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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ARIANE SABINA JENSENN O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO MOTOR Ponta Grossa - PR Dezembro 2016 � ARIANE SABINA JENSENN O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO MOTOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito obrigatório da disciplina de “Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso” no Departamento de Educação Física, Universidade Estadual de Ponta Grossa, nível Licenciatura em Educação Física. Orientador: Prof. Dr. Leandro Vargas Ponta Grossa - PR Novembro 2016 � ARIANE SABINA JENSENN O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO MOTOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito obrigatório da disciplina de “Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso” no Departamento de Educação Física, Universidade Estadual de Ponta Grossa, nível Licenciatura em Educação Física. PONTA GROSSA,_____ de____________________de______. __________________________________ Prof. Dr. Leandro Martinez Vargas _________________________________ Profa. Ma. Fabiane Distefano __________________________________ Prof. Ricardo Domingues Ribas � Agradecimentos Não posso deixar de agradecer primeiramente a Deus pela oportunidade de realizar um sonho para o qual eu me dediquei durante esses quatro anos. Obrigado por me dar saúde e competência para realizar tudo a que me foi proposto durante minha vida acadêmica. Agradeço minha mãe Vitória Jensen Safieddine,que me criou em meio aos ensinamentos de Deus, me ensinando o melhor caminho, dando conselhos e incentivos que contribuíram para que eu conseguisse chegar até aqui. Agradeço minha filha Ana Clara, por sua paciência e entendimento durante esse tempo, e pelo amor que me fortalece a cada dia me dando coragem de conquistar todos meus objetivos. Aos meus chefes Regina Celi Hass Turra, Levilson Turra e Luciana Turra Kindl, por sempre me apoiarem e permitirem usar parte do meu tempo no trabalho para estudar e realizar atividades que a vida acadêmica exigiu. Não posso deixar também de agradecer aos meus amigos de curso que estiveram comigo em todos esses anos. Foram amizades construídas com base em muita alegria e companheirismo as quais levarei comigo para o resto da vida. Agradeço ao meu orientador Prof. Dr.Leandro Martinez Vargas pelo tempo dedicado, pelas sugestões e orientações que contribuíram para realização desse estudo. Agradeço também ao Colégio Realeza o qual permitiu a aplicação do teste, e a todas as crianças que participaram dessa pesquisa. Agradeço a todos os professores do curso que dividiram comigo seus conhecimentos os quais irão cooperar para minha vida profissional. E, por fim, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para que eu concluísse com sucesso essa etapa tão importante em minha carreira profissional. � Resumo O desenvolvimento motor é um processo orgânico/ambiental responsável pelo aprimoramento das habilidades motoras e ocorre a partir no nascimento até a fase adulta. A terceira fase do desenvolvimento motor, que ocorre a partir dos dois anos de idade e se estende até os sete - segundo a teoria das fases e estágios de Gallahue - são das habilidades motoras fundamentais e essas são desenvolvidas somente por meio de estímulos motores advindos dos diversos ambientes que a criança está inserida. Considerando que o esporte é uma das práticas favoritas das crianças em idade escolar, a presente pesquisa teve como objetivo analisar o desenvolvimento motor de crianças que praticam atividades físicas no contra turno escolar, em relação a aquelas que realizam apenas nas aulas de Educação Física (EF) em sua rotina semanal. As crianças investigadas possuem faixa etária de 9 a 10 anos e estudam em uma escola da rede particular de ensino da cidade de Palmeira-PR. A seleção dos grupos ocorreu por meio da aplicação de um questionário com quatro questões com o objetivo de identificar o tempo, a frequência e o tipo de modalidade que pratica fora do período escolar, ou não. A avaliação das habilidades motoras foi realizada por meio do Teste de Desenvolvimento Motor Grosso (TGMD-2).Os resultados revelaram que houve uma pequena diferença entre os grupos comparados, mas ambos mostraram um nível motor abaixo do esperado.Conclui-se então que, quando participam de um programa de intervenção seu desenvolvimento motor pode ser aprimorado de acordo com as atividades praticadas. Palavras-chave: Desenvolvimento motor, Educação Física, Habilidades motoras fundamentais. � Astract Motor development is an organic/environmental process responsible for the improvement of motor skillsand it happens from birth up to adult age. The third phase of motor development, which occurs from the age of two and continues up to the age of seven – according to the theory of phases and stages by Gallahue – comprises the fundamental movement skills, and these are only developed through motor stimuli that come from the environment in which the child is inserted. Considering that sports are one of the favorite practices among children in school age, this paper aims at analyzing the motor development of children who practice physical activities after school times, contrasted with those who practice only during Physical Education (PE) classes in a weekly basis. The children who participated in this research are aged between 9 and 10 and they attend