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OBSERVAÇÃO E ANÁLISE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS – INGLÊS
DISCIPLINA: ASPECTOS SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
PROFESSOR (A) TUTOR (A): VALERIA FURLAN SEDANO
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: OBSERVAÇÃO E ANÁLISE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE
ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: MILENA CHAHADE SILVA
DATA: 29/10/2018
INTRODUÇÃO
A temática “relações entre a sociedade e o meio ambiente” vem sendo amplamente difundida e discutida pela sociedade. Relação esta que abrange os conceitos de economia, governo, corporações, extração, consumo, obsolescência planejada e perceptiva, contexto social, entre outros. Processos tão habituais que vistos através dos olhos de quem vive sob as diretrizes do sistema chegam a ser despercebidos, com exceção à única parte da economia realmente palpável, o setor de consumo.
De onde vem e para onde vão os produtos consumidos diariamente ao redor do mundo? Pessoas vivem e trabalham acerca de cada uma das etapas desse sistema, o que possibilita a reflexão do que está além da superficialidade. 
O presente texto visa traçar o panorama suprimido das sujeições sociais e do meio ambiente no que tange aos possíveis excessos gerados pela discrepância entre interesses.
Por derradeiro, objetiva-se demonstrar a influência da educação e da arte na desmarginalização das camadas menos favorecidas, e, por consequência, a necessidade de incentivo e valorização ao olhar humano a estes e ao meio em que vivemos e o impacto socioambiental através destas ações.
O INVÍSIVEL AOS OLHOS, SENSÍVEL AO MEIO
Sabemos, embora dificilmente paremos para refletir, a importância do que é feito com tudo o que consumimos após seu processo de uso primário e habitual. A humanidade cria e inova suas tecnologias, visando aprimorar sua comodidade e movimentar os aspectos econômicos, mas até que ponto deve-se usufruir dos recursos naturais? Até onde os ímpetos de consumo são válidos e tornam os anteriores descartáveis? 
Com base no trabalho realizado pelo artista Vik Muniz, apresentado no documentário Lixo Extraordinário, vê-se a retratação de uma realidade negligenciada por quem não está diretamente inserido em dado contexto social. É possível identificar como determinados grupos se desenvolvem em meio a uma função pouco lembrada como a dos catadores de lixo. Vik Muniz realizou um estudo do meio a partir de diversos pontos de vista, em suas palavras “O retrato do catador como uma pessoa que ninguém conhece”. 
Nesse grupo, sua organização social é notável e criada através da experiência popular, gerando visível ordenamento por trás de uma tarefa aparentemente tão simples e pouco citada por ser considerada suja. Os personagens mostrados declaram sua importância ao trabalho nos lixões realizado. Tanto pessoas que ali nasceram, quanto pessoas advindas de uma realidade diversa e que de repente se veem parte de um mundo antes desconhecido encontram o lixão como uma forma de manter sua dignidade e fazer sua parte para com o mundo e a sociedade.
O projeto, que viabiliza não somente um viés artístico, como também educativo, uma vez produzido com materiais primariamente descartados, tornados mais uma vez úteis, mostra inúmeras possibilidades de reaproveitamento e ampliação de oportunidades através de um intercâmbio de ideias, que também abre margens para que seus protagonistas tenham diferentes perspectivas e melhor dimensão de sua importância em larga escala.
Em seus relatos, menciona-se o recolhimento dos chamados “arquivos”, livros que despertaram o ideal de uma biblioteca acessível a essas pessoas e trazida através do próprio lixo, abre um leque de olhares para as diferentes possibilidades em destinar aquilo a que chamamos de descartável ou sem utilidade ao trazê-lo novamente à utilidade através dos olhos de outras pessoas e assim, impactando positivamente no setor socioambiental.
“A natureza é vista como um reservatório de bens coletivos de consumo e tem objetivo responder às necessidades das presentes e futuras gerações, o que exige da sociedade o despertar de uma consciencia quanto as práticas de uso de forma controlada e racional (Diegues, 2000).”
Como resposta para questão da crise socioambiental deve-se destacar a importacia do homem no meio ambiente. Com um pensamento sustentavel é possivel usufruir dos recursos naturais da natureza sem impactar negativamente o meio ambiente, seja quanto a poluições quanto ao uso excessivo dos recursos naturais.
“As plantas existem para os animais, e os animais para o homem, os animais domésticos para o trabalho de onde ele tira seu alimento, os animais selvagens, se não todos a maior parte, para sua alimentação e para outros fins, uma vez que o homem tira deles suas vestimentas e outros instrumentos. Se, portanto, a natureza não faz nada de inacabado e nada em vão é evidente que foi para os homens que a natureza fez tudo isso (ARISTÓTELES apud LARRÉRE & LARRÉRE, 1997, p. 46-47).”
CONCLUSÃO
As consequências ao olhar negligente da sociedade em questões socioculturais e ambientais impactam ativamente em nossas realidades imediatas e futuras, fazendo-se necessária a reeducação populacional sobre o prisma da utilização e reutilização de recursos e produtos.
Por fim, podemos concluir, que o homem deve viver em harmonia com o meio ambiente, seja relativo a poluição, uso excessivo de recursos naturais e o reaproveitamento de produtos utilizados. Devendo sempre ter um pensamento sustentável e aplica-lo em seu dia-a-dia. Resultando em melhor sistematização de consumo.
REFERÊNCIAS
(s.d) Acesso em 10 de outubro de 2018, disponível em Youtube https://www.youtube.com/watch?v=61eudaWpWb8
(s.d) Acesso em 11 de outubro de 2018, http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT22%20Trabalhos/GT22-2024_int.pdf
ARISTÓTELES apud LARRÉRE & LARRÉRE, 1997, p. 46-47

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