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Direito_Penal_Aula03_Extensivo1

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X EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
 
CURSO INTENSIVO SEMANAL – X EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
 
Disciplina Direito Penal 
Aula 03 
 
EMENTA DE AULA 
1. Erro de tipo 
2. Consumação e tentativa 
3. Tentativa qualificada 
4. Arrependimento posterior 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Erro de tipo 
• Dolo = consciência + vontade 
• Culpa = descuido/quebra do contrato 
�Pode ser classificado como essencial ou acidental: 
• Essencial: pode incidir sobre elementar ou discriminante 
• Elementar: é o dado essencial da figura típica, sem o qual ela não subsiste. DICA: as 
elementares estão sempre no “caput” 
�Conceito: por equivocada compreensão da situação do feito, o sujeito não sabe, não tem 
consciência que realiza as elementares do tipo. 
�Consequência: sempre exclui o dolo 
� Pode ser inevitável (escusável): é aquele que o cuidado comum não evitaria. 
Não teve descuido. Consequência: exclui a culpa 
� Pode ser evitável (inescusável): é aquele que o cuidado comum evitaria. 
Houve descuido. Consequência: responde por culpa, se previsto. 
• Descriminante: é sinônimo de excludente de antijuridicidade (legítima defesa, estado 
de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e putativa por erro/por mal 
julgamento) 
����Conceito: Por equivocada compreensão da situação de fato, o sujeito imagina estar em 
situação que, se fosse real, tornaria sua conduta acobertada por uma excludente de 
antijuridicidade. 
X EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
�Consequência: prevalece no Brasil, a teoria limitada da culpabilidade, segundo o qual, as 
consequências da discriminante putativa por erro de tipo, serão iguais às do erro de tipo sobre 
elementar. 
• Acidental: São duas espécies: 
����Erro sobre a pessoa: art. 20, 3º CP – (error in persona) – por equivocada identificação da 
vítima, o sujeito atinge pessoa diversa da pretendida. 
�Consequência: responde como se tivesse atingido a vítima pretendida. 
�Erro na execução: (aberratio ictus) – art. 73, CP – por imprecisão no golpe executório, ou 
seja, por falha na mira, o sujeito atinge pessoa diversa da pretendida. 
�Consequência 1: resultado único ou simples. Se atinge apenas 3º, responderá como se 
tivesse alvejado a vítima pretendida. 
�Consequência 2: resultado múltiplo ou complexo. Se atinge quem pretendia e também 3º, 
responderá pelo crime doloso com aumento de pena do concurso formal. Art. 70, CP 
2. Consumação e tentativa: art. 14, I e II CP: 
• Considera-se consumado o crime quando realizados todos os elementos de sua 
definição legal. 
• Iniciada a execução, o sujeito não alcança a consumação por circunstâncias alheias a 
sua vontade. 
�Punição da tentativa: art. 14, parágrafo único: salvo disposição em contrário, a tentativa 
será punida com a pena do crime consumado, diminuída de 1 a 2/3. 
�Critério para a redução: quanto mais distante da consumação, maior a redução e vice-
versa: 2/3 – ½ - 1/3 
�Classificação: A tentativa pode ser branca ou cruenta. 
� Tentativa branca: aquela da qual não resulta lesão 
� Tentativa cruenta: aquela da qual resulta lesão. Aquela que fica crua, sangrenta... 
�A tentativa também pode ser classificada como: 
� Perfeita: O sujeito esgota os meios executórios. Termina o plano criminoso 
� Crime falho x imperfeita, inacabada: não esgota os meios executórios, não completa 
o plano criminoso. 
3. Tentativas qualificadas/abandonada: 
• Desistência voluntária: iniciada a execução, o sujeito, por ato voluntário, desiste de 
nela prosseguir, impedindo a consumação. 
�Consequência: fica afastada a tentativa e o sujeito só responde pelos atos já praticados. 
A desistência não precisa ser espontânea, bastando que seja voluntária. 
X EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
� Espontânea: é a que necessariamente independe de provocação (vem do nada) 
� Voluntária: pode ser provocada 
Na tentativa o sujeito quer, mas não pode. Na desistência ele pode, mas não quer. 
• Arrependimento eficaz: após terminar seu plano executório, o sujeito, 
voluntariamente atua de forma eficiente a impedir a consumação 
����Consequência: é a mesma da desistência voluntária, afasta a tentativa e só responde pelos 
atos já praticados. 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA ARREPENDIMENTO EFICAZ 
 
Basta interromper a execução para impedir a 
consumação 
É necessária a ação salvadora para impedir a 
consumação 
 
 
4. Arrependimento posterior: art. 16, CP – Causa de diminuição de pena de 1 a 2/3, desde 
que: 
• Sujeito repara o dano ou restitua a coisa 
• Por ato voluntário 
• Até o recebimento da denúncia 
• Nos crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa 
�Casos especiais: 
• No estelionato por meio de cheque, a reparação do dano até o recebimento da 
denúncia ou queixa, torna o fato um irrelevante penal (Súmula STF 554). 
• Peculato culposo (art. 312, 2º, CP) – se o funcionário público repara o dano até a 
sentença definitiva, está extinta a punibilidade. Se posterior a decisão definitiva, 
diminui a pena pela metade.

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