to a school of the private education system in the town of Palmeira-PR. The selection of the groups was done by means of applying a questionnaire consisting of four questions with the intent to identify time, frequency, and the type of modality practiced both in school and after school times. The evaluation of the motor abilities was performed using the Test of Gross Motor Development (TGMD). The results showed that there was a small difference between the compared groups, but both exhibited a motor level below what was expected. Thus, it is concluded that when they take part in an intervention program their motor development can be improved according to the activities performed. Key-words: Motor Development, Physical Education, Fundamental movement skills � Sumário 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 9 2.1 O desenvolvimento motor: A fase das habilidades motoras fundamentais .......... 9 2.2 A transição entre as habilidades motoras fundamentais e especializadas ......... 12 3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 14 3.1 População ........................................................................................................... 14 3.2 Métodos ............................................................................................................... 14 3.3 Instrumento ......................................................................................................... 14 3.4 Procedimentos de coleta e análise ...................................................................... 15 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 16 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 21 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 22 ANEXOS ................................................................................................................... 24 ANEXOS A: Autorização dos pais ............................................................................. 25 ANEXOS B: Termo de consentimento livre e esclarecido (t.c.l.e) pesquisas com seres humanos ......................................................................................................... 26 ANEXOS C: Programa EASY TGMD-2 ..................................................................... 27 APÊNDICE ................................................................................................................ 30 APÊNDICE A: Declaração de compromisso de ética ................................................ 31 � 1.INTRODUÇÂO Entende-se por desenvolvimento motor as mudanças progressivas que ocorrem no comportamento motor de uma pessoa, desencadeado pela interação da tarefa de movimento com a biologia do indivíduo e as condições do ambiente de aprendizado. Em outras palavras, a hereditariedade em conjunto com condições ambientais específicas combina-se aos requerimentos da tarefa de movimento em si para determinar a média e a extensão de aquisição de habilidades motoras de uma pessoa e a melhoria de condição física (GALLAHUE; DONNELY, 2008). Desta forma, a prática de exercícios físicos de forma sistematizada e/ou orientada nos primeiros anos de vida tem papel fundamental no processo de desenvolvimento motor, pois, sobretudo em relação as habilidades motoras fundamentais, a capacidade de desempenhar cada vez melhor determinadas tarefas só é possível por meio da aprendizagem em função da prática (MAGILL, 1989 apud PELLEGRINI, 2000). Para Gallahue e Ozmun(2005), a oportunidade da prática, o encorajamento, o ensino de qualidade e o contexto ecológico do ambiente são fatores que influenciam diretamente na etapa de desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais, que em média devem ter seu aprendizado consolidado até os sete anos de idade, segundo a teoria das fases e estágios do desenvolvimento motor. Logo, a literatura aponta que crianças que têm a oportunidade de vivenciar diversas práticas de forma sistematizada e/ou orientada, como o esporte, tendem a apresentar melhores níveis de desenvolvimento motor. Baseando-se nesses fatos e na teoria das fases e estágios do desenvolvimento motor de Gallahue (2001), é possível considerar que no momento em que o aprendizado das habilidades motoras fundamentais se inicia as aulas regulares de EF e a prática de outras atividades orientadas, como as realizadas no contra turno, podem ser um dos principais meios de garantir um ambiente que favoreça o desenvolvimento motor. No entanto, considerando que no Brasil o sistema educacional que compreende a faixa-etária correspondente a fase das habilidades motoras fundamentais é de responsabilidade dos municípios, e vários deles não prevê aulas de educação física nas fases iniciais – Educação Infantil -, ou, quando prevê, � direciona essa responsabilidade para professores não licenciados em EF. Logo, questiona-se se a escola será capaz de promover desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais em crianças entre 3 a 7 anos de idade e, se não, qual é a influência que as atividades práticas de modalidades esportivas realizadas em contra turno, ou outras manifestações corporais de forma sistematizada, como dança, lutas e ginástica, no desenvolvimento motor? Com frequência, os estudiosos da área do comportamento motor têm realizado pesquisas para melhor entender as condições e intervenções ideais capazes de promover o bom desenvolvimento das habilidades motoras, com o intuito de propor estratégias mais