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ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

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Ellen Ayssa – Enfermagem 
 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – AVE 
O AVE é relatado como um déficit 
neurológico causado por uma alteração 
na circulação sanguínea. Dependendo da 
área afetada e sua extensão pode ocorrer 
problemas cognitivos e sensório/motor. 
O AVE decorre de uma restrição 
sanguínea ou ruptura de algum vaso 
sanguíneo levando a uma isquemia ou a 
um extravasamento de sangue na área 
cerebral. 
Isquêmico: Responsável por 80% dos 
casos de AVE. Ocorre obstrução dos 
vasos cerebrais, que pode ocorrer devido 
a um ateroma (formação de placas numa 
artéria principal do cérebro) ou 
tromboembolia (quando um trombo ou 
uma placa de gordura originária de outra 
parte do corpo se solta e, pela rede 
sanguínea, chega aos vasos cerebrais). 
 
Acidente isquêmico transitório: 
Conjunto de sinais neurológicos, que 
regridem completamente ao fim de 
alguns minutos. AIT< 24 horas. 
Observação: Aterotrombose é diferente 
de aterosclerose. O embolo pode ser 
formado por uma aterosclerose ou por 
uma arritmia, e a aterotrombose é 
causada por uma aterosclerose. 
 
Aterotrombose: Um vaso arterial 
intracraniano teve aterosclerose 
(irritação da parede vascular, que gera 
inflamação e cria um trombo), gera o 
trombo, que pode estenosar o vaso por 
uma diminuição da pressão (oclusão) ou 
o trombo pode entupir o vaso, causando 
uma obstrução. 
Aterosclerose: A aterosclerose é um 
estado inflamatório crônico de etiologia 
multifatorial, envolvendo injúria do 
endotélio e resposta inflamatória, 
influências genéticas e hemodinâmicas 
locais e a resposta de reparação da 
parede arterial associada a vários 
estímulos agressores: fumo, hipertensão 
arterial, dislipidemias, diabetes, entre 
outros. As alterações anatômicas na 
aterosclerose são caracterizadas por 
degeneração gordurosa (ateroma) e por 
espessamento e endurecimento da parede 
arterial (esclerose), reduzindo a 
elasticidade e a luz do vaso. 
Arteriosclerose: É uma doença 
degenerativa da artéria, que leva ao 
espessamento e endurecimento de suas 
paredes, causada geralmente por 
hipertensão arterial ou pela idade 
avançada. Aterosclerose é uma forma de 
arteriosclerose, ou seja, de 
endurecimento de parede arterial, mas 
causada pela presença de placas de 
ateroma sobre a parede das artérias, ou 
seja, placas de lipídios, gorduras. 
Hemorrágico: Aproximadamente 15-
20% dos casos e, nessa situação, há uma 
hemorragia em uma área específica do 
cérebro, decorrente de uma má-formação 
vascular cerebral (por exemplo, o 
rompimento de um aneurisma), que 
Ellen Ayssa – Enfermagem 
 
