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Educação Física desenvolvimento motor

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA 
 
SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARIANE SABINA JENSENN 
 
 
 
 
 
 
 
 
O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO 
MOTOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ponta Grossa - PR 
Dezembro 2016 
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ARIANE SABINA JENSENN 
 
 
 
 
 
 
 
 
O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO 
MOTOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como 
requisito obrigatório da disciplina de “Orientação de 
Trabalho de Conclusão de Curso” no Departamento 
de Educação Física, Universidade Estadual de Ponta 
Grossa, nível Licenciatura em Educação Física. 
 
Orientador: Prof. Dr. Leandro Vargas 
 
 
 
 
 
 
Ponta Grossa - PR 
Novembro 2016 
�
ARIANE SABINA JENSENN 
 
 
 
 
O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO 
MOTOR 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito obrigatório da disciplina 
de “Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso” no Departamento de Educação 
Física, Universidade Estadual de Ponta Grossa, nível Licenciatura em Educação 
Física. 
 
PONTA GROSSA,_____ de____________________de______. 
 
 
 
__________________________________ 
Prof. Dr. Leandro Martinez Vargas 
 
 
 
_________________________________ 
Profa. Ma. Fabiane Distefano 
 
 
 
__________________________________ 
Prof. Ricardo Domingues Ribas 
�
Agradecimentos 
 
Não posso deixar de agradecer primeiramente a Deus pela oportunidade de 
realizar um sonho para o qual eu me dediquei durante esses quatro anos. Obrigado 
por me dar saúde e competência para realizar tudo a que me foi proposto durante 
minha vida acadêmica. 
Agradeço minha mãe Vitória Jensen Safieddine,que me criou em meio aos 
ensinamentos de Deus, me ensinando o melhor caminho, dando conselhos e 
incentivos que contribuíram para que eu conseguisse chegar até aqui. 
Agradeço minha filha Ana Clara, por sua paciência e entendimento durante 
esse tempo, e pelo amor que me fortalece a cada dia me dando coragem de 
conquistar todos meus objetivos. 
Aos meus chefes Regina Celi Hass Turra, Levilson Turra e Luciana Turra 
Kindl, por sempre me apoiarem e permitirem usar parte do meu tempo no trabalho 
para estudar e realizar atividades que a vida acadêmica exigiu. 
Não posso deixar também de agradecer aos meus amigos de curso que 
estiveram comigo em todos esses anos. Foram amizades construídas com base em 
muita alegria e companheirismo as quais levarei comigo para o resto da vida. 
Agradeço ao meu orientador Prof. Dr.Leandro Martinez Vargas pelo tempo 
dedicado, pelas sugestões e orientações que contribuíram para realização desse 
estudo. 
Agradeço também ao Colégio Realeza o qual permitiu a aplicação do teste, 
e a todas as crianças que participaram dessa pesquisa. 
Agradeço a todos os professores do curso que dividiram comigo seus 
conhecimentos os quais irão cooperar para minha vida profissional. 
E, por fim, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para que eu 
concluísse com sucesso essa etapa tão importante em minha carreira profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
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Resumo 
O desenvolvimento motor é um processo orgânico/ambiental responsável pelo 
aprimoramento das habilidades motoras e ocorre a partir no nascimento até a fase 
adulta. A terceira fase do desenvolvimento motor, que ocorre a partir dos dois anos 
de idade e se estende até os sete - segundo a teoria das fases e estágios de 
Gallahue - são das habilidades motoras fundamentais e essas são desenvolvidas 
somente por meio de estímulos motores advindos dos diversos ambientes que a 
criança está inserida. Considerando que o esporte é uma das práticas favoritas das 
crianças em idade escolar, a presente pesquisa teve como objetivo analisar o 
desenvolvimento motor de crianças que praticam atividades físicas no contra turno 
escolar, em relação a aquelas que realizam apenas nas aulas de Educação Física 
(EF) em sua rotina semanal. As crianças investigadas possuem faixa etária de 9 a 
10 anos e estudam em uma escola da rede particular de ensino da cidade de 
Palmeira-PR. A seleção dos grupos ocorreu por meio da aplicação de um 
questionário com quatro questões com o objetivo de identificar o tempo, a frequência 
e o tipo de modalidade que pratica fora do período escolar, ou não. A avaliação das 
habilidades motoras foi realizada por meio do Teste de Desenvolvimento Motor 
Grosso (TGMD-2).Os resultados revelaram que houve uma pequena diferença entre 
os grupos comparados, mas ambos mostraram um nível motor abaixo do 
esperado.Conclui-se então que, quando participam de um programa de intervenção 
seu desenvolvimento motor pode ser aprimorado de acordo com as atividades 
praticadas. 
 
Palavras-chave: Desenvolvimento motor, Educação Física, Habilidades motoras 
fundamentais. 
 
 
 
 
 
 
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Astract 
 
Motor development is an organic/environmental process responsible for the 
improvement of motor skillsand it happens from birth up to adult age. The third phase 
of motor development, which occurs from the age of two and continues up to the age 
of seven – according to the theory of phases and stages by Gallahue – comprises 
the fundamental movement skills, and these are only developed through motor 
stimuli that come from the environment in which the child is inserted. Considering that 
sports are one of the favorite practices among children in school age, this paper aims 
at analyzing the motor development of children who practice physical activities after 
school times, contrasted with those who practice only during Physical Education (PE) 
classes in a weekly basis. The children who participated in this research are aged 
between 9 and 10 and they attend to a school of the private education system in the 
town of Palmeira-PR. The selection of the groups was done by means of applying a 
questionnaire consisting of four questions with the intent to identify time, frequency, 
and the type of modality practiced both in school and after school times. The 
evaluation of the motor abilities was performed using the Test of Gross Motor 
Development (TGMD). The results showed that there was a small difference between 
the compared groups, but both exhibited a motor level below what was expected. 
Thus, it is concluded that when they take part in an intervention program their motor 
development can be improved according to the activities performed. 
 
