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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
Os desafios da Inclusão Intelectual no ambiente escolar 
 
 
 
 
Inês da Silva Molinari 
 
 
Orientadora: Profa. Dra. Márcia Regina Onofre. 
Co-Orientador (a): Carlos Eduardo Cândido Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO CARLOS 
2016 
 
 
 
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
Os desafios da Inclusão Intelectual no ambiente escolar 
 
 
 
Inês da Silva Molinari 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Aberta do 
Brasil – Universidade Federal de São 
Carlos – Curso de Licenciatura em 
Pedagogia como uma das atividades 
avaliativas da disciplina Trabalho de 
Conclusão de Curso II. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Márcia Regina Onofre 
Co-Orientador(a): Carlos Eduardo Cândido Pereira 
 
 
 
 
 
SÃO CARLOS 
2016 
 
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB 
Secretaria de Educação a Distância da UFSCar – SEaD-UFSCar 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCar 
 
PARECER 
Título: Os desafios da inclusão intelectual no ambiente escolar. 
Aluna: Inês Da Silva Molinari 
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Márcia Regina Onofre 
Coorientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Candido Pereira 
Data: 10/12/2016 
Nota: 80 
 
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da aluna Inês Da Silva Molinari 
intitulado: Os desafios da inclusão intelectual no ambiente escolar”, atende todos os 
critérios estipulados para a sua avaliação. 
É composto por: capa, folha de rosto, agradecimento, dedicatória, resumo, 
sumário, introdução, capítulos com fundamentação teórica, metodologia, análise dos 
dados, considerações finais e referências. Todos os itens estão de acordo com as 
normas. Possui claramente definido sua justificativa, questão de pesquisa, objetivos 
metodologia. 
Os capítulos estão muito bem desenvolvidos. Neles há destaque para o tema 
escolhido e desenvolvido na perspectiva histórica e teórica. 
É importante salientar ao estudo, a trajetória da aluna Inês na prática de 
estágio que permite afirmar que a mesma adotou uma postura de professora-
pesquisadora, tão importante para a sua prática profissional. 
As considerações finais possibilitam o entendimento do caminho percorrido 
pela pesquisadora e destaca as principais considerações que o estudo possibilitou, 
bem como, a ocorrência de resposta à questão de pesquisa e aos objetivos 
apresentados na parte introdutória. 
O texto é muito bem escrito, coerente e fluente, seguindo as normas da ABNT. 
Frente às explanações acima, considero que o trabalho apresentado atende 
aos critérios estabelecidos para a sua avaliação, dessa forma atribuo nota oitenta (80) 
ao presente estudo e parabenizo pelo excelente trabalho, recomendando a divulgação 
do mesmo em eventos da área da educação. 
 
 
 São Carlos, 10 de dezembro de 2016. 
 
 
 
 
Prof.ª Dr.ª Márcia Regina Onofre 
(Orientadora) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Carlos Eduardo Candido Pereira 
(Coorientador) 
 
 
 4 
RESUMO 
Este trabalho visa explanar sobre os inúmeros desafios a serem superados 
quando se trata da Inclusão Escolar, ou melhor, da Inclusão Intelectual; ou 
seja, mais especificamente quando o aluno apresenta deficiência intelectual, 
diante da atualidade e com o propósito da efetivação da inclusão sem 
promover qualquer tipo de discriminação ou exclusão nas instituições de 
ensino. Todavia é preciso considerar a dualidade existente entre a legislação 
que rege o sistema de ensino brasileiro e o que de fato ocorre no cotidiano de 
sala de aula quanto as práticas pedagógicas e o desenvolvimento do processo 
ensino aprendizagem de discentes com necessidades especiais ao qual clama 
por mudanças pautadas no respeito às diferenças e as singularidades de cada 
ser humano como ser único e capaz de aprender; a seu ritmo e com seu modo 
particular de construir seus conhecimentos. Pois ao se preocupar com a 
efetivação de uma escola inclusiva é emergencial a redefinição dos processos 
de educação, este de ampla complexidade o que exige mais do que ensinar 
apenas conteúdos científicos, precisa se voltar à educação global, para a vida 
com tolerância e respeito às diferenças. Sendo essencial que a Educação 
Especial não se restrinja a apenas um nível de ensino, mas que se integre e 
complemente o processo educacional e de escolarização dos discentes com 
deficiência que frequentam as classes regulares de ensino. 
 
 
PALAVRAS CHAVE: Desafios; Contemporaneidade; Educação; Inclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
AGRADECIMENTOS 
Primordialmente gostaria de agradecer a Deus, pois com a ausência de 
sua força eu não teria alcançado meus objetivos e nem ao menos concluiria 
meu curso. 
Deus obrigado também pelo conhecimento adquirido, pelos dias de 
dificuldades que foram dias difíceis, mas, o Senhor sempre esteve junto 
comigo, guiando o meu coração e minha mente para a solução dos meus 
problemas. 
Agradeço também a instituição de ensino a qual escolhi para esta 
graduação. A Professa Dra. Márcia Regina Onofre por dividir seus 
conhecimentos conosco. 
Ao meu orientador Carlos Eduardo pelo incentivo para concretizar o trabalho. 
Ao meu filho Paulo Moraes que deu o encorajamento necessário para que eu 
prosseguisse nesta caminhada. 
 Aos amigos e companheiros de estudo o meu muito obrigada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
 
Dedico este trabalho a Deus, por ser extremamente paciente e piedoso comigo. 
Aos meus familiares que foram companheiros em todas as horas. 
Aos meus professores e tutores e em especial meu orientador que muito me 
auxiliou nesta etapa final do curso, os meus sinceros agradecimentos e 
admiração! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
 
 
"Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos 
impossibilitem de reconhecer as suas habilidades." ( Hallahan e Kauffman, 
1994) 
 
"Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças” 
(Mantoan) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO................................................................................................................. 
 
09 
CONTEXTO HISTÓRICO SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR................................................. 
12 
PARADIGMAS DA INCLUSÃO ESCOLAR............................................................................. 
18 
PRÁTICAS DOCENTES E ESCOLARES QUE COLABORAM A INCLUSÃO 
INTELECTUAL NO COTIDIANO EDUCACIONAL.................................................................. 
 
25 
ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................................... 
34 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................... 
37 
 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 
 
