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Aula 4- A pesquisa como constitutiva do profissional contemporaneo

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Disciplina: Pesquisa e prática em educação – Pré-projeto
Aula 4: A pesquisa como constitutiva do profissional
contemporâneo
Apresentação
“Se alguém tem inspirações científicas é algo que depende de um destino que nos
está oculto e, além disso, de certos dons”... 
(WEBER, 2005, p.10)
É assim que Max Weber (1864-1920), economista alemão, em seu texto “A ciência
como vocação”, nos apresenta a condição de ser cientista. Embora ele não
desenvolva mais o tema do destino oculto, ou que dons seriam estes que marcariam
o caráter científico de alguém, vale a reflexão (ou provocação).
Isso porque nesta aula queremos destacar não somente a pesquisa como um
elemento de imensa importância na formação de qualquer profissional (em especial,
do profissional de Educação, em qualquer das áreas de conhecimento), mas também
a carreira de pesquisador.
Ainda que possa parecer precoce tal reflexão neste momento de sua formação,
acreditamos que quanto mais cedo você conhecer e interessar-se por isso, mais
condições terá de verdadeiramente perceber o quanto esta é uma opção profissional.
Bons estudos!
Objetivos
Reconhecer a pesquisa como elemento essencial na identidade do profissional de
Educação;
Identificar as características necessárias à formação do profissional de Educação
como pesquisador;
Explicar a necessidade de a Educação estar cada vez mais comprometida com a
demanda social, a fim de uma sociedade mais justa e inclusiva.
A carreira de pesquisador
Infelizmente, este não é um tema recorrente, nem em nossa formação na
Educação Básica, nem em nossa formação no Ensino Superior.
Em nosso país, provavelmente não exclusivamente, não há grande
preocupação com a formação e divulgação de pesquisa como elemento
fundamental na formação de qualquer profissional. Ou, quando há, na maioria
das vezes, é apresentada de forma equivocada ou, pelo menos, de forma
superficial.
 Homem lê livro em biblioteca (Fonte: ESB Professional / Shutterstock)
Mas queremos mudar esta realidade, não é!?
Por isso, esta aula apresenta alguns pontos que o ajudarão a conhecer um
pouco melhor este assunto e, quem sabe, leve-o a encontrar coragem de se
enveredar nesta profissão.
Vamos começar pelo quadro que apresenta a quantidade de pesquisadores
oficialmente cadastrados no país:
Faixa
etária
Total Fem. Masc. Não
inf.
Percentuais
У
Fem. Masc.
Até 24 1387 844 543 0 60,9 39,2
25 a 29 11955 6258 5697 0 52,4 47,7
30 a 34 30897 15865 15032 0 51,4 48,7
35 a 39 36499 18285 18212 2 50,1 49,9
40 a 44 29349 14913 14434 2 50,8 49,2
45 a 49 25061 12895 12162 4 51,5 48,5
50 a 54 24557 12570 11981 6 51,2 48,8
55 a 59 17394 8748 8639 7 50,3 49,7
60 a 64 11650 5548 6097 5 47,6 52,3
65 ou mais 10812 4587 6214 11 42,4 57,5
Não info. 5 1 3 1 20,0 60,0
Total 199566 100514 99014 38 50,4 49,6
 Distribuição dos pesquisadores por sexo
segundo a faixa etária, 2016 (Fonte:
http://lattes.cnpq.br/web/dgp/por-sexo-e-
idade <http://lattes.cnpq.br/web/dgp/por-
sexo-e-idade> )
Esses números nos mostram a quantidade de pesquisadores oficialmente
cadastrados no país, desenvolvendo pesquisa em alguma área específica
(você pode explorar outros dados na fonte).
Perceba, por exemplo, que:
A partir dos 30 anos
Aumenta consideravelmente o número de pesquisadores.
Dos 30 aos 59 anos
Concentram-se mais de 80% do total.
Isso significa que não somente é possível ter uma sólida carreira de
Pesquisador a partir dos 30 anos (mas veja que há início antes desta idade)
como também ela pode ser mantida durante todo o tempo da chamada “idade
profissional ativa”.
Que carreira é esta?
O vídeo abaixo pode ajudar:

