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Direitos Humanos

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A LEI DIVINA (THÉMIS) E A LEI DOS HOMENS (DIKÉ) EM ANTÍGONA
Lei dos deuses: Thémis (atemporal, sobrehumana).	
Lei dos homens: Diké (normativa, cultural).	
Métron: justa medida.
“A justa medida, o métron grego, não dá conta de evitar o embate entre Thémis e Diké quando estas duas concepções de justiça se opõem no interior da psiquê e coagem o homem obrigando-o a tomar uma posição inexoravelmente excludente”.
Exemplos:
- A lei dos deuses dizia que todos os gregos que morriam deveriam ser enterrados, mas o rei Creonte proibiu o enterro de Polinice. Antígona sabe que o certo é a lei dos deuses, mas sofre as consequências da lei dos homens.
- Kevin Carter tirou a foto da criança prestes a ser devorada por um urubu. Embora existissem leis que impediam ele de chegar perto da criança e soldados do país controlando os fotógrafos, ele foi questionado sobre por que tirou a foto e não ajudou a criança naquela situação.
DIREITOS FUNDAMENTAIS: A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS, UM LONGO CAMINHO
A civilização humana passou por inúmeras transformações sociais, políticas, religiosas e econômicas. A ciência jurídica, condicionada à vida humana em sociedade, também passou por inúmeras modificações, avanços e retrocessos.
Não é possível compreender os direitos humanos e os direitos fundamentais sem relacioná‐los a história, pois estes não surgem como uma descoberta repentina de uma sociedade, de um grupo de indivíduos. Na verdade, são direitos históricos, construídos ao longo dos anos em certas circunstâncias, fruto não apenas de pesquisa teórica, mas principalmente das lutas contra o poder, contra a opressão. Eles nascem gradualmente, quando se passa a reconhecer sua necessidade para assegurar a cada indivíduo e à sociedade uma existência digna. 
A doutrina constitucional tem utilizado inúmeras expressões para identificar os direitos essenciais à pessoa humana:	
- Direitos naturais/jusnaturalismo: fundamenta o direito no bom senso, na equidade e no pragmatismo; avalia as opções humanas com o propósito de agir de modo razoável e bom. São tidos como fruto de uma revelação, não levando em conta sua construção histórica. 	
- Direitos públicos subjetivos, liberdades públicas, direitos morais, direitos dos povos (Positivismo): restringem os direitos essenciais a uma determinada esfera (econômica, política, social).	
- Direitos humanos: direitos inerentes à pessoa humana na ordem internacional, derivados da própria natureza humana, válidos para todos os povos e em todos os tempos (caráter inviolável, intertemporal e universal). Buscam a proteção da pessoa humana tanto em seu aspecto individual como em seu convívio social, em caráter universal (independente de positivações/constituições). Fruto de um processo histórico.
- Direitos fundamentais: ordenamentos jurídicos específicos ao reconhecimento dos direitos humanos frente a um poder político, geralmente reconhecidos por uma constituição. São direitos objetivamente vigentes numa ordem jurídica concreta. Nascem do processo de positivação dos direitos humanos. 
Ao longo do tempo, a sociedade deparou‐se com a necessidade de proteção de alguns direitos inerentes ao ser humano, compreendendo que sem a proteção destes direitos, jamais haveria uma sociedade justa que pudesse perdurar ao longo dos anos. 
- Séc. 10 a.C.: rei Davi (Israel) se proclamava um delegado de Deus, responsável pela aplicação da lei divina. Essa é a primeira manifestação de limitação de poder político, já que os monarcas da época se proclamavam como o próprio deus e tinham poder para estabelecer o que era justo ou injusto.
- 539 a.C.: rei Ciro (Pérsia), após conquistar a Babilônia, permite que os povos exilados na Babilônia voltem para suas terras de origem.
- Grécia Antiga: coloca a pessoa humana como centro da questão filosófica, possibilitando a reflexão sobre a vida humana. Cria a democracia fundada na participação do cidadão nas funções do governo e na superioridade da lei. Surge a ideia de superioridade do Direito Natural sobre o Direito Positivo. 