precisas na intervenção do processo de desenvolvimento, principalmente na infância (SILVA; FERREIRA, 2001 apud BRAGA et al., 2009). Esses estudos também procuram ajudar os profissionais da área da EF a compreender como a disciplina oferecida na escola, por meio da prática dos próprios conteúdos estruturantes, pode contribuir para o desenvolvimento motor e que o professor desempenhe suas aulas da maneira mais adequada,permitindo que a disciplina atinja um dos seus principais objetivos para com o aluno que é o desenvolvimento de habilidades motoras, que os condicionem a praticar diversos tipos de manifestações da cultura corporal (YSAYAMA; GALLARDO, 1998). Payne e Isaac (1987 apud YSAYAMA; GALLARD, 1998) observaram, por meio de estudos que exploram as causas das mudanças nas habilidades motoras, que é possível se ter um melhor entendimento do desenvolvimento motor auxiliando os profissionais da área a aperfeiçoar e melhorar o desempenho de seus alunos, detectando as razões do subdesenvolvimento daqueles que apresentam desempenho inferior aos seus pares. Face ao exposto, o objetivo do presente estudo foi analisar o nível de desenvolvimento motor de crianças entre 9 e 10 anos de idade que praticam ou não exercícios físicos sistematizados e/ou orientados no contraturno escolar.Para alcançar o referido objetivo geral, indica-se, como objetivos específicos: a) avaliar as habilidades motoras fundamentais de crianças entre 9 e 10 anos; b) comparar o desempenho motor do grupo crianças que praticam atividades em contra turno em relação às crianças que apenas realizam as aulas regulares de EF; c) Identificar se fatores como tempo, frequência e modalidade praticada podem influenciar nos níveis de desenvolvimento motor entre os grupos investigados. � 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. O desenvolvimento motor: A fase das habilidades motoras fundamentais Segundo Gallahue e Ozmun (2005), entende-se por desenvolvimento motor o processo de desenvolvimento das habilidades de movimento corporal gerado pelas alterações progressivas do comportamento motor que ocorrem ao longo da vida, sobretudo, a partir das habilidades motoras fundamentais, pela interação entre a qualidade da tarefa realizada, a biologia do indivíduo e as condições ambientais. Segundo a Teoria das Fases e Estágios do Desenvolvimento Motor de Gallahue (2001), o ciclo do desenvolvimento motor de todo indivíduo pode ser divido em quatro fases. A primeira fase é dos movimentos reflexivos – 0 a 1 ano de idade -, marcada pelos primeiros movimentos do recém-nascido. Esses movimentos são realizados de forma instintiva, como forma de sobrevivência, pois são movimentos objetivam a execução de tarefas como comer, agarrar, levar até a boca, rastejar, etc. A segunda fase é a dos movimentos rudimentares – 1 a 2 anos de idade-, que são os movimentos básico de locomoção, controle de objetos e estabilidade. É nessa fase que a criança começa a engatinhar, se sustentar em pé, andar, arremessar, chutar, etc.São chamadas de rudimentares pois o padrão de execução motora é grosseiro, descoordenado, ineficiente e marcado por vários erros. Uma característica importante dessas duas primeiras fases é que o desenvolvimento das habilidades que as compõem independem dos estímulos ambientais, pois são habilidades filogenéticas do ser humano, que fazem parte do processo natural de evolução nos primeiros anos de vida. A terceira fase é das habilidades motoras fundamentais. Seu processo evolutivo se inicia aos 2 anos de idade e se estende aos 7 anos. Seu desenvolvimento, diferentemente das fases anteriores,é dependente da tríade indivíduo, tarefa e ambiente. Sem a plena interação desses três fatores essa fase pode apresentar sérios défices. É composta pelas habilidades de equilíbrio,locomoção (ex: correr, saltar, galopar)e manipulação de objetos (ex: arremessar, agarrar, chutar e rebater), que tiveram um desenvolvimento rudimentar anterior, e agora recebem o tratamento adequado para serem executas de forma eficiente e coordenada. O desenvolvimento multilateral das habilidades motoras � fundamentais serão a base para a aquisição dos movimentos especializados, como os esportivos (GALLAHUE; OZMUN,2005). Em resumo, de acordo com Gallahue e Ozmun (2001), as habilidades motoras fundamentais podem ser divididas em três categorias: i. Habilidades locomotoras: responsáveis pelo movimento do corpo em relação a um ponto fixo. Ex: correr, saltar. ii. Habilidades manipulativas: são tarefas de manipulação motora responsáveis por arremessar (manipulativa grossa), receber, costurar, cortar (manipulativa fina). iii. Habilidades Estabilizadoras ou de Equilíbrio: a criança na tentativa de realizar determinada tarefa é envolvida em constantes esforços contra a força da gravidade na tentativa de manter a postura vertical. Ex: girar braços e tronco, flexionar tronco entre outros. Considerando que a evolução das habilidades dessa fase é dependente do ambiente e tarefa, recomenda-se que seja nessa fase que o profissional de EF seja inserido na vida da criança. Aulas de EF a partir dos 2 e 3 anos de idade serão capazes de explorar e melhorar o processo evolutivo do desenvolvimento motor, desde que seja realizado um trabalho que, valorizando os aspectos lúdicos inerentes da infância, proponha a prática de atividades sistemáticas, as quais possuem uma grande possibilidade de intervenção (YSAYAMA;GALLARDO,1998). Para Gallahue (2008), o desenvolvimento motor promove uma mudança nas capacidades funcionais de um indivíduo. Segundo ele, existem alguns fatores que irão afetar o desenvolvimento motor na infância, são eles: 1. Hereditariedade 2. Fatores ambientais 3. Fatores internos da tarefa motora Dentro desse processo de evolução progressiva,deve-se considerar o desenvolvimento natural de cada indivíduo levando em consideração desde suas habilidades simples até atividades mais específicas e direcionadas para o melhoramento de suas capacidades. As aquisições de habilidades motoras, tanto fundamentais quanto especializadas, são de suma importância para os indivíduos, pois quando fracassadas geralmente causam frustrações durante adolescência e � fase adulta. Isso não significa que as pessoas que não desenvolveram suas habilidades motoras durante a infância não podem desenvolvê-las mais tarde, isso pode acontecer, porém, com mais dificuldade, pois o tempo que o adulto destina para a prática de atividades motoras é muito menor do que de uma criança, seja de forma sistematizada, seja de forma espontânea. Portanto, segundo Gallahue (2008) a infância é o período ideal para o desenvolvimento das habilidades motoras. Uma criança que apresenta dificuldade motora na fase das habilidades fundamentais, possivelmente apresentará dificuldades na prática de tarefas mais específicas, como por exemplo, as esportivas, mas também na execução de tarefas funcionais realizadas no o dia a dia (MANOEL, 1994 apud YSAYAMA; GALLARDO 1998). Ainda sobre as habilidades motoras fundamentais, Gallahue e Ozmun (2001) inferem que existem três estágios distintos durante seu desenvolvimento, sendo eles: i. Estágio Inicial: de 2 a 3 anos, representa a primeira metade orientada da criança na tentativa de executar um padrão de movimento fundamental. As integrações dos movimentos espaciais e temporais são mínimas. A criança atinge este nível por volta de dois a três anos de idade ii. Estágio Elementar: de 4 a 5 anos, envolve maior controle e melhor coordenação dos movimentos fundamentais. Evidencia-se por volta dos quatro a cinco anos de idade, dependendo do processo de maturação. iii. Estágio Maduro: de 6 a 7 anos, é caracterizado como mecanicamente eficiente coordenado e de execução controlada. Tipicamente as crianças têm potencial de desenvolvimento para estar no estágio maduro. Quando acriança é apresentada a um programa de instrução de qualidade, dando a ela a oportunidade de vivenciar e praticar diversos tipos de habilidades de forma sistematizada e integrada, afirma-se que ela recebeu uma boa base motora. Essa base motora de qualidade e diversificada refletirá diretamente no seu futuro, pois terá condições de realizar com bom nível de desempenho as atividade e tarefas inerentes do cotidiano. Cabe ressaltar, ainda, a importância de se respeitar as fases de aquisição das habilidades motoras, atendendo para que esse processo de � aquisição não esteja nem quem e nem além do nível de aprendizagem motor e cognitivo da criança. Gallahue e Ozmun (2001) ressaltam que o domínio das habilidades motoras fundamentais é extremamente importante para o desenvolvimento motor, é a partir das suas experiências motoras que a criança pode demonstrar e perceber sua visão de si mesma e o mundo que a cerca. A infância é o momento ideal para estimular o desenvolvimento motor, pois nessa fase da vida é mais fácil e propício a aprendizagem de novas formas de movimento e conhecimento. Tal facilidade é justificada, entre outros motivos, pelo tempo que a criança despende praticando atividades motoras, sejam elas de forma sistematizada, quando há a orientação de um profissional da área do comportamento motor, ou de forma espontânea, através dos jogos e brincadeiras inerentes do mundo infantil. Segundo Dantas (2015), outro fator que contribui para a aquisição de habilidades motoras é que durante a infância o sistema nervoso central (SNC) ainda está em desenvolvimento. O SNC é responsável por armazenar, no neocórtex, sob a forma de engrama, o padrão de ligação nervosa que determina cada movimento. Como o SNC está em processo de desenvolvimento é mais fácil modificar esse padrão de ligação nervosa, gerando o aperfeiçoamento e reforçamento do movimento, através da melhora na transmissão do impulso nervoso. 2.2 A transição entre as habilidades motoras fundamentais e especializadas Segundo Clark (1994) as habilidades motoras fundamentais estão presentes em uma ampla variedade de esportes, de jogos e outras atividades motoras da vida diária. Nos esportes, por exemplo, um jogador pode realizar diversos tipos de habilidades, como correr, saltar, arremessar, driblar, mudar de direção, etc. Logo, somente com um bom nível de desenvolvimento dessas habilidades será possível à criança ou jovem praticar, de forma sistemática e lúdica, os mais diversos tipos de esportes e outros exercícios físicos. Após a aquisição das de um conjunto de habilidade motoras fundamentais, a criança estará apta a desenvolver habilidades motoras especializadas,que são os padrões motores fundamentais mais aprimorados ou realização de habilidades fundamentais em série ou de forma contínua. A prática em série subentendesse realizar várias habilidades fundamentais em série, com precisão, coordenação, � velocidade e dentro de um contexto específico, como um jogo (GALLAHUE; OZMUN, 2005). Portanto, nessa fase o padrão básico continua inalterado, ocorrendo apenas uma