Carreira de pesquisador é tema do Conexão Ciência (Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=PDDghEdojXQ
<https://www.youtube.com/embed/nNfMqYq3qHQ> )
https://www.youtube.com/embed/mhgrpReS0KU
No vídeo, o pesquisador Renato Rodrigues apresenta uma série de
informações importantes, para nos ajudar a entender este processo de
formação e atuação do pesquisador. Uma delas é que, diferentemente do que
muitos de nós pensamos, não são dons inatos que permitirão que um
estudante ou jovem profissional entre neste campo. Mas, sim,
comportamento! Ou, nas palavras dele: comprometimento e dedicação!
Mesmo as limitações sociais, que em certo ponto e grau
atingem a cada um de nós, não será o determinante neste
processo.
 Mulher lê livro em uma biblioteca (Fonte: Jacob Lund / Shutterstock)
Este é um ponto muito importante, para que quebremos um pouco mais
aquela imagem de “cientista” da qual já discutimos em aulas anteriores.
Isso não quer dizer, por outro lado, que não há ou deva haver uma condição
interna para se escolher tal caminho profissional.

Mas creio que estáveis à espera de ouvir falar de outra
coisa: da vocação íntima para a ciência. Na atualidade,
a postura interior em face da prática científica como
vocação está condicionada, em primeiro lugar, pelo
seguinte: a ciência entrou num estádio de
especialização, antes desconhecido, e esta situação irá
persistir para sempre... Só graças a uma especialização
rigorosa pode o trabalhador científico ter este
sentimento pleno, que decerto só acontece uma vez e
nunca mais se repete na vida: realizei, aqui, algo que
irá durar. Hoje, um feito realmente definitivo e
importante é sempre obra de especialistas. Quem, pois,
não possuir a capacidade de, por assim dizer, pôr uns
antolhos e de conceber que o destino da sua alma
depende de ele comprovar justamente esta conjectura
nesta passagem deste manuscrito, ficará sempre longe
da ciência. Jamais conseguirá clarificar em si o que se
poderia chamar de “vivência” da ciência.
(WEBER, 2005, p. 7-8)
Especialização
Weber nos ajuda a dar mais um passo nesta nossa reflexão acerca da
profissão de cientista: a especialização.
E, para não cairmos em equívocos, vamos fazer dois esclarecimentos
necessários acerca deste termo.
Primeiro questionamento
Assista a este pequeno vídeo:

Pós-graduação: Mestrado, Doutorado, MBA e Especialização. Qual a melhor opção? (Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=3Or2zg5v1Rg
<https://www.youtube.com/watch?v=3Or2zg5v1Rg> )
https://www.youtube.com/embed/ptESJ9f5rn8
Você já possuía clareza desta nomenclatura
acerca da Pós-graduação?
Provavelmente tenha ouvido muitas vezes diálogos como:
Agora você sabe que tal resposta está
equivocada!
É importante também ter clareza sobre a pesquisa no âmbito acadêmico,
como complementação/aprofundamento/especialização da formação oferecida
no Ensino Superior.
 
Renato Rodrigues havia falado sobre isso no vídeo anterior. Embora não
possamos determinar que toda carreira de pesquisador passe por este
caminho, grosso modo, este é o percurso mais comum.
Incluindo ainda a experiência trazida dos alunos em ambientes de pesquisa na
Graduação:
1
Monitoria
2
Extensão
3
Iniciação científica
3
Participação em Grupos de Pesquisa
Segundo questionamento
Há um segundo ponto na fala de Weber que merece nossa atenção: não é da
especialização acadêmica, apontada acima, que ele está falando!
 
