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AULA 2

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UROANÁLISE
PROFa. ANDREZA MARTINS
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 HISTÓRICO
Era pré-histórica
Hieróglifos egípcios
Século V A.C – Hipócrates escreveu sobre uroscopia
1140 D.C – criaram-se às tabelas de cores
Teste do sabor para evidenciação de glicose
1694 – fervura da urina para verificar albuminúria
Século XVII – métodos para quantificação do sedimento microscópico
1827 – Richard Bright introduziu a uroanálise como método de rotina
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 POR QUE REALIZAR O EXAME DE URINA?
A amostra de urina é de obtenção rápida e de fácil coleta.
A urina fornece muitas informações sobre as principais funções metabólicas do organismo, por meio de exames laboratoriais simples.
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 POR QUE REALIZAR O EXAME DE URINA?
A urina fornece informações sobre muitas das principais funções metabólicas do organismo, por meio de exames laboratoriais simples. 
Por ser um meio barato de examinar grande número de pessoas, não só para a detecção de doenças renais, mas também do início assintomático de doenças como o diabetes melitus e as hepatopatias. 
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COMPOSIÇÃO DA URINA
95% água;
2% sais minerais: sódio, potássio, cloro
3% subst. Orgânicas: creatinina, uréia
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 COMPOSIÇÃO DA URINA
Em geral a urina é constituída por água e outras substâncias químicas orgânicas e inorgânicas:
		Orgânicas: creatinina e ácido úrico.
		Inorgânicas: cloreto, sódio e potássio.
Outras substâncias: hormônios, vitaminas, e medicamentos.
Substâncias que não fazem parte do filtrado plasmático podem estar presente como: células, cristais, muco e bactérias.
Podem ocorrer variações na concentração dessas substâncias devido à influência da alimentação, atividade física, metabolismo orgânico, função endócrina etc... 
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FORMAÇÃO DA URINA
A urina é formada continuamente pelos rins. É um ultrafiltrado do plasma, a partir do qual foram reabsorvidos glicose, aminoácidos, água e outras substâncias essenciais ao metabolismo do organismo.
	180.000 ml do plasma filtrado = 1.200 ml de urina
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VOLUME 
Depende da quantidade de água excretada pelos rins. Em geral, a quantidade normalmente excretada é determinada pelo estado de hidratação do corpo. 
Os fatores que influenciam o volume de urina são: ingestão de líquidos, perda de líquidos por fontes não renais, variações na secreção do hormônio anti-diurético e necessidade de excretar grandes quantidades de solutos, como glicose ou sais. 
Volume normal: 1.200 a 1.500 ml/dia
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VOLUME
Volume Oligúria: diminuição volume;
Volume Anúria: ausência da formação de urina.
Volume Poliúria: Aumento do volume de urina.
	»Diabetes, uso de diuréticos, cafeína, álcool (reduzem a secreção do hormônio anti-diurético) 
	Diabetes: o excesso da concentração de glicose não é reabsorvido pelos rins o que exige a excreção de uma maior quantidade de água para remove-la do organismo.
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O EXAME DE URINA PODE SER DEFINIDO COMO:
exame realizado numa amostra de urina humana para determinar os caracteres físicos e químicos e para verificar a presença de elementos figurados ou de outra origem. 
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O EXAME DE URINA É CONHECIDO POR OUTRAS DENOMINAÇÕES, TAIS COMO:
urina de rotina, sumário de urina, urina do tipo 1, EAS (Elementos Anormais e Sedimento), EQU (Exame Químico de Urina), ECU (Exame Comum de Urina), urina parcial e PEAS (Pesquisa dos Elementos Anormais e Sedimento). 
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SEDIMENTO:
Elementos figurados da urina que são concentrados por centrifugação ou detectáveis por citômetros de fluxo em amostra de urina integral (incluem células epiteliais, leucócitos, hemácias, cilindros, cristais uratos, fosfato triplo, cistina, microorganismos e outros).
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A ROTINA NA URINÁLISE
O termo “rotina” não implica na requisição indiscriminada da urinálise; esta prática deve ser desencorajada. 