muitas vezes pode levar a um edema 
cerebral e ao aumento da pressão 
intracraniana. Isso ocasiona um quadro 
clínico sem sinais específicos de 
acometimento de determinada região 
cerebral, dificultando sua localização. 
Existem a hemorragia intracerebral e a 
hemorragia subaracnóidea, que ocorre 
entre o cérebro e a membrana que o 
cobre, a meninge. 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos Hemorragia cerebral 
- Ruptura de um vaso cerebral, com 
extravasamento de sangue no 
parênquima cerebral; 
- Extradural ou epidural ocorre entre o 
crânio e dura-máter; 
- Subdural: sob a dura-máter, entre a 
dura-mater e aracnóide; 
- Subaracnóide: no espaço interno 
subaracnóideo; 
- Intracerebral: no interior do 
parênquima cerebral. 
Sintomas 
• Déficit neurológico = Localização da 
lesão/obstrução arterial. 
• Déficit Motor: o AVC afeta os 
neurônios motores superiores = perda do 
controle voluntário dos movimentos. 
Esses neurônios sofrem DECUSSAÇÃO 
(cruzam para o dimidio contralateral). 
• Ataxia: perda do controle muscular 
durante movimentos voluntários 
• Hemiplegia (paralisia de um dimidio 
corporal); 
• Hemiparesia (Diminuição da força 
muscular). 
• Disfasia ou afasia: Déficit ou perda da 
fala. 
• Disartria: Dificuldade de dicção ou 
pronúncia, por paralisia da musculatura 
vocal. 
• Apraxia: Incapacidade de realizar gesto 
ou ação previamente aprendidos 
(Pentear-se). 
• Comprometimento da atividade 
mental/Efeitos psicológicos: por lesão 
do lobo frontal = comprometimento da 
capacidade de aprendizagem e da 
memória, como distúrbio na atenção, 
falta de motivação, dificuldade de 
compreensão, podendo levar à 
depressão. 
• Disfunção vesical: após o AVE, alguns 
pacientes apresentam incontinência 
urinária transitória, devido à 
incapacidade de comunicar suas 
necessidades, pela confusão mental 
estabelecida e pelo controle diminuído 
ou ausente do esfíncter urinário. A 
persistência da incontinência urinária e 
intestinal pode refletir lesões 
neurológicas extensas. 
Fatores de risco: 
Ellen Ayssa – Enfermagem 
 
Hipertensão; Diabetes; Tabagismo; 
Consumo frequente de álcool e drogas; 
Estresse; Dislipidemia; Doenças 
cardiovasculares, sobretudo as que 
produzem arritmias; Sedentarismo; Uso 
de contraceptivos hormonais; Doenças 
hematológicas. 
Imutáveis: 
Idade; Etnia; Predisposição genética. 
Diagnóstico 
O diagnóstico de AVC costuma ser feito 
por serviços de saúde de emergência, 
com base no conjunto de sintomas e nos 
resultados de estudos de imagem, 
como TC e ressonância magnética do 
encéfalo , ultrassonografia das artérias 
vertebrais e das carótidas – que levam 
sangue até o cérebro – e angiografia, um 
método radiológico que estuda o interior 
dos vasos sanguíneos. 
O objetivo desses recursos é identificar a 
causa – obstrução ou hemorragia –, o 
local, a extensão e a gravidade da lesão 
para a instituição imediata do 
tratamento. 
1. Frontal – Maior lobo; controla o 
afeto, a personalidade, o raciocínio e as 
inibições dos impulsos individuais. 
Movimento esquelético voluntário e 
movimentos motores finos. Controle do 
comportamento e funções executivas. 
-Área de Broca: expressão e motora da 
linguagem (Giro frontal inferior) 
“LOBO DE SAÍDA” 
2. Parietal - Lobo puramente sensitivo; 
Área que permite a interpretação das 
sensações, permite conhecer a posição e 
o espaço do seu corpo. processamento 
dos dados sensitivos. Sensações táteis, 
visuais, gustativas, olfativas e auditivas. 
- Propriocepção. “LOBO DE 
ENTRADA” 
3. Temporal – Responsável pelo 
paladar, olfato e audição, assim como, a 
“memória de curto prazo”. percepção e 
interpretação dos sons/linguagem e 
memória. - Área de Wernicke: 
compreensão. Parte posterior do giro 
temporal superior. - Linguagem: 
hemisfério cerebral dominante (esquerdo 
em 99% dos destros e 2/3 dos canhotos) 
4. Occipital – Lobo mais posterior, 
sendo responsável pela interpretação das 
sensações visuais. Centro primário da 
visão; interpretação dos dados visuais. 
Cerebelo: coordenação dos movimentos 
voluntários; processamento de 
informações sensitivas visuais do 
sistema vestibular e de propriocepção. 
- Controle reflexo do tônus muscular, 
equilíbrio e postura. 
Sistema Límbico: comportamento 
(reprodução, agressão, medo e afeto).

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