Ao tratar da “vocação íntima para a ciência”, o autor reforça características já
apresentadas, essenciais a esta opção profissional:
✔ O comprometimento;
✔ A dedicação;
✔ E a busca por aprimoramento dos métodos e recursos, na aquisição de
habilidades que permitam investigar determinado objeto de pesquisa.
Como já apontado, tal postura do pesquisador não elimina as questões
circunstanciais (inclusive, econômicas) na qual ele está inserido; mas não o
aprisiona a estas.
Neste sentido, fique atento a estes itens:

Crise econômica e investimento em pesquisa não costumam
dividir o mesmo espaço. A abordagem mais austera do governo
em relação aos gastos públicos tem deixado pesquisadores de
cabeloem pé;
Entre as más notícias provenientes do corte de gastos estão a
redução de 75% no Programa de Apoio à Pós-Graduação
(PROAP) da Capes que causou cancelamento, por exemplo, no
programa de pós da Universidade Federal da Bahia;
No entanto, há também algumas boas notícias recentes para
amenizar o mau humor dos pesquisadores. Por exemplo, a
sanção do Marco Legal da Ciência e Tecnologia (...). A sugestão
de uma participação maior da indústria na pesquisa é bem
recebida pela comunidade científica;
Um dos caminhos sugeridos é mesmo ultrapassar fronteiras
geográficas e linguísticas;
A publicação de artigos em inglês em revistas e periódicos de
visibilidade internacional pode colocar mais pesquisadores
brasileiros no mapa global e aumentar as oportunidades para
colaborações e outras fontes de financiamento.
(PATI, 2016)
Vemos aí dados e propostas importantes, neste contexto!
Mas será que é possível, por exemplo,
conseguir investimento privado para uma
pesquisa relevante?
Como uma resposta, acompanhe este vídeo:

Pesquisador brasileiro conquista verba para pesquisa sobre depressão | SBT Brasil (Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=LWgqzerb5fE
<https://www.youtube.com/watch?v=LWgqzerb5fE> )
https://www.youtube.com/embed/w-19GANE4Xg
A quantia de R$4.300.00,00 não é nada ruim
para desenvolver uma pesquisa, não é
mesmo?
Fique atento, porém, a todo o processo apresentado na reportagem e inspire-
se com essa possibilidade profissional.
Atividade
1 - Embora saibamos que falar em pesquisa não nos remete apenas aos
Cursos posteriores ao Ensino Superior, ainda temos aqui grande parte
dos olhares, inclusive no âmbito dos investimentos.
Neste sentido e no que concerne à nomenclatura oficial de tais Cursos,
analise as afirmativas abaixo e marque verdadeiro (V) ou falso (F):
a) Pós-graduação são os cursos oferecidos apenas àqueles que são
licenciados em Curso Superior.
b) Especialização é um Curso de Pós-graduação, mas que exige de 2 a
3 anos de formação.
c) Mestrado e Doutorado são cursos a serem realizados após os Cursos
de Pós-graduação.
O professor pesquisador
Neste momento, é importante que você perceba que nossa disciplina não está
propondo que você se “desvie de sua escola profissional”. Ao contrário: nossa
reflexão quer levá-lo a perceber que a pesquisa poderá, exatamente,
aprimorar tal escolha.
Com certeza, isso não é uma percepção contemporânea. Como vimos em
aulas anteriores, a pesquisa em Educação no nosso país, embora possa ser
considerada tardia frente a outros países, tem sua própria história,
especificamente reforçada na segunda metade do século passado.

Diante dos crescentes índices de fracasso escolar que
se tornaram notórios ao longo das duas últimas
décadas do século passado no Brasil e das constantes
responsabilidades que recaíam sobre os profissionais
da educação por conta dessa conjuntura, professores
começaram a se ressentir da falta de reciprocidade
entre os extratos teóricos e o cotidiano de sala de aula. 
 
As verdades construídas pela pesquisa acadêmica e
tomadas como princípios a serem utilizados por
professores nas escolas não lhes pouparam críticas, o
que gerou um profundo descontentamento por parte
desse grupo de profissionais.
(SENNA, 2003, p. 103)
A palavra-chave aqui é descontentamento!
 Professores do Estado do Rio de Janeiro em greve (Fonte: CP DC Press / Shutterstock)
Sem querer entrar na discussão sobre o grau de responsabilidade que o
professor tem frente ao drástico resultado da Educação brasileira (deixemos
isso para outras disciplinas de nosso Curso), somente quando há este
descontentamento é que vamos em busca de soluções.
Já dizia um querido professor há décadas, talvez parafraseando Platão: a
necessidade é mãe de todas as coisas.
Assim, falamos de um descontentamento criativo! Pois, somente quando
identificamos os problemas educacionais como objetos de pesquisa, saímos
de nosso cotidiano e procuramos respostas. E a pesquisa se apresenta como
possibilidade de alcançar aquelas mais viáveis.