- Roma Clássica: Ius gentium (“direito dos povos”), atribuía alguns direitos aos estrangeiros embora em quantidade inferior aos dos romanos.
- Surgimento do Cristianismo: considera todos os seres humanos dotados de valor, dignos de salvação através de Jesus Cristo.
- 2ª metade da Idade Média: começa‐se a difundir documentos reconhecendo direitos a determinados estamentos e comunidades (nunca a todas as pessoas) através de forais ou cartas de franquia.
- Séc 12 - Magna Carta: reconheceu vários direitos, como a liberdade eclesial, a não-existência de impostos, a propriedade privada, a liberdade de ir e vir e a desvinculação da lei e da jurisdição da pessoa do monarca.
- Séc. 13 - São Tomás de Aquino: ressaltou em seus escritos a dignidade e igualdade do ser humano por ter sido criado a imagem e semelhança de Deus. Condenou violência e descriminação. Distinguiu quatro classes de lei: lei eterna, lei natural, lei divina e a lei humana (fruto da vontade do soberano, entretanto devendo estar de acordo com a razão e limitada pela vontade de Deus).
- Desenvolvimento do comércio e surgimento da burguesia criam o Estado Moderno, com poder político centralizado: o Direito passa a ser o mesmo para todos dentro do reino. O indivíduo começa a ter preferência sobre o grupo. 
- Reforma Protestante contestou a uniformidade da Igreja Católica, dando importância a interpretação pessoal das Sagradas Escrituras através da razão. 
- 1598 - Edito de Nantes (rei Henrique IV, da França): proclamou a liberdade religiosa. 
- 1628 - Petition of Rights (Inglaterra): instaurou a necessidade de consentimento na tributação, o julgamento pelos pares para a privação da liberdade e a proibição de detenções arbitrárias.
- 1679 – Lei de Habeas Corpus (Inglaterra): protegia a liberdade de locomoção. 
- 1689 - Bill of Rights: reconheceu ao indivíduo o direito à liberdade, segurança e à propriedade privada. Também impôs limites ao poder real, deslocando para o Parlamento as competências de legislar e criar tributos, e institucionalizou a separação de poderes, eliminando o Absolutismo pela primeira vez desde o Início da Idade Moderna. Entretanto, o documento inglês impôs a todos os súditos uma religião oficial. Por isso muitos ingleses, temerosos pela perseguição contra aqueles que não comungavam da religião oficial acabaram fugindo para a colônia americana.
- 1776 - Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia: afirma que todos os seres humanos são livres e independentes, possuindo direitos inatos, como a vida, liberdade, propriedade, felicidade e segurança, registrando o início do nascimento dos direitos humanos na história. Declara ainda que o governo tem de buscar a felicidade do povo, a separação de poderes, o direito a participação política, a liberdade de imprensa e o livre exercício da religião. 
- 1776 - Declaração de Independência dos Estados Unidos: ressalta que todos os homens são iguais perante Deus e que este lhes deu direitos inalienáveis acima de qualquer poder político, citando a vida, a liberdade, a busca pela felicidade. 
- 1789: surge a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, marcada pela universalidade dos direitos consagrados, e que afirma a necessidade de garantia dos direitos fundamentais para haver constituição. 
- 10/12/1948: Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em Paris. Importante pela internacionalização dos direitos fundamentais. A partir daí, os direitos fundamentais ganharam relevo tanto na esfera internacional quanto no ordenamento jurídico interno de cada Estado. 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
É uma organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional. Surgiu em 24 de outubro de 1945, após o término da Segunda Guerra Mundial, com a intenção de impedir outro conflito como aquele.
A ONU surgiu como uma substituição à Liga das Nações, organização internacional criada em 1919 quando as potências vencedoras da Primeira Guerra Mundialse reuniram para negociar um acordo de paz. No entanto, esse acordo não conseguiu evitar a ascensão do nazismo, então foi dissolvida e suas atividades passadas para a ONU.