Key-words: Motor Development, Physical Education, Fundamental movement skills 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 9 
2.1 O desenvolvimento motor: A fase das habilidades motoras fundamentais .......... 9 
2.2 A transição entre as habilidades motoras fundamentais e especializadas ......... 12 
 
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 14 
3.1 População ........................................................................................................... 14 
3.2 Métodos ............................................................................................................... 14 
3.3 Instrumento ......................................................................................................... 14 
3.4 Procedimentos de coleta e análise ......................................................................
15 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 16 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 21 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 22 
 
ANEXOS ................................................................................................................... 24 
ANEXOS A: Autorização dos pais ............................................................................. 25 
ANEXOS B: Termo de consentimento livre e esclarecido (t.c.l.e) pesquisas com 
seres humanos ......................................................................................................... 26 
ANEXOS C: Programa EASY TGMD-2 ..................................................................... 27 
 
APÊNDICE ................................................................................................................ 30 
APÊNDICE A: Declaração de compromisso de ética ................................................ 31 
 
 
 
 
 
 
 
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1.INTRODUÇÂO 
 
 Entende-se por desenvolvimento motor as mudanças progressivas que 
ocorrem no comportamento motor de uma pessoa, desencadeado pela interação da 
tarefa de movimento com a biologia do indivíduo e as condições do ambiente de 
aprendizado. Em outras palavras, a hereditariedade em conjunto com condições 
ambientais específicas combina-se aos requerimentos da tarefa de movimento em si 
para determinar a média e a extensão de aquisição de habilidades motoras de uma 
pessoa e a melhoria de condição física (GALLAHUE; DONNELY, 2008). 
Desta forma, a prática de exercícios físicos de forma sistematizada e/ou 
orientada nos primeiros anos de vida tem papel fundamental no processo de 
desenvolvimento motor, pois, sobretudo em relação as habilidades motoras 
fundamentais, a capacidade de desempenhar cada vez melhor determinadas tarefas 
só é possível por meio da aprendizagem em função da prática (MAGILL, 1989 apud 
PELLEGRINI, 2000). 
Para Gallahue e Ozmun(2005), a oportunidade da prática, o encorajamento, 
o ensino de qualidade e o contexto ecológico do ambiente são fatores que 
influenciam diretamente na etapa de desenvolvimento das habilidades motoras 
fundamentais, que em média devem ter seu aprendizado consolidado até os sete 
anos de idade, segundo a teoria das fases e estágios do desenvolvimento motor. 
Logo, a literatura aponta que crianças que têm a oportunidade de vivenciar diversas 
práticas de forma sistematizada e/ou orientada, como o esporte, tendem a 
apresentar melhores níveis de desenvolvimento motor. 
Baseando-se nesses fatos e na teoria das fases e estágios do 
desenvolvimento motor de Gallahue (2001), é possível considerar que no momento 
em que o aprendizado das habilidades motoras fundamentais se inicia as aulas 
regulares de EF e a prática de outras atividades orientadas, como as realizadas no 
contra turno, podem ser um dos principais meios de garantir um ambiente que 
favoreça o desenvolvimento motor. 
No entanto, considerando que no Brasil o sistema educacional que 
compreende a faixa-etária correspondente a fase das habilidades motoras 
fundamentais é de responsabilidade dos municípios, e vários deles não prevê aulas 
de educação física nas fases iniciais – Educação Infantil -, ou, quando prevê, 
�
direciona essa responsabilidade para professores não licenciados em EF. Logo, 
questiona-se se a escola será capaz de promover desenvolvimento das habilidades 
motoras fundamentais em crianças entre 3 a 7 anos de idade e, se não, qual é a 
influência que as atividades práticas de modalidades esportivas realizadas em 
contra turno, ou outras manifestações corporais de forma sistematizada, como 
dança, lutas e ginástica, no desenvolvimento motor? 
Com frequência, os estudiosos da área do comportamento motor têm 
realizado pesquisas para melhor entender as condições e intervenções ideais 
capazes de promover o bom desenvolvimento das habilidades motoras, com o 
intuito de propor estratégias mais precisas na intervenção do processo de 
desenvolvimento, principalmente na infância (SILVA; FERREIRA, 2001 apud 
BRAGA et al., 2009). 
Esses estudos também procuram ajudar os profissionais da área da EF a 
compreender como a disciplina oferecida na escola, por meio da prática dos próprios 
conteúdos estruturantes, pode contribuir para o desenvolvimento motor e que o 
professor desempenhe suas aulas da maneira mais adequada,permitindo que a 
disciplina atinja um dos seus principais objetivos para com o aluno que é o 
desenvolvimento de habilidades motoras, que os condicionem a praticar diversos 
tipos de manifestações da cultura corporal (YSAYAMA; GALLARDO, 1998). 
Payne e Isaac (1987 apud YSAYAMA; GALLARD, 1998) observaram, por 
meio de estudos que exploram as causas das mudanças nas habilidades motoras, 
que é possível se ter um melhor entendimento do desenvolvimento motor 
auxiliando os profissionais da área a aperfeiçoar e melhorar o desempenho de seus 
alunos, detectando as razões do subdesenvolvimento daqueles que apresentam 
desempenho inferior aos seus pares. 
Face ao exposto, o objetivo do presente estudo foi analisar o nível de 
desenvolvimento motor de crianças entre 9 e 10 anos de idade que praticam ou não 
exercícios físicos sistematizados e/ou orientados no contraturno escolar.Para 
alcançar o referido objetivo geral, indica-se, como objetivos específicos: a) avaliar as 
habilidades motoras fundamentais de crianças entre 9 e 10 anos; b) comparar o 
desempenho motor do grupo crianças que praticam atividades em contra turno em 
relação às crianças que apenas realizam as aulas regulares de EF; c) Identificar se 
fatores como tempo, frequência e modalidade praticada podem influenciar nos níveis 
de desenvolvimento motor entre os grupos investigados. 
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1. O desenvolvimento motor: A fase das habilidades motoras fundamentais 
 
