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Psicologia Sócio Histórica e Marx

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Psicologia Sócio Histórica
A escola de São Paulo reforça o caráter transformador da relação homem/meio histórico cultural da teoria vygotkiana. Com um sentido crítico sobre status quo social e fundamentos psicológicos. Conhecida também como psicologia social crítica e psicologia sócio histórica. Lane questiona as ferramentas que os psicólogos importavam da Europa e dos EUA, sendo instrumentos ideológicos adaptadores de homem ao status quo a serviço do capital. Questiona psicólogos da Venezuela, França, Inglaterra, América Central, EUA.
Surge questões (sec. XX) sobre teorias antagônicas que busca explicação do fenômeno de algo natural e universal como o psiquismo levado ao desenvolvimento. A SIP – Amélia Gensberg mostra a relatividade dos comportamentos humanos com características de personalidade em função de outras histórias, culturas e sociedades. A psicologia não devia ter leis universais. Questões: o que se deve o caráter universal de alguns aspectos psicológicos e o caráter particular de outros? Qual a relação entre o biológico da espécie e o histórico cultural das sociedades? 
Dando início a crise teoria e metodológica sentida pela Psicologia Social e a crise de caráter político que a américa latina passava. O conhecimento cientifica cria nova sociedade e novos caminhos teóricos e metodológicos na pratica psicológica. Vygostky é quem supera a crise através da epistemologia materialista histórica e dialética que entende o psiquismo humano na materialidade histórica em que não há homem regido por leis universais. Para ele a ciência psicologia é relativa por causa do objeto de estudo pois o psiquismo e seu conhecimento será especifico/particular, organizado em categorias universais. 
Materialismo histórico e dialético o saber e o pensamento é relacionado a realidade com ações ligadas diretamente. A comprovação da teoria ocorre pela transformação da realidade pela pratica. Para Vygostky o mecanismo de apreensão do mundo externo objetivo transforma a natureza humana, com interesses na reorganização da psicologia, na função mental superior, no processo de organização cerebral, na formação da mente e outros. O materialismo histórico e dialético é a forma de entender o conhecimento humano, analisando a sociedade burguesa, criticando o sistema político e econômico, juntamente com a psicologia sócio histórica. 
Processo de Desenvolvimento Histórico da Organização da sociedade e do mundo do trabalho
O processo de hominização é o entendimento das transformações genéticas que surge do Homo Sapiens, que passou pelo processo evolutivo. A evolução da nossa realizações e capacidades técnicas, contribui a espécie atual, o aspecto fabricante corresponde ao traço criador do hominídeo, constituindo o processo de humanização. Hominídeo desenvolveu elementos necessários para sua sobrevivência transformando o meio em que viviam e a si mesmo. Os grupos humanos do período Paleolítico buscavam alimentos e desenvolvia ferramentas de pedra lascada, tendo conhecimento também do fogo e uma linguagem fundada, considerado como uma revolução tecnológica. 
O nomadismo era comum, mudavam para busca alimentos e garantir sobrevivência. Porem a racionalização (período neolítico) faz com que domesticasse animais e desenvolvesse uma agricultura, dando início ao processo sedentário, com uma divisão de trabalho nos grupos, aparecendo tribos e laços parentesco. Dando origem a proprietários de terra com economia tribal. Aparecendo uma sociedade escravista, em que cada ser produza mais que o necessário tornando uns mais ricos que outros, usando mão de obra escrava. 
Pela inexistência da função do trabalho escravo surge o trabalho livre pelo progresso as técnicas produtivas e a necessidade de maior produtividade. Implantando o sistema feudal em que tinha um poder descentralizado, economia na agricultura de subsistência, trabalho servil e economia monetária por troca. Quem não tinha espaço no feudo se dedicava ao comercio – burgos medievais. Os artesãos possuíam os meios de produção e trabalho em casa, transformando a matéria prima em produto acabado. 