Na altura de sua fundação, a ONU tinha 51 estados-membros; hoje são 193. Sua sede fica em Manhattan, Nova York. Outros escritórios situam-se em Genebra, Nairóbi e Viena. 
Objetivos da ONU:
- Manter a paz e segurança internacional.	
- Desenvolver relações amigáveis entre nações.	
- Realizar cooperação internacional de aspecto econômico, social, intelectual e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais.	
- Harmonizar a ação dos povos para a consecução desses objetivos comuns.	
Membros
Os membros-fundadores das Nações Unidas assinaram a Declaração das Nações Unidas de 1º de janeiro de 1942 ou tomaram parte da Conferência de São Francisco, tendo assinado e ratificado a Carta. O Brasil é um dos Membros-Fundadores da ONU.
Países podem se tornar membros das Nações Unidas desde que aceitem os compromissos da Carta e estejam dispostos a cumprir suas obrigações. Eles podem ingressar na ONU por decisão da assembleia geral mediante recomendação do Conselho de Segurança. A suspensão de Estados-Membros pode ocorrer quando o Conselho de Segurança tomar medidas preventivas ou coercitivas contra ele, cabendo a expulsão sempre que houver uma violação persistente dos preceitos da Carta. No entanto, desde 1945, nenhum País-Membro da ONU foi suspenso ou expulso da Organização.
Idiomas
- Inglês				- Árabe	
- Francês			- Chinês	
- Espanhol			- Russo
Principais órgãos da ONU:
1) Assembleia geral
É o principal órgão deliberativo da ONU. Nela, todos os Estados-Membros da organização se reúnem para discutir os assuntos que afetam a vida de todos os habitantes do planeta. Na Assembleia Geral, todos os países têm direito a um voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros. Os assuntos em pauta são paz e segurança, aprovação de novos membros, questões de orçamento, desarmamento, cooperação internacional em todas as áreas, direitos humanos, etc. As resoluções votadas e aprovadas pela Assembleia Geral funcionam como recomendações e não são obrigatórias.
Funções:	
- Discutir e fazer recomendações sobre todos os assuntos em pauta na ONU.	
- Discutir questões ligadas a conflitos militares, com exceção daqueles na pauta do Conselho de Segurança.
- Discutir formas e meios para melhorar as condições de vida de crianças, jovens e mulheres.	
- Discutir assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável, meio ambiente e direitos humanos.
- Decidir as contribuições dos Estados-Membros e como estas contribuições devem ser gastas.	
- Eleger os novos Secretários-Gerais da Organização.
A Assembléia Geral cumpre suas funções através do trabalho de seis Comitês principais:	
- Primeiro Comitê (Política e Segurança, inclusive a regulamentação dos armamentos).	
- Segundo Comitê (econômica e financeira).	
- Terceiro Comitê (social, humanitária e cultural).	
- Quarto Comitê (de tutela, inclusive territórios não-autônomos).	
- Quinto Comitê (administrativa e orçamentária).	
- Sexto Comitê (jurídica).
2) Conselho de segurança
Órgão da ONU responsável pela paz e segurança internacionais. É formado por 15 membros, sendo cinco permanentes, com direito a veto (EUA, Rússia, Reino Unido, França e China) e dez não-permanentes, eleitos pela Assembleia Geral por dois anos. Este é o único órgão da ONU que tem poder decisório, isto é, todos os membros das Nações Unidas são obrigados a aceitar e cumprir as decisões do Conselho.
Funções:
- Manter a paz e a segurança internacional;	
- Determinar a criação, continuação e encerramento das Missões de Paz.	
- Investigar toda situação que possa vir a se transformar em um conflito internacional.	
- Recomendar métodos de diálogo entre os países.	
- Elaborar planos de regulamentação de armamentos.	
- Determinar se existe uma ameaça para a paz.	
- Solicitar aos países que apliquem sanções econômicas e outras medidas para impedir ou deter alguma agressão.	
- Recomendar o ingresso de novos membros na ONU.	
- Recomendar para a Assembleia Geral a eleição de um novo Secretário-Geral.