409 
INTRODUÇÃO 
 
Escolher um tema que te leve a escrever com paixão sobre um 
determinado assunto é a primeira justificativa válida para definirmos o quanto 
estamos interessados em estudar sobre a escolha feita. Contudo, o fato de ter 
ficado dentro de uma sala de aula fazendo estágio e observando o dia a dia do 
professor que lida com um núcleo heterogêneo formado por alunos com e sem 
deficiência intelectual foi o fator principal para que eu me interessasse em 
pesquisar e estudar mais sobre o tema. Assim, analisando as dificuldades 
percebi que há um árduo caminho para que a inclusão realmente aconteça do 
mesmo modo que foi possível notar que tais modificações irão acontecer 
quando ocorrer uma transformação dentro da escola de modo que as mesmas 
se adaptem as necessidades de todos e de cada um. 
Levando em conta a relevância acadêmica que envolve a Inclusão de 
pessoas com Deficiência Intelectual e de acordo com Decreto Federal 
3.298/1999, trazer as opiniões de autores diversos apresentando suas ideias e 
soluções para os casos só acrescenta conhecimentos para todos os envolvidos 
na busca por soluções a serem usadas dentro e fora da sala de aula. Todavia, 
vale destacar que a problemática da inclusão intelectual torna- se realmente 
preocupante quando percebemos que os pais dos alunos não sabem dos 
direitos que seus filhos têm e como fazer para que eles sejam cumpridos 
dentro da escola; o que requer que a legislação que rege os sistemas de 
ensino brasileiro sejam divulgados e colocados em prática a fim de quebrar o 
labirinto existente entre a teoria e a prática legal; desde a Constituição Federal 
Brasileira (1988), A Leis de Diretrizes e Bases Nacionais (LDB 9394/96), como 
os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e outras leis mais especificas que 
se referem à Inclusão Escolar, como por exemplo, a Declaração de Salamanca 
(1994) que nos mostra um relevante desafio quanto aos conceitos de 
Educação Especial ao fazer uso do termo “pessoa com necessidades 
educacionais especiais” referindo-se a todas as pessoas que têm necessidades 
advindas de suas características de aprendizagem. 
O que necessitamos com rapidez e conscientização de todos, docentes, 
gestores, pais, familiares, sociedade é a construção de uma inovadora 
 10 
concepção de educação para todos sem qualquer indicio de preconceito e 
pautado na inclusão de todos, independente de suas dificuldades, mas 
embasado em suas habilidades; além de se dar oportunidades para que todos 
tenham suas deficiências vistas como maneiras diferentes de aprender, no 
tocante a este trabalho é dado maior ênfase as crianças e adolescentes que 
necessitam da Inclusão educacional em virtude de sua deficiência intelectual. O 
que requer que toda a sociedade e sistema educacional assumam suas 
responsabilidades perante o processo de inclusão. Porém para que de fato 
ocorram tais transformações no cotidiano escolar pé fundamental que docentes 
se envolvam em questões teóricas e práticas de forma reflexiva e que resulte 
em ações coletivas para a educação inclusiva. 
Diante desta perspectiva se faz primordial que a pratica profissional e 
social de docentes, educadores, gestores e demais membros de nossa 
sociedade se mobilizam e encontrem sustentação de práticas interdisciplinares 
e que integrem o trabalho com as necessidades especiais de cada discente, 
sem qualquer barreira que caracterize o preconceito ou discriminação. Assim, é 
fundamental o educador refletir e se questionar a todo o momento sobre alguns 
temas como, por exemplo, “Que estratégias o professor poderia usar para 
conciliar o aluno com deficiência intelectual com os demais, para que não haja 
comprometimento no planejamento de ensino do ano?” Bem como enumerar 
as dificuldades e buscar soluções de como acolher o aluno com inclusão 
intelectual; ou melhor, exemplificando: 
-acompanhar as estratégias de ensino usadas pelos professores que 
tem aluno com inclusão intelectual na sala e analisar como o trabalho é feito. 
-analisar o que realmente a lei aponta para os casos de inclusão 
intelectual e qual a realidade vivida pelas escolas. 
-problematizar os conflitos e valores quem vem juntamente com a 
inclusão intelectual. 
Em síntese, vale mencionar que o método usado neste trabalho é o da 
pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica é um processo no qual o 
pesquisador tem "uma atitude e uma prática teórica de constante busca que 
define um processo intrinsecamente inacabado e permanente". А pesquisa 
bibliográfica é o passo inicial na construção efetiva de um protocolo de 
investigação. Este processo de pesquisa se constitui em uma atividade 
 11 
científica básica que, através da indagação e (re) construção da realidade, trás 
um grande combustível para o processo ensino-aprendizagem. Pode-se dizer 
que o papel da pesquisa bibliográfica é de extrema importância, já que funciona 
como um processo de investigação, já que logo depois de escolher o assunto é 
preciso realizar uma revisão bibliográfica do tema proposto. 
Em suma, no tocante aos paradigmas e desafios da Inclusão Intelectual 
no ambiente escolar, cada docente, pesquisador e profissional da educação 
tem que plantar a semente em seus alunos para observar a germinação de 
uma nova geração preocupada em trazer soluções para problemas que antes 
pareciam insolúveis. Adicionados aos processos de conscientização de que 
precisamos educar e ensinar não apenas conhecimentos e saberes científicos 
e curriculares, mas educar para a vida, para o trabalho e para a convivência 
social pautado no respeito e para a diversidade livre de preconceitos ou 
discriminação; já que todos somos seres únicos, dotados de capacidades 
diferentes, mas capazes de aprender se respeitadas nossas dificuldades e 
ritmo de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
1. Contexto Histórico sobre a Inclusão Escolar 
 
A educação é exposta de modo que é primordial que todas as 
instituições escolares devem garantir não apenas o acesso, mas a 
permanência e o desenvolvimento de todos os alunos, com rendimento escolar 
inclusive dos alunos com deficiências que frequentam as escolas públicas. 
Contudo neste primeiro momento o propósito é apresentar o percurso do 
contexto histórico da Educação Especial desde o período que compõe a 
evolução histórica da Antiguidade até a Contemporaneidade dando ênfase aos 
fatores que contribuíram ao processo da perpetuação da exclusão até as 
políticas públicas atuais que embasam a inclusão escolar, tratando assim da 
educação especial; pois mesmo diante de muitas evoluções ainda nos dias 
atuais presenciamos uma séria influência da herança dos tempos antigos no 
tocante a exclusão escolar e social. 
Vale salientar que existem inúmeras ações de domínio internacional, na 
tentativa de agregar ao âmbito da educação brasileira como critérios legais 
além da capacitação e formação de profissionais da área educacional visando 
práticas que possam reverter a exclusão para a inclusão tendo a democracia 
como pilar dos direitos sociais e humanos. 
Quanto às leis que regem os sistemas de educação no Brasil, ou ainda, 
no tocante as orientações para a prática pedagógica visando à concretização 
da Educação Inclusiva podemos elencar: 
- Constituição Federal (1988), Título VIII, artigos 208 e 227; 
- Lei nº 7.853/89 - Dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, sua 
integração social, assegurando o pleno exercício de seus direitos individuais e 
sociais; 
- Lei nº 10.098/00 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para 
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com 
mobilidade reduzidae dá outras providências; 
- Lei n. 10.172/01 - Aprova o Plano Nacional de Educação e estabelece 
objetivos e metas para a educação de pessoas com necessidades 
educacionais especiais; 
- Decreto n. 5.296/04 - Regulamenta as Leis n. 10.048/00, que dá prioridade de 
atendimento às pessoas com deficiência, e 10.098/00, que estabelece normas 
 13 
gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas 
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras 
providências. 
- Lei n. 9.394/96 - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional; 
 - Decreto n. 3.289/99 - Regulamenta a Lei n. 7.853/89, que dispõe sobre a 
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 
consolida as normas de proteção e dá outras providências; 
- Portaria MEC n. 1.679/99 - Dispõe sobre os requisitos de acessibilidade a 
pessoas portadoras de deficiência para instruir processos de autorização e de 
reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições. 
De acordo com o processo histórico pode-se constatar que as pessoas 
com necessidades especiais sofrem com a sociedade tratou e ainda as tratam, 
porém agora em busca de novas conquistas perante as concepções de 
deficiência que pautaram as discussões sobre os indivíduos com necessidades 
especiais no âmbito social e diante de cidadãos com direitos, como acesso à 
educação sem discriminações pautadas, em ações sociais integradas as 
concepções da saúde, da enfermidade e da deficiência. 
Dentro de um contexto brasileiro educacional e fundamental que se 
valorize os saberes na história da Educação Especial bem como a História da 
Educação na qual compõe e é misturada nos currículos dos cursos de 
formação docentes. 
Iniciando o contexto histórico, vários autores como Jönsson (1994) e 
Mendes (1995) asseguram que até o século XVIII, havia a prática da exclusão 
de modo que as pessoas portadoras de qualquer tipo de deficiência, ou ainda, 
com necessidades especiais eram descriminadas e sofriam com a exclusão 
que a sociedade lhes impunha; com tamanha discriminação que não podiam 
participar de nenhuma atividade de caráter social; eram tidos como incapazes 
inválidos para o mercado de trabalho. Além disso, nesta época a educação não 
destinava nenhuma prioridade a essas pessoas. 
Segundo Bueno (1993) iniciando o percurso sócio histórico da Educação 
Especial só após o século XVIII que é possível observar as primeiras tentativas 
com o intuito de comedir a isolação dos deficientes visuais e os demais 
portadores de deficiências, tendo em vista o desenvolvimento das aptidões e 
potencialidades desses (BUENO, 1993, p. 56). 
 14 
Só no século XIX que ocorreram importantes conquistas no setor da 
medicina, da saúde e da parte biológica; pois os deficientes começaram a ser 
estudados com o propósito de encontrarem soluções para suas dificuldades. E 
de acordo com Pessotti (1984) surge o período da segregação visando o 
tratamento médico com a intenção de minimizar a sobrecarga dos familiares e 
da sociedade, todavia não há indícios de ofertar educação as pessoas com 
deficiências, pelo contrário, se restringia apenas ao tratamento médico em 
instituições relacionadas a religião ou mesmo filantrópicas e apesar do governo 
consentir tais ações não havia o seu envolvimento propriamente dito. Mas 
neste período tinha-se a esperança de que através das práticas educacionais 
especiais chegariam a evoluções e mesmo a cura das deficiências 
ocasionando ações normatizadas. 
No término do século XIX e inicio do século XX segundo Mendes (1995) 
foram criadas algumas instituições educacionais especiais além de centros de 
reabilitação, em consequência da sociedade passa a reconhecer que se as 
pessoas com deficiências eram capazes se tivessem educação e capacidade 
adequada. 
Neste mesmo período (fim do séc. XIX e começo do séc. XX) Stainback 
e Stainback (1997) surge nos Estados Unidos novas disposições; surgem as 
escolas comuns públicas que atendia a maior parte das crianças, contudo no 
período compreendido entre 1842 e 1918, todos os estados americanos 
seguiram o que decretava a legislação sobre o ensino obrigatório e as 
instituições escolares públicas ganharam muitos investimentos que 
favoreceram seu desenvolvimento. Porém, nos anos pós-guerra as pessoas 
passaram a serem classificados segundos conceitos do capitalismo em pessoa 
útil ou inútil, apto ou inapto (CANZIANI, 1995). 
Em decorrência da1º e 2º guerras mundiais surge a ciência de mão de 
obra em virtude das muitas mortes dos soldados, que exerceu influências no 
movimento integracionistas de pessoas com deficiências ou melhora, com 
necessidades especiais no contexto educacional. 
Na década de1950 a concepção da integração veio para desmontar as 
ações que caracterizavam a exclusão social já que as instituições passaram a 
dar maior atenção as pessoas portadoras de necessidades especiais 
oferecendo tratamento mais especializado. Contudo, a segregação persistia no 
 15 
cotidiano das pessoas e da sociedade que se negavam a aceitar as pessoas 
com deficiências e como alternativas paliativas se propunham a prover serviços 
educacionais diferenciados. 
Aranha (2000) explana que nos Estados Unidos na década de 1060 
houve uma ampliação relevante de escolas e instituições com atendimento 
especializado, inclusive em clínicas de habilitação, clubes, oficinas de trabalho 
e organização de associações especiais desportivas. 
Mendes (1995) ainda expõe que nas décadas de 1960 e 1970 em 
decorrência do aumento financeiro para custear os programas de atendimentos 
sociais e diante de uma crise mundial do petróleo, visando baixar custos os 
programas de atendimentos segregados também sofreram com cortes nos 
investimentos e consequentemente os programas educacionais envolvidos com 
tais práticas integradoras começaram a ser discutidos a fim de serem 
conservados. 
A partir de 1970 começa nos Estados Unidos e em outros países o 
chamado “vida independente”, movimento este que teve a participação de 
pessoas deficientes, de seus familiares e outros profissionais; com o propósito 
da extinção da dependência de tais pessoas expondo ainda sobre seus direitos 
além da conscientização sobre suas capacidades, autonomia, onde essas 
pessoas com necessidades educacionais especiais passaram a ser vistos 
como sujeitos capazes de tomar suas próprias decisões e não mais como um 
objeto quebrado ou inválido como acontecia. 
Em 1975, nos Estados Unidos nasce a Declaração dos Direitos das 
Pessoas Deficientes bem como o Programa de Ação das Nações Unidas 
objetivando efetivar os direitos das pessoas com necessidades especiais em 
locais mais abertos e menos privados. 
Em 1981, com motivação ao Ano Internacional das Pessoas Deficientes 
e com o lema “Participação Plena e Igualdade” elaborado pela Organização 
das Nações Unidas (ONU) tinha o propósito de sensibilizar toda a sociedade 
perante a necessidade de admitir e colocar em prática os direitos das pessoas 
com necessidades especiais e em consequência os demais países pelo mundo 
aderiram os debates sobre a agregação da adoção do ensino especial com o 
regular (integração de ambos num mesmo ambiente). 
 
