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PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL Síntese

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PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL
Prof Ms Sabrina Alves Dias
Psicopedagoga
Psicomotricista
CAMPO DE ATUAÇÃO
Educação: Psicomotricidade Funcional
 Psicomotricidade Relacional
Reeducação
Terapia
A Psicomotricidade Relacional
- Criada por André Lapierre, educador francês, na década de 70;
- Èuma prática educativa, de valor preventivo e terapêutico;
- Permite crianças, adolescentes e adultos, expressarem seus conflitosrelacionais, superando-ospor meio do brincar, do jogo simbólico.
- É uma prática educativa de valor preventivo, que possibilita um tempo e um espaço, com o máximo de liberdade e autenticidade, para que a criança, possa expressar de forma espontânea, através do jogo simbólico, seus conflitos relacionais, seus desejos, necessidades, medos, fantasias, anseios, bem como vivenciar possibilidades diversas de movimento corporal e aprendizagem;
- Interfere de forma clara sobre as dificuldades de adaptação social e escolar, na medida em que estas são diretamente vinculadas com fatores psico -afetivos, motores e relacionais, sendo primordiais para um bom desenvolvimento cognitivo e global do SER
Objetivos
- Atuar sobre os fatores psico- afetivos relacionais adquiridos na infância;
- Diminuir as dificuldades de adaptação no cotidiano e no convívio social;
- Descobrir os meios que facilitam o desenvolvimento global do SER.
	Objetivos
- Facilitar a comunicação humana;
- Potencializar o desenvolvimento global;
- Prevenir dificuldades relacionais, emocionais, motoras e de aprendizagem;
- Despertar o desejo de aprender;
- Facilitar o desenvolvimento da criatividade;
- Auxiliar no desenvolvimento da auto- estima;
- Desenvolver aspectos relacionados ao funcionamento do corpo e a construção de conhecimentos, como: coordenação motora, equilíbrio, postura, lateralidade, noção de espaço, de tempo, esquema corporal, etc.
- Trabalhar aspectos como: agressividade, timidez, culpa, medo, dependência, afetividade, limite, frustações;
São realizados encontros semanais, em grupo, com duração de cinqüênta minutos, durante os quais o Psicomotricista Relacional, passa atitude de disponibilidade corporal e aceitação incondicional, fazendo uso da comunicação corporal, não verbal, instiga a expressão espontânea da criança, a partir de propostas semi-diretivas e da utilização de materiais como bolas, bambolês, cordas, bastões, tecidos, caixas, jornais, música, etc.
O ineditismo do método reside no fato de que a criança, por meio do lúdico consegue revelar, de modo natural, o que se passa no seu mundo interior, sem necessidade de qualquer expressão verbal. Elas expressam desejos, necessidades e dificuldades, sem se darem conta do que acontece, fazendo o que elas mais gostam e sabem fazer: brincar. Para elas o brincar é coisa séria e é brincando que as crianças estruturam o seu aparelho psíquico, brincam para aprender e a simbolizar, portanto, o brincar já é uma terapia.
Materiais Clássicos da Psicomotricidade Relacional
BOLAS: São coloridas, leves, de tamanhos variados, tem seu dinamismo próprio, rolam, pulam, escapam, são moles, possui contato agradável. Fazem barulho, que podem resultar em ritmos variados.
No nível da realidade, possuem um conteúdo relacionado a sua forma, cor, peso, volume, textura, velocidade e direção em que são arremessadas, possibilitando diversos jogos estruturados, explorados pedagogicamente.
No nível imaginário, podem significar a mãe, uma criança, um seio, sua forma arredondada pode relembrar vivências regressivas, ligadas ao cuidado, nutrição, proteção, enfim, à maternagem. Pela característica de conteúdo, provoca situações de proteção, defesa, profundas vivências de afetividade. Pode ser também símbolo da agressividade, quando esvaziada, chutada, ou socada. Mas principalmente, é extremamente atrativa para proporcionar a ligação entre os indivíduos, seja dual, triangular ou grupal.
BASTÕES: No nível da realidade, representa uma linha, um eixo, definem e delimitam espaços, na questão pedagógica, pode-se brincar com conceitos geométricos, quadrados ou triângulos, noções espaciais, dentro/fora, tamanho, distância, criatividade na construção, verticalidade, horizontalidade, sensações sensórios-motoras como rolar ou arrastar. No nível simbólico, é ligado a agressividade, ao poder, ao limite, ao social e à lei, fazendo referência ao masculino, ao pai. Como a bola não contém, mas pode ser contido. Visualiza-se como uma espada (lança, flecha) que penetra e mata o outro, servindo para fazê-lo obedecer. Também pode simbolizar uma pessoa. “É importante reconhecer que existe um prazer na destruição. Há momentos em que é importante poder brincar com possibilidades de confrontar o outro sem julgamentos. Reconhecer a pulsão de violência do ser humano para poder canalizá-la para a agressividade construtiva.” (VIEIRA, BATISTA, LAPIERRE. 2005. p. 85) Outras possibilidades é ser visto como uma guitarra, um barco ou remo, uma garrafa, ou outro.