A Prática, A Historia E A Construção Do Conhecimento: Karl Marx (1818-1883)
A revolução industrial é a nova etapa da relação do homem com o mundo, a organização da sociedade é o mundo do trabalho. Caracterizado pela passagem da manufatura a indústria mecânica, aumentando a produção e a força de trabalho vira mercadoria. As primeiras fabricas os artesãos trabalhavam em troca de um salário sob controle de um empregador, dominando integralmente as etapas do processo de produção, sabendo o valor do que estava produzindo, definindo o tempo e ritmo.
O processo de industrialização tem como consequência a divisão do trabalho, a produção em série, urbanização, perda do controle do processo produtivo, alienando (desconhecimento do valor da riqueza produzida), pela repetição dos movimentos ficando mais rápido e aumentando a produção. O trabalhador passa a perceber a discrepância do seu trabalho pelo seu salário. Expropriação (potencialidade humana tomada por outra entidade). 
Marx quer mostrar a perda de uma determinada habilidade por parte da classe trabalhadora, pela relação com os acontecimentos políticos e históricos de seu tempo, pelo conceitual histórico como sua pratica política a serviço da classe trabalhadora. Mais trabalho é mais produção, mais valores, para o capitalista. Superprodução é razão da pauperização. Desenvolvimento do capital cria desigualdades econômicas e sociais. 
O novo sistema industrial transforma as relações sócias e crias classes sócias os empresários (o que tem capital, prédio, matéria prima) e os operários (o que tem força de trabalho para obter salario). Dando origem a luta de classes. Ao introduzir maquinas piora as condições de trabalho gerando as questões sociais = aumento da busca de emprego, jornada de trabalho de 15 horas, ambiente inadequado, não havia segurança, operários moravam em bairros sem infraestruturas. Aumenta número de crianças e mulheres trabalhando pela facilidade de manejo das maquinas, aumenta também a exploração em que impõe condições sem aumento de salário para garantir lucro. Os trabalhadores não tinham direitos social, sujeito a castigo e multas, se caso fosse protestar era caso de polícia sendo considerado uma ofensa moral a burguesia e uma ameaça as instituições e a propriedade, porém, depredavam as maquinas e as instalações fabris. Dando força aos movimentos socialistas que pregavam a igualdade. 
1848 – Marx e Engels – Manifesto Comunista discute os diretos do trabalhador. 1881 – Otto von Bismarck cria a legislação social voltada para a segurança do trabalhador, obrigando empresas a subscreverem apólices de seguro contra acidentes, incapacidades, velhice e doença. Criando a responsabilidade social do Estado. Em 1917 no México se torna o primeiro lugar a coloca a jornada de trabalho como 8 horas, férias remuneradas, regulamentou o trabalho de criança e direito a maternidade. 1919 há a constituição dos países europeus pelos mesmo direitos. O tratado de Versalhes forma o direito do trabalho mundial.
Karl Marx (1818 - 1883)
Nasceu na Prúsia. Estudou Direito em Berlim. Entra em contato com a filosofia de Hegel, que é dividia em:
Hegelianos da direita: tem o espirito absoluto como criador da realidade, com fim previsto, e uma visão teológica da história. Interpretavam obras de Hegel que salientam aspectos que justificassem as verdades da religião crista ou que derivam das posturas politicas conservadores. Para o estado o que caracteriza é a soberania, sendo absoluto sobre a terra, encarando a vontade da coletividade inteira. O estado é a razão em atos, em que forma homem pela educação racional. Monarquia institucional adere a esta solução desde que o governo seja exercício por pessoa competente. 
Hegelianos da esquerda: liberta-se do conservadorismo e destaca o papel crítico da filosofia de Hegel, se opõe a concepção liberal e democrática a uma concepção de estado forte. Retoma a proposta dialética para análise das questõesconcretas que afetavam o homem, criticando o caráter teológico. Enfatizavam o homem como um ser consciente e ativo, em um mundo que o trabalho e lazer dependeria da atividade racional livre. Na Revista Anais Franco Alemã, Engels, criticava a economia política, impressionou Marx, o qual se dedicou ao estuda da economia política com Engels. 