Segundo Gallahue e Ozmun (2005), entende-se por desenvolvimento motor 
o processo de desenvolvimento das habilidades de movimento corporal gerado 
pelas alterações progressivas do comportamento motor que ocorrem ao longo da 
vida, sobretudo, a partir das habilidades motoras fundamentais, pela interação entre 
a qualidade da tarefa realizada, a biologia do indivíduo e as condições ambientais. 
Segundo a Teoria das Fases e Estágios do Desenvolvimento Motor de 
Gallahue (2001), o ciclo do desenvolvimento motor de todo indivíduo pode ser divido 
em quatro fases. A primeira fase é dos movimentos reflexivos – 0 a 1 ano de idade -, 
marcada pelos primeiros movimentos do recém-nascido. Esses movimentos são 
realizados de forma instintiva, como forma de sobrevivência, pois são movimentos 
objetivam a execução de tarefas como comer, agarrar, levar até a boca, rastejar, etc. 
A segunda fase é a dos movimentos rudimentares – 1 a 2 anos de idade-, que são 
os movimentos básico de locomoção, controle de objetos e estabilidade. É nessa 
fase que a criança começa a engatinhar, se sustentar em pé, andar, arremessar, 
chutar, etc.São chamadas de rudimentares pois o padrão de execução motora é 
grosseiro, descoordenado, ineficiente e marcado por vários erros. Uma característica 
importante dessas duas primeiras fases é que o desenvolvimento das habilidades 
que as compõem independem dos estímulos ambientais, pois são habilidades 
filogenéticas do ser humano, que fazem parte do processo natural de evolução nos 
primeiros anos de vida. 
A terceira fase é das habilidades motoras fundamentais. Seu processo 
evolutivo se inicia aos 2 anos de idade e se estende aos 7 anos. Seu 
desenvolvimento, diferentemente das fases anteriores,é dependente da tríade 
indivíduo, tarefa e ambiente. Sem a plena interação desses três fatores
essa fase 
pode apresentar sérios défices. É composta pelas habilidades de 
equilíbrio,locomoção (ex: correr, saltar, galopar)e manipulação de objetos (ex: 
arremessar, agarrar, chutar e rebater), que tiveram um desenvolvimento rudimentar 
anterior, e agora recebem o tratamento adequado para serem executas de forma 
eficiente e coordenada. O desenvolvimento multilateral das habilidades motoras 
�
fundamentais serão a base para a aquisição dos movimentos especializados, como 
os esportivos (GALLAHUE; OZMUN,2005). 
Em resumo, de acordo com Gallahue e Ozmun (2001), as habilidades 
motoras fundamentais podem ser divididas em três categorias: 
i. Habilidades locomotoras: responsáveis pelo movimento do corpo em 
relação a um ponto fixo. Ex: correr, saltar. 
ii. Habilidades manipulativas: são tarefas de manipulação motora 
responsáveis por arremessar (manipulativa grossa), receber, costurar, 
cortar (manipulativa fina). 
iii. Habilidades Estabilizadoras ou de Equilíbrio: a criança na tentativa de 
realizar determinada tarefa é envolvida em constantes esforços contra 
a força da gravidade na tentativa de manter a postura vertical. Ex: girar 
braços e tronco, flexionar tronco entre outros. 
Considerando que a evolução das habilidades dessa fase é dependente do 
ambiente e tarefa, recomenda-se que seja nessa fase que o profissional de EF seja 
inserido na vida da criança. Aulas de EF a partir dos 2 e 3 anos de idade serão 
capazes de explorar e melhorar o processo evolutivo do desenvolvimento motor, 
desde que seja realizado um trabalho que, valorizando os aspectos lúdicos inerentes 
da infância, proponha a prática de atividades sistemáticas, as quais possuem uma 
grande possibilidade de intervenção (YSAYAMA;GALLARDO,1998). 
Para Gallahue (2008), o desenvolvimento motor promove uma mudança nas 
capacidades funcionais de um indivíduo. Segundo ele, existem alguns fatores que 
irão afetar o desenvolvimento motor na infância, são eles: 
 