TECIDOS: No nível da realidade, possui tamanhos, cores, texturas e formas variadas, tem um espaço definido, o que facilita o trabalho de conceitos pedagógicos, além de estimular a criatividade as fantasias. Explora-se todos os aspectos emocionais, cognitivos e motores que oferece como deslocamento, proteção, regressão, aparecer, desaparecer, entre outros. • No nível simbólico, pode-se promover jogos onde todos podem estar dentro permitindo puxar, balançar, arrastar, construir casas, barracas, viver a morte, o renascer, o descobrir, a fantasia feminina ou masculina, do bem ou do mal. • Outros sentimentos como a sedução, cuidar e ser cuidado, tristeza, abandono, solidão, situações que lembram vivências pessoais de angústia.
CAIXAS: São utilizadas caixas de papelão em diferentes formatos, sendo rasas, profundas, largas, finas, grossas, pequenas, grandes. • No nível da realidade, possui conceitos de simetria e assimetria, conjuntos por tamanho, forma, modelo, cor, empilhar, equilíbrio, delimitação de espaço, criatividade, noções espaciais, sensações proprioceptivas (arrastar, virar) • No nível simbólico, espaço de poder, território a ser defendido, casa, espaço íntimo, proteção, segurança, aconchego, quarto, útero, berço, além da descarga da pulsão agressiva de destruição, de forma desculpabilizada.
JORNAIS: Deve no início da sessão cobrir uma pequena parte da sala para possibilitar a desordem que será arrumada no final da sessão. • No nível da realidade, é mole, pode ser rasgado, possui gravuras e escritos, forma definida e pouco variável, mostra espaços cheios e vazios, externo e interno, pedagogicamente pode ser explorado a coordenação óculo-manual pelo rasgar, dobrar, amassar, fazendo barulho, arrastando ou caindo, delimitando formas, ritmo, noções espaço temporais. • No nível simbólico, permite sem culpa a destruição, a bagunça, a sujeira, a vivência do caos, possibilita a liberação das pulsões agressivas e regressivas. Pode se penetrar, dentro da roupa do outro, é quente, permite disfarçar o corpo, usar a força, o poder, a perseguição, um mostro. • Possibilita a vivência de lugar de proteção, tranqüilidade, alegria, afetividade, aceitação, liberdade, sedução, conforto, energia, acolhida, cuidado, segurança e integração, por outro lado a agressividade, regressão, afirmação masculina pela força, proteção corpo-a-corpo, confrontamento sem culpabilização
CORDAS : No nível da realidade , possui cor, textura, diâmetro, tamanho e uma maleabilidade, é muito utilizada em jogos estruturados, como pular sozinho ou em grupo, disputar um cabo de guerra, laçar, pescar, tensionar e equilibrar; também nas finalidades pedagógicas, na matemática para a construção de figuras geométricas, linhas retas, curvas, etc. No nível imaginário, pode-se estabelecer vínculos, ligações com os outros , tendo significado regressivo ou agressivo, representar o cordão umbilical, estabelecer vínculo de domestificação, ou penetração. Pode ser uma cobra, delimitar um espaço, criar um espaço, e viver possibilidades afetivas, sádicas, masoquistas, entre outra.
BAMBOLÊS:É concreto, representado por um círculo, de plástico, duro, de cores e dimensões variadas.
No nível da realidade, tem uma cor, uma forma circular, uma superfície, um dentro e um fora, um diâmetro, uma posição vertical, ou horizontal e uma interseção, que podem ser explorados diversos conceitos pedagógicos.
No nível imaginário, pode ser uma casa, um ventre materno, a mãe, a união, a prisão, algo q ser penetrado, o volante de um carro, entre outros. Delimita espaços, principalmente um espaço fechado, no entrar e sair, não somente no nível do chão, mas também no espaço tridimencional. Pode prender, capturar, proteger, conter, enfim dar limites ao outro. Promove barulhos que podem criar ritmos, individuais ou grupais, facilitando a comunicação a distância.
METODOLOGIA de uma sessão de Psicomotricidade relacional
RITUAL INICIAL
A sessão de Psicomotricidade Relacional•Ritual de entrada:
Combinar e Refletir
A sessão:
Situações lúdica com tempo, espaço e material;
Professor como mediador, provocador de situações, transmita segurança;
Desenvolvimento da sessão
Ritual de saída:
Relato da brincadeira realizada, hora de escutar, término do ritual de entrada.
Avaliação do que deu certo e o que deu errado e o que pode ser modificado.
relaxamento
Organização do setting
Registro gráfico
Ritual de saída

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