melhora na execução da habilidade (precisão, exatidão e controle). Por isso a fase da habilidade motora fundamental se torna tão importante, ou seja, quanto mais a criança desenvolver as habilidades fundamentais mais será capaz de desenvolver as habilidades especializadas. Gallahue e Ozmun (2005, p. 370), destaca a relação entre a aquisição das habilidades motoras especializadas e nível de desenvolvimento da fase anterior: O progresso através dos estágios pertinentes à fase de habilidades motoras especializadas depende da fundamentação de padrões motores previamente estabelecidos durante a fase motora fundamental (GALLAHUE;OZMUN,2005, p. 370). Segundo Gallahue e Ozmun (2005), quando respeitadas as idades propícias para a aquisição e desenvolvimento das habilidades fundamentais, entre 7 ou 8 anos acontece o estágio de habilidades motoras transitórias. Nesse estágio se inicia,pelo interesse natural que as crianças demonstram, a prática de esportes em forma de competições organizadas.O contato com o esporte aumenta e suas habilidades passam a ser mais desenvolvidas e refinadas, essa habilidade é altamente dependente da prática para que seja melhorada. Porém, o esporte, sobretudo sob a forma de competição,não deve ser a única forma do professor introduzir as habilidades das crianças. Atividades fora desse ambiente e que visam lazer e diversão também podem ser importantes para conseguir desenvolver suas habilidades. Sendo assim quando falamos em EF, é visível a sua contribuição para o desenvolvimento, considerando que muitas crianças acabam tendo contato com o esporte apenas em suas aulas. O professor deve saber analisar seus alunos e reconhecer assim cada necessidade para maximizar o êxito do aprendiz (GALLAHUE; OZMUN, 2005) � 3. METODOLOGIA 3.1. População A população objeto de estudo desse trabalho foram 18crianças, de ambos os sexos, entre 9 e 10 anos de idade, de uma escola da rede particular da cidade de Palmeira-PR. Os alunos foram divididos em dois grupos: G1 – composto por crianças que praticam exercícios físicos sistematizados e/ou orientados no contra turno há mais de um ano e; G2 - composto por crianças que praticam exercícios físicas somente nas aulas de EF. 3.2. Métodos A fim de definir os grupos a serem comparados, primeiramente foi enviado junto com a autorização para os pais um questionário que envolvia perguntas sobre a rotina de atividades físicas das crianças, a qual foi composta por perguntas que possibilitaram conhecer cada criança e sua rotina com atividades físicas. Com a posse dessas informações, foi possível separar os alunos entre os G1 e G2. 3.3. Instrumento Para avaliar do desempenho motor da amostra investigada, foi utilizado o Teste de Desenvolvimento Motor Grosso - 2ª edição (TGMD-2), proposto por Ulrich(2000). Esse teste é referência para testes de desenvolvimento motor em meninas e meninos com faixa etária de 3 a 10 anos. É um teste composto por múltiplas habilidades motoras e constitui de 12 etapas das quais seis são de habilidades de locomoção (correr, galopar, saltitar, saltar por cima, saltar horizontalmente e correr lateralmente) e seis são de habilidades de controle de objeto (rebater, quicar, receber, chutar, arremessar por cima do ombro e rolar um bola). Para cada uma dessas habilidades são observados de 3 a 5 critérios de desempenho específicos, os quais são fundamentados em padrões maduros de movimento. Cada habilidade é avaliada da seguinte forma: se atendem(valor=1) ou se não atendem (valor=0) os critérios de desempenho. A soma dos escores das seis habilidades em cada subteste é chamada de escore bruto (EB), e varia de 0 a 48 para cada subteste. A pontuação mais alta indica maior proficiência. A soma dos escores dos dois subtestes resulta no quociente motor – QM geral, que pode chegar a 96 � Cada criança teve duas tentativas para realizar as tarefas solicitadas. Ao final do teste é feito a soma dos valores de cada uma das duas tentativas realizadas pela criança. 3.4. Procedimentos de coleta e análise O teste foi aplicado nas dependências da quadra da escola. A realização dos testes foi filmada por meio de uma câmera da marca Canon semiprofissional modelo SX400IS. As análises foram feitas por dois avaliadores sendo um já formado na área da EF e tem conhecimento no assunto proposto no estudo. Os resultados foram baseados em acordo entre os dois avaliadores de acordo com os critérios do teste. Para avaliação das filmagens foi utilizado o software EASY TGMD2 (SOUZA,2008). � 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES O objetivo dessa pesquisa foi analisar o desenvolvimento motor de dois grupos(G1 - praticantes e G2 - não praticantes de AF)com o propósito de comparar os resultados nos testes de desempenho motor, de forma que fosse possível identificar se crianças que praticam atividades em contraturno por mais de um ano possuem desenvolvimento motor mais avançado em relação aquelas que praticam somente aulas regulares de EF como atividade física sistematizada. TABELA 1. Média quociente motor geral (± desvio padrão) escores brutos dos subtestes de locomoção e controle de objetos do TGMD-2 Praticam Atividade Física (Média ± DP) Não praticam atividade física (Média ± DP) p¹ Quociente motor geral 79,63±6,81 75,00 ± 7,57 0,196 Locomoção 40,09 ± 4,25 35,85 ± 5,14 0,076* Correr 89,77 ± 12,27 82,14±22,65 0,365 Galopar 79,54±8,42 71,42± 18,70 0,223 Saltar em um pé 86,36± 20,13 75,71± 24,39 0,328 