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Disciplina: Ética e Responsabilidade Social Unidade 2 - Responsabilidade Socioambiental: desenvolvimento sustentável, ecologia, tecnologia e globalização Semana 4 A Responsabilidade socioambiental no contexto de uma visão ecossistêmica da sociedade Responsabilidade socioambiental é o relacionamento ético e transparente das organizações, sejam privadas ou públicas, individuais ou coletivas, visando o desenvolvimento sustentável e igualitário da sociedade. BALANÇO SOCIAL O Balanço Social é um demonstrativo publicado anualmente pela empresa reunindo um conjunto de informações acerca dos projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos colaboradores, dependentes, comunidade, investidores, analistas de marcado e acionistas, dando transparência às atividades que buscam melhorar a qualidade de vida para todos. Diretrizes da responsabilidade socioambiental empresarial Valores e transparência por meio de: Visão e Missão Balanço Social Valorização dos colaboradores (público interno) Comprometendo-se com as leis trabalhistas Encorajando para novas ideias Incorporando a diversidade como valor essencial Diversificando a Seleção (parentes de funcionários) Investindo na formação (palestras, treinamentos etc.) Incentivando no desenvolvimento de talentos (formação integral) Dando autonomia para um bom trabalho em equipe Evitando demissões Incentivando melhor qualidade de vida (plano de saúde, saúde ocupacional monitorada, apoio psicológico, prática esportiva, etc.) Ambiente adequado de trabalho Comunicação clara Meio ambiente (programas de educação ambiental) Coleta Seletiva – reciclagem do lixo Desperdícios (água, luz, papel etc.) Garantindo a confiança dos clientes (público externo) Pesquisas de opinião Sugestões Informações claras e corretas Campanhas publicitárias Qualidade e Excelência no atendimento Balanço Social Comunidade Programas sociais, culturais, esportivos, ambientais etc. Bem comum Movimentos sociais para o desenvolvimento da cidadania Adoção de parques e praças etc. Parceiros e fornecedores Ética: respeito e transparência Precisamos ver em nossa sociedade atual, qual a importância das empresas, dos Estados e o papel da sociedade em relação a responsabilidade socioambiental. Então fique atento! Na fase inicial do capitalismo industrial, o poder encontrava- se centralizado na figura do proprietário da fábrica. Ele comandava a fábrica e centralizava todas as decisões. Posteriormente, surgiu, no cenário interno da organização, a figura do gestor profissional, que não era proprietário, mas que possuía habilidades e conhecimentos que o dono da empresa não tinha. Com o passar do tempo, acionistas e investidores passaram a intervir na composição do poder das empresas. Com o passar do tempo, as fábricas foram se abrindo a demandas sociais. Neste sentido, o movimento operário foi importante para que as organizações ao sofrer pressões pudessem rever suas relações de trabalho. A partir da segunda metade do século XX, as empresas passaram a ser cobradas no que se refere a outras funções sociais. Isto se deu em parte pela atuação de outros movimentos sociais: ambientalistas e consumidores (SANTOS, 2009). A percepção deste novo cenário se fez notar na Administração através da Teoria dos Stakeholders, que em linhas gerais, supõe que a empresa deve agir de forma responsável em relação a todos os grupos com quais ela se envolve: consumidores, funcionários, fornecedores, acionistas, comunidade, meio ambiente etc (SANTOS, 2009). Os Estados Nacionais Atualmente, o poder de algumas empresas é tão grande, que a própria noção de Estado é posta em xeque. Para o sociólogo Max Weber, o Estado possui autoridade para uso do poder coletivo, podendo usar se necessário até mesmo a coerção. Max Weber Para Karl Marx, o Estado existe para atender as necessidades das classes dominantes e não as necessidades coletivas. Outros autores acreditam que o poder dos Estados foi enfraquecido com a globalização, uma vez que as empresas passaram a ter mais