Apesar da “rotina” não ser definida sempre da mesma maneira em cada laboratório, o termo “Urinálise de Rotina” inclui alguns ou todos os seguintes: 
(1) Avaliação macroscópica (ex. cor, aspecto e limpidez); 
(2) Medidas físicas (ex.: volume e refratometria); 
(3) Análise química por tira reagente ou testes em tabletes; 
(4) Exame microscópico.
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A URINÁLISE É INDICADA PARA: 
(1) Auxiliar o diagnóstico de doença, 
(2) Triagem de uma população quanto a doenças assintomáticas, congênitas, ou hereditárias, 
(3) Monitorizar a evolução de doença, 
(4) Monitorizar a efetividade ou as complicações de terapias, 
(5) Monitoramento à exposição ocupacional; 
(6) Pesquisa de substâncias ilícitas (ex., doping, uso de drogas de abuso).
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TIPOS DE AMOSTRAS DE URINA 
O laboratório clínico pode receber diferentes tipos de amostras de urina dependendo da forma e horário de coleta, tendo cada tipo de amostra uma aplicação específica nos procedimentos laboratoriais. 
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amostra aleatória (rotina e glicosúria)
 amostra de paciente em jejum 
amostra pós prandial (diabetes mellitus)
primeiro jato da primeira urina da manhã (urologia)
segundo jato da primeira urina da manhã (rotina)
urina coletada após 4 horas de retenção (rotina)
segunda urina da manhã (dismorfismo eritrocitário)
espécime com período determinado (urina de 12 ou 24 h para dosagens urinárias)
amostra para cultura microbiológica (jato médio ou por cateterização)
amostra suprapúbica
dentre outras. 
TIPOS DE AMOSTRAS DE URINA 
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AMOSTRA ALEATÓRIA 
pode ser coletada a qualquer hora, dependendo da necessidade do exame e de decisão médica. T
Por decisão médica, pode ser solicitada a retenção urinária antes da coleta. 
A utilização da amostra é inevitável em situação de emergência e urgência, frequentes em ambiente hospitalar. 
Entretanto, a utilização da amostra aleatória para realização do exame de urina deve considerar a elevada possibilidade de resultados falsos negativos assim como resultados falsos positivos dentre os constituintes avaliados na realização do exame. 
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AMOSTRA PRIMEIRA URINA DA MANHÃ 
Coletada pelo paciente após levantar do leito, desde que respeitado um prazo mínimo de retenção urinária de 2 horas.
É considerada como amostra padrão para a realização do exame de urina porque ela é mais concentrada que as outras amostras e porque nesta amostra se verifica maior crescimento das bactérias eventualmente presentes na bexiga, assim o resultado da analise realizada reflete melhor as condições do paciente.
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AMOSTRA SEGUNDA URINA DA MANHÃ 
Pode ser obtida com mais facilidade no laboratório que a primeira amostra da manhã. 
Deve ser colhida de duas a quatro horas após a primeira micção do dia. 
É importante lembrar que sua composição pode ser influenciada pela ingestão de alimentos e líquidos no desjejum. 
Com o objetivo de aumentar a concentração de eventuais bactérias presentes na bexiga pode-se recomendar a restrição de ingestão de líquido após as 22:0 horas. 
A segunda amostra da manhã é uma das mais utilizadas pelos laboratórios. 
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AMOSTRA SUPRAPÚBICA 
Amostra coletada mediante aspiração da bexiga distendida, através da parede abdominal. 
Procedimentos de assepsia são indispensáveis para a obtenção da amostra deste modo. 
Para a obtenção da amostra de urina por punção suprapúbica a bexiga deve estar cheia e a punção ser realizada 1 centímetro acima do osso pubiano. 
Como em condições normais esta amostra é estéril, esta forma de coleta apresenta como grande vantagem a confiabilidade do resultado que indique a presença infecções do trato urinário ou de outros distúrbios do trato urinário. 
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OUTROS TIPOS DE AMOSTRA
Amostra com hora marcada 
Amostra colhida num horário especificado, conforme solicitação médica. 
Amostra de cateter 
Amostra colhida através de sonda vesical. 