1. Hereditariedade 
2. Fatores ambientais 
3. Fatores internos da tarefa motora 
 
Dentro desse processo de evolução progressiva,deve-se considerar o 
desenvolvimento natural de cada indivíduo levando em consideração desde suas 
habilidades simples até atividades mais específicas e direcionadas para o 
melhoramento de suas capacidades. As aquisições de habilidades motoras, tanto 
fundamentais quanto especializadas, são de suma importância para os indivíduos, 
pois quando fracassadas geralmente causam frustrações durante adolescência e 
�
fase adulta. Isso não significa que as pessoas que não desenvolveram suas 
habilidades motoras durante a infância não podem desenvolvê-las mais tarde, isso 
pode acontecer, porém, com mais dificuldade, pois o tempo que o adulto destina 
para a prática de atividades motoras é muito menor do que de uma criança, seja de 
forma sistematizada, seja de forma espontânea. Portanto, segundo Gallahue (2008) 
a infância é o período ideal para o desenvolvimento das habilidades motoras. 
Uma criança que apresenta dificuldade motora na fase das habilidades 
fundamentais, possivelmente apresentará dificuldades na prática de tarefas mais 
específicas, como por exemplo, as esportivas, mas também na execução de tarefas 
funcionais realizadas no o dia a dia (MANOEL, 1994 apud YSAYAMA; GALLARDO 
1998). 
Ainda sobre as habilidades motoras fundamentais, Gallahue e Ozmun (2001) 
inferem que existem três estágios distintos durante seu desenvolvimento, sendo 
eles: 
i. Estágio Inicial: de 2 a 3 anos, representa a primeira metade orientada 
da criança na tentativa de executar um padrão de movimento 
fundamental. As integrações dos movimentos espaciais e temporais 
são mínimas. A criança atinge este nível por volta de dois a três anos 
de idade 
ii. Estágio Elementar: de 4 a 5 anos, envolve maior controle e melhor 
coordenação dos movimentos fundamentais. Evidencia-se por volta 
dos quatro a cinco anos de idade, dependendo do processo de 
maturação. 
iii. Estágio Maduro: de 6 a 7 anos, é caracterizado como mecanicamente 
eficiente coordenado e de execução controlada. Tipicamente as 
crianças têm potencial de desenvolvimento para estar no estágio 
maduro. 
Quando acriança é apresentada a um programa de instrução de qualidade, 
dando a ela a oportunidade de vivenciar e praticar diversos tipos de habilidades de 
forma sistematizada e integrada, afirma-se que ela recebeu uma boa base motora. 
Essa base motora de qualidade e diversificada refletirá diretamente no seu futuro, 
pois terá condições de realizar com bom nível de desempenho as atividade e tarefas 
inerentes do cotidiano. Cabe ressaltar, ainda, a importância de se respeitar as fases 
de aquisição das habilidades motoras, atendendo para que esse processo de 
�
aquisição não esteja nem quem e nem além do nível de aprendizagem motor e 
cognitivo da criança. 
Gallahue e Ozmun (2001) ressaltam que o domínio das habilidades motoras 
fundamentais é extremamente importante para o desenvolvimento motor, é a partir 
das suas experiências motoras que a criança pode demonstrar e perceber sua visão 
de si mesma e o mundo que a cerca. 
A infância é o momento ideal para estimular o desenvolvimento motor, pois 
nessa fase da vida é mais fácil e propício a aprendizagem de novas formas de 
movimento e conhecimento. Tal facilidade é justificada, entre outros motivos, pelo 
tempo que a criança despende praticando atividades motoras, sejam elas de forma 
sistematizada, quando há a orientação de um profissional da área do 
comportamento motor, ou de forma espontânea, através dos jogos e brincadeiras 
inerentes do mundo infantil. Segundo Dantas (2015), outro fator que contribui para a 
aquisição de habilidades motoras é que durante a infância o sistema nervoso central 
(SNC) ainda está em desenvolvimento. O SNC é responsável por armazenar, no 
neocórtex, sob a forma de engrama, o padrão de ligação nervosa que determina 
cada movimento. Como o SNC está em processo de desenvolvimento é mais fácil 
modificar esse padrão de ligação nervosa, gerando o aperfeiçoamento e 
reforçamento do movimento, através da melhora na transmissão do impulso 
nervoso. 
2.2 A transição entre as habilidades motoras fundamentais e especializadas 
Segundo Clark (1994) as habilidades motoras fundamentais estão presentes 
em uma ampla variedade de esportes, de jogos e outras atividades motoras da vida 
diária. Nos esportes, por exemplo, um jogador pode realizar diversos tipos de 
habilidades, como correr, saltar, arremessar, driblar, mudar de direção, etc. Logo, 
somente com um bom nível de desenvolvimento dessas habilidades será possível à 
criança ou jovem praticar, de forma sistemática e lúdica, os mais diversos tipos de 
esportes e outros exercícios físicos. 
Após a aquisição das de um conjunto de habilidade motoras fundamentais, a 
criança estará apta a desenvolver habilidades motoras especializadas,que são os 
padrões motores fundamentais mais aprimorados ou realização de habilidades 
fundamentais em série ou de forma contínua. A prática em série subentendesse 
realizar várias habilidades fundamentais em série, com precisão, coordenação, 
�
velocidade e dentro de um contexto específico, como um jogo (GALLAHUE; 
OZMUN, 2005). 
Portanto, nessa fase o padrão básico continua inalterado, ocorrendo apenas 
uma melhora na execução da habilidade (precisão, exatidão e controle). Por isso a 
fase da habilidade motora fundamental se torna tão importante, ou seja, quanto mais 
a criança desenvolver as habilidades fundamentais mais será capaz de desenvolver 
as habilidades especializadas. 
Gallahue e Ozmun (2005, p. 370), destaca a relação entre a aquisição das 
habilidades motoras especializadas e nível de desenvolvimento da fase anterior: 
 
O progresso através dos estágios pertinentes à fase de habilidades motoras 
especializadas depende da fundamentação de padrões motores 
previamente estabelecidos
durante a fase motora fundamental 
(GALLAHUE;OZMUN,2005, p. 370). 
 
