Buscar

Resenha- fragmentos historicos

Prévia do material em texto

Resenha: Fragmentos Históricos da Loucura.
Paulo Nori RA: a714375	
O conceito de loucura assim como outros conceitos foram construídos historicamente, dependendo da forma dominante de pensando da época
Quando a sociedade (cultura) era mais teocêntrica, todo aquele que fugia a norma era alguém que estava possuído por algum espirito, o que se curava através de rituais mágicos.
Com o surgimento do cristianismo, continuou-se a questão da possessão porém agora um louco era alguém imoral, isto é, todo aquele que não agia de acordo com as normas morais da igreja era considerados loucos. Prostitutas, homossexuais, promíscuos, pedófilos etc. A necessidade de livrar a rua desses males criou-se a Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Geral. Nele eram colocados todos aqueles que apresentavam condutas inadequadas para que eles fossem domesticados e ensinados a agir de forma adequada 
Descartes criou a divisão razão/desrazão fazendo com que o louco fosse considerado uma pessoa que não tinha a capacidade de pensar, por isso não produzia. O único momento em que se podia ser louco era aquele que o indivíduo criava, o artista, a ele era reservado o direito de ser louco porém somente enquanto criava a sua obra.
Com a tomada do poder pela burguesia loucos eram aqueles que não produziam, e os preguiçosos, inúteis e que não tinham caráter contratual era colocados no hospital geral. Porém com a industrialização necessitava de mão de obra, que possibilitou que pessoas que era antes consideradas loucas mais que agora conseguiam exercer alguma atividade de produção saíssem de lá. E assim restaram apenas aqueles que não conseguiam produzir ou que era mais instáveis.
Com isso alguns médicos responsáveis por essas instituições começaram a notar que alguns loucos apresentavam algumas características similares. Começou-se a objetivar a loucura, separa-la por grupos de semelhança. Assim surgiu a psiquiatria.
Surgindo assim o estudo da mente sadia e a não sadia.
Mas até hoje com grandes avanços no conhecimentos vivemos impregnados pelo conteúdo histórico da palavra louco, vivemos cheios de preconceitos.
Estamos inseridos em grupos os quais tem conceitos já prontos, e acima disso temos uma cultura que nos cria e assim somos pré-programados para repudiar tudo aquilo que nos é diferente.
A maior luta talvez seja entender que em cada um de nós há algo de louco, que foge da conduta moral, produtiva e até estética.

Continue navegando