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1 Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Equações Diferenciais - Exercícios Programados 13 Soluções Exercício 1 Exprimir a solução geral do sistema de equações proposto em termos de funções reais. −→ X ′ = ( 3 −2 4 −1 )−→ X Solução: Seja A = ( 3 −2 4 −1 ) . Temos det(A− λI) = 0 ⇒ ∣∣∣∣ 3− λ −24 −1− λ ∣∣∣∣ = 0 ⇒ λ2 − 2λ+ 5 = 0 ⇒ λ1 = 1 + 2i; λ2 = 1− 2i. Para λ1 = 1 + 2i, segue que( 3− (1 + 2i) −2 0 4 −1− (1 + 2i) 0 ) ⇒ ( 2− 2i −2 0 4 −2− 2i 0 ) ⇒ (1− i)x = y. O vetor ( 1 1− i ) é um autovetor complexo. Assim, uma solução complexa da equação diferencial é x (1)(t) = ( 1 1− i ) e(1+2i)t. Para encontrar soluções reais, tomamos a parte real e imaginária de x (1) (t), x (1)(t) = ( 1 1− i ) e(1+2i)t = [( 1 1 ) − i ( 0 1 )] et(cos 2t+ isen2t) = ( 1 1 ) et cos 2t+ ( 0 1 ) etsen2t +i [( 1 1 ) etsen2t− ( 0 1 ) et cos 2t ] = ( cos 2t cos 2t+ sen2t ) et + i ( sen2t sen2t− cos 2t ) et. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2009/1 2 Daí, a solução geral da equação diferencial é −→ X (t) = c1 ( cos 2t cos 2t+ sen2t ) et + c2 ( sen2t sen2t− cos 2t ) et, onde c1 e c2 pertencem a R. Exercício 2 Calcular a solução do problema de valor inicial −→ X ′ = ( 1 −5 1 −3 )−→ X, −→ X (0) = ( 1 1 ) Solução: Seja A = ( 1 −5 1 −3 ) . Tem-se det(A− λI) = 0 ⇒ ∣∣∣∣ 1− λ −51 −3− λ ∣∣∣∣ = 0 ⇒ λ2 + 2λ+ 2 = 0 ⇒ λ1 = −1 + i; λ2 = −1− i. Para λ1 = −1 + i, segue que( 2− i −5 0 1 −2− i 0 ) ⇒ (2− i)x = 5y. O vetor ( 5 2− i ) é um autovetor complexo. Assim, uma solução complexa da equação diferencial é x (1)(t) = ( 5 2− i ) e(−1+i)t. Para encontrar soluções reais, tomamos a parte real e imaginária de x (1) (t), x (1)(t) = ( 5 2− i ) e(−1+i)t = [( 5 2 ) + i ( 0 −1 )] e−t(cos t+ isent) = ( 5 2 ) e−t cos t+ ( 0 1 ) e−tsent +i [( 5 2 ) e−tsent− ( 0 −1 ) e−t cos t ] = ( 5 cos t 2 cos t+ sent ) e−t + i ( 5sent 2sent− cos t ) e−t. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2009/1 3 Daí, a solução geral da equação diferencial é x(t) = c1 ( 5 cos t 2 cos t+ sent ) e−t + c2 ( 5sent 2sent− cos t ) e−t, onde c1 e c2 pertencem a R. Aplicando a condição inicial x(0) = ( 1 1 ) : ( 1 1 ) = x(0) = c1 ( 5 2 ) + c2 ( 0 −1 ) obtemos o sistema { 5c1 = 1 2c1 − c2 = 1 cuja solução é c1 = 1 5 e c2 = −35 . Assim, a solução do problema de valor inicial é x(t) = 1 5 ( 5 cos t 2 cos t+ sent ) e−t − 3 5 ( 5sent 2sent− cos t ) e−t = ( cos t− 3sent cos t− sent ) e−t. Exercício 3 Considere o problema de valor incial: x′ = x+ y y′ = 1 x(0) = 1 y(0) = 0 A figura abaixo, mostra uma parte do plano de fase dos sistema, juntamente com a órbita que passa pelo ponto (1,0) Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2009/1 4 Plano de Fase e órbita pelo ponto (1,0) 2 0 4 4 3 −4 0 x y 5 −1 2−4 −2 −5 −2 1 −3 • Sem resolver o PVI explicitamente, marque na figura (de modo aproxi- mado) o ponto P que corresponde ao menor valor que x(t) assume sobre a órbita desenhada • Determine, através de um exame visual da órbita, os comportamentos de x(t) e de y(t) quando t→ ±∞ Observação: Ao desenhar o retrato de fase de um sistema por meio de setas, o sentido das setas indica o sentido de crescimento do parâmetro, ou -de modo mais explícito - o sentido de percurso de uma partícula que percorre a órbita seguindo os valores crescentes do parâmetro. • Obtenha a solução explícita do PVI acima, pelo seguinte procedimento de �eliminação�: Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2009/1 