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COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL Comunicação não-verbal é a comunicação que não é feita com sinais verbais, que não é feita com a fala nem com a escrita. Diferentemente da comunicação inconsciente, que pode ser verbal ou não-verbal. Comunicação através de Símbolos Gráficos O uso da simbologia é uma forma de comunicação não verbal: sinalização, logotipos, ícones, são símbolos gráficos constituídos basicamente de formas, cores e tipografia. Através da combinação destes elementos gráficos é possível exprimir idéias e conceitos numa linguagem figurativa ou abstrata, o grau de conhecimento de cada pessoa é que determina qual a sua capacidade de interpretação entre a linguagem não verbal para uma linguagem verbalizada, falamos do uso dos símbolos (linguagem não verbal) e seus significados (linguagem verbal). As cores mais utilizadas neste processo são àquelas de maior contraste cromático, tais como: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, branco e preto, tanto isoladamente com combinadas entre si. Um exemplo é o uso de amarelo e preto para comunicações na área de segurança rodoviária. Comunicação gestual É ela a responsável pela primeira impressão de uma pessoa. O investigador americano Mehrabian fez uma estimativa da proporção verbal/não verbal do comportamento e concluiu que 55% da mensagem é transmitida via linguagem corporal. Ainda segundo o mesmo estudo, a voz é responsável por 38% e as palavras apenas por 7%. A linguagem não verbal é constituída pelos outros elementos envolvidos na comunicação, a saber: gestos, tom de voz, postura corporal, etc. Se uma pessoa lhe diz que está muito feliz, mas sua voz é baixa, seus ombros Estão caídos, o rosto inexpressivo, em qual mensagem você acredita? Na que ouviu ou na que viu? Isso e um exemplo de linguagem não verbal a pessoa diz uma coisa, mas sua expressão facial e corporal não afirma o que ela esta falando. Na música “Mentiras”, Adriana Calcanhoto vai “derramar nos planos dele o resto da sua alegria”. Já em “Inverno”, ela diz “No dia em que fui mais feliz eu vi um avião se espelhar no seu olhar até sumir” Mas não é preciso ser poeta para perceber que mãos, posturas, gestos e olhares passam mensagens, às vezes contrárias às proferidas pela fala. E o meio empresarial tem visto com cuidado a questão. Prova disso são treinamentos voltados para o aprimoramento da comunicação não verbal destinados a executivos: Expressão facial enquanto se ouve alguém – Postura do corpo – O que e como se veste – Altura e tom de voz - Perfumes, óculos, bijuterias e outros adereços. No mundo corporativo, a importância do que não se diz se potencializa. É o que defendem Kouzes e Posner. Estudos desses professores mostram que um dos atributos mais importantes das lideranças é a credibilidade, característica absolutamente atrelada ao discurso: “Se um chefe passa insegurança em sua voz e tem gestuais que contradizem sua fala, fatalmente sua credibilidade será afetada”. A comunicação não verbal não é exata. Entretanto, os consultores concordam que alguns gestos geralmente possuem o mesmo significado: - Cruzar os braços durante um diálogo passa idéia de superioridade, não-envolvimento ou auto defesa; - Importante mostrar feições condizentes com o que se está falando, ou seja, jamais contar uma boa notícia de cara amarrada; - Estalar dedos ou ficar mexendo em objetos enquanto conversa denota falta de comprometimento; estar com pressa, assunto é enfadonho ou disfarce. - Apoiar o queixo ou o rosto com as mãos pode significar atenção, mas também enfado. - Cruzar as pernas pode representar desconfiança ou dúvida; - Manter o corpo ereto demonstra segurança. Todavia, trata-se de uma linha efêmera visto que o exagero transforma a segurança em arrogância. Os campos de estudo da comunicação não verbal são variados e envolvem todas as manifestações de comportamento não expressas por palavras: os gestos; expressões faciais; orientações do corpo; as posturas; a aparência física; a relação de distância entre os indivíduos; a modulação da voz e, até mesmo, a organização dos objetos no espaço. Embora dioturnamente presente em nosso cotidiano, é difícil ter plena consciência da comunicação não verbal, uma vez que muitas de suas manifestações estão ligadas ao nosso Sistema Nervoso Autônomo (Ekman e Friesen, 2003). Fato é que sua presença é objeto de investigação há muitos anos e expressa sua relevância em todos os campos da cultura. Campos de estudo da comunicação não verbal Knapp (1972), em uma tentativa de sistematizar os campos da comunicação não verbal, propôs o seguinte: a) Cinésica - movimento do corpo; b) Proxêmica - uso e organização do espaço físico; c) Paralinguagem - modificação das características sonoras da voz; d) Tacêsica - linguagem do toque ; e) Características físicas em geral - forma e aparência do corpo. Se considerarmos que a compreensão da fala é apenas uma parte do processo comunicativo, torna-se possível entender que expressões e manifestações corporais são elementos essenciais em um processo mais amplo. A avaliação da aparência física constitui-se, portanto, numa camada na decodificação das mensagens recebidas durante as interações que uma pessoa mantém que enfatiza as características faciais e seus possíveis significados. Assim, desfaz-se alguns ditos popularizados nos meios sociais ou, no mínimo, passaremos a pensar neles com a necessária reserva: 1º Que as pessoas tem que ser aceitas como são. – 2º Não se deve julgar pela aparência. – 3º Cada um anda como bem entende. – 4º Deslocar-se do padrão demonstra personalidade e estilo próprio.Tudo isso no cenário empresarial é uma falácia besteira. (N.d.a.) e quanto mais importante você é para a empresa, mais será exigido que seu comportamento e aparência se identifiquem com os padrões pré-estabelecidos pela empresa. Prof. Ms. Dino –A13 – 31.10.16 – Comunicação Não Verbal – Discip.: Comunicação Empresarial – Curso: Gestão Hospitalar.