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EDGAR
ABREU
prof.cursos
prepara você para CERTIFICAÇÕES
CEA
Certificação Especialista em 
Investimento ANBIMA
Edição: Janeiro/2016
Professor Edgar Abreu
edgarabreu@edgarabreu.com.br
www.edgarabreu.com.br
Projeto Gráfico
Maurício Paulini
Professor Edgar Abreu é mestrando em Economia pela UNISINOS – 
RS, graduado em Matemática Licenciatura pela PUC-RS, com especia-
lização em Educação a Distância pelo SENAC-RS e especialização em 
Finanças pela UFRGS. Possui as certificações da Anbima CPA-10 e CPA-
20 e também a certificação de Agente Autônomo de Investimento, 
concedida pela ANCORD.
Ministra cursos preparatórios para certificações e concursos públicos 
em Porto Alegre e em diversas cidades do Brasil.
Ex-funcionário do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, atualmente 
trabalha como consultor de finanças pessoais e leciona nos cursos de 
preparação para certificações da Anbima e cursos para concurso na 
empresa A Casa do Concurseiro.
Você pode entrar em contato com o Professor Edgar Abreu por e-mail e 
seguir as novidades e atualizações no Facebook, no Orkut e no Twitter.
Sobre o autor
 • Essa apostila foi elaborada pelo professor Edgar Abreu.
 • A instituição ANBIMA não possui nenhum envolvimento ou responsabilidade na elaboração e 
publicação deste material.
 • Esse material é o mesmo utilizado em nossos cursos preparatórios para certificação CEA.
 • Essa apostila foi elaborada com auxílio de alguns profissionais que prestaram a prova do CEA.
 • É o material mais focado para prova de Certificação da CEA e o ÚNICO material de qualidade 
disponibilizado GRATUITAMENTE no Brasil.
Por que um material tão bom assim de graça?
1. Quem estuda por uma apostila possui tempo e disciplina para estudo, assim não necessita fa-
zer um curso presencial.
2. Essa é a minha forma de ajudar as pessoas para contribuir com um mundo melhor.
 • O custo deste material é o pedido que faço para você profissional do mercado em ajudar o pró-
ximo com o que estiver ao seu alcance. Assim, certamente viveremos em um mundo melhor.
 • Ao realizar sua prova e encontrar qualquer assunto ou questão que não esteja abordado de 
forma clara nesse material, por favor, envie um e-mail para o autor e ajude a manter nossa 
apostila sempre atualizada e focada na prova.
 • Qualquer dúvida que tenham pode tirar direto com o autor pelo e-mail 
edgarabreu@edgarabreu.com.br
Muito sucesso em seus estudos!
Sobre o material
1. Sistema Financeiro Nacional e Regulação dos Mercados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
1.1 Composição do SFN. Órgãos de Regulação e Fiscalização. Demais Participantes do Mercado . .9
1.2 Códigos ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.3 Acordo de Basiléia – Conceito Internacional e suas Aplicações no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . .24
1.4 Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores . . . .25
2. Fundamentos de Economia, Finanças e Estatística. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.1 Fundamentos de Estatística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.2 Fundamentos de Economia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
2.3 Fundamentos de Finanças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45
3 Produtos de Renda Variável, Renda Fixa e Contratos Derivativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57
3.1 Renda Fixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57
3.2 Renda Variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
3.3 Renda Variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97
3.4 Tributação para Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas Residentes no Brasil . . . . . . . . . . . . . . .111
4 Fundos de Investimento e Produtos de Previdência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
4.1 Fundos de Investimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
4.2 Carteira Administrada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
4.3 Gestão de Riscos em Fundos de Investimento e Carteiras Administradas . . . . . . . . . . . . . . 138
4.4 Produtos de Previdência Complementar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
4.5 Tributação em Fundos de Investimentos, Planos de Previdência e Carteira Administrada . . . 150
Sumário
5 Gestão de Carteiras e Riscos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
5.1 Risco, Retorno e Mercado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
5.2 Seleção de Carteiras e Modelo de Markowitz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
5.3 Modelo de Precificação de Ativos – CAPM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164
5.4 Alocação de Ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169
6 Planejamento de Investimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
6.1 Investimento Pessoal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
6.2 Decisões do Investidor na Perspectiva de Finanças Comportamentais . . . . . . . . . . . . . . . . 174
6.3 Entrevista e Processo de Análise do Perfil do Investidor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179
6.4 O Processo de Decisão do Cliente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
6.5 Normas e Padrões Éticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186
Caderno de Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
Módulo 1 Sistema Financeiro Nacional e Regulação dos Mercados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
Módulo 2 Fundamentos de Economia, Finanças e Estatística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
Módulo 3 Produtos de Renda Variável, Renda Fixa e Contratos Derivativos . . . . . . . . . . . . . . . 211
Módulo 4 Fundos de Investimento e Produtos de Previdência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .237
Módulo 5 Gestão de Carteiras e Riscos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .253
Módulo 6 Planejamento de Investimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .263
Simulado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .273
9www.edgarabreu.com.br
Módulo I
 O que esperar do Módulo 1?
