PDF Carona no Registro de Precos

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CARONA NO REGISTRO 
DE PREÇOS 
 
 
4 PASSOS PARA 
MULTIPLICAR POR 6 AS 
SUAS VENDAS 
 
 
Prof. Rodrigo Paiva 
 
 
Projeto Bora Ocupar 
www.pequenoslicitantes.com.br 
 
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2 Carona no Registro de Preços – Prof. Rodrigo Paiva 
As regras para compras de produtos e serviços pelos milhares de órgãos 
públ icos espalhados pelo país estão em constante alteração. Recentemente, 
muitas ferramentas foram criadas e aperfeiçoadas para melhorar a 
eficiência nas compras governamentais e a mais criativa, polêmica, e até 
porque não dizer, revolucionária, foi a f igura do “Carona” no registro de 
preços. 
 
Para entender a figura do “Carona”, antes precisamos falar um pouco sobre 
a LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS. 
 
A Administração Pública funciona através de unidades chamadas de “órgão 
públ ico”, ou simplesmente “órgão”. Cada órgão tem sua própria 
programação de contratação de serviços e de aquisições. Em regra, antes de 
contratar, tem que realizar l ici tação. 
 
Um órgão realiza LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇO quando , 
pelas características do produto ou do serviço, necessi ta real izar 
contratações frequentes ou, pela natureza do produto ou do serviço, não 
consegue definir previamente o quanti tativo a ser contratado. 
 
A LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS sempre será conduzida 
por um órgão chamado de “órgão gerenciador”, que pode l icitar sozinho ou 
pode promover uma l icitação coletiva , contando c om a part icipação de 
outros órgãos com vista s a obter ganho em economia de escala. Nesse 
caso, tais órgãos são chamados de “órgãos participantes”. 
 
Na LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS o órgão não assina 
contrato com o vencedor da l icitação, assina um docu mento chamado de 
ATA DE REGISTRO DE PREÇOS, que é um documento que estabelece 
preços e obrigações para um CONTRATO FUTURO, com se fosse um pré -
contrato. Quer saber mais sobre esse tema CLIQUE AQUI. 
 
Vamos a um exemplo para clarear a explicação: 
 
 
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3 Carona no Registro de Preços – Prof. Rodrigo Paiva 
A Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ precisa comprar resmas 
de papel A4. Não sabe com precisão quanto precisará para os próximos 12 
(doze) meses, mas est ima que precisará de 1.000 resmas. Decide, então 
promover uma LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS. 
Vamos imaginar que a Polícia Federal no Rio de Janeiro – DPF/RJ f ica 
sabendo da intenção da UFRJ e combina de participar dessa LICITAÇÃO 
PARA REGISTRO DE PREÇOS, com estimativa de adquirir 500 resmas. 
Assim, a UFRJ será o “órgão gerenciador” e a PF/RJ será o “órgão 
part icipante”. O Edital prevê o registro de preço para 1.500 resmas de 
papel A4. 
 
A “PAPELARIA PAIVA LTDA ME” vence essa l ici tação e é convocada 
pela UFRJ para assinar a ATA DE REGISTRO DE PREÇO, que terá 
vigência de 12 (doze) meses. Assim, nesse período, toda vez que a UFRJ 
(ou a PF/RJ) necessi tar de resma de papel A4 convocará a “PAPELARIA 
PAIVA LTDA ME” para assinar o contrato e fornecer a quantidade 
combinada até o l imite registrado em Ata. 
 
O que é o “Carona”? 
 
O “Carona” é um órgão que não participou da l ic itação, mas tomou 
conhecimento do preço registrado da ATA DE REGISTRO DE PREÇO da 
UFRJ e ficou muito interessado em contratar nessas mesmas condições. 
 
Teoricamente, o órgão não participante teria que realizar sua própria 
l icitação, o que lhe demandaria tempo e dinheiro e não lhe garantir ia a 
obtenção do preço registrado pela “PAPELARIA PAIVA LTDA ME”. 
 
Então, uma ótima a lternativa para o órgão não participante será pegar 
“carona” na ATA DE REGISTRO DE PREÇOS da UFRJ. 
 
O nome jurídico correto desse procedimento é “Adesão à Ata de Registro 
de Preços”, mas todo mundo conhece com o “Carona”. 
 
 
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Continuemos no exemplo acima: 
 
Quatro órgãos não partic ipantes da LICITAÇ ÃO PARA REGISTRO DE 
PREÇOS da UFRJ estão querendo pegar carona: INCRA/SP, a Câmara de 
Vereadores de MARICÁ, a PREITURA DE NITERÓI e a UERJ. 
 
Para facil itar nosso exemplo, imaginemos que cada um desses quatro 
órgãos deseje adquirir 1.500 resmas cada. 
 
Como vai funcionar? 
 