5 1. Resolva primeiramente o problema (só para y(t)): y′ = 1, y(0) = 0 2. Substitua a função y, que você acabou de calcular no item anterior, na primeira equação do PVI original (eliminando portanto a variável y), e então resolva o PVI (só para x(t)) formado por esta nova equação e o valor inicial x(0) = 1 • Usando agora as expressões calculadas para x(t) e para y(t), obtenha as coordenadas do ponto P correspondente ao menor valor de x(t) nos pontos da órbita desenhada. Trata-se, falando informalmente, do �ponto de retorno� da órbita. • Calcule, usando as expressões obtidas para x(t) e y(t), lim t→−∞x(t), limt→+∞x(t), limt→−∞ y(t), limt→+∞ y(t) Solução: a) Você deve marcar o ponto onde a reta tangente à órbita é vertical. É o ponto de retorno dos valores da abcissa de uma partícula que percorre a órbita no sentido de t crescente. b) Notamos que o parâmetro t varia de −∞ a +∞ ( o sistema não impõe restrições aos valores do parâmetro). E, tendo em vista a observação feita no enunciado, o exame da órbita dada nos mostra que quando t → −∞ x(t) fica cada vez maior, isto é, x(t)→ +∞. Também x(t)→ +∞ quando t→ +∞.// Com relação à ordenada y(t), ela cresce sem parar, desde −∞ até +∞, de modo que se t → −∞ y(t) fica cada vez menor ; e se t → +∞ y(t) fica cada vez maior. c) 1. A solução do PVI { y′ = 1 y(0) = 0 é y(t) = t 2. De acordo com o sugerido, devemos subsstituir a variável y na primeira equação por t, e resolver o PVI{ x′ = x+ t y(0) = 1 A equação deste PVI é uma equação diferencial linear não-homogênea de primeira ordem, cuja solução geral (conforme aprendemos na Aula 3) é (verifique!) x(t) = x(t) = c et − t− 1 Impondo a condição inicial x(0) = 1, calcula-se c = 2. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2009/1 6 Assim os pontos da órbita dada, i.é, as soluções do PVI inicial são{ x(t) = 2 et − t− 1 y(t) = t d) Devemos calcular o valor mínimo da abcissa x(t). Conforme aprendemos no curso de Cálculo I, e já que como x(t) é derivável no intervalo aberto (−∞,+∞) os seus pontos de extremo, caso existam, serão pontos críticos. Para calcular os pontos críticos de x(t), calculamos sua derivada, obtendo x′(t) = cet − 1 de modo que x′(t0) = 0⇐⇒ 2et0 − 1 = 0⇐⇒ t0 = −ln 2 Então o único candidato a ponto de mínimo de x(t) é t0 = −ln 2. Novamente de acordo com o Cálculo I, temos que x′′(−ln 2) = 2 e−ln 2 = 1 > 0 e portanto (−ln 2) é - de fato - um ponto de mínimo para x(t). Neste caso o valor mínimo de x(t) é o valor x(t0) = x(−ln 2) = 2 e−ln 2 − (−ln 2)− 1 = 22 + ln 2− 1 = ln 2 Naturalmente, o valor da ordenada y(t) = t no ponto t = −ln 2 é · · ·−ln 2. Conclusão: As coordenadas do ponto de retorno P , são P = (ln 2,−ln 2) e) Temos: lim t→−∞(2 e t − t− 1) = 0− (−∞) = +∞ (como já tínhamos concluído a partir da análise qualitativa da órbita.) lim t→+∞(2 e t − t− 1) = +∞− (+∞), Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2009/1 7 que é uma ideterminação. Usando a regra de L'Hôpital: lim t→+∞(2 e t − t− 1) = lim t→+∞ [ 2 et − t− 1 t− 1 ] (t− 1) = lim t→+∞ [ 2 et − t t− 1 − 1 ] (t− 1) = lim t→+∞ ( 2 et − 1 1 ) · lim t→+∞(t− 1) = (+∞)(+∞) = +∞ Novamente concordando com a análise qualitativa da órbita apresentada. Lembrando que y(t) = t, temos lim t→−∞ y(t) = limt→−∞ t = −∞, e lim t→+∞ y(t) = limt→+∞ t = +∞. ¥ Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2009/1
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