Regra da unanimidade das grandes potências (regra do veto): para tomar decisões, cada membro do Conselho tem direito a um voto. As decisões sobre procedimentos necessitam dos votos de nove dos 15 membros; já as decisões relativas a questões de fundo também necessitam de nove votos, incluindo os dos cinco membros permanentes. 
3) Conselho econômico e social
É o órgão coordenador do trabalho econômico e social da ONU, das Agências Especializadas e das demais instituições integrantes do Sistema das Nações Unidas. O Conselho formula recomendações e inicia atividades relacionadas com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais. Possui 54 membros.
Funções:
- Coordenar o trabalho econômico e social da ONU e das instituições especializadas.	
- Colaborar com os programas da ONU.	
- Desenvolver pesquisas e relatórios sobre questões econômicas e sociais.	
- Promover o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais.
As Comissões Econômicas Regionais têm como finalidade ajudar no desenvolvimento socioeconômico dessas regiões e fortalecer as relações econômicas dos países em sua área de atuação, tanto entre si como com outros países do mundo. Elas estudam os problemas de suas regiões e fazem recomendações aos governos e Agências Especializadas. A sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) é em Santiago, Chile.
4) Conselho de Tutela
Era responsável pela supervisão da administração dos territórios sob regime de tutela internacional. Como seus objetivos foram atingidos, suas atividades estão suspensas desde novembro de 1994.
5) Corte internacional de justiça
É o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Todos os países que fazem parte do Estatuto da Corte (que é parte da Carta das Nações Unidas) podem recorrer a ela. Além disso, a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança e outros órgãos das Nações Unidas podem solicitar à Corte pareceres sobre quaisquer questões jurídicas. A Corte Internacional de Justiça se compõe de 15 juízes membros da Corte, eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança em escrutínios separados.	
6) Secretariado 
Presta serviço a outros órgãos das Nações Unidas e administra os programas e políticas que elaboram. Seu chefe é o secretário-geral, que é nomeado pela Assembleia Geral, seguindo recomendação do Conselho de Segurança. Cerca de 16 mil pessoas trabalham para o Secretariado nos mais diversos lugares do mundo.
Funções:
- Administrar as forças de paz.	
- Analisar problemas econômicos e sociais.	
- Preparar relatórios sobre meio ambiente ou direitos humanos.	
- Sensibilizar a opinião pública internacional sobre o trabalho da ONU.	
- Organizar conferências internacionais.	
- Traduzir todos os documentos oficiais da ONU nas línguas oficiais da Organização.
Órgãos importantes
- ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).	
- Banco Mundial.	
- OMS (Organização Mundial da Saúde).	
- CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).	
- ONU Mulheres (Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres).	
- UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).	
- UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).	
- UNISDR (Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres).
Orçamento
O orçamento da ONU cobre gastos com atividades em diversos campos, custos de programas em áreas como assuntos políticos, justiça e direito internacional e despesas administrativas de seus escritórios.
A principal fonte de arrecadação da ONU são contribuições dos Estados, revisadas a cada três anos. Tais contribuições são determinadaspela Assembleia Geral com base em sua renda nacional. Os Estados-Membros também realizam pagamentos para cobrir os custos das Forças de Paz e os gastos dos Tribunais Internacionais. Os EUA são o principal contribuidor da ONU, com 22%.
ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS
São um tipo de organização do Terceiro Setor. O Terceiro Setor é composto por organizações de iniciativa privada, sem fins lucrativos e que prestam serviços de utilidade pública. Ele não possui vínculos diretos com o Primeiro Setor (Estado, público) e o Segundo Setor (Mercado, privado). É composto por associações e fundações que geram bens e serviços públicos, mas sem fins lucrativos, que suprem as falhas deixadas pelo Estado.
- Organizações assistenciais: oferecem serviços básicos de seguridade a pessoas que não recebem assistência do governo. Elas distribuem alimentos e atuam nas áreas de saúde, assistência à crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência. Ex: Santas Casas de Misericórdia, orfanatos, creches.
