribunal poderá criar Diário Oficial Eletrônico disponibilizado em 
sítio da rede mundial de computadores para publicação de seus atos, bem 
como comunicações em geral, na forma e condições estabelecidas em ato 
próprio. 
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Art. 70. Ao Tribunal de Contas do Estado são reservados os direitos 
autorais e de publicação do Diário Oficial Eletrônico, ficando autorizada 
sua impressão, vedada, todavia, a comercialização. 
 
Portanto, a lei dá ao TCE/PA a possibilidade de criar seu Diário Oficial Eletrônico 
para que sejam feitas as publicações de atos e comunicações do Tribunal. 
 
Item certo. 
 
 
16. (Inédita) Após a finalização de uma votação do Tribunal Pleno, o 
Presidente do Tribunal proclama o resultado ou por unanimidade ou por 
maioria. 
 
Vimos que depois da exposição do relatório por parte do Relator e manifestação 
do MPC/PA e das partes do processo, os Conselheiros passam à votação da 
matéria (exceto aqueles que tiverem se declarado suspeitos ou impedidos). 
 
Finalizada a votação, compete ao Presidente proclamar seu resultado, 
declarando-o por: 
 
 Unanimidade, se não houver votos divergentes 
 Maioria, indicando os votos vencidos 
 Voto de qualidade do Presidente, quando houver empate na votação 
 
Assim, a questão erra ao limitar a proclamação de resultado apenas aos casos 
de unanimidade ou maioria. Também pode acontecer um empate e, nesse caso, 
o Presidente exerce seu voto de qualidade (“voto de minerva”) e proclama o 
resultado dessa forma. 
 
Item errado. 
 
 
17. (Inédita) Quando se tratar de um destinatário não localizado, as 
comunicações a ele devem ser feitas por edital, publicado no Diário 
Oficial do Estado. 
 
Questão boa pra gente relembrar de que maneira são feitas as comunicações 
(audiência, citação e notificação) aos responsáveis. 
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Segundo o Regimento, tais comunicações devem ser feitas das seguintes 
maneiras: 
 
 Diretamente ao responsável, interessado ou procurador legalmente 
autorizado, quando eles comparecem espontaneamente ao TCE/PA 
 Por via postal, mediante telegrama processado eletronicamente com aviso 
de recebimento 
 Por meio eletrônico, assegurada a certificação digital 
 Por edital, publicado no Diário Oficial do Estado, quando o seu 
destinatário não for localizado 
 Por servidor designado pelo Tribunal de Contas 
 
Vê-se, então, que no caso de um destinatário não localizado deve ser utilizada a 
comunicação via edital, publicado no Diário Oficial do Estado, assim como diz o 
enunciado. 
 
Item certo. 
 
 
18. (Inédita) Considera-se citação o chamamento inicial do interessado 
para o exercício do contraditório e da ampla defesa, quando for o caso 
de irregularidade que leve à imputação de débito ou aplicação de 
penalidade. 
 
Pessoal, vou fazer um alerta com relação aos conceitos de audiência e de 
citação. O Regimento Interno do TCE/PA não é muito claro ao dizer em que 
casos cada um desses institutos deve ser utilizado. Por isso, recomendo a vocês 
que deem uma olhada nos artigos secos. Acredito que a banca não vai sair 
muito disso, tendo em vista essa imprecisão do RITCE/PA. 
 
Fica aqui o conceito de audiência e de citação para vocês relembrarem: 
 
Audiência: 
 
Art. 215. Audiência é a comunicação ao responsável ou procurador, 
devidamente autorizado, com a finalidade de apresentar razões de justificativa, 
sempre que o relatório do Departamento de Controle Externo ou o parecer do 
Ministério Público de Contas, em processos de prestação ou tomada de contas 
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especial, concluir pela irregularidade, regularidade com ressalva ou, ainda, pela 
aplicação de multa. 
Parágrafo único. O prazo para o atendimento da audiência pelo responsável 
será de 15 (quinze) dias, contados da data do seu recebimento. 
 
Citação: 
 
Art. 216. Considera-se citação o chamamento inicial do interessado para o 
exercício do contraditório e da ampla defesa, quando for o caso de 
irregularidade que leve à imputação de débito ou aplicação de penalidade. 
 
Item certo. 
 
 
19. (Inédita) No caso de o Regimento Interno do TCE/PA ser omisso 
em relação a algum ponto, aplica-se subsidiariamente o Código de 
Processo Civil, a legislação que trata de processo eletrônico e a 
legislação aplicável ao Tribunal de Contas da União. 
 
Pra fechar, vamos reforçar o ponto que vimos em aula sobre a aplicação 
subsidiária de alguns normativos. 
 
Quando o Regimento do TCE/PA for omisso, ele próprio permite que sejam 
aplicadas a legislação do processo eletrônico, a legislação aplicável ao TCU e o 
Código de Processo Civil. 
 
Item certo. 
 
 
Até a próxima aula !! 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
 
 
1. (Inédita) No mesmo dia do recebimento, todos os documentos 
recebidos pelo TCE/PA devem ser protocolizados e autuados. 
2. (Inédita)

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