Saltar por cima 65,15±15,73 71,43±12,59 0,388 Salto Horizontal 79,54 ± 17,91 64,28± 25,44 0,153 Deslocamento lateral 95,45±10,11 82,14±17,46 0,056* Controle de Objetos 39,54±5,53 39,14±3,62 0,867 Rebater 66,36±20,13 61,42±33,87 0,701 Quicar 100,00±0 94,64±9,83 0,084 Agarrar 96,97± 10,04 100,00±0 0,442 Chutar 90,90± 15,90 98,21± 4,72 0,259 Arremessar 77,27± 28,94 66,07± 31,22 0,449 Rolar 70,45± 24,54 78,57± 22,49 0,491 Legenda: * Diferença significativa ao nível de 90%. � Na tabela 1 é possível observar a média do quociente motor geral (± desvio padrão) e a média dos escores brutos de cada habilidade dos subtestes, entre o GE e GC. TABELA 2: Resultados descritivos Geral Praticam AF Não praticam AF Muito fraco 1 0 1 Fraco 5 2 3 Abaixo da média 4 2 2 Na média 8 7 1 Acima da média 0 0 0 Na tabela 2 pode-se verificar a distribuição da classificação obtida por cada grupo de acordo com os critérios de avaliação do TGMD-2 com a base na idade cronológica. Nota-se que dentre toda a amostra pesquisada, apenas uma criança – a qual não praticava atividade no contraturno– estava na média na avaliação do teste. Todas as demais apresentaram nível desenvolvimento motor inferior de acordo com a faixa-etária. Figura 1- Escores brutos do QM, subtestes de locomoção e controle de objetos. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 QM Geral EB Locomoção EB Controle Objetos Praticam AF Não praticam AF Os resultados apresentados na figura 1 revelam que no QM geral, o G1 obteve um melhor desempenho- não significativo -quando comparado ao G2. O QM geral compreende a soma dos resultados em cada subteste– locomoção e controle de objetos. Observando cada subteste no gráfico acima, percebe-se que no subteste � de locomoção o desempenho motor do grupo que praticava atividades físicas no contraturno escolar foi significativamente melhor. Já no subteste de controle de objetos, a diferença entre os grupos existiu, a favor do G1, porém a diferença foi mínima. A ausência de diferença no QM entre os grupos pode ser justificada por alguns fatores, como por exemplo, a hipótese de que as aulas regulares de EF realizadas pelo G2 sejam suficientes para causar alterações significativas no desenvolvimento motor ou de que as atividades realizadas no contraturno pelo G1, não obstante serem realizadas de forma orientada, não garante o aumento do nível de desenvolvimento motor além do que é obtido nas aulas regulares de EF. Figura 2: Resultados de cada subteste de locomoção. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Correr Galopar Saltar c/ um pé Saltar p/ cima Salto Horiz. Desl. Lat. Praticam AF Não praticam AF Observando os resultados dos grupos nas habilidades de locomoção, pode- se perceber um melhor desempenho das crianças que praticam atividades no contraturno. Braga et al. (2009) também constatou, em um estudo que desenvolveu um programa de intervenção em crianças de 6 e 7 anos de idade qual comprava grupos que praticaram atividades em bloco ou aleatórias com um grupo controle, que houve influências positivas em relação ao desenvolvimento motor das habilidades de locomoção para as crianças que participaram do programa. No entanto, a maioria dos alunos avaliados encontravam-se a baixo da média no nível de desenvolvimento motor de acordo com os critérios do TGMD-2. Souza et al. (2008) realizou uma pesquisa onde a dança foi escolhida como atividade extracurricular, participaram do teste 26 meninas com idade entre 7 a 10 � anos, Souza verificou por meio do TGMD-2 que, após 10 semanas de intervenção, os avaliados apresentaram resultados satisfatórios, promovendo ganhos motores nas crianças que tiveram participação efetiva no programa. Araújo et al (2012) investigou a influência da prática de esportes radicais no desenvolvimento motor em 41 crianças de 9 a 11 anos de idade. Após a aplicação do teste TGMD-2, o estudo identificou melhora no desempenho motor a favor das crianças que praticaram as aulas extracurriculares de esporte radicais em comparação ao grupo controle, que não participou do programa. Já Camargo (2010) comparou o nível de desempenho motor de 88 pré- escolares praticantes algum tipo de atividade física sistematizada e não praticantes e verificou que os níveis de desempenho motor nas habilidades locomotoras foram maiores para os praticantes. Ele ainda cita outros estudos, como o de Castro (2008), Píffero (2007), Palma (2008), Valentini (2002), Pick (2004), Braune (2010) e Berleze (2008), os quais também constataram que crianças submetidas a um programa de intervenção motora apresentam maiores níveis de desempenho em habilidades de locomoção. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Rebater Quicar Agarrar Chutar Arremessar Rolar Praticam AF Não praticam AF Figura 3 - Resultados dos subteste de controle de objetos. Em relação aos testes de controle de objetos, os resultados dos testes de comparação mostraram que a diferença entre os grupos foi mínima, não mostrando uma diferença significativa. Tais achados corroboram com o que encontrou Ferreira � (2010), o qual avaliou a influência de um programa de intervenção que utilizou o futsal como meio de aprendizagem e não constatou diferenças significativas nas habilidades de controle de objeto entre o grupo experimental e controle, participaram do programa 16 crianças com idade entre três a cinco anos.Da mesma forma Palmas e Fernandes (2014),ao compararem o desempenho motor de praticantes e não