Karl Marx (1818 - 1883) e Friedrich Engels (1820 – 1895) 
1884 – A sagrada família, levou ao rompimento de Marx pela esquerda hegeliana. Ao participar da Liga dos Comunista é quando Marx e Engels escrevem o manifesto comunista – A ideologia Alemã. Por meio do socialismo surge a possibilidade de construção de uma nova sociedade em uma abordagem cientifica da sociedade capitalista e das condições de transformação. Os textos de Marx mostram uma relação ativa com o movimento operário e com a luta política. Para compreender as ideias de Marx precisa reconhecer a relação entre seu trabalho intelectual e sua atuação políticas e as influencias teóricas que marcam o desenvolvimento do pensamento. 
No sistema filosófico de Hegel, Marx recupera a proposição da dialética como perspectiva para compreender o real e para construir o conhecimento. É preciso reconhecer os vínculos da lógica da dialética em oposição a lógica formal, superando a dicotomia entre objetividade e subjetividade. Hegel não separa o Espirito e mundo, sujeito e objeto, desenvolve o Idealismo Absoluto a fim de referir um modo integrado e desenvolvido na relação entre mente e natureza. A mente ou espirito manifesta em um conjunto de contradições e oposições que se integram e unem sem eliminar os polos ou reduzi-los. 
A dialética é uma possibilidade de compreensão da realidade como contraditória e em permanente transformação. Expressa o movimento constante e complexo em que está submetido toda a realidade. Para apreender o movimento do mundo, o pensamento deve se submeter ao procedimento que orientam o desenvolvimento das coisas e ser dialético. Assim, a dialética está nas coisas, já que o mundo real e o pensamento constituem uma unidade indissolúvel. Dialética Hegeliana – toda realidade envolve a ideia de que é negativa, sendo parte da natura dos seres do mundo objetivo e do próprio homem, colocando em oposição aquilo que os seres são em suas potencialidades, sugerindo um estado de limitação. A força de um dever – motivação dos seres em direção aquilo que não são. Dever de perceber ou negar o estado anterior para ser substituído pelo novo que realiza uma potencialidade presente no velho. A negatividade é a matriz do processo de transformação continua de toda a realidade. 
Por meio da dialética compreende-se que as coisas estão sempre em relação reciproca, como algo isolado e fora da realidade a sua volta. A verdade só se encontra na totalidade do sistema. Portanto a dialética é a ciência das leis gerais do movimento do mundo externo e do pensamento humano. Se contrapondo a lógica formal que é o princípio da realidade. Logica formal: todo ser é igual a si mesmo em não pode ser o seu contrário (não ser). Nada pode ser e não ser. Na dialética o não ser participa da formação do ser negando e promovendo a síntese o vir a ser, então tudo está em movimento – todo fenômeno é um dever ou vir a ser. Compreender a realidade é entender como ela vem - a – ser. O devir do real passa pela determinação do racional. 
Marx – método do materialismo histórico e dialético caracteriza pelo movimento do pensamento através da materialidade histórica da vida dos homens. Feuerbach – hegeliano de esquerda – marcou Marx, pela produção do conhecimento cientifico, afirmando que os homens constroem as divindades a sua imagem e semelhança, o homem se aliena ao atribuir a entidade, apresenta uma concepção materialista e naturalista, as ideias são decorrências da interação do homem com a natureza e que recria as ideias por essa interação, o conhecimento é determinado pela matéria, pelo mundo que existe independente do homem. Marx assume que a matéria existe independente da consciência e que as ideias são o material transportador para a consciência humana (o homem vive e cria – situação material). O que determina a consciência é o ser social que adquire. 
Relações de trabalho e transformação social – W. Codo
Fabrica é onde os homens transforma a natureza a sua imagem e semelhança, pelo domínio sobre a produção e os meios, dividindo o produto pela sociedade, alimentando sua família, pagam pela habitação, educam os filhos. Comportamento de um ser normal que trabalha em um escritório com função burocrática, o seu lugar de trabalho determina seu horário, aparência – traje se está correto ou não, linguagem. As relações de trabalho determinam o seu comportamento, expectativas, projetos para o futuro, afeto e outros. Cada gesto, ato marca seu local na classe social em que ocupa na produção. 
