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Contexto Histórico-Cultural do Humanismo em Portugal

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Humanismo
Contexto histórico-cultural 
1434-1527. 
Iniciou-se em Portugal com as revoluções populares do final do século XIV. 
Período que medeia o fim da Idade Média e o início do Renascimento. Corresponde ao período entre o fim do Trovadorismo e o início do Classicismo
A poesia afasta-se da música e passa a se chamar palaciana; sofistica-se de maneira notável e é feita para ser declamada em ambientes mais requintados, apoiando-se em metonímias e metáforas; o eu lírico que nela e manifesta é masculino. 
Elege o homem como centro de todas as preocupações, superdimensionando a glorificação do que é humano e natural, em oposição ao divino, ao intocável e ao transcendente 
Homem voltado para si mesmo, empenhado em ser agente transformador do universo
Teocentrismo dá, gradativamente, lugar ao Antropocentrismo
O humanismo corresponde a uma fase de grandes mudanças: invenção da imprensa, desenvolvimento comercial, ascensão social dos comerciantes burgueses, reaparecimento e divulgação de toda cultura Greco-latina e início das grandes navegações.
A literatura humanista em Portugal
Crônica
Pode-se considerar o cronista medieval como historiador. 
A crônica visava registrar acontecimentos temporais, em ordem cronológica e narrativa 
Fernão Lopes
Tinha como função resgatar a história portuguesa de sua época e de outras mais remotas, narrando com minúcia a vida dos reis, da corte. 
Pesquisou, investigou e buscou documentos sendo, hoje, considerado o pai da historiografia portuguesa. 
Tinha uma narrativa extremamente detalhista
Deu muito valor ao povo e sua cultura (ditos populares, anedotas, etc.)
Outros cronistas
Gomes Eanes Azurara (Zurara): relata a tomada de Ceuta e as primeiras viagens ultramaritimas. Deu muito valor a força da nobreza.
Rui de Pina: Estilo discreto e empenhou-se em descrever a vida na corte
A poesia palaciana 
É aquela que, substituindo as antigas cantigas trovadorescas, rompeu com a música e era feita apenas para ser declamada ao som de instrumentos musicais apenas como “fundo” para tais declamações
Era uma modalidade mais sofisticada
Há nela galanteria, uso sistemático de metonímias e metáforas e raramente se encontra um modelo pobre quanto à elaboração 
Os poetas humanistas tinham, tradicionalmente, um modo de poetar. Alguém oferecia-lhes um mote (versos que serviam como motivação, modelo básico, uma espécie de tema) e ele os desenvolviam em voltas, também conhecidas como glosas.
O teatro popular vicentino 
Gil Vicente era uma espécie de organizador oficial dos festejos da Corte 
Obs.: No decorrer da Idade Média, o conhecimento do teatro greco-romano esteve sob a tutela exclusiva da Igreja, nunca representado, mas reduzido e sujeito a copias que, sob julgamento da mesma Igreja, eram consideradas “perigosas”, vez que premiavam o homem com a visão antropocêntrica.
Classificação 
Autos 
peças teatrais escritas em versos geralmente redondilhos e que e grande parte são de caráter religioso .
Possuíam mais de um ato 
Tinham como objetivo moralizar, cristianizar e, além disso, divertir. 
Farsas
Inspiração básico: teatro profano ibérico 
Têm apenas um ato, seu enredo e número de participantes é reduzido
Presença de uma profunda ironia contra os maus costumes sociais

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