Segundo Gallahue e Ozmun (2005), quando respeitadas as idades propícias 
para a aquisição e desenvolvimento das habilidades fundamentais, entre 7 ou 8 
anos acontece o estágio de habilidades motoras transitórias. Nesse estágio se 
inicia,pelo interesse natural que as crianças demonstram, a prática de esportes em 
forma de competições organizadas.O contato com o esporte aumenta e suas 
habilidades passam a ser mais desenvolvidas e refinadas, essa habilidade é 
altamente dependente da prática para que seja melhorada. 
Porém, o esporte, sobretudo sob a forma de competição,não deve ser a 
única forma do professor introduzir as habilidades das crianças. Atividades fora 
desse ambiente e que visam lazer e diversão também podem ser importantes para 
conseguir desenvolver suas habilidades. Sendo assim quando falamos em EF, é 
visível a sua contribuição para o desenvolvimento, considerando que muitas 
crianças acabam tendo contato com o esporte apenas em suas aulas. O professor 
deve saber analisar seus alunos e reconhecer assim cada necessidade para 
maximizar o êxito do aprendiz (GALLAHUE; OZMUN, 2005) 
 
�
3. METODOLOGIA 
3.1. População 
A população objeto de estudo desse trabalho foram 18crianças, de ambos 
os sexos, entre 9 e 10 anos de idade, de uma escola da rede particular da cidade de 
Palmeira-PR. Os alunos foram divididos em dois grupos: G1 – composto por 
crianças que praticam exercícios físicos sistematizados e/ou orientados no contra 
turno há mais de um ano e; G2 - composto por crianças que praticam exercícios 
físicas somente nas aulas de EF. 
3.2. Métodos 
A fim de definir os grupos a serem comparados, primeiramente foi enviado 
junto com a autorização para os pais um questionário que envolvia perguntas sobre 
a rotina de atividades físicas das crianças, a qual foi composta por perguntas que 
possibilitaram conhecer cada criança e sua rotina com atividades físicas. Com a 
posse dessas informações, foi possível separar os alunos entre os G1 e G2. 
3.3. Instrumento 
Para avaliar do desempenho motor da amostra investigada, foi utilizado o 
Teste de Desenvolvimento Motor Grosso - 2ª edição (TGMD-2), proposto por 
Ulrich(2000). Esse teste é referência para testes de desenvolvimento motor em 
meninas e meninos com faixa etária de 3 a 10 anos. É um teste composto por 
múltiplas habilidades motoras e constitui de 12 etapas das quais seis são de 
habilidades de locomoção (correr, galopar, saltitar, saltar por cima, saltar 
horizontalmente e correr lateralmente) e seis são de habilidades de controle de 
objeto (rebater, quicar, receber, chutar, arremessar por cima do ombro e rolar um 
bola). Para cada uma dessas habilidades são observados de 3 a 5 critérios de 
desempenho específicos, os quais são fundamentados em padrões maduros de 
movimento. Cada habilidade é avaliada da seguinte forma: se atendem(valor=1) ou 
se não atendem (valor=0) os critérios de desempenho. 
A soma dos escores das seis habilidades em cada subteste é chamada de 
escore bruto (EB), e varia de 0 a 48 para cada subteste. A pontuação mais alta 
indica maior proficiência. A soma dos escores dos dois subtestes resulta no 
quociente motor – QM geral, que pode chegar a 96 
�
Cada criança teve duas tentativas para realizar as tarefas solicitadas. Ao 
final do teste é feito a soma dos valores de cada uma das duas tentativas realizadas 
pela criança. 
 
3.4. Procedimentos de coleta e análise 
O teste foi aplicado nas dependências da quadra da escola. A realização dos 
testes foi filmada por meio de uma câmera da marca Canon semiprofissional modelo 
SX400IS. As análises foram feitas por dois avaliadores sendo um já formado na área 
da EF e tem conhecimento no assunto proposto no estudo. Os resultados foram 
baseados em acordo entre os dois avaliadores de acordo com os critérios do teste. 
Para avaliação das filmagens foi utilizado o software EASY TGMD2 (SOUZA,2008). 
 
�
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
O objetivo dessa pesquisa foi analisar o desenvolvimento motor de dois 
grupos(G1 - praticantes e G2 - não praticantes de AF)com o propósito de comparar 
os resultados nos testes de desempenho motor, de forma que fosse possível 
identificar se crianças que praticam atividades em contraturno por mais de um ano 
possuem desenvolvimento motor mais avançado em relação aquelas que praticam 
somente aulas regulares de EF como atividade física sistematizada. 
 
TABELA 1. Média quociente motor geral (± desvio padrão) escores brutos dos subtestes de 
locomoção e controle de objetos do TGMD-2 
 
Praticam Atividade 
Física 
(Média ± DP) 
Não praticam atividade 
física 
(Média ± DP) 
p¹ 
Quociente motor geral 
79,63±6,81 
75,00 ± 7,57 
0,196 
 
 
 
 
Locomoção 
40,09 ± 4,25 
35,85 ± 5,14 
0,076* 
 Correr 
89,77 ± 12,27 
82,14±22,65 
0,365 
 Galopar 
79,54±8,42 
71,42± 18,70 
0,223 
 Saltar em um pé 
86,36± 20,13 
75,71± 24,39 
0,328 
 Saltar por cima 
65,15±15,73 
71,43±12,59 
0,388 
 Salto Horizontal 
79,54 ± 17,91 
64,28± 25,44 
0,153 
 Deslocamento lateral 
95,45±10,11 
82,14±17,46 
0,056* 
 
 
 
 
Controle de Objetos 
39,54±5,53 
39,14±3,62 
0,867 
 Rebater 
66,36±20,13 
61,42±33,87 
0,701 
 Quicar 
100,00±0 
94,64±9,83 
0,084 
 Agarrar 
96,97± 10,04 
100,00±0 
0,442 
 Chutar 
90,90± 15,90 
98,21± 4,72 
0,259 
 Arremessar 
77,27± 28,94 
66,07± 31,22 
0,449 
 Rolar 
70,45± 24,54 
78,57± 22,49 
0,491 
Legenda: * Diferença significativa ao nível de 90%. 
 
