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prova economia internacional

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Responda de maneira clara, completa e consistente as questões abaixo enumeradas.
(1,5) Instituto Rio Branco/Diplomacia 2016 - Em seu discurso de posse, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou: “Nas políticas de comércio exterior, o governo terá sempre presente a advertência que vem da boa análise econômica”. À luz dessa afirmação e das teorias de comércio internacional, os itens subsecutivos são verdadeiros ou falsos? Por quê?
David Ricardo aperfeiçoou as ideias de Adam Smith e desenvolveu a chamada Teoria das Vantagens Comparativas. No livro Sobre os Princípios da Economia Política e da Tributação, Ricardo defende que o comércio internacional é benéfico a todos os países que mantêm vínculos comerciais entre si, pois o importante, segundo ele, são as vantagens comparativas, não as absolutas, de todos os fatores de produção de uma economia. 
RESPOSTA = FALSA, Ricardo afirma que a economia deve se especializar na produção do bem em que o fatr trabalho seja mais produtiva.
Segundo a teoria neoclássica do comércio internacional, também conhecida como Teorema de Hecksher-Ohlin, o comércio internacional resulta de dotações distintas dos fatores de produção entre os países, e a vantagem comparativa é determinada pela escassez relativa desses fatores.
RESPOSTA = VERDADEIRA, pois de acordo com essa teoria a economia deve se especializar onde houver maior abundância e leva em conta os fatores capital e trabalho.
Segundo uma vertente da teoria neoclássica de comércio internacional, conhecida como Teorema Heckscher-Ohlin-Samuelson, a eliminação das barreiras ao comércio entre dois países resulta na convergência dos preços de seus fatores de produção.
RESPOSTA = VERDADEIRA, pois assim o valor da mercadoria estará em função do custo que produzira o mesmo em um cenário internacional, desta forma o custo da mercadoria será o mesmo em ambos os países, importador e exportador.
A hipótese de tecnologia semelhante entre países, adotada pelo modelo tradicional de dotação relativa de fatores de Heckscher-Ohlin, não é compatível com um cenário em que a tecnologia seja considerada um bem público.
RESPOSTA = FALSA, pois se a tecnologia fosse um bem publico seria semelhante em todos os países.
Em um modelo de dotação relativa de fatores em que os fatores modelados sejam o trabalho qualificado e o não qualificado, o aumento salarial provocado por uma intensa demanda relativa por trabalho não qualificado e associado a baixos níveis de produtividade poderia explicar a chamada armadilha da renda média em países relativamente abundantes em trabalho não qualificado.
RESPOSTA = VERDADEIRA, pois existiria uma grande diferença salarial entre os que detém mão de obra qualificada para a não qualificada.
(1,5) Um modelo comum da evolução de uma determinada indústria é o chamado ciclo de vida do produto, com suas quatro fases: Introdutória, de Crescimento, Maturidade e Declínio.
(0,5) Faça o gráfico que tipicamente ilustra esse modelo, com o tempo na abscissa e o volume de produção e vendas do inovador na ordenada, delimitando temporalmente, com linhas verticais, as quatro fases mencionadas acima.
RESPOSTA =
(0,5) Como ocorre o deslocamento da produção industrial para os países periféricos? Quais são as características requeridas para a produção, conforme o ciclo de vida, que favorece esse deslocamento?
RESPOSTA = Esses países periféricos têm dificuldade no processo de maturidade da industrialização onde a falta de tecnologia e mão de obra qualificada dificultam o processo. Fatores como capital, trabalho, salário são fundamentais para o ciclo de vida do produto.
(0,5) Que produtos poderiam ser exemplos de bens que atualmente estão passando ou passaram pelos vários estágios e tiveram deslocamentos na sua produção, esboçados pela teoria do ciclo do produto?
RESPOSTA = Carros movidos a combustível que futuramente serão elétricos. 