 16 
De acordo com Sailor, Gee e Karasolft (1993) duas ondas de 
reformas políticas no sistema educacional norte-americano, também 
influenciaram este movimento. A primeira, marcada pela busca de 
excelência escolar, destinava às escolas, fundos para enfrentar o 
desafio de melhorar a qualidade do ensino americano; a outra, a da 
reestruturação escolar, visava uma revisão do currículo, avaliação do 
desempenho, instrução descentralizada, autonomia, orçamento, 
decisão compartilhada,fusão e coordenação dos recursos e 
envolvimento com a comunidade. Jönsson (1994) afirma que estes 
fatos citados acima deram início nos Estados Unidos e na Europa, 
seguidos por outros países, a uma nova caminhada em direção à 
conquista do direito à vida digna e integral, favorecendo o surgimento 
do conceito de inclusão no final da década de oitenta. Este autor 
enfatiza que: “para que as pessoas com deficiência realmente 
pudessem ter participação plena e igualdade de oportunidades, seria 
necessário que não se pensasse tanto em adaptar as pessoas à 
sociedade e sim adaptar a sociedade às pessoas (p.63)” (CAPELLINI; 
MENDES, 2016, p.5). 
 
É notório que a procura da consciência por estratégias e práticas 
visando à emancipação do ser humano de suas próprias situações são 
constantes, de acordo com um contexto histórico que nos remete a reflexões 
de caráter instáveis que mesmo diante de tantas evoluções tecnológicas e do 
processo de globalização, em termos práticos não vivenciamos práticas 
evolutivas no tocante ao tratamento das pessoas que necessitam de ensino 
especial. E diante da história da Educação Especial a nível mundial, podem ser 
sintetizados e apresentados de acordo com três princípios, segundo Aranha 
(2000): 
- O da Institucionalização; 
- O dos Serviços; 
- O de Suportes. 
 Valendo destacar que o paradigma de Suportes tem embasamento 
técnico-científico nos saberes quanto as conquistas em desenvolvimento 
próprio de cada pessoa e social; advindos da relação de vivência no respeito a 
diversidade e, em termos sociopolíticos, pautados no fundamento da igualdade 
que remete para a inclusão de todos; ao qual merece mencionar que: 
 
O processo de garantia do acesso imediato e contínuo da pessoa 
com necessidades especiais ao espaço comum da vida em 
sociedade, independentemente do tipo de deficiência e do grau de 
comprometimento apresentado (ARANHA, 2000, p.13). 
 
 17 
Já restringindo sobre o contexto histórico da Educação Especial no 
Brasil, a princípio é preciso expor que segundo a Constituição Federal 
Brasileira (1988) em seu artigo 205, a educação é direito de todos: 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 
1988, art.205). 
 
 
 Como se vê a Educação Especial passou e passa por diversas 
discussões para cobrir as lacunas existentes no cotidiano dessas crianças. 
Merece atenção a relevância do contexto histórico no que se refere a 
Educação Especial, principalmente aos docentes, educadores e profissionais 
da área de modo que a socialização sobre a história, assim como os vários 
conceitos possam ampliar seus conhecimentos e a prática educacional 
embasar um processo mais democrático as pessoas com qualquer tipo ou grau 
de deficiência. 
Ao tratar da parte histórica envolvendo a educação de pessoas com 
deficiências é preciso explanar que a mesma não pode ser marcada e nem 
delimitada de maneira pontual e nem linear, mas visando através do histórico 
retratar das informações como fonte de compreensão para melhor contribuir 
aos avanços e conquistas para minimizar e de fato concretizar uma educação 
sem discriminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
2. Paradigmas da Inclusão Escolar 
 
No Brasil, o Estado de São Paulo se destaca como pioneiro quanto às 
ações educacionais com prioridade as pessoas portadoras de necessidades 
especiais, mais especificamente no ano de 1917 foram criadas as instituições 
com tratamentos e educação especializada, a principio de cunho filantrópico, 
sem fins lucrativos, integrados a ações do governo que desempenharam papel 
relevante, auxiliando e contribuindo diretamente aos alunos com necessidades 
especiais bem como a com a conscientização da sociedade por meio da 
sensibilização e do fornecimento de informações a toda população. 
 
 “São poucas as experiências onde se desenvolvem os recursos 
docentes e técnicos e o apoio específico necessário para adequar as 
instituições escolares e os procedimentos pedagógico-didáticos às 
novas condições de inclusão” (JERUSALINSKY E PÁEZ, 2001, p.35). 
 