�
Na tabela 1 é possível observar a média do quociente motor geral (± desvio 
padrão) e a média dos escores brutos de cada habilidade dos subtestes, entre o GE 
e GC. 
 
TABELA 2: Resultados descritivos 
 
Geral 
Praticam AF 
Não praticam AF 
Muito fraco 
1 
0 
1 
Fraco 
5 
2 
3 
Abaixo da média 
4 
2 
2 
Na média 
8 
7 
1 
Acima da média 
0 
0 
0 
 
Na tabela 2 pode-se verificar a distribuição da classificação obtida por cada 
grupo de acordo com os critérios de avaliação do TGMD-2 com a base na idade 
cronológica. Nota-se que dentre toda a amostra pesquisada, apenas uma criança – 
a qual não praticava atividade no contraturno– estava na média na avaliação do 
teste. Todas as demais apresentaram nível desenvolvimento motor inferior de 
acordo com a faixa-etária. 
 
Figura 1- Escores brutos do QM, subtestes de locomoção e controle de objetos. 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
QM Geral
EB Locomoção
EB Controle Objetos
Praticam AF
Não praticam AF
 
Os resultados apresentados na figura 1 revelam que no QM geral, o G1 
obteve um melhor desempenho- não significativo -quando comparado ao G2. O QM 
geral compreende a soma dos resultados em cada subteste– locomoção e controle 
de objetos. Observando cada subteste no gráfico acima, percebe-se que no subteste 
�
de locomoção o desempenho motor do grupo que praticava atividades físicas no 
contraturno escolar foi significativamente melhor. Já no subteste de controle de 
objetos, a diferença entre os grupos existiu, a favor do G1, porém a diferença foi 
mínima. 
A ausência de diferença no QM entre os grupos pode ser justificada por 
alguns fatores, como por exemplo, a hipótese de que as aulas regulares de EF 
realizadas pelo G2 sejam suficientes para causar alterações significativas no 
desenvolvimento motor ou de que as atividades realizadas no contraturno pelo G1, 
não obstante serem realizadas de forma orientada, não garante o aumento do nível 
de desenvolvimento motor além do que é obtido nas aulas regulares de EF. 
 
Figura 2: Resultados de cada subteste
de locomoção. 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Correr
Galopar
Saltar c/ um
pé
Saltar p/ cima
Salto Horiz.
Desl. Lat.
Praticam AF
Não praticam AF
 
Observando os resultados dos grupos nas habilidades de locomoção, pode-
se perceber um melhor desempenho das crianças que praticam atividades no 
contraturno. Braga et al. (2009) também constatou, em um estudo que desenvolveu 
um programa de intervenção em crianças de 6 e 7 anos de idade qual comprava 
grupos que praticaram atividades em bloco ou aleatórias com um grupo controle, 
que houve influências positivas em relação ao desenvolvimento motor das 
habilidades de locomoção para as crianças que participaram do programa. No 
entanto, a maioria dos alunos avaliados encontravam-se a baixo da média no nível 
de desenvolvimento motor de acordo com os critérios do TGMD-2. 
Souza et al. (2008) realizou uma pesquisa onde a dança foi escolhida como 
atividade extracurricular, participaram do teste 26 meninas com idade entre 7 a 10 
�
anos, Souza verificou por meio do TGMD-2 que, após 10 semanas de intervenção, 
os avaliados apresentaram resultados satisfatórios, promovendo ganhos motores 
nas crianças que tiveram participação efetiva no programa. 
Araújo et al (2012) investigou a influência da prática de esportes radicais no 
desenvolvimento motor em 41 crianças de 9 a 11 anos de idade. Após a aplicação 
do teste TGMD-2, o estudo identificou melhora no desempenho motor a favor das 
crianças que praticaram as aulas extracurriculares de esporte radicais em 
comparação ao grupo controle, que não participou do programa. 
Já Camargo (2010) comparou o nível de desempenho motor de 88 pré-
escolares praticantes algum tipo de atividade física sistematizada e não praticantes 
e verificou que os níveis de desempenho motor nas habilidades locomotoras foram 
maiores para os praticantes. Ele ainda cita outros estudos, como o de Castro (2008), 
Píffero (2007), Palma (2008), Valentini (2002), Pick (2004), Braune (2010) e Berleze 
(2008), os quais também constataram que crianças submetidas a um programa de 
intervenção motora apresentam maiores níveis de desempenho em habilidades de 
locomoção. 
 
 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Rebater
Quicar
Agarrar
Chutar
Arremessar
Rolar
Praticam AF
Não praticam AF
Figura 3 - Resultados dos subteste de controle de objetos. 
 