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COLETA DE AMOSTRA DE URINA EM PEDIATRIA 
Em vista desta dificuldade, geralmente, a coleta de amostra de urina de crianças que ainda não apresentam controle urinário se dá através da utilização de sacos coletores específicos disponíveis no mercado. 
Para obtenção da amostra atravésde sacos coletores, é necessária a higiene prévia dos órgãos genitais para posterior aplicação do saco coletor específico. 
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COLETA DE AMOSTRA DE URINA EM PEDIATRIA 
Após aplicar o saco coletor se deve frequentemente, verificar se a criança urinou. 
Apesar de todo cuidado o saco coletor deve ser trocado se após uma hora a criança não urinou.
 Esta amostra obtida conforme recomendado, frequentemente, apresenta elevada contaminação com células epiteliais. 
No caso de o saco coletor permanecer por mais de uma hora e a amostra for colhida depois deste tempo a possibilidade de contaminação maior da amostra é elevada, a ponto de comprometer a confiabilidade do resultado do exame de urina. 
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Dispositivos de coleta 
O recipiente adequado à coleta e transporte de urina deve ter as seguintes características: 
(1) Possuir um rótulo no corpo do recipiente (e nunca na tampa) para registrar a identificação do paciente: Nome, registro, procedência, data e hora da coleta. O rótulo deve aderir ao recipiente mesmo em face de refrigeração. 
(2) Ser livre de interferentes químicos (ex.: detergentes). 
(3) Ter condições estéreis (caso seja necessário cultura). 
(4) Conter volume suficiente para análise (aproximadamente 50 mL são preferíveis). 
(5) Possuir boca ampla (pelo menos 4 cm) para facilitar a coleta e evitar contaminação. 
(6) Possuir fechamento à prova de vazamento que possa ser facilmente aberto e fechado. 
(7) Ter base larga para evitar derramamento acidental. 
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Obs.: Tamanhos menores e específicos para amostras pediátricas podem ser necessários. 
Nota: A reutilização de recipientes de coleta não é recomendada. 
Atualmente existem sistemas de coleta de urina a vácuo que permitem que a coleta de urina seja realizada de forma asséptica evitando contaminação da amostra e do profissional. 
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Instruções de coleta 
As amostras de urina podem ser coletadas pelo próprio paciente, após receber as instruções. 
As instruções podem ser dadas verbalmente e/ou podem constar em uma folha impressa, com ilustrações e informações adicionais, ou exibida na área de coleta de urina, em linguagem simples, para serem entendidas pelo paciente. 
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O quadro abaixo ilustra os procedimentos de coleta de urina tipo I (jato médio) para pacientes do sexo feminino e masculino. 
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NOTAS: 
Não utilizar anti-séptico em substituição ao sabão. 
Usar o sabão habitualmente empregado para o banho. 
Exceto os casos de urgência ou a critério médico, a urina deve ser coletada após cinco dias do término do sangramento menstrual. 
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NOTAS
Usar sempre luvas;
Cuidados durante a centrifugação;
Descarte;
Recipiente de coleta deve ser limpo e seco, de boca larga, hermético e preferencialmente descartável;
Cuidados especiais devem ser tomados na identificação (nome, hora da coleta, nome do médico, etc....)
Analisar dentro de 1 hora, se não for possível, refrigerar.
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CONSERVAÇÃO
Refrigeração : capaz de evitar a decomposição bacteriana, porém pode provocar aumento na densidade, precipitação de fosfatos e uratos amorfos. 	
	* Deixar a amostra voltar a temperatura ambiente antes da análise.
Conservante químico : deve conservar os elementos figurados do sedimento, não interferir com os testes bioquímicos, ser bactericida e inibir a urease.
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CONSERVAÇÃO
Alterações na urina não conservada:
Aumento de pH, nitrato, turvação.
Diminuição de glicose, cetonas e bilirrubina.
Desintegração de hemácias e cilindros.
Alteração na cor devido a oxidação ou redução de metabólitos.
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AUTOMAÇÃO
VÁRIOS EQUIPAMENTOS;
REALIZAM TODAS AS DETERMINAÇÕES:
ANÁLISE FISICOQUIMICA;
ANÁLISE CELULAR.
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