praticantes de Educação sistematizada em 40 crianças com idade entre sete e nove anos,não observaram resultados significativos entre os grupo no subteste de controle de objetos. Em contrapartida, autores como Belerze (2008),Brauner (2010) e Palma(2008), mostraram que seus programas de intervenção foram capazes de melhorar os níveis de desempenho motor nos testes de controle de objetos das crianças pertencentes ao grupo de intervenção. A figura 3 apresenta as médias percentuais de critérios de desempenho alcançados por cada grupo em cada habilidade de controle de objetos. Pode-se perceber que as crianças do G1 apresentaram níveis superiores na maioria das habilidades. Uma possível explicação para esse achado pode ser pelo fato de que uma das principais atividades praticadas pelas crianças investigadas no contraturno da escola, palco do presente estudo, era o minibol (jogos com regras). Essa atividade, segundo o professor, trabalha todos os tipos atividades pré desportivas com intuito de despertar neles o interesse pelo esporte ou qualquer outro tipo de atividade física, motivando-os a ter uma vida ativa e mais saudável. A atividade mais trabalhada nesses “treinos” é a queimada, pois a mesma é uma modalidade que está nos jogos da cidade. Nessa brincadeira os fundamentos básicos que fazem parte são: correr, saltar, arremessar e segurar (encaixar) a bola. Sendo assim, observou-se nos resultados uma diferença entre os grupos nessas habilidades, no sentido que o G1apresentou, na maioria dos testes, um melhor desempenho motor comparado ao G2. Além do minibol, o futsal foi uma das atividades mais citada entre as crianças, nessa modalidade, correr e chutar são os fundamentos básicos mais usados no esporte. Considerando o resultado da habilidade de locomoção: correr, o resultado é favorável para o G1, já no chutar, habilidade de controle de objeto o resultado foi melhor no G2. Para melhor avaliar essa situação seria interessante um novo teste que estratifique a amostra de acordo com o gênero, pois essa variável pode ter influenciado diretamente nos resultados. � 5.CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo constatou que, apesar de não ter sido observado diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, alunos que praticam exercícios físicos sistematizados no contra turno possuem maiores chances de apresentar níveis superiores de desenvolvimento motor nas habilidades de locomoção e controle de objetos. De modo geral os estudos nessa área apresentaram resultados significantes para crianças que recebem algum tipo de intervenção, mostrando sua importância dentro do desenvolvimento motor da criança. Um fator que pode ter contribuído para a ausência de diferença significativa ao nível de confiança de 95% - nível de confiança adotado para pesquisas na área do comportamento motor - foi o tamanho reduzido da amostra, pois, como se sabe, o tamanho amostral é uma variável considerada fundamental em testes de comparação de médias como o utilizado no presente estudo. Não obstante, pode-se facilmente perceber uma diferença de percentual de critérios de desempenho alcançado, escore bruto e quociente motor geral entre a favor do G1. Considerando então esses resultados e comparando com as atividades que os alunos praticam, foi possível ver uma melhora no desempenho das habilidades que fazem parte da rotina diária das crianças, ou seja, as habilidades que mais são praticadas em contra turno obtiveram melhor desempenho entre as crianças, proporcionado o entendimento de que quantos exercícios físicos sistematizados no contra turno escolar pode melhorar ainda mais o desenvolvimento motor de crianças entre mais se desenvolvem. O ponto principal desse estudo foi destacar a importância que a prática de exercícios físicos sistematizados/orientados pode ter para o desenvolvimento motor de uma criança. Quando uma criança tem a oportunidade de praticar os mais variados tipos de manifestações da cultura do movimento sob supervisão e orientação de um profissional, as chances dela ter uma vida mais saudável quando adulta aumentam, pois ela será capaz de cultivar um dos principais fatores de exercício físico orientado. � REFERÊNCIAS ARAÚJO, M. P. et al. Contribuições de diferentes conteúdos das aulas de educação física no ensino fundamental I para o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais. Revista Brasileira de Medicina no Esporte, v.18, n. 3. mai./jun., 2012.< Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517- 86922012000300002. Acesso em julho de 2016. BRAGA, R. K. et al. A influência de um programa de intervenção motora do desempenho as habilidades locomotoras de crianças com idades entre 6 e 7 anos. Revista da Educação Física UEM. v.20 n.2 p 171-181, 2 trim,2009. CAMARGO,V. Estudo comparativo do nível de desempenho motor de crianças pré-escolares praticantes e não praticantes de atividade física sistematizadas.2010. 46f. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Educação Física). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física,PortoAlegre,2010.< Disponível em <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27732/000766288.pdf. Acesso em 19 novembro 2016. DANTAS, E.Teoria e metodologia do treinamento no esporte na infância e adolescência. In: Comitê Olímpico do Brasil. Desenvolvimento esportivo – Volume 1. 