 • Neste capítulo teremos no mínimo 4 questões de prova e no máximo 10 questões 
de prova.
 • Esse capítulo foi incluído na última atualização do edital do CEA e conta com 
assuntos de fácilcompreensão, como órgãos do Sistema Financeiro Nacional e 
Lavagem de Dinheiro. Os assuntos aqui abordados exigem do candidato uma 
pequena compreensão e muita “decoreba”.
1. Sistema Financeiro Nacional e Regulação dos Mercados
Proporção: de 5% a 15%.
1.1 Composição do SFN. Órgãos de Regulação e Fiscalização. Demais 
Participantes do Mercado
Sistema Financeiro Nacional (SFN)
Conjunto de instituições e instrumentos financeiros que possibilita a transferência de recursos 
dos doadores finais para os tomadores finais e cria condições para que títulos e valores mobiliá-
rios tenham liquidez no mercado financeiro.
Tomadores finais de recursos (agentes Deficitários) são aqueles que se encontram em posição 
de déficit financeiro: gastam mais do que a sua renda em consumo e/ou investimento. Precisam 
do complemento de poupança de terceiros para executar seus planos e atividades, dispondo-se a 
pagar juros pelo capital que conseguirem.
Doadores finais de recursos (Agentes Superavitários) são aqueles que se encontram em posição 
de superávit financeiro: gastam menos do que a sua renda. 
As instituições do SFN intermedeiam as relações entre essas pessoas, administrando a oferta dos 
recursos dos doadores finais para os tomadores finais.
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Comentário!
A instituição financeira capta recursos dos agentes superavitários e empresta para os agentes 
deficitários.
Organogramas do SFN
Sistema
Financeiro
Nacional
Subsistema
Normativo
Banco Central do Brasil
Comissão de Valores Mobiliários
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
Secretaria de Previdência Complementar
Conselho Monetário Nacional
Constituição:
- Ministro da Fazenda
- Ministro do Planejamento
- Presidente do Banco Central
Conselho de Recursos do
Sistema Financeiro Nacional
- Banco do Brasil
- Banco Nacional de Desenvolvimento
- Caixa Econômica Federal
Econôminco e Social
- Bancos Múltiplos
- Bancos Comerciais Públicos e Privados 
- Bancos de Desenvolvimento
- Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo
- Sociedade de Crédito de Financiamento e Investimento
- Bolsas de Valores e outras Instituições Auxiliares
- Outras Instituições
Agentes
Especiais
Demais
Instituições
Bancárias,
não Bancárias
e Auxiliares
Subsistema de
Intermediação
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Módulo I
CEA - ANBIMA
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Orgão Normativo
1. Conselho Monetário Nacional – CMN
Conselho Monetário Nacional – CMN
 • Órgão Máximo do Sistema Financeiro Nacional (IMPORTANTE)
 • Composição: Ministro da Fazenda (Presidente do conselho); Ministro do Orçamento, Pla-
nejamento e Gestão e o Presidente do Banco Central;
Responsabilidade do CMN: Formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade 
da moeda e o desenvolvimento econômico e social do País
 • Reuniões uma vez por mês (ordinariamente);
 • Resoluções aprovadas devem ser publicadas no D.O.U e na página do BACEN;
 • Em todas as reuniões devem ser lavradas atas e publicado extrato no D.O.U
Principais competências da CMN
 • É o responsável pela determinação da meta de inflação;
 • Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e 
seu processo de desenvolvimento;
 • Regular o valor interno e externo da moeda;
 • Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
 • Autorizar as emissões de Papel-moeda;
 • Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, inter-
na e externa;
 • Fixar as diretrizes e normas política cambial, inclusive quanto à compra e venda de ouro;
 • Disciplinar o Crédito em todas as modalidades;
 • Limitar, sempre que necessário, taxas de juros, descontos, comissões, entre outras;
 • Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão 
emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
 • Regulamentar as operações de redesconto;
 • Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financei-
ras que operam no País.
Conselho de Recursos 
do Sistema Financeiro 
Nacional
Comissão Técnica 
da Moeda e do Crédito
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Comentário!
Tente gravar as palavras-chaves como: Autorizar, Fixar, Disciplinar, Limitar, Regular. Lembre-
-se de que o CMN é um órgão NORMATIVO, assim, não executa tarefas.
Observações:
 • Cuidado com os verbos AUTORIZAR e REGULAMENTAR que também podem ser utiliza-
dos para funções do Banco Central do Brasil.
 • Cuide que o CMN é responsável por coordenar a política monetária, enquanto o BACEN é 
responsável por formular essas políticas de acordo com as diretrizes do CMN.
Comissões Consultivas
Entidades Supervisoras
1. Banco Central do Brasil – Bacen
2. Comissão de Valores Mobiliários – CVM
3. Superintendência de Seguros Privados – Susep
4. Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC
13
Módulo I
CEA - ANBIMA
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Banco Central do Brasil – Bacen
 • Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda;
 • A Diretoria Colegiada é composta por até nove membros, um dos quais o Presidente, todos 
nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de ilibada reputação e notória capa-
cidade em assuntos econômico e financeiro, após aprovação pelo Senado Federal; 
 • Principal órgão executivo do sistema financeiro. Faz cumprir todas as determinações do CMN;
 • É por meio do BC que o Governo intervém diretamente no sistema financeiro.