liberdade econômica e menos intervenção do Estado. Porém, outros autores discordam disto, afirmando que o Estado ainda controla instrumentos de poder político, militar e econômico. Por isso, ao invés de globalização, eles falam em internacionalização econômica, que é a relação mais ampla entre economias ou sociedades nacionais com interesses distintos (SANTOS, 2009). Sociedade civil e Terceiro Setor De acordo com Vania Santos (2009) a partir da segunda metade do século XX, surgiram novos agentes econômicos, novas tecnologias de comunicação, novos modelos de gestão e um crescimento do consumo mundial. Porém, houve também um agravamento dos problemas sociais, com o aumento do desemprego, da exclusão social, da violência, os conflitos religiosos e étnicos e a degradação ambiental. As organizações não governamentais são uma resposta à tentativa de resolução destes problemas sociais e ambientais. O enfrentamento destes problemas é urgente. A sociedade civil é o espaço privilegiado para despertar a sensibilidade social para as consequências que tais transformações provocam na sociedade. Empresas, meio ambiente e relações internacionais Atualmente, podemos observar a ideia de desenvolvimento sustentável que busca integrar o crescimento econômico e a preservação do meio ambiente. Neste sentido, os acordos internacionais tem se empenhado para fazer com que os países controlem melhor os impactos causados ao meio ambiente. Você sabe o objetivo da Gestão Ambiental? E a definição de desenvolvimento sustentável? Então vamos lá! Gestão ambiental e sustentabilidade O objetivo da gestão ambiental é ordenar as atividades da empresa para que elas causem o menor impacto possível sobre o meio ambiente. Gestão ambiental define- se pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com desenvolvimento sustentável da sociedade. Ela desenvolve e aplica ferramentas que permitam o planejamento e a ampliação do controle dos impactos das atividades das empresas sobre a sociedade e o meio ambiente e decorre da ruptura do modelo de desenvolvimento praticado ao longo dos últimos séculos. Por sua vez, desenvolvimento sustentável pode ser definido como um modelo econômico, político, social, cultural e ambiental equilibrado, que satisfaz as necessidades das gerações atuais, sem comprometer o bem viver das gerações futuras. A sustentabilidade pode ser definida como a capacidade de uma sociedade (ou atividade) se manter por tempo indeterminado, sem provocar esgotamento dos recursos naturais (ou danos a estes), considerando o bem-estar dos seres humanos. Já a sustentabilidade global foi definida no Relatório Brundtland - como ficou conhecido, mundialmente, o relatório Nosso Futuro Comum, de1987, em homenagem a Gro Harlem Brundtland, Ex- Primeira Ministra da Noruega e Presidente da referida comissão: como a habilidade das sociedades para satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem a suas próprias necessidades. Movimentos de consumidores O Código de Defesa do Consumidor, o prazo de validade nas mercadorias e o recall são algumas conquistas dos consumidores no que diz respeitoao aumento da responsabilidade social das empresas sobre eles (SANTOS, 2009). Você já deve ter ouvido falar sobre o impacto do consumo nos recursos naturais do planeta. De fato muitas discussões existem sobre esse tema. Para tentarmos encontrar uma resposta, pense um pouco sobre o tema. Pensou? Agora vamos ler um pouco sobre esse assunto muito importante. O impacto do consumo nos recursos naturais do planeta O consumo sempre existiu e sempre existirá, mas são muito divergentes as origens históricas da sociedade de consumo. A alegação é que a revolução do consumo e comercial precedeu a Revolução Industrial e os grandes avanços tecnológicos. Isso porque foi necessário existir uma demanda para ocorrer a Revolução Industrial (NICOLAU, 2013). Na cultura de consumo, o que conta é o consumo baseado na satisfação instantânea do desejo, e não a real necessidade de se consumir. Temas como materialismo, exclusão, individualismo, hedonismo (fazer do prazer o objetivo da vida), falta de autenticidade, desagregação dos laços sociais e decadência foram ligados ao consumo (NICOLAU, 2013). Tudo o que consumimos impacta o mundo de alguma forma, seja pela origem ou pelo destino do que se consome. O padrão de consumo atual, além de ser socialmente injusto e moralmente indefensável, é ambientalmente insustentável. O esgotamento dos recursos naturais indica uma desigualdade na atual geração e entre gerações (NICOLAU, 2013). E a questão do efeito estufa e do aquecimento global. Será que tem alguma diferença entre eles? Vamos saber mais sobre isso nos próximos slides! Efeito estufa e aquecimento global O efeito estufa é algo fundamental para o planeta, pois é o que mantém o planeta aquecido e o torna habitável, e não deve ser confundido com aquecimento global. Já o aquecimento global é o desequilíbrio do efeito estufa, que causa o aumento de temperatura do planeta, e consequentemente, o aumento da temperatura média dos oceanos, o derretimento de geleiras e o aumento do nível do mar. Entre as principais ações feitas pelo homem para atender a demanda da sociedade do consumo e que contribuem para o aquecimento global estão o desmatamento e o transporte automotor. O desmatamento se tornou um dos maiores problemas ambientais. Anualmente, 13 milhões de hectares são destruídos. O veículo automotor é um dos maiores causadores da poluição do ar e sua utilização como meio de transporte já representava 59%, no Brasil, 2003. Não estamos tão distantes de uma possível crise mundial por falta de água se considerarmos que hoje uma em cada seis pessoas já não tem um fornecimento de água apropriado. O lixo é um problema do mundo moderno. Você se preocupa com isso? Você acha que ele é de sua responsabilidade? O que fazer com ele? Você já pensou nisso? Toneladas de lixo são produzidas diariamente e despejadas em lugares impróprios, sem o tratamento adequado, sobrecarregando os lixões e criando novos depósitos de lixo, tornando-se possíveis fontes de contaminação do meio ambiente. A maior parte do lixo produzido não passa por coleta seletiva. De acordo com Adriana Nicolau (2013) o lixo passou a ser um problema devido aos excessos da indústria e a poluição das grandes cidades. Em todo território brasileiro, 52,8% do lixo produzido não recebe o tratamento correto. No Rio de Janeiro somente 24% dos municípios possuem coleta coletiva dos resíduos domésticos. Conhecer o ciclo de vida dos materiais, desde a matéria- prima até o descarte e o seu tempo de decomposição nos ajuda a pensar na reciclagem. Já que alguns materiais podem demorar centenas de anos para se decompor, por que não reutilizá- los? A tabela de tempo de composição a seguir pode auxiliar da forma como descartamos o lixo. A seguir vamos listar algumas ideias para um consumo sustentável. Coloque o óleo utilizado em um recipiente fechado; Cada quilo de carne bovina produzida necessita de 200 litros de água, enquanto o quilo de frango somente 10 litros; A panela de pressão pode economizar até 70% do gás; Utilizar transporte público ajuda a conservar o meio ambiente. Geladeira e freezer utilizam mais energia quando localizados próximos de fonte de calor; Feche a torneira da pia ao escovar os dentes, feche o chuveiro ao se ensaboar, E aí gostaram da aula? Para complementar esse assunto recomendo a leitura do texto “O que é e o que não é sustentabilidade segundo F. Capra” , de Leonardo Boff é um texto que deve ser lido para que você discuta um pouco mais sobre o que é sustentabilidade. http://leonardoboff.wordpress.com/2013/08/10/o-que-e-e-o-que- nao-e-sustentabilidade-segundo-f-capra/ Ele está disponível em: Para complementar seu aprendizado, não esqueça de ler os textos disponíveis no nosso AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) No próximo slide falaremos sobre o Panorama Social. Veremos algumas informações sobre o IDH e sobre algumas injustiças no mundo geradas pelo preconceito. Não perca a aula vai ser muito interessante!
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