Em relação aos testes de controle de objetos, os resultados dos testes de 
comparação mostraram que a diferença entre os grupos foi mínima, não mostrando 
uma diferença significativa. Tais achados corroboram com o que encontrou Ferreira 
�
(2010), o qual avaliou a influência de um programa de intervenção que utilizou o 
futsal como meio de aprendizagem e não constatou diferenças significativas nas 
habilidades de controle de objeto entre o grupo experimental e controle, participaram 
do programa 16 crianças com idade entre três a cinco anos.Da mesma forma 
Palmas e Fernandes (2014),ao compararem o desempenho motor de praticantes e 
não praticantes de Educação sistematizada em 40 crianças com idade entre sete e 
nove anos,não observaram resultados significativos entre os grupo no subteste de 
controle de objetos. Em contrapartida, autores como Belerze (2008),Brauner (2010) 
e Palma(2008), mostraram que seus programas de intervenção foram capazes de 
melhorar os níveis de desempenho motor nos testes de controle de objetos das 
crianças pertencentes ao grupo de intervenção. 
A figura 3 apresenta as médias percentuais de critérios de desempenho 
alcançados por cada grupo em cada habilidade de controle de objetos. Pode-se 
perceber que as crianças do G1 apresentaram níveis superiores na maioria das 
habilidades. Uma possível explicação para esse achado pode ser pelo fato de que 
uma das principais atividades praticadas pelas crianças investigadas no contraturno 
da escola, palco do presente estudo, era o minibol (jogos com regras). Essa 
atividade, segundo o professor, trabalha todos os tipos atividades pré desportivas 
com intuito de despertar neles o interesse pelo esporte ou qualquer outro tipo de 
atividade física, motivando-os a ter uma vida ativa e mais saudável. A atividade mais 
trabalhada nesses “treinos” é a queimada, pois a mesma é uma modalidade que 
está nos jogos da cidade. Nessa brincadeira os fundamentos básicos que fazem 
parte são: correr, saltar, arremessar e segurar (encaixar) a bola. Sendo assim, 
observou-se nos resultados uma diferença entre os grupos nessas habilidades, no 
sentido que o G1apresentou, na maioria dos testes, um melhor desempenho motor 
comparado ao G2. 
Além do minibol, o futsal foi uma das atividades mais citada entre as 
crianças, nessa modalidade, correr e chutar são os fundamentos básicos mais 
usados no esporte. Considerando o resultado da habilidade de locomoção: correr, o 
resultado é favorável para o G1, já no chutar, habilidade de controle de objeto o 
resultado foi melhor no G2. Para melhor avaliar essa situação seria interessante um 
novo teste que estratifique a amostra de acordo com o gênero, pois essa variável 
pode ter influenciado diretamente nos resultados. 
 
�
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente estudo constatou que, apesar de não ter sido observado 
diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, alunos que praticam 
exercícios físicos sistematizados no contra turno possuem maiores chances de 
apresentar níveis superiores de desenvolvimento motor nas habilidades de 
locomoção e controle de objetos. De modo geral os estudos nessa área 
apresentaram resultados significantes para crianças que recebem algum tipo de 
intervenção, mostrando sua importância dentro do desenvolvimento motor da 
criança. 
Um fator que pode ter contribuído para a ausência de diferença significativa 
ao nível de confiança de 95% - nível de confiança adotado para pesquisas na área 
do comportamento motor - foi o tamanho reduzido da amostra, pois, como se sabe, 
o tamanho amostral é uma variável considerada fundamental em testes de 
comparação de médias como o utilizado no presente estudo. Não obstante, pode-se 
facilmente perceber uma diferença de percentual de critérios de desempenho 
alcançado, escore bruto e quociente motor geral entre a favor do G1. 
Considerando então esses resultados e comparando com as atividades que 
os alunos praticam, foi possível ver uma melhora no desempenho das habilidades 
que fazem parte da rotina diária das crianças, ou seja, as habilidades que mais são 
praticadas em contra turno obtiveram melhor desempenho entre as crianças, 
proporcionado o entendimento de que quantos exercícios físicos sistematizados no 
contra turno escolar pode melhorar ainda mais o desenvolvimento motor de crianças 
entre mais se desenvolvem. 
O ponto principal desse estudo foi destacar a importância que a prática de 
exercícios físicos sistematizados/orientados pode ter para o desenvolvimento motor 
de uma criança. Quando uma criança tem a oportunidade de praticar os mais 
variados tipos de manifestações da cultura do movimento sob supervisão e 
orientação de um profissional, as chances dela ter uma vida mais saudável quando 
adulta aumentam, pois ela será capaz de cultivar um dos principais fatores de 
exercício físico orientado. 
 
 
 
�
REFERÊNCIAS 
ARAÚJO, M. P. et al. Contribuições de diferentes conteúdos das aulas de educação 
física no ensino fundamental I para o desenvolvimento das habilidades motoras 
fundamentais. Revista Brasileira de Medicina no Esporte, v.18, n. 3. mai./jun., 
2012.< Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
86922012000300002. Acesso em julho de 2016. 
BRAGA, R. K. et al. A influência de um programa de intervenção motora do 
desempenho as habilidades
locomotoras de crianças com idades entre 6 e 7 anos. 
Revista da Educação Física UEM. v.20 n.2 p 171-181, 2 trim,2009. 
CAMARGO,V. Estudo comparativo do nível de desempenho motor de crianças 
pré-escolares praticantes e não praticantes de atividade física 
sistematizadas.2010. 46f. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em 
Educação Física). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação 
Física,PortoAlegre,2010.< Disponível em 
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27732/000766288.pdf. Acesso em 
19 novembro 2016. 
DANTAS, E.Teoria e metodologia do treinamento no esporte na infância e 
adolescência. In: Comitê Olímpico do Brasil. Desenvolvimento esportivo – Volume 
1. 3. Ed. Rio de Janeiro: COB, 2015. 
FERNADES ,P.; PALMA M. Nível de desempenho motor de escolares praticantes 
e não praticantes de educação física. Revista Kinesis,ed 32 vol 1 ,jan-jun 2014 , 
Santa Maria. Disponível em 
<https://periodicos.ufsm.br/kinesis/article/viewFile/15600/9406. Acesso em 23 
novembro 2016. 
FERREIRA,M. A influência de um programa de iniciação ao futsal sobre o 
desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais em crianças pré-
escolares.2010.41f. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Educação 
Física). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, 
Porto Alegre,2010.Disponível em <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/27759. 
Acesso em 19 novembro 2016. 
GALLAHUE, D. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, 
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GALLAHUE, D.Educação física desenvolvimentista para todas as crianças.4.ed. 
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NAZARIO, P. F.; NARIZ, G. C.B.; KURZ, G.H. Desenvolvimento motor e movimentos 
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PELLEGRINI, A. M. A aprendizagem de habilidades motoras I: O que muda com a 
prática. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, supl3. p.29-34,2000. 
�
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treinamento esportivo sobre o desenvolvimento motor na infância: um estudo de 
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SOUZA, M. C.; BERLEZE, A.; VALENTINI, N. C. Efeitos de um programa de 
educação pelo esporte no domínio das habilidades motoras fundamentais e 
especializadas: ênfase na dança. Revista da Educação Física/UEM; Maringá, v. 
19, n. 4, p 509-519,2008. Disponível em http://docplayer.com.br/11669623-
Desempenho-motor-de-criancas-praticantes-e-nao-praticantes-de-ginastica-
ritmica.html > Acesso em 22 novembro 2016. 
ULRICH, D. Teste Global de desenvolvimento motor -2. Austin: Pro-Ed, 2000. 
YSAYAMA, H. F.; GALLARDO, J. S. P. Desenvolvimento motor: análise dos estudos 
brasileiros sobre habilidades motoras fundamentais. Revista da Educação Física/ 
UEM, v. 9, n. 1, p. 75-81, 1998. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
�
 