Vale lembrar que algumas instituições especializadas eram integradas e 
orientadas pela secretaria de Estado da Educação, ou ainda, o poder público 
que regia as disposições através de uma legislação que orientava naquele 
período sobre o atendimento de alunos com necessidades especiais. Onde 
através do Decreto nº 5.881/1933 se concretizou um norteio legal, o “Código de 
Educação”, este regulamentou as esferas sociais, fisiológicos e técnicos ao 
qual estabeleceu que a Educação Especializado aconteceria no âmbito da 
escola pública. Foi o que deu base para a origem de classes especiais com 
ambientes de recursos e as unidades itinerantes eram mais especializados 
para as deficiências visuais. 
 
[...] inclusão estabelece que as diferenças humanas são normais, 
mas ao mesmo tempo reconhece que a escola atual tem provocado 
ou acentuado desigualdades associadas à existência de diferenças 
de origem pessoal, social, cultural e política, e é nesse sentido que 
ela prega a necessidade de reestruturação do sistema educacional 
para prover uma educação de qualidade a todas as crianças 
(MENDES, 2002, p. 64). 
 
As classes especiais foram criadas segundo o principio da integração 
com o objetivo de preparar os alunos com deficiências para futuramente 
frequentar as classes regulares comuns de acordo com seu grau escolar. 
 
 19 
“Os objetivos da Educação Especial destinada às crianças com 
deficiências mentais, sensoriais, motoras ou afetivas são muito 
similares aos da educação geral, quer dizer: possibilitar ao máximo o 
desenvolvimento individual das aptidões intelectuais, escolares e 
sociais. ” (UNESCO, 1968, p. 12). 
 
 
Terminamos um milênio e começamos este atual com a teórica da 
inclusão dos alunos com necessidades especiais no contexto da Educação 
Especial chegando aos termos da Educação Regular em todos os seus níveis. 
Porém, atualmente a Educação Especial apresenta altos índices de evasão, 
além de repetência no ensino Básico. E segundo Montoan (1997) na 
idealização da sociedade, dentro da cultura escolar, a necessidade de alguns é 
vista como insuficiência que atinge os deficientes e os pobres, para confrontar 
as requisições do ensino regular visto como convicção que surge na 
naturalidade das declarações do senso comum e incluindo alguns fundamentos 
e análises teóricas sobre o assunto. 
 
Não se trata de negar a existência da deficiência mental como 
condição apresentada por sujeitos com algum comprometimento 
orgânico ou não. Trata-se de compreender que esta condição não 
está dada inicialmente em nenhum sujeito; mas que vai se 
constituindo na medida em que não se possibilita condições de 
desenvolvimento de acordo com suas peculiaridades. Além disso, é 
preciso considerar o quanto se oferece a estes sujeitos ambientes e 
práticas simplificadas, adaptadas à condição inicial apresentada pelo 
sujeito (CARNEIRO, 2006, p. 146-147). 
 
 
Conforme estabelece a Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994), a 
definição bem como o conceito de inclusão é um dos paradigmas da educação 
em tempos contemporâneos; um desafio que precisa encontrar solução já que 
determina a legislação rege que todos têm direito à educação; independente de 
ser ou não portador de algum tipo de necessidade especial. 
 
As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de 
suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas 
ou outras. Devem acolhercrianças com deficiência e crianças bem 
dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de 
populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, 
étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas 
desfavorecidas ou marginalizadas (SALAMANCA, 1994). 
 
De acordo com as Novas Diretrizes da Educação (SÃO PAULO, 2001) a 
princípio as classes especiais tinham caráter transitório, mas com o passar do 
 20 
tempo passou a ser permanente, todavia não correspondiam mais as 
expectativas de inserir os alunos com necessidades especiais em classes 
comuns; houve mudanças onde algumas se tornaram locais para avaliar e 
encaminhar os alunos com variadas necessidades e dificuldades no processo 
de aprendizagem, ou seja, aqueles alunos que não conseguiam evoluir e 
repetiam o ano escolar ficando atrasado em relação a sua idade / série; tal 
fenômeno contribuía a discriminação e a rotulação desses alunos e afetava 
negativamente suas vidas. Levando em consideração algumas exceções, as 
classes especiais também apresentaram seu lado positivo com docentes 
aplicados e profissionais especializados que desempenharam seu papel com 
louvor. 
 
Quando se fala de adaptações curriculares está se falando, sobretudo 
e, em primeiro lugar, de uma estratégia de planejamento e de 
atuação docente e, nesse sentido, de um processo para tratar de 
responder às necessidades de aprendizagem de cada aluno (...) 
fundamentado em uma série de critérios para guiar a tomada de 
decisões com respeito ao que é, ao que o aluno ou aluna deve 
aprender, como e quando e qual é a melhor forma de organizar o 
ensino para que todos saiam beneficiados (MEC, 1992 apud 
GONZÁLEZ MANJÓN, 1995, p. 82). 
 
Diante da atualidade e de novos desafios é preciso buscar a solução de 
novos paradigmas, no tocante a Educação Especial, o mesmo exige renovação 
já que se caracteriza como um processo amplo e dinâmico. Assim, gritando por 
renovação e novas ações por intermédio de políticas públicas, toda a 
sociedade pede pela efetivação dos direitos que constam na legislação 
brasileira. E ao se referir as pessoas com necessidades especiais a escola 
ganha enorme proporção de ambiente mediador e propagador do saber, sendo 
um dos relevantes ambientes de convívio entre as pessoas e por isso precisa e 
deve oportunizar situações de aprendizagem, de prática ao respeito, a 
solidariedade e de educar para a diversidade, respeitando e ensinando a 
respeitar as singularidades e capacidade de cada um como ser único; 
capacitado a boa convivência e valorizando as diferenças como algo que venha 
a somar e não a excluir. 
 
Uma escola comum só se torna inclusiva depois que se reestruturou 
para atender à diversidade do novo alunado em termos de 
necessidades especiais (não só as decorrentes de deficiência física, 
mental, visual, auditiva ou múltipla, como também aquelas resultantes 
 21 
de outras condições atípicas), em termos de estilos e habilidades de 
aprendizagem dos alunos e em todos os outros requisitos do princípio 
da inclusão, conforme estabelecido no documento, ‘A declaração de 
Salamanca e o Plano de Ação para Educação de Necessidades 
Especiais’ (SASSAKI, 2004, p.2). 
 
 
O reconhecimento da Educação Especial como categoria de ensino 
deve atenção ao olhar na perspectiva transversal já que transpõe todo o 
processo escolar, em todos os níveis de ensino. Mesmo porque a Educação 
Especial não é uma segregação do sistema de ensino, ao contrário, é 
constituído pelo conjunto de recursos que precisam ser estruturados e 
disponíveis em todos os graus de ensino e nas escolas á todos os que 
precisam de suporte diferente em virtude de sua necessidade. 
 
Podemos definir as adaptações curriculares como modificações que é 
necessário realizar em diversos elementos do currículo básico para 
adequar as diferentes situações, grupos e pessoas para as quais se 
aplica. As adaptações curriculares são intrínsecas ao novo conceito 
de currículo. De fato, um currículo inclusivo deve contar com 
adaptações para atender à diversidade das salas de aula, dos alunos 
(LANDÍVAR, 2002, p.53) 
 
Vale mencionar as soluções para os novos desafios diante da 
contemporaneidade e da caracterização da Educação Especial não dependem 
apenas da legislação que rege o sistema educacional, mas também do 
empenho da prática do modo de funcionar dos sistemas, desde as regras 
menores, dos decretos até as portarias e resoluções as ações diárias que os 
educadores enquanto profissionais preparados necessitam saber lidar com as 
diversidades. 
[...] em termos ‘sociais’ (a sociedade é mais humana se for mais 
inclusiva), em termos educativos’ (a escola inclusiva responde melhor 
às exigências dos seus ‘clientes’) e em ternos económicos’, os 
recursos e equipamentos são distribuídos de forma mais sustentada e 
equitativa a toda a população, podendo garantir, por via de uma 
engenharia financeira mais adequada, melhor qualidade e mais 
abrangência social do sistema educativo (FONSECA, 2003, p.100). 
 
 
É primordial que os governantes tenham conhecimento e coloque como 
prioridade o ensino á pessoas com deficiência, pois de acordo coma 
estimativas da Organização Mundial da Saúde aproximadamente 10% da 
população apresenta algum tipo de deficiência e a maioria delas estão fora da 
escola e sem acesso especializado (SÃO PAULO, 2001). Contudo é preciso 
 22 
mencionar que segundo os fundamentos legais a educação desses alunos com 
necessidades especiais precisa ser realizada nas classes comuns das escolas 
em todos os níveis de ensino praticando-se assim a educação inclusiva, mas 
respeitando as deficiências e seus graus. De modo que a inclusão seja 
compreendida como uma condição de comunidade educacional. 
 