(...) existe um espaço entre a universidade e a escola
que permite o surgimento de propostas diferenciadas
de trabalho. Propostas coerentes com as demandas
educativas que envolvem essas duas importantes
instâncias educacionais e escapam à conceitualização,
que se torna então restrita ao âmbito acadêmico.
(FAGUNDES, 2016, p. 289-290)
Compreender e preencher este espaço é fundamental para que efetivamente a
pesquisa tenha o lugar que merece na formação do profissional de Educação.
Acreditamos que alguns passos sejam fundamentais para isso. Eles devem
servir de base para novos passos e voos, de acordo com seu interesse e
necessidade.
Primeiro passo
Você conhece este homem?
Ele é o Físico Césare Mansueto Giulio Lattes, mais conhecido como César
Lattes. Um dos mais importantes cientistas brasileiros. 
 
Vale a penha conhecer sua história. Porém, mais que uma merecida
homenagem em nossa aula, ele está aqui porque a Plataforma Lattes
<http://lattes.cnpq.br/> recebe o seu nome.
Essa plataforma é responsável por gerar o famoso Currículo Lattes:
amplamente aceito — muitas vezes exclusivamente — nas instituições
acadêmicas e/ou de pesquisa.
 Césare Mansueto Giulio Lattes (Fonte:
http://lattes.cnpq.br/
<http://lattes.cnpq.br/> , Aba: SOBRE A
PLATAFORMA)

Dica
Se você ainda não se cadastrou, faça isso o mais brevemente possível!
Para isso, acesse à plataforma
<https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/pkg_cv_estr.inicio> .
E não se assuste com a complexidade do processo ou com a excessiva
quantidade de informações pedidas, pois todas são importantes.
Caso você já possua seu Currículo Lattes, Parabéns! Contudo, lembre-se
de atualizá-lo, pelo menos, a cada seis meses.
Segundo passo
Toda pesquisa envolve responsabilidade!
 Balança simbolizando o conceito de ética
(Fonte: Ihorzigor / Shutterstock)
Especialmente no âmbito das Ciências Humanas (ainda que não
exclusivamente), é fundamental a preocupação não somente com a
metodologia, rigor científico, mas também com a ética.
Nas pesquisas que envolvem seres humanos, é necessária consulta e/ou
aprovação do Conselho de Ética em Pesquisa da Instituição, que, além do
suporte necessário, encaminhará o pesquisador às instâncias necessárias.

Exemplo
A Plataforma Brasil
<http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf> , por exemplo, é
uma base nacional e unificada de registros de pesquisas envolvendo
seres humanos para todo o sistema CONEP (Conselho Nacional de Ética
em Pesquisa).
Em nossa Instituição, você encontra este Conselho e outras informações no
Portal Estácio <http://portal.estacio.br/quem-somos/comite-de-
etica-em-pesquisa-da-unesa/apresenta%C3%A7%C3%A3o/> .
Terceiro passo
Estar atento às oportunidades na área da Pesquisa: Congressos, Concursos,
Financiamento. Vejamos alguns exemplos:
Prêmio Jovem Cientista <http://jovemcientista.cnpq.br/>
O objetivo é “revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em
estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos
desafios da sociedade brasileira.
Reunião Anual da SBPC <http://portal.sbpcnet.org.br/>
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência: uma entidade civil, sem fins
lucrativos ou posição político-partidária, voltada para a defesa do avanço
científico e tecnológico, e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil.
Bolsas CNPq <http://cnpq.br/apresentacao13/>
Que têm por objetivo a formação de recursos humanos no campo da pesquisa
científica e tecnológica, em universidades, institutos de pesquisa, centros
tecnológicos e de formação profissional, tanto no Brasil como no exterior.
Pesquisa na Estácio <http://portal.estacio.br/quem-somos/pesquisa-
aplicada/home/>
Apenas ratificando o que você já estudou em disciplinasanteriores: nossa
Instituição possui toda uma área dedicada à Pesquisa!