(1,0) Em sua Tese de Doutorado na ESALQ/USP (2003) Márcia Istake realizou testes de validade do Teoria H-O para a dotação relativa de fatores no Brasil, entre 1994 e 2000, utilizando, também a abordagem de qualificação de mão-de-obra e do comércio intra-indústria. Ela observou que no comércio do Brasil com a Ásia, EUA e UE, os produtos eram originados de regiões com maior dotação relativa de mão-de-obra não-qualificada. Mas no Comércio do Brasil com o Mercosul, os produtos eram de regiões com abundância de mão-de-obra qualificada. Argumente, à luz do Paradoxo de Leontief e suas explicações, sobre a validade, ou não, da Teoria H-O para o caso brasileiro.
RESPOSTA = A tese mostra que o Brasil exporta produtos simples para outros países, pois existe vantagem comparativa para produção destes ao invés de produtos de mais tecnologia. Em suma, é mais vantajoso para o Brasil exportar commodities e importar tecnologia avançada de países desenvolvidos, e vender manufaturados para o mercosul. Assim a relação capital, trabalho, salários e juros são menores produzindo produtos menos qualificados a países desenvolvidos.
(1,0) Que fatores são importantes para determinar a extensão do atraso da imitação e a extensão do atraso da demanda na difusão de um produto e no seu comércio internacional? Explique.
RESPOSTA = A extensão do atraso da imitação é definido como o tempo em que um produto é introduzido em um determinado pais demora a ser aprendido pelas empresas de um outro país, pois a mesma tecnologia não esta presente em todos os países. Assim deve se considerar o tempo de aprendizagem e para se adquirir tecnologia e know how, além da compra de insumos, instalação de equipamentos, inclusão do produto no mercado. A extensão do atraso a demanda se refere ao tempo em que um produto produzido num país A demora a ser aceito pelos consumidores de um pais B, devido a uma fidelidade ao produto consumido atualmente ou por atraso nos fluxos de informação. Esses atrasos se devem também ao grau de abertura dos países, que vão influenciar o quão grande será o atraso e também a necessidade do produto para o país.
(1,0) Suponha que os bens “vinho” e “sapatos” são produzidos na Itália e na Suíça nas condições técnicas descritas pela matriz seguinte
Matriz de custos unitários em unidades de trabalho
	País
	Vinho
	Sapatos
	Suíça
	3 h/galão
	4 h/par
	Itália
	2 h/galão
	4 h/par
(0,2) Nestas condições e de acordo com a teoria das vantagens absolutas, justifica-se a especialização da Itália em Vinho e da Suíça em Sapatos ? Argumente.
 RESPOSTA = De acordo com a teoria a Itália deve se especializar em vinho, pois utiliza menos tempo para produzir. Quanto aos sapatos ambos produzem igual, portanto não há motivação para importação.
(0,4) De acordo com a teoria clássica das vantagens comparativas, que padrão de comércio (que país exporta que produto) se estabeleceria caso estes dois países decidissem abrir as suas fronteiras? Que fatores explicam esse padrão de comércio?
RESPOSTA = A Itália exportaria vinho e a Suiça se especializaria somente em sapatos, pois existem as vantagens comparativas.
(0,4) Considerando que cada país possua 1.200 h/h, apresente a curva de oferta agregada indicando entre que limites de preços relativos os termos internacionais de troca deverão ficar?
QUESTÃO EXTRA: Avalie a seguinte situação e elabore um pequeno texto com seus comentários a respeito da notícia veiculada:
ANATOLE KALETSKY The US Will Lose Its Trade War with China. Sep 21, 2018 
Os Estados Unidos não podem vencer sua guerra tarifária contra a China, não importa o que o presidente Donald Trump diga ou faça nos próximos meses. Trump acredita que ele tem a vantagem neste conflito, porque a economia dos EUA é forte e porque os políticos republicanos e democratas apoiam a meta estratégica de frustrar a ascensão da China e preservar o domínio global dos EUA. Mas, ironicamente, essa força aparente é a fraqueza fatal de Trump. Aplicando o princípio das artes marciais de redirecionar a força do oponente contra ele, a Chinapode facilmente vencer a competição tarifária, ou pelo menos lutar contra Trump. 