É dever do poder público avaliar o desenvolvimento das ações 
propostas e utilizar os dados dessa avaliação para o aprimoramento 
das políticas públicas de cunho social. A indagação é a seguinte: as 
ações educacionais do poder público respondem a uma política de 
atendimento ou de mera prestação de serviços? Têm-se garantida a 
aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais 
ou somente propiciado espaço de convívio social? Cabe ressaltar que 
não é suficiente usar como indicadores somente dados oficiais para 
análise de evasão e repetência escolar, tampouco informações sobre 
aceitação (ou diminuição das reclamações) do aluno pelo professor e 
colegas. Mais do que isso, é imprescindível que sejam criados 
instrumentos que avaliem a aprendizagem dos alunos e sinalizem as 
mudanças que devem ser implantadas para garantir educação para 
todos (PRIETO, 2016, p.11). 
 
De acordo com as circunstâncias da inclusão escolar a mesma precisa 
respeitar as singularidades de cada aluno com suas respectivas necessidades, 
porém de maneira natural onde o discente não preciso ser incluído e sim ocorra 
uma inclusão escolar natural sem rotulações. 
Mendes (2001) explana que as leis da educação brasileira não estipulam 
com clareza que o aluno com necessidades especiais precisa 
compulsoriamente frequentar uma classe comum do ensino regular; o recurso 
conforme legitimado seria contemplado caso a colocação acontecesse em uma 
classe comum integrada á sala de recurso com acompanhamento do docente 
itinerante ou ainda em classe especial. 
Os fundamentos do atendimento educacional, ou melhor, escolas de 
alunos com necessidades especiais precisam ocorrer, de modo preferencial, no 
sistema regular de ensino, em classes comuns, porém com suporte de 
atendimentos especializados estruturados na própria unidade escolar ou 
mesmo em centros de apoio setorizados por região. 
 
“[...] conhecer bem os alunos implica interação e comunicação 
intensas com eles, umaobservação constante de seus processos de 
aprendizagem e uma revisão da resposta educativa que lhes é 
oferecida. Esse conhecimento é um processo contínuo, que não se 
 23 
esgota no momento inicial de elaborar a programação anual” 
(BLANCO, 2004, p. 296). 
 
 
É imprescindível que se adote políticas públicas pautadas em ações que 
sirva de diretriz, ou como norteio e referenciais para tornar viável a modificação 
das normas que diz que o aluno estude não apenas na escola regular como 
preferencialmente nas classes comuns, mas que tenha uma organização 
condizente com as necessidades de cada aluno, como por exemplo, 
profissionais educacionais especializados, espaço físico adequado, materiais 
didáticos pedagógicos especiais a cada deficiência além de pessoal técnicos e 
sociais capacitados. Uma vez que só um trabalho em equipe, especializado e 
com o envolvimento de todos é que a Educação Inclusiva será democrática e 
pautada no respeito às diversidades especiais. 
 
"Concluindo, poderíamos considerar que no conjunto tais evidências 
têm continuamente apontado para a ineficácia e incoerência do 
conjunto de princípios e propostas do poder público para a educação 
formal de indivíduos que apresentam necessidades educativas 
especiais, dado que a grande maioria dos alunos com necessidades 
educacionais especiais estão ainda em nosso país fora de qualquer 
tipo de escola. Alguns poucos estão inseridos em classes ou escolas 
especiais, ou se encontram ao acaso nas classes comuns das 
escolas públicas. Tal quadro indica muito mais uma exclusão escolar 
generalizada dos indivíduos com necessidades educacionais 
especiais na realidade brasileira, a despeito da recorrência no país da 
retórica da integração escolar e mais recentemente da educação 
inclusiva” (MENDES, 2001, p.12). 
 
Torna-se relevante destacar que os atendimentos educacionais 
deveriam ser oferecidos de modo centralizado, nas classes comuns. 
É de extrema necessidade que se busque mudanças além-adoção e da 
propagação de novas práticas docentes pautadas em vivências pedagógicas e 
experiências bem-sucedidas em nossas instituições escolares. 
 
“a teoria em si não transforma o mundo. Pode contribuir para sua 
transformação, mas para isto tem que sair de si mesma. Entre a 
teoria e a atividade prática transformadora se insere um trabalho de 
educação das consciências, de organização de meios materiais e 
planos concretos de ação: tudo isso como passagem indispensável 
para desenvolver ações reais e efetivas. Nesse sentido, uma teoria é 
prática na medida em que materializa, através de uma série de 
mediações, o que antes só existia idealmente, como conhecimento da 
realidade ou antecipação ideal de sua transformação" (VASQUEZ, 
1977, p.206-207). 
 
 24 
A Escola Inclusiva pede por alterações em sentido amplo com uma 
educação voltada à cidadania global de modo integral e pleno, onde todos 
tenham oportunidades de aprender e evoluir no processo de aprendizagem 
como globalmente. 
Em relação à pretensão da Educação Especial a mesma propõe incluir 
todos, portadores ou não de deficiência intelectual, física ou de qualquer outra 
natureza, independente de suas necessidades, em uma mesma modalidade 
educacional, mas na prática o que vivenciamos ainda é um processo 
fragmentado de cunho terapêutico e assistencialista com características 
conservadoras e pouco inovadora conforme rege as políticas públicas 
educacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
3. Práticas Docentes e Escolares que colaboram a Inclusão Intelectual no 
cotidiano Educacional 
 
Durante anos o modelo de sistema de ensino brasileiro este vinculado 
por uma rede educacional elitista, ou seja, as vias de acesso e permanência 
visavam os alunos da elite da sociedade onde a exclusão era imposta de 
maneira tão corriqueira e natural que a educação especial era realizada como 
que um “favor” as pessoas portadas de deficiências por intermédio de 
programas de ensino extra e não incluso na grade curricular de forma 
compensatória. Apesar de muitos avanços há permanência de uma 
discrepância entre o que diz a legislação e o que de fato ocorre na prática de 
sala de aluna no tocante a educação especial. 
É preciso que o conceito sala de recursos esteja no conhecimento de 
todos os professore que atuam em sala de aula. 
 
 
Salas de Recursos: serviço de natureza pedagógica, conduzido por 
professor especializado, que suplementa (no caso dos 
superdotados) e complementa (para os demais alunos) o 
atendimento educacional realizado em classes comuns [...]. Esse 
serviço realiza-se em escolas, em local dotado de equipamentos e 
recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais 
especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas 
próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser 
realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos que 
apresentem necessidades educacionais especiais semelhantes, em 
horário diferente daquele em que freqüentam a classe comum. [...]. 
(BRASIL, 2001, p.50). 
 
 
O que torna fundamental que educadores e profissionais da educação 
tenham capacitação e habilidades para a prática inclusiva em sua formação 
bem como em constantes cursos de formação continuada onde possam 
aprender a lidar com as diferentes situações do processo educativo, se 
tornando profissionais com o hábito de práticas reflexivas singulares e coletivas 
colaborando para a concretização de uma escola livre de preconceitos e que 
respeite as singularidades e a procura permanente por novos saberes, tanto 
dos docentes como dos discentes. 
 
 26 
A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de 
conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de 
reflexividade crítica sobre as práticas e de (re) construção 
permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante 
investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência [...]. 
Práticas de formação que tomem como referência as dimensões 
coletivas contribuem para a emancipação profissional e para a 
consolidação de uma profissão que é autônoma na produção dos 
seus saberes e dos seus valores (NÓVOA, 1995, p. 25). 
 
 
Ao analisar o contexto histórico da educação no Brasil são notórias 
práticas sociais segregadoras; bem como o conhecimento e acesso á 
escolarização não foram acessíveis á todos; e assim, a exclusão foi se 
concretizando e criando raízes em nossa sociedade; democrática na teoria e 
discriminadora na prática. 
 