Saiba mais
No CNPq várias modalidades de bolsas são oferecidas aos jovens de
Ensino Médio e Superior, em nível de Pós-graduação, interessados em
atuar na pesquisa cientifica, e especialistas para atuarem em pesquisa e
desenvolvimento nas empresas e centros tecnológicos.
Atividade
2 - “(...) existe um espaço entre a universidade e a escola que
permite o surgimento de propostas diferenciadas de trabalho. Propostas
coerentes com as demandas educativas que envolvem essas duas
importantes instâncias educacionais e escapam à conceitualização, que
se torna então restrita ao âmbito acadêmico” (FAGUNDES, T. O conceito
de professor pesquisador e professor reflexivo. Revista Brasileira de
Educação, v. 21, nº 61, abr-jun 2016, p. 289-290). 
O fragmento acima, especialmente o item em destaque, leva-nos a
questionar o papéis da pesquisa em Educação.
Sobre isso, podemos afirmar que:
 a) Não existe pesquisa séria, na área de Educação, em nosso país.
 b) Os organismos oficiais, como o MEC, não desenvolvem pesquisa na
área de Educação.
 c) Apesar de pesquisas realizadas na área, muitas não retornam à
escola, fazendo este espaço permanecer vazio.
 d) Cada vez mais a Educação é abandonada no país. Por isso, as
pesquisas na área começaram apenas na última década.
 e) Os professores não devem envolver-se em pesquisa deste nível,
deixando-as aos pesquisadores profissionais.
A pesquisa em Educação como
resposta às demandas sociais
Apesar deste belo percurso que fizemos até aqui, nem tudo são maravilhas.
Como nada na nossa vida. 
 
Infelizmente, o “espaço entre universidade e escola”, apresentado no item
anterior, permanece ainda vazio, na maioria das vezes. 
 
Muitas pesquisas em Educação sobre a realidade escolar não retornam a esta
realidade. E esse cenário grita por nossa atenção! 
 
Confira os dados abaixo:

Biblioteca e/ou sala de leitura está presente em 54,3%
das escolas de ensino fundamental; 
 
Banheiro adequado a alunos com deficiência ou
mobilidade reduzida está disponível em 39,9% das
escolas. Em relação à adequação das vias e
dependências para o mesmo público, o percentual é de
29,8%; 
 
41,6% das escolas possuem rede de esgoto, 52,3%
dispõem apenas de fossa e em 6,1% das escolas não
existe sistema de esgoto sanitário; 
 
Banheiro adequado a alunos com deficiência ou
mobilidade reduzida está disponível em 62,2% das
escolas. Em relação à adequação das vias e
dependências para o mesmo público, o percentual é de
43,7%;
(CENSO MEC 2017)
Esses dados não deveriam nos trazer o
descontentamento criativo que falamos
anteriormente?
Nesse sentido, o profissional de Educação, graduando ou em formação
permanente, ao longo de sua vida profissional, não pode olhar para esta
realidade e ficar indiferente.
Dele se espera, mais que um olhar, uma atuação efetiva, respondendo à
sociedade como um especialista em Educação, como alguém que pode
contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino e das condições estruturais
(como apontadas acima) oferecidos no país.
 Professora em uma sala de aula (Fonte: Syda Productions / Shutterstock)
Repare que os dados apresentados acima não deixam de ser fruto de uma
pesquisa, realizada através do Censo Educacional. Porém, espera-se do
pesquisador em Educação muito mais do que se estarrecer com esses dados.