O primeiro passo a ser dado pelo carona é entrar em contato c om o órgão 
gerenciador para sol icitar a carona. Em geral , o órgão gerenciador só 
negará caso perceba que o fornecedor terá dificuldades de entregar a 
quantidade originalmente l icitada. 
 
O segundo passo será consultar a empresa vencedora para saber se e la se 
interessa em contratar com o carona. Afinal, ela não é obrigada a contratar 
com quem não participou da l ic itação. 
 
Imaginemos que a “PAPELARIA PAIVA LTDA ME” se interesse em 
contratar com o INCRA/SP, com a Câmara de Vereadores de MARICÁ e 
com a PREFEITURA de NITERÓI. Terá mult ipl icado suas vendas por 4, 
pois l icitou para vender 1.500 resmas, mas pode vir a vender 6.000 resmas. 
 
Mas por que a “PAPELARIA PAIVA LTDA ME” não quis contratar com a 
UERJ? Porque f icou sabendo que a UERJ passa pela pior crise fi nanceira 
de sua história e há meses não paga a seus fornecedores. 
 
Agora que você já entendeu como funciona o “carona” no Registro de 
Preços, vou te sugerir 4 passos para que sua empresa multiplique por 5 o 
faturamento com vendas governamentais . 
 
 
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4 PASSOS PARA MULTIPLICAR SUAS VENDAS com uso do instituto 
do CARONA 
 
PASSO 1 : Intensifique suas buscas por LICITACÕES PARA REGISTRO 
DE PREÇOS, tomando o cuidado de checar se o Edital prevê a adesão à 
ATA DE REGISTRO DE PREÇOS por órgãos que não participaram da 
l icitação , ou seja, se admite a figura do “carona” . 
 
PASSO 2 : Negocie com seu Fornecedor uma condição diferenciada para 
realização das vendas por meio da ATA DE REGISTRO DE PREÇOS. 
Lembre que, apesar de ter vencido uma l ici tação, não há garantias que você 
será contratado futuramente. Trata -se de uma aposta, uma mera expectat iva 
de vendas futuras. Então , não é prudente adquirir do seu fornecedor uma 
quantidade de produtos ou de insumos que podem vir a encalhar no seu 
estoque. Por outro lado, também é muito a rr iscado assumir um 
compromisso com terceiros (órgão gerenciador e órgãos participantes) sem 
que seu fornecedor te garanta preço e disponibil idade do produto. Sendo 
assim, a negociação com seu fornecedor deve ser um passo anterior muito 
bem calculado. A não ser que você tenha um estoque muito grande ou que 
seu mercado não este ja muito suscetível a oscilação de preços e 
disponibi l idade, esse passo separa os vencedores dos fracassados. 
 
PASSO 3 : Prefira part icipar de LICITAÇÕES PARA REGISTRO DE 
PREÇOS onde a previsão de itens não seja muita grande. Nestes casos, a 
competição não costuma ser tão acirrada, justamente porque as empresas 
l icitantes não se interessam muito por l ic i tação com poucos itens ou com 
poucas quantidades. É justamente aí que pode estar a s ua oportunidade de 
assinar uma ATA DE REGISTRO DE PREÇOS. 
 
PASSO 4 : Assinada a ATA DE REGISTRO DE PREÇOS, invista na sua 
divulgação. Procure saber quais são os órgãos que não part iciparam da 
l icitação, mas que necessitam do serviço ou do produto que você registrou 
em ata num preço muito competitivo. A maioria das empresas que assinam 
a ATA DE REGISTRO DE PREÇOS adotam uma posição passiva,Projeto Bora Ocupar – www.pequenoslicitantes.com.br 
 
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aguardando o telefone tocar ou a chegada de um e -mail com a convocação 
de um órgão gerenciador ou partic ipante para que assine o contrato de 
fornecimento. A meu ver, o espírito empreendedor deve conduzir a 
empresa à adoção de uma postura desbravadora. 
 
Há, neste exato momento, milhares de órgãos espalhados pelo Brasil 
precisando de resmas de papel A4 e a “PAPELARIA PAIVA LTDA ME” 
tem em suas mãos uma ATA DE REGISTRO DE PREÇOS com registro de 
1.500 resmas, o que signif ica que tem a possibil idade de est imular caronas 
diversas até que se alcance o l imite do quíntuplo desse quantitativo. Como 
três órgãos já pegaram carona (INCRA/SP, Câmara de Vereadores de 
MARICÁ e PREFEITURA de NITERÓI) num total de 4.500 resmas, ainda 
resta a possibil idade de venda de mais 3.000 resmas a novos caronas, sem 
contar as 1000 resmas que poderão ser vendidas à UFRJ e as 500 resmas à 
PF/RJ. 
 
E aí , BORA OCUPAR?