As pessoas com necessidades educativas especiais devem ter 
acesso às escolas comuns que deverão integrá-las em uma 
pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a essas 
necessidades; Adotar com força de lei ou como política, o princípio da 
educação integrada que permita a matrícula de todas as crianças em 
escolas comuns (DECLARAÇÃO SALAMANCA, 2004, p. 10) 
 
 
Uma questão que precisa de maior atenção, mesmo que diante de 
grande avanço tecnológico e de plena globalização, são ações de caráter 
primordiais, mas significativas com poder de modificações e de políticas que 
contribuam a uma convivência social mais focada para a educação e à 
diversidade, com mais justiça e menos preconceito e assim uma sociedade 
mais solidária e humana. 
 
Abrir a Escola para todos não é uma escolha entre outras: é a própria 
vocação dessa instituição, uma exigência consubstancial de sua 
existência, plenamente coerente com seu princípio fundamental. Uma 
escola que exclui não é uma escola [...]. A Escola, propriamente, é 
uma instituição aberta a todas as crianças, uma instituição que tem a 
preocupação de não descartar ninguém, de fazer com que se 
compartilhem os saberes queela deve ensinar a todos. Sem 
nenhuma reserva (MEIRIEU, 2005, p. 44). 
 
A situação atual pede por mais escolas e instituições preparadas para 
lidar com as deficiências de maneira natural, pois advindas de problemas 
conceituais vivenciamos o preconceito e o desrespeito às diferenças; ao fazer 
interpretações abrem-se portas para tendências no que tange as leis que 
regem a educação e engrossam os preconceitos além de distorcer o real 
 27 
objetivo da educação especial e da inclusão escolar. O que estamos 
conhecendo a passos lentos quando o propósito é de fato uma sociedade 
inclusiva. 
 
O desafio que enfrentam as escolas integradoras é o de desenvolver 
uma pedagogia centralizada na criança, capaz de educar com 
sucesso todos os meninos e meninas, inclusive os com deficiências 
graves. O mérito dessas escolas não está só na capacidade de 
dispensar educação de qualidade a todas as crianças; com sua 
criação, dá-se um passo muito importante para tentar mudar atitudes 
de discriminação, criar comunidades que acolham a todos e 
sociedades integradoras. As escolas que se centralizam na criança 
representam a base para a construção de uma sociedade centrada 
nas pessoas, que respeite tanto a dignidade como as diferenças de 
todos os seres humanos (SALAMANCA, 2004, p. 18). 
 
Em decorrência de anos de abandono com nossa educação é que 
vivenciamos cicatrizes perversas em nosso contexto histórico. Pois a maneira 
como a rede de ensino e a estrutura das escolas enquanto instituições 
educadoras foram e ainda estão contribuindo para a reprodução da injustiça 
social e se não houver mudanças continuaremos favorecendo a existência da 
pobreza e da exclusão social e educacional. 
 
[...] [a] necessidade de atuação em favor de padrões satisfatórios de 
desempenho a serem alcançados, caracterizando-se como principais 
enfoques: melhorar a adequação de métodos; adotar procedimentos 
e instrumentos para identificação, diagnóstico e prescrição de 
atendimentos; aperfeiçoar currículos e programas; suprir material 
didático e escolar e equipamentos especializados; adequar 
instalações físicas e suprir de pessoal docente e técnico 
especializado o tratamento educacional de excepcionais (BRASIL, 
1977, p. 13). 
 
As pessoas com deficiências sofrem tanto com a situação de descaso 
social como operacional ao direito à educação livre da discriminação; incluindo 
a falta de capacitação de educadores, auxílio e parceria efetiva dos pais e 
familiares, negligências nas estruturas físicas e organizacionais, além do 
descanso de gestores e autoridades que acabam refletindo na atual 
circunstância de nossa rede de ensino. Diante do exposto, podemos assinalar 
que a educação inclusiva muitas vezes não é programada para atender os 
alunos que realmente necessitam; ao qual nota-se que a educação inclusiva se 
dá por intermédio apenas da inserção de crianças e jovens com deficiência no 
ensino regular; deixando muito a desejar em todos os aspectos: estruturação 
 28 
funcional, física e organizacional; desprezando os benefícios que a educação 
especial proporciona à educação dos discentes ao objetivar modificações na 
base e nas metas de organização didático pedagógico das instituições 
escolares bem como no modo de compreender sua concepção funcional e 
institucional na formação de todos; independente de suas habilidades ou 
deficiências. 
 
[...] deve se pautar no respeito e no convívio com as diferenças, 
preparando os educandos para uma sociedade mais justa e solidária, 
contrária a todos os tipos de discriminação [...] Os professores 
precisam tratar das relações entre os alunos. Formar crianças para o 
convívio com as diferenças (ZOÍA, 2006, p. 23). 
 
As pessoas com deficiência intelectual ou qualquer outro tipo de 
necessidade especial tem o direito não apenas de frequentar as instituições 
escolares, mas de terem a sua disposição práticas e princípios que 
caracterizam a prática da educação inclusiva tendo respeitado as diferenças e 
valorizado suas capacidades e habilidades. E mais do que se praticar no 
contexto escolar, a inclusão educacional precisa ser refletiva na esfera social, 
visando um sistema de cooperação e colaboração nas relações entre todos os 
envolvidos no processo escolar, educacional e social. Mesmo porque são 
vários os conflitos decorrentes das situações sociais globais e primordialmente 
no sistema educacional brasileiro. 
 
A Educação Básica deve ser inclusiva, no sentido de atender a uma 
política de integração dos alunos com necessidades educacionais 
especiais nas classes comuns dos sistemas de ensino. Isso exige 
que a formação dos professores das diferentes etapas da Educação 
Básica inclua conhecimentos relativos à educação desses alunos. 
(BRASIL, 2001, p. 25-26) 
 
O Plano Nacional de Educação (PNE) com validade prevista entre os 
anos de 2011 e 2020 foi elaborado para nortear a organização do sistema 
educacional brasileiro, contando com metas e propostas para a prática da 
inclusão além de estabelecer um novo papel na educação especial enquanto 
modalidade escolar que transcorre todos os níveis de escolarização do mesmo 
modo que acompanha e avalia como se dá o atendimento especializado 
educacional, colocando a disposição serviços e recursos específicos com 
profissionais capacitados para orientar os docentes em sua prática diária nas 
 29 
classes regulares de ensino. Segundo o PNE concebe como parte integrante 
da educação especial na óptica da inclusão escolar dos alunos com as mais 
variadas deficiências, tais como: física, visual, auditiva, intelectual e múltipla, 
além do transtorno global e das altas habilidades. 
 
Os educadores, os professores e os auxiliares de ação educativa 
necessitam de formação específica que lhes permita perceber 
minimamente as problemáticas que seus alunos apresentam, que tipo 
de estratégia devem ser consideradas para lhes dar resposta e que 
papel devem desempenhar as novas tecnologias nestes contextos 
(CORREIA, 2008, p. 28). 
 
Mesmo em tempos atuais, mas não evoluindo com as iniciativas que 
pretendem a adoção de medidas novas para a escolarização de todos os 
discentes, nas escolas de ensino regular, regredimos a cada dia e com isso, 
temos lançado nosso ponto de vista, tendo novos caminhos pedagógicos a 
serem alcançados se realmente queremos avançar na trajetória de nossas 
escolas. 
 
É importante, contudo, que a formação inicial dos professores trate 
com solidez dos aspectos gerais que permeiam a educação especial 
permitindo que estes, percebam na sua prática de docência as 
necessidades especiais de seus alunos, assim como compreendam a 
educação inclusiva a partir de um olhar inclusivo. Contribuindo, com 
isso, para uma prática que considere as contingências e as 
possibilidades de melhora no processo de ensino e aprendizagem 
dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais tendo em vista 
que este aspecto é a função principal da docência (PINHEIRO, 2010, 
p. 71). 
 
Levando em consideração a legislação educacional o ensino fundamental é 
obrigatório para todos. E de acordo com o Decreto nº 7.611/Presidência da 
República no tocante a Educação Especial, o Atendimento Educacional 
Especializado (AEE) rege que: 
 
Art. 2o A educação especial deve garantir os serviços de apoio 
especializado voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o 
processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
§ 2o O atendimento educacional especializado deve integrar a 
proposta pedagógica da escola; envolver a participação da família 
para garantir pleno acesso e participação dos estudantes; atender às 
necessidades específicas das pessoas público-alvoda educação 
especial; e ser realizado em articulação com as demais políticas 
públicas. 
Art. 3o São objetivos do atendimento educacional especializado: 
 30 
I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no 
ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo 
com as necessidades individuais dos estudantes; 
II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no 
ensino regular; 
III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos 
que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e 
IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais 
níveis, etapas e modalidades de ensino (BRASIL, 2011). 
 