(...) falar em professor como pesquisador nos remete
ao professor reflexivo, à pesquisa-ação, à pesquisa
sobre a própria prática, entre outros. Tal fato leva a
considerar, como destacou Nóvoa (2001, p. 2), que as
diferentes denominações que caracterizam o professor
pesquisador assentam-se sob o mesmo paradigma,
qual seja, o do professor reflexivo cujo escopo está em
formar um professor que pensa, que reflete sobre sua
própria prática e elabora estratégias em cima dessa
prática, assumindo sua realidade escolar como um
objeto de pesquisa, de reflexão e de análise.
(FAGUNDES, 2016, p.292)
Então, (futuro) Professor
Pesquisador, você está descontente
ou inspirado com e por esta
realidade?
Percebe como nosso conjunto de disciplinas
de Pesquisa e Prática em Educação ajudam a
iniciar ou aprofundar este longo, mas belo,
caminho na Pesquisa?
Quem sabe, em pouco tempo será você nesta foto:
A economista Ionara Costa ilustra o que pode ser considerado uma trajetória
bem-sucedida no exterior. Mestre e doutora em política científica e
tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ionara mora
e trabalha na Europa desde 2004.
Fonte: https://bit.ly/2J6PTEd <https://bit.ly/2J6PTEd>
Atividade
3 - Ao analisarmos a situação da Pesquisa no Brasil, podemos encontrar
uma realidade paradoxalmente dividida: com entraves e perspectivas.
A partir do conteúdo estudado em sala e, ao mesmo tempo, facilmente
percebido em nosso país, analise as afirmativas abaixo e marque
verdadeiro (V) ou falso (F):
a) Entre as más notícias provenientes do corte de gastos estão a redução
de 75% no Programa de Apoio à Pós-graduação (PROAP) dos órgãos de
fomento.
b) A sanção do Marco Legal da Ciência e Tecnologia pode ser vista como
ponto de esperança para os pesquisadores, especialmente na área do
investimento privado.
c) Um dos caminhos possíveis para o pesquisador é ultrapassar fronteiras
geográficas e linguísticas, com a publicação de artigos em inglês em
revistas e periódicos de visibilidade internacional.
Referências
AVANCINI, Maria Marta. A vida de pesquisadores brasileiros fora do país. Revista
Ciência e Cultura. São Paulo, v. 65, n. 4, p. 08-09, 2013. Disponível em:
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252013000400004&lng=en&nrm=iso
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252013000400004&lng=en&nrm=iso> . Acesso: 12 jun. 2018.
FAGUNDES, T. O conceito de professor pesquisador e professor reflexivo. Revista
Brasileira de Educação, v. 21, nº 61, abr-jun 2016, p. 281–298. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v21n65/1413-2478-rbedu-21-65-0281.pdf
<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v21n65/1413-2478-rbedu-21-65-
0281.pdf> . Acesso: 11 jun. 2018.
PATI, C. Há esperança para a dura carreira de pesquisador no Brasil? Revista EXAME,
fev. 2018. Disponível em: https://exame.abril.com.br/carreira/ha-esperanca-
para-a-dura-carreira-de-pesquisador-no-brasil/
<https://exame.abril.com.br/carreira/ha-esperanca-para-a-dura-carreira-
de-pesquisador-no-brasil/> . Acesso: 11 jun. 2018.
WEBER, M. A ciência como vocação. In:___. Três tipos de poder e outros escritos.
Lisboa: Tribuna da História, 2005. [Tradução: Artur Morão]. Disponível em
http://www.lusosofia.net/textos/weber_a_ciencia_como_vocacao.pdf
<http://www.lusosofia.net/textos/weber_a_ciencia_como_vocacao.pdf> .
Acesso: 08 jun. 2018.
Próximos Passos
• Os projetos de pesquisa nas várias áreas do conhecimento;
• Os projetos de pesquisa nas várias áreas do conhecimento;
• As bases teóricas da Investigação Científica, como suporte para um projeto de
pesquisa.
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Analise os dados:
• Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil (Lattes/CNPq);
<http://lattes.cnpq.br/web/dgp/sobre14>
• Censo Escolar 2017.
<https://drive.google.com/file/d/1ul8OptGdTzory5J0m-
TvvSzILCrXmWeE/view>

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