ANEXOS 
 
 
�
ANEXO A 
Autorização dos Pais. 
 
Senhores Pais. 
Venho por meio deste pedir a colaboração dos senhores pais que autorize seu filho(a) a 
participar de um teste de desenvolvimento motor que será realizado nas dependências da 
Escola durante os próximos meses.O teste tem o intuito de contribuir como pesquisa para o 
trabalho de conclusão de curso da Acadêmica Ariane Jensenn do curso de Educação Física 
Licenciatura da Universidade Estadual de Ponta Grossa. 
 Eu,________________________________ responsável pelo 
aluno________________________ autorizo meu filho (a) a participar do teste. 
 
________________________________ 
Assinatura do responsável. 
 
Questionário 
Idade da criança:__________ 
Participa das aulas de Educação Física regularmente? 
( )sim ( ) não 
Participa de algum treino regular de esporte, dança, lutas ou ginástica,fora do ambiente escolar? 
( )sim ( ) não 
Se sim, quais e quantas vezes por semana ? 
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 
 
Há quanto tempo pratica essas atividades? 
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 
 
�
ANEXO B 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (T.C.L.E) 
PESQUISAS COM SERES HUMANOS 
 
Os seus alunos estão sendo convidados a participar, como voluntários, de trabalho 
de conclusão de curso, intitulada: “O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR.”. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no 
caso de aceitar fazer parte do estudo, assinar o termo ao final dessa página. 
Desde logo fica garantido o sigilo das informações. Em caso de recusa você não 
será penalizado(a) de forma alguma. 
 
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA: 
Título do Projeto: O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 
Pesquisador Responsável: Ariane Sabina Jensenn 
 O objetivo desta pesquisa é avaliar o nível do desenvolvimento motor dos alunos do 
5º ano da rede privada, com coleta de dados sobre aspectos ligados à prática de atividade 
física, e habilidades motoras. O estudo será realizado através da aplicação de questionários 
e um teste de habilidade motora.. Não há nenhum risco, prejuízo, desconforto ou lesões que 
possam ser provocados durante a pesquisa. 
 O presente Termo deverá ser recolhido pelo aplicador antes da entrega dos 
questionários. Esse procedimento garante que as informações contidas no presente 
documento não sejam relacionadas às informações dos questionários. 
Tendo lido as informações acima descritas, eu, 
__________________________________________________________, abaixo assinado, 
concordo que os alunos participem do estudo Nível de atividade física relacionado ao estado 
físico de alunos da escola particular, como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido 
sobre a pesquisa e dos procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e 
benefícios decorrentes de participação. Foi-me garantido o sigilo das informações e que 
posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer 
penalidade ou interrupção de meu acompanhamento. 
De acordo, 
 
Data:____/____/________. 
 
 
 
 
 
 
 
___________________________ ______________________________ 
Diretor(a): Adriane Czelusniak Acadêmica: Ariane Jensenn 
 
 
�
ANEXO C 
 
Easy TGMD-2 
 
 
 
�
 
�
 
�
APÊNDICES 
 
 
�
APÊNDICE A 
 
Setor de Ciências Biológicas e da Saúde 
 
Departamento de Educação Física 
 
Curso de Licenciatura em Educação Física 
 
 
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE ÉTICA 
 
 
 
Responsabilizo-me pela redação desse Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), 
atestando que todos os trechos que tenham sido transcritos de outros documentos 
(publicados ou não) e que não sejam de minha autoria estão citados dentro das 
normas definidas pela NBR 10520. Declaro ainda ter o conhecimento de que posso 
ser responsabilizado(a) legalmente caso infrinja tais normas. 
 
 
 
 
PONTA GROSSA______de__________________de 20_____. 
 
Nome do Acadêmico: 
 __________________________________ 
 
RA:_______________________________ 
 
__________________________________ 
 Assinatura 
 
 
 
 
 
�
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA 
 
SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ARIANE SABINA JENSENN 
 
 
 
 
 
 
 
 
O EXECÍCIO FÍSICO ORIENTADO E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO 
MOTOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ponta Grossa - PR 
Dezembro 2016 
�

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