 
A educação básica tem sido analisada para que se melhor compreenda 
o grau de tanta dificuldade e perplexidade diante da inclusão. O aluno com 
deficiência é inserido especialmente, sendo organizado por séries escolares, o 
currículo é desenvolvido por disciplinas e o seu conteúdo é organizado pelas 
coordenações pedagógicas. Assim como a educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio faz parte do ensino básico. Neste contexto, os 
discentes com necessidades educacionais especiais estão adicionados ao 
extenso número de excluídos do propósito principal da educação, que visa a 
promoção de circunstâncias capazes de modificar, de engajar o indivíduo para 
uma vida positiva, ativa, saudável e produtiva. Enfim, para exercer seu direito 
de cidadão. 
 
[...] considerar os educadores e as educadoras nos seus contextos de 
sujeitos socioculturais, que trazem em suas trajetórias marcas e 
características próprias – particularidades que estarão presentes 
numa determinada forma de olhar o mundo, de se permitir analisar as 
lógicas da realidade e, claro, de conceber a educação. (DINIZ; 
RAHME, 2004, p. 130). 
 
 
O conceito de cidadão significa ter acesso pleno aos direitos individuais, 
políticos, sociais e econômicos, permitindo uma vida digna ao indivíduo. Há, 
portanto, uma estreita relação entre cidadania e direitos humanos. Vale 
ressaltar aqui que a educação especial tem os mesmos objetivos gerais da 
educação regular, uma vez que ambos os processos educacionais devem 
propiciar ao educando, a formação integral necessária para o desenvolvimento 
de suas potencialidades, auto realização, qualificação para o trabalho e 
preparo para uma vida digna. 
Quanto a Educação Especial e no que se refere à Inclusão Intelectual é 
de suma importância os saberes necessários à formação docente para a 
efetivação do processo de inclusão. 
 31 
 
[...] a proposta da inclusão é muito mais abrangente e significativa do 
que o simples fazer parte (de qualquer aluno), sem assegurar e 
garantir sua ativa participação em todas as atividades dos processos 
de ensino-aprendizagem, principalmente em sala de aula 
(CARVALHO, 2006, p. 110). 
 
 
E ao realizar um paralelo aos discentes com deficiência, nota-se a 
necessidade emergencial de uma educação inclusiva, mas desprendida de 
ações de segregação e sim focada não apenas em conhecimentos científicos 
ou conteúdos da grade curricular, mas a educação com ensinamentos para a 
vida que seja capaz de tornar todos emancipados. 
 
Evidentemente não a assim chamada modelagem de pessoas, 
porque não temos o direito de modelar pessoas a partir do seu 
exterior; mas também não a mera transmissão de conhecimentos, 
cuja característica de coisa morta já foi mais do que destacada, mas 
a produção de uma consciência verdadeira. Isto seria inclusive da 
maior importância política; sua ideia, se permitido dizer assim, é uma 
exigência política. Isto é: uma democracia com o dever de não 
apenas funcionar, mas operar conforme seu conceito demanda 
pessoas emancipadas. Uma democracia efetiva só pode ser 
imaginada enquanto uma sociedade de quem é emancipado 
(ADORNO, 2000, p. 141-142). 
 
Quanto à significação dos termos, integração, educação inclusiva, 
inclusão e inclusão total, os mesmos possuem na literatura consenso e 
divergência, como podemos constatar na própria Declaração de Salamanca 
(2004) tais ambiguidades. Assim, o problema da terminologia na literatura que 
discute a integração ou inclusão, deve ser encarado como o desafio de 
implementar uma proposta de educação inclusiva diante das reais situações da 
educação no Brasil. 
 
A capacitação de professores especializados deverá ser reexaminada 
com vistas a lhes permitir o trabalho em diferentes contextos e o 
desempenho de um papel-chave nos programas relativos às 
necessidades educativas especiais. Seu núcleo comum deve ser um 
método geral que abranja todos os tipos de deficiências, antes de se 
especializar em uma ou várias categorias particulares de deficiência 
(SALAMANCA, 2004, p. 38). 
 
 Outro pilar relevante é a atuação do professor em sala de aula, bem 
como sua formação e conduta diante de alunos com deficiência intelectual e 
demais deficiências; sempre se colocando a favor de seu desenvolvimento e 
 32 
respeitando seu ritmo de aprendizagem além de suas necessidades 
particulares não serem vistas como empecilhos e sim diferentes maneiras de 
se aprender. 
A formação dos professores deve abranger o desenvolvimento de sua 
sensibilidade para que possam refletir sobre a própria prática docente 
e, assim, planejar de maneira flexível, articulando o ensino às 
demandas de aprendizagem dos alunos, considerando diversas 
possibilidades de educacionais (COSTA, 2010, p.531). 
 
Segundo Carvalho (2005) os alunos com ou sem deficiência, ou melhor, 
com dificuldades ou altas habilidades precisam ter as mesmas oportunidades 
de evolução nos quatros pilares do processo ensino aprendizagem, ou ainda, 
ter garantido o direito de aprender a: aprender, a fazer, a ser e a conviver. E de 
acordo com os dizeres de Crochik (2011): 
 
Na atual educação formal, é nítido o incentivo para o 
desenvolvimento das competências, das habilidades, do ‘aprender a 
aprender’ o que é julgado importante. Essa tendência que 
aparentemente é democrática, por defender alunos autônomos, que 
possam buscar sozinhos o conhecimento nos diversos recursos 
existentes, entre eles e na internet, por preparar indivíduos que 
possam atuar de forma competente em suas vidas profissionais, 
auxilia na produção de sujeitos sem subjetividade. As competências e 
as habilidades não são neutras, dependem do que a sociedade 
necessita e, assim, dever-se-ia pensar a quem beneficiam em seu 
desenvolvimento. Certamente, como foi dito, são importantes para o 
indivíduo, mas para sua conformação à vida isenta de vida. A 
substituição do professor pelas máquinas, pelos métodos, incorre na 
mesma crítica feita anteriormente ao Positivismo, posto que dirigem 
os homens à mera adaptação (CROCHIK, 2011, p. 30). 
 
O que realmente se faz necessário é uma proposta de Educação 
Inclusiva que seja ao mesmo tempo racional, responsável e inclusiva em todos 
os níveis da gestão e da sala de aula. 
 
[...] não se trata de formar um professor centrado na discussão dessa 
temática com bases na disfunção, ou nas causas orgânicas da 
deficiência, mas, sobretudo, essa formação precisa abordar as 
discussões sobre a diferença, sobre o OUTRO, sobre as diferentes 
formas de se tornar humano e aprender no mundo (SILVA; 
RODRIGUES, 2011, p. 64). 
 
Mesmo porque a diversidade vem se firmando como algo natural e a 
sociedade necessita conscientizar-se para que cada pessoa, com sua 
singularidade, possa usufruir do bem coletivo. Nessas condições aumentam os 
 33 
movimentos em busca de autodefesa e de direitos humanos, tornando a 
discussão em torno de um novo conceito, chamado inclusão. Contudo, todos 
os profissionais que atuam na esfera educacional necessitam além de 
formação, capacitação e habilidadepara a promoção da Inclusão, saber 
enfrentar os desafios e paradigmas que caracterizam a atualidade do ensino no 
Brasil, encontrando novas soluções para antigos desafios referentes a Inclusão 
Intelectual e todas as demais necessidades especiais que os alunos enquanto 
ser humano se diferencia um do outro exatamente por suas singularidades; que 
precisam ser valorizadas e enfrentadas como elementos que enriquece nossa 
sociedade e não motivo de preconceito ou discriminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.1 Análise dos Dados 
 