- Organizações de base: agrupamentos que atuam em defesa dos interesses de um grupo específico, sem intenção de expandir suas conquistas aos demais participantes da sociedade. Ex: sindicatos, associações de classe e associações de moradores.
- Organizações não-governamentais: entidades surgidas para dar apoio aos movimentos sociais e às organizações populares e de base comunitária. Enquanto creches sem fins lucrativos dão apoio direto à crianças, ONGs atuam na criação de políticas comunitárias para defesa dos direitos das crianças e adolescentes. As ONGs auxiliam o Estado na consecução de seus objetivos e, não raras vezes, fazem o papel do Estado. Diante de necessidades urgentes a sociedade civil se organiza e funda estas Organizações. 
ANISTIA INTERNACIONAL
É uma ONG cujo objetivo é gerar ações para prevenir e acabar com abusos contra os direitos humanos, além de exigir justiça para aqueles cujos direitos foram violados. A organização recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1977 por sua "campanha contra a tortura".
A organização realiza campanhas para o cumprimento das leis e normas internacionais, para a libertação de pessoas detidas por causa de convicções, religião, composição étnica, idioma, sexo ou opção sexual. Atua em defesa de julgamentos rápidos e justos aos presos políticos, combate à tortura, maus tratos, “desaparecimentos” e abolição da pena de morte. Também realiza trabalhos de investigação a violações e abusos dos direitos humanos, e divulga publicamente os resultados, de forma a promover mudanças que melhorem a situação das vítimas. Os seus trabalhos são apresentados aos governos, organizações intergovernamentais, empresas e instituições não estatais. Promove manifestações públicas como forma de pressão contra a violação dos direitos humanos universais.
Foi fundada em Londres em 1961, após a publicação do artigo "The Forgotten Prisoners" pelo advogado Peter Benenson. Ele havia se revoltado com a prisão de estudantes portugueses pelo simples fato de mostrarem um cartaz contendo a palavra liberdade.
Diferentemente de outras ONGs, a Anistia Internacional não aceita nenhum tipo de doação oriunda de instituições públicas. Ela atua através de ajudas financeiras de seus próprios membros e simpatizantes, além de campanhas para a arrecadação de verbas. Essa posição da organização garante autonomia na realização das investigações.
SUSTENTABILIDADE
Desenvolvimento sustentável: procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo uso razoável dos recursos da terra, preservando as espécies e os habitats naturais.
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
Plano de ação para a prosperidade das pessoas e do planeta. Busca fortalecer a paz universal e erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões. Contemplam as cinco áreas de importância crucial para a humanidade e o planeta:
- Pessoas: acabar com a pobreza e a fome, e garantir que todos os seres humanos possam realizar o seu potencial em dignidade e igualdade, em um ambiente saudável.	
- Prosperidade: assegurar que todos os seres humanos possam desfrutar de uma vida próspera e de plena realização pessoal, e que o progresso econômico, social e tecnológico ocorra em harmonia com a natureza.
- Paz: promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas, livres do medo e da violência.	
- Parcerias: mobilizar os meios necessários para implementar essa agenda por meio de parcerias para o desenvolvimento sustentável.	
- Planeta: proteger o planeta da degradação, sobretudo por meio do consumo e da produção sustentável, gestão sustentável dos recursos naturais e tomando medidas sobre as mudanças climáticas.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável buscam concretizar os direitos humanos de todos e alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas. Eles são integrados e indivisíveis, e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental.
Erradicação da pobreza.
Fome zero e agricultura sustentável.
Saúde e bem-estar.
Educação de qualidade.
Igualdade de gênero.
Água potável e saneamento.
Energia limpa e acessível.
Trabalho decente e crescimento econômico.
Indústria, inovação e infraestrutura.
Redução das desigualdades.
Cidades e comunidades sustentáveis.
Consumo e produção responsáveis.
Ação contra a mudança global do clima.
Vida na água.
Vida terrestre.
Paz, justiça e instituições eficazes.
Parcerias e meios de implementação.

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