O ser social para Marx, é produto das condições sócias desenvolvida historicamente. As contradições do movimento real é que será o conjunto de determinações do desenvolvimento do ser social, ao mesmo que o ser participa do mesmo. Por isso só materialismo histórico e dialético é capaz de transformação social.
As bases metodológicas e princípios epistemológicos que dirigem suas análises, extraem uma proposta de produção de conhecimento cientifico em decorrência da influência de Feuerbach, em que as ideias são a interação do homem com a natureza recriando-as, expressando uma concepção materialista e naturalista do homem. Para Marx, o homem é parte da natureza, mas não se confunde a ela, sendo um ser natural por ser criado pela natureza e depender dela para sobreviver, porém, não se confunde a ela, ele se diferencia dela pois usa a natureza para transformar conscientemente suas necessidades, tornando uma natureza humanizada e histórica. Assim, Marx distingue o homem e natureza e naturaliza e humaniza o homem e a natureza. 
O homem natural humaniza a natureza, criando instrumentos, pela necessidade e relação material com o mundo, ensinando os grupos a mesma ação. A humanização do homem desenvolve o psiquismo, permitindo as ações materiais juntamente com ideias, exteriorização do processo criando as ferramentas e um novo homem (trabalho) – desenvolve a si mesmo e ao outro. Este processo acarreta na relação as condições matérias e concretas que se modificam oferecendo novas possibilidades de desenvolver o homem. A compreensão do homem implica a compreensão da sua relação com a natureza, pois na relação o homem constrói e transforma a si mesmo e a própria natureza, ai que natureza é humanizada e o homem em sua relação com ela deixa de ser um produzido puro para se tornar um produzido produtor do que produz. 
O que os homens são está determinada por sua atividade em que está condicionado pelo nível já alcançado no desenvolvimento de seus meios e formas de organização. A constituição do homem como ser histórico e social no processo de sua relação com a natureza transforma satisfazendo e criando necessidade materiais e si próprio. Não há uma essência humana dada e imutável, a natureza humana é constituída historicamente e em consequência o mundo, instituições, e a própria natureza não tem uma essência dada. 
Para Marx, as ações humanas são relações humanas com o mundo, que constroem o próprio homem, no sentido biológico (aparato perceptivo) ou sentido prático e espirituais. (Aparato afetivo), nega então a concepção de uma natureza humanada pronta, imutável, resultado de algo exterior independente ao próprio homem. Necessidade de um homem ativo na construção de si mesmo, da natureza ou da sua história, que está envolvido num processo continuo e infinito de construção de si mesmo. As próprias coisas constituem na sua relação com os homens e não tem valor em si, por não ser apreendidas independente da relação. A noção de que não há coisas uma essência dada aplica-se a tudo que cerca o homem. Abrange os fenômenos tido como matérias, físicos, espirituais. Amoral, a religião, e a metafisica perdem a aparência de sua própria substancialidade, sem sua própria históriaou desenvolvimento, a não ser que o homem desenvolve sua produção material ao mudar esta realidade, muda o pensamento e os produtos de seu pensamento. 
A compreensão da gênese e do desenvolvimento dos fenômenos deve partir da concepção de que nada tem caráter imutável. Os mesmos homens que estabelecem a relação social de acordo com sua produtividade material, produz os princípios, as ideias e as categorias que são pouco eternas quanto as relações que exprimem, sendo produto histórico e transitório. Os fenômenos constituem, fundamenta e transforma por meio de múltiplas determinações que faz parte dele e de outras relações, fazendo parte de uma totalidade que o contém. As coisas (ser) constituem de contradição e forças antagônicas (não ser) por movimento e transformação constante existindo uma continua inter-relação com outros fenômenos que constitui as totalidades que as formam. Conhecer, compreender os fenômenos que são constituídos, não é fácil por haver uma destituição entre as coisas tal como aparecem e são na realidade, entre a forma de manifestação das coisas e sua real constituição, ou uma diferença entre aparência e essência.

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