3. Ed. Rio de Janeiro: COB, 2015. FERNADES ,P.; PALMA M. Nível de desempenho motor de escolares praticantes e não praticantes de educação física. Revista Kinesis,ed 32 vol 1 ,jan-jun 2014 , Santa Maria. Disponível em <https://periodicos.ufsm.br/kinesis/article/viewFile/15600/9406. Acesso em 23 novembro 2016. FERREIRA,M. A influência de um programa de iniciação ao futsal sobre o desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais em crianças pré- escolares.2010.41f. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Educação Física). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, Porto Alegre,2010.Disponível em <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/27759. Acesso em 19 novembro 2016. GALLAHUE, D. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescente e adultos. 3 ed. São Paulo. Phorte, 2005. GALLAHUE, D.Educação física desenvolvimentista para todas as crianças.4.ed. São Paulo.Phorte,2008. NAZARIO, P. F.; NARIZ, G. C.B.; KURZ, G.H. Desenvolvimento motor e movimentos reflexos. Revisão de literatura. Revista Digital, Buenos Aires, julho 2011 Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd158/desenvolvimento-motor-e-os-movimentos- reflexos.html >. Acesso em: 25maio.2016. PELLEGRINI, A. M. A aprendizagem de habilidades motoras I: O que muda com a prática. 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Revista da Educação Física/ UEM, v. 9, n. 1, p. 75-81, 1998. � ANEXOS � ANEXO A Autorização dos Pais. Senhores Pais. Venho por meio deste pedir a colaboração dos senhores pais que autorize seu filho(a) a participar de um teste de desenvolvimento motor que será realizado nas dependências da Escola durante os próximos meses.O teste tem o intuito de contribuir como pesquisa para o trabalho de conclusão de curso da Acadêmica Ariane Jensenn do curso de Educação Física Licenciatura da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Eu,________________________________ responsável pelo aluno________________________ autorizo meu filho (a) a participar do teste. ________________________________ Assinatura do responsável. Questionário Idade da criança:__________ Participa das aulas de Educação Física regularmente? ( )sim ( ) não Participa de algum treino regular de esporte, dança, lutas ou ginástica,fora do ambiente escolar? ( )sim ( ) não Se sim, quais e quantas vezes por semana ? __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ Há quanto tempo pratica essas atividades? __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ � ANEXO B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (T.C.L.E) PESQUISAS COM SERES HUMANOS Os seus alunos estão sendo convidados a participar, como voluntários, de trabalho de conclusão de curso, intitulada: “O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO MOTOR.”. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assinar o termo ao final dessa página. Desde logo fica garantido o sigilo das informações. Em caso de recusa você não será penalizado(a) de forma alguma. INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA: Título do Projeto: O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO MOTOR Pesquisador Responsável: Ariane Sabina Jensenn O objetivo desta pesquisa é avaliar o nível do desenvolvimento motor dos alunos do 5º ano da rede privada, com coleta de dados sobre aspectos ligados à prática de atividade física, e habilidades motoras. O estudo será realizado através da aplicação de questionários e um teste de habilidade motora.. Não há nenhum risco, prejuízo, desconforto ou lesões que possam ser provocados durante a pesquisa. O presente Termo deverá ser recolhido pelo aplicador antes da entrega dos questionários. Esse procedimento garante que as informações contidas no presente documento não sejam relacionadas às informações dos questionários. Tendo lido as informações acima descritas, eu, __________________________________________________________, abaixo assinado, concordo que os alunos participem do estudo Nível de atividade física relacionado ao estado físico de alunos da escola particular, como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido sobre a pesquisa e dos procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de participação. Foi-me garantido o sigilo das informações e que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção de meu acompanhamento. De acordo, Data:____/____/________. ___________________________ ______________________________ Diretor(a): Adriane Czelusniak Acadêmica: Ariane Jensenn � ANEXO C Easy TGMD-2 � � � APÊNDICES � APÊNDICE A Setor de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Educação Física Curso de Licenciatura em Educação Física DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE ÉTICA Responsabilizo-me pela redação desse Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), atestando que todos os trechos que tenham sido transcritos de outros documentos (publicados ou não) e que não sejam de minha autoria estão citados dentro das normas definidas pela NBR 10520. Declaro ainda ter o conhecimento de que posso ser responsabilizado(a) legalmente caso infrinja tais normas. PONTA GROSSA______de__________________de 20_____. Nome do Acadêmico: __________________________________ RA:_______________________________ __________________________________ Assinatura � UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ARIANE SABINA JENSENN O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO MOTOR Ponta Grossa - PR Dezembro 2016 �
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