 Diante de várias leituras para a elaboração do trabalho, pode ser 
destacado os dez fascículos com informações importantes sobre a inclusão. 
Para entendermos a sua intenção foi explanado em cada um deles uma 
passagem contida no texto para introduzir o assunto. 
 No fascículo 01 é apresentado A escolas comum inclusiva. O texto traz 
contribuições para o entendimento da escola e de sua articulação com a 
educação especial e seus serviços, especialmente o Atendimento Educacional 
Especializado - AEE. Sua intenção é esclarecer o leitor sobre a possibilidade 
de fazer da sala de aula comum um espaço de todos os alunos, sem exceções. 
Ele vai tratar da interface entre o direito de todos à educação e o direito à 
diferença, ou seja, da linha tênue traçada entre ambos e de como esse direito 
vai perpassando todas as transformações que a escola precisa fazer para se 
tornar um ambiente educacional inclusivo. 
 O fascículo 02 traz O atendimento educacional especializado para 
alunos com deficiência intelectual. A segunda parte aborda as bases 
conceituais relativas ao funcionamento cognitivo dos alunos que apresentam 
deficiência intelectual. Trata das principais características do desenvolvimento 
e da aprendizagem desses alunos, discutindo, inclusive, a definição da 
deficiência intelectual e sua implicação nas ações pedagógicas voltadas para o 
aluno que apresenta esse tipo de deficiência. 
 No fascículo 03 é abordado Os Alunos com Deficiência Visual: Baixa 
Visão e Cegueira. O fascículo foi elaborado com a intenção de colaborar com 
professores do ensino regular e de AEE e com outros interessados em 
conhecer, descobrir e promover o pleno desenvolvimento das potencialidades 
de pessoas com deficiência visual no contexto educacional. 
 Já no fascículo 04 trás uma Abordagem Bilíngue na Escolarização de 
Pessoas com Surdez uma proposta capaz de gerar novos ambientes de 
aprendizagem, em que o AEE na modalidade complementar ou suplementar a 
classe comum, tece o ensino mediante uma teoria que leva em conta o 
conhecimento produzido pelos sujeitos e se estabelece em forma de conexões. 
 35 
 No fascículo 05 temos a Surdocegueira e Deficiência Múltipla. Nesse 
texto é tratado as necessidades específicas dos alunos na escola. É 
apresentado ainda os recursos para a aprendizagem dessas pessoas no quarto 
capítulo. No capítulo final, é relatado os progressos de uma criança surdo cega 
incluída em uma escola comum. 
 No fascículo 06 Recursos Pedagógicos Acessíveis e Comunicação 
Aumentativa e Alternativa. O Texto procurou demonstrar que a parceria entre 
professor da classe comum, do atendimento educacional especializado e a 
família do aluno contribui para que os recursos cumpram a sua função: eliminar 
barreiras que impeçam qualquer aluno, em qualquer ambiente e em todas as 
atividades propostas pela escola, de participar, nas melhores condições 
possíveis, de todas as atividades da escola comum. 
 No fascículo 07 Orientação e Mobilidade, Adequação Postural e 
Acessibilidade Espacial. Serão aprofundados temas referentes à acessibilidade 
nos prédios escolares, tais como legislação, parcerias, monitoramento e ou trás 
questões relativas ao tema. 
 No fascículo 08 Livro Acessível e Informática Acessível. Recursos de 
informática podem ser utilizados como alternativas a instrumentos usados no 
cotidiano escolar (ex: livro, caderno, lápis, agenda, mural, dentre outros) e ter 
seu acesso facilitado pela configuração de hardware e de software, além de 
recursos de Tecnologia Assistiva. 
 No fascículo 09 Transtornos Globais do Desenvolvimento. O texto em 
questão contribui com os professores da educação básica, que atuam na sala 
de aula comum e no Atendimento Educacional Especializado - AEE, quando 
estiverem diante da oportunidade de atuar junto ao aluno com Transtorno 
Global do Desenvolvimento. 
 No último fascículo é apresentado Altas Habilidades/Superdotação 
introduz e relaciona conceitos que propiciam aos professores refletir sobre os 
alunos com altas habilidades/superdotação a luz da Política Nacional de 
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Reitera a 
necessidade de uma prática escolar heterogênea, que simultaneamente 
respeite as diferenças de aprendizagem individuais e promova oportunidades 
diversificadas, por meio do entrelace entre a educação comum e a educação 
especial. 
 36 
 Como se vê a leitura dos fascículos apresentados anteriormente pode 
melhorar a concepção do professor bem como toda a equipe escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante de uma análise do contexto histórico da educação brasileira, são 
perceptíveis as iniciativas e ações em prol da inclusão escolar e social de 
alunos e pessoas com necessidades especiais em nosso país. Porém até o 
inicio desde século (XXI) nosso sistema educacional ofertava dois tipos de 
atendimento: a escola com ensino regular e a escola com ensino especial; 
todavia, o aluno optava por frequentar apenas uma das duas modalidades. Foi 
só na última década que houve modificação com a proposta do ensino inclusivo 
com apenas um tipo de ensino. Ou melhor, foi adotado nas escolas o ensino 
regular que atende a todos os alunos; sendo acolhidos os alunos com 
necessidades especiais ou qualquer tipo de deficiência com utilização de 
recursos e metodologias adequadas além da atenção àqueles alunos que 
demonstram dificuldades no processo de aprendizagem. 
Vale enfatizar que a Educação Inclusiva abrange a Educação Especial 
no contexto da escola regular; transformando a instituição escolar em um local 
e direito de todos, objetivando o convívio com respeito à diversidade já que 
leva em consideração que todos os discentes apresentam algum tipo de 
habilidade diferente dos demais, cada um com suas características próprias. 
Onde se faz necessário compreender que a Educação Inclusiva tem como 
pretensão educar todos os alunos em um mesmo ambiente escolar, mas este 
estilo de ensino não quer dizer ocultar ou não considerar as deficiências e 
dificuldades dos discentes; mas sim por intermédio da inclusão aceitar as 
diferenças como singularidades e sinônimo de uma boa convivência para a 
diversidade. 
Educar para a diversidade e em prol de uma Educação Especial 
Inclusiva sugere um projeto educacional democrático e não homogeneizado 
como pode ser observado nas escolas e nas várias situações de exclusão. 
A falta de formação e informação por profissionais competentes, de 
estruturação e também de queixas das escolas com fundamentos possíveis 
ocorre em muitos casos onde há discentes considerados indivíduos com 
deficiência; e assim colocados de forma indevida aos serviços da educação 
 38 
especial. Indevidamente também sofrem discriminação em programas que 
fazem o papel de compensação de ensino. 
Um dos grandes desafios da atualidade no que se refere aos sistemas 
de ensino (estaduais e municipais) é que cada esfera assuma sua parcelarelevante dos discentes que frequentam as organizações escolares bem como 
aqueles que não têm acesso ao serviço de ensino; havendo assim necessidade 
emergencial de se colocar em prática o que diz nas leis que regem a educação 
brasileira e se faça concretizar a construção de escolas efetivamente mais 
inclusivas e com consequência teremos uma sociedade mais democrática, 
mais justa e embasada no respeito à diversidade. Vale lembrar que apenas 
uma pequena porcentagem dos alunos e adolescentes com necessidades 
educacionais especiais e enfatizadas neste trabalho as pessoas com 
deficiência intelectual têm acesso a um ensino de qualidade e que estão 
suprindo suas necessidades singulares especiais para que de fato ocorra uma 
educação especial, inclusiva e emancipatória. 
A diversidade precisa ser aceita e respeitada como elementos 
enriquecidos da variedade, considerando as experiências sociais e globais que 
contribuem a ampliação do modo como encaramos as situações e o ângulo 
que cada pessoa tem do mundo, sendo capaz de promover o desenvolvimento 
de novas oportunidades e do convívio social. É fundamental a reflexão ampla e 
complexa da concepção e da significação do processo da educação inclusiva 
assim como é relevante considerar a diversidade dos alunos e seu direito à 
igualdade de oportunidades, independente das deficiências, mas garantindo a 
todos o direito de aprender e evoluir no processo de aprendizagem. 
A Educação Especial Inclusiva, mais do que um direito é uma proposta 
democrática e perspicaz ás exigências da contemporaneidade. Além de 
incentivar e promover uma educação com ensino que não vise a 
homogeneidade, mas que contemple o favorecimento do desenvolvimento de 
competências e habilidade de todos os alunos. Uma vez que, na prática, o que 
deveríamos presenciar é a sala de aula como reflexo de toda diversidade dos 
seres humanos e não tentando padronizar como ocorre na maioria das vezes. 
Ao se objetivar a contemplação da Educação Especial com a 
caracterização da Educação Inclusiva criam-se expectativas, conflitos e 
 39 
tensões, porém há a prática e o estímulo das habilidades sociais, morais o que 
favorecem a convívio democrático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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