De David Ricardo, economistas argumentam que restringir as importações reduz o bem-estar do consumidor e prejudica o crescimento da produtividade. Mas a principal razão pela qual Trump será forçado a ceder não é isso. Para avaliar as forças respectivas do conflito norte-americano, há outro princípio econômico - pouco invocado para explicar a futilidade das ameaças tarifárias de Trump - muito mais importante do que o conceito ricardiano de vantagens comparativas: o gerenciamento da demanda keynesiana. E, de acordo com esse critério, está claro que as tarifas de Trump prejudicarão os Estados Unidos, mas não afetarão a China. Do ponto de vista keynesiano, o resultado de uma guerra comercial depende, em primeiro lugar, de saber se os concorrentes estão em recessão ou têm demanda excessiva. Em uma recessão, as tarifas podem estimular a atividade econômica e o emprego, embora ao preço de menor eficiência no longo prazo. Mas em uma economia que opera em seu potencial máximo ou perto dele (como é claramente o caso nos Estados Unidos agora), as tarifas só conseguirão elevar os preços e aumentar a pressão sobre as taxas de juros. No nível agregado, as empresas dos EUA não encontrarão trabalhadores dispostos a trabalhar por salários baixos para substituir os bens importados chineses; e mesmo aquelas poucas empresas que encontram nas tarifas uma razão para competir com as importações da China teriam que aumentar os salários e construir mais fábricas, o que contribuiria para a pressão ascendente sobre a inflação e as taxas de juros. Dada a escassez de capacidade excedente, os novos investimentos e contratações necessários para substituir os bens chineses seriam prejudiciais para outras decisões de negócios que eram mais lucrativas antes da guerra tarifária com a China. Assim, a menos que as empresas dos EUA estejam confiantes de que as tarifas continuarão por muitos anos, elas não investirão ou contratarão mais trabalhadores para competir com a China. 
Assumindo que as empresas chinesas estejam bem informadas e conscientes disso, elas não reduzirão os preços de suas exportações para absorver o custo das tarifas dos EUA. Isso obrigará os importadores norte-americanos a pagar tarifas e transferir os custos aos consumidores (o que aumentará a pressão inflacionária) ou aos acionistas, reduzindo os lucros. Assim, as tarifas não serão uma "punição" para a China, como Trump parece acreditar , mas prejudicará principalmente os consumidores e empresas dos EUA (como se fosse um aumento no imposto sobre vendas). (...)
É aí que, paradoxalmente, o apoio bipartidário nos Estados Unidos para uma "política de contenção" em relação à China se volta contra Trump. Até agora, a liderança chinesa não quis apelar abertamente para estimular a demanda como uma arma na guerra comercial, porque o presidente Xi Jinping tem um forte compromisso de limitar o crescimento da dívida chinesa e reformar o setor bancário. Isso levanta a questão de como Trump reagirá quando suas tarifas começarem a prejudicar as empresas e os eleitores americanos, enquanto a China e o resto do mundo não se dão conta. A resposta provável é que seguirá o precedente de seus conflitos com a Coréia do Norte, a União Europeia e o México: proporá um "acordo" que não atingirá seus objetivos declarados, mas permitirá uma "vitória" e justificará a beligerância verbal que excita seus apoiadores.
RESPOSTA= A guerra comercial entre a China e os EUA, afeta a economia internacional como um todo, apesar da força econômica dos EUA as tarifas impostas a China podem se voltar contra o próprio país.
 Essas tarifas têm como um dos objetivos proteger a indústria nacional, porém talvez esta política não esteja funcionando já que para competir com as importações da China geraria muito mais gastos, com o aumento de salários e implantação de novas fabricas, isso seria viável se a permanência dessas tarifas fosse certa, entretanto dificilmente as empresas irão se arriscar.
 Com essa troca de tarifas entre os países, onde a China leva vantagem, os preços serão repassados aos consumidores aumento preços e diminuindo os lucros dos empresários.

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