Principais atribuições e competências do Bacen
 • Formular as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as diretrizes do Governo Federal;
 • Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional;
 • Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante;
 • Emitir papel-moeda;
 • Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
 • Autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras, punindo-as, se for o caso;
 • Controlar o fluxo de capitais estrangeiros;
 • Exercer o controle do crédito.
 • Determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista, podendo 
adotar percentagens diferentes em função das regiões geoeconômicas, das prioridades 
que atribuir às aplicações, da natureza das instituições financeiras.
Importante!
 • O Banco Central do Brasil não pode mais emitir títulos públicos por conta própria desde 2002. 
Compete apenas ao Tesouro Nacional a emissão de Títulos Públicos Federais.
 • Quando se tratar de Instituição Financeira estrangeira, a autorização para funcionamento será 
dada por meio de Decreto do Poder Executivo e não autorização do BACEN. (Artigo 18, Lei 
4.595)
Comentário!
Tente memorizar as palavras-chaves: formular, regular, administrar, emitir, receber, autori-
zar, fiscalizar, controlar e exercer. Lembre-se de que o BACEN é que faz cumprir todas as 
determinações do CMN.
Comissão de Valores Mobiliários – CVM
 • Entidade autárquica, vinculada ao governo por meio do Ministério da Fazenda.
 • Administrada por 1 Presidente e 4 Diretores, nomeados pelo Presidente da República;
 • Órgão normativo voltado para o desenvolvimento do mercado de títulos e valores mobiliários;
 • Títulos e Valores Mobiliários: ações, debêntures, bônus de subscrição, e opções de compra e 
venda de mercadorias.
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Objetivos da CVM
 • Estimular investimentos no mercado acionário;
 • Assegurar o funcionamento das Bolsas de Valores;
 • Proteger os titulares contra emissão fraudulenta, manipulação de preços e outros atos 
ilegais;
 • Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos títulos emitidos pelas 
sociedades anônimas de capital aberto;
 • Fortalecer o Mercadode Ações.
Cabe à CVM disciplinar as seguintes matérias:
 • Registro de companhias abertas;
 • Registro de distribuições de valores mobiliários;
 • Credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores 
mobiliários;
 • Organização, funcionamento e operações das bolsas de valores e de mercadorias e de 
futuros;
 • Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;
 • Suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações;
 • Suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou de-
cretar recesso de bolsa de valores;
 • A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos inte-
grantes do mercado;
 • A Lei atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente 
cometidas no mercado;
 • O Colegiado tem poderes para julgar e punir o faltoso, que vão desde a simples advertên-
cia até a inabilitação para o exercício de atividades no mercado.
Comentário!
A CVM é o Bacen do mercado mobiliário (ações, debêntures, fundos de investimento entre 
outros).
Relação CVM, BACEN e Clientes
CVM
Acionista
Fiscaliza
ProtegeSAAberta
BACEN
Clientes
Fiscaliza
ProtegeBancos
15
Módulo I
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Dicas do Professor
Muitas questões de prova cobram dos alunos competência de cada uma 
das autoridades monetárias. O problema é que às vezes é muito confuso e 
no final não sabemos quem autoriza emissão de papel-moeda, quem fisca-
liza fundos de investimento, etc.
Para ajudar na resolução dessas questões, procure as palavras-chaves de 
cada assunto abaixo. Com isso iremos facilitar nosso estudo.
Palavras-chave:
 • CVM: Valores Mobiliários, Fundos de Investimento, Ações, Mercado de 
Capitais, Bolsas de Valores, Derivativos.
 • Bacen: Executar, Fiscalizar, Punir, Administrar, Emitir (apenas papel-
-moeda), Realizar, Receber.
 • CMN: Fixar diretrizes, Zelar, Regulamentar, Determinar, Autorizar 
(emissão papel-moeda), Disciplinar, Estabelecer, Limitar.
Tome cuidado com as exceções, exemplo:
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Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) – Supervisor
 • Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda;
 • Órgão executivo, encarregado da fiscalização do funcionamento das seguradoras, corretoras 
de seguros, empresas de capitalização e de previdência privada aberta. 
 • A SUSEP é considerada o BACEN do Sistema Nacional de Seguros Privados, capitalização e 
previdência complementar aberta.
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC (Supervisor)
 • Criada pelo decreto 7.075 (Substitui a SPC)
 • Autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimô-
nio próprio, vinculada ao Ministério da Previdência Social
 • Fiscalização e supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complemen-
tar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas 
referidas entidades. 
 • Diretoria Colegiada composta por um Diretor-Superintendente e quatro Diretores, escolhi-
dos entre pessoas de ilibada reputação e de notória competência, a serem indicados pelo Mi-
nistro de Estado da Previdência Social e nomeados pelo Presidente da República
O PREVIC é o BACEN do Mercado de Previdência complementar fechada. “Fundos de Pensão”
Bancos Comerciais
 • São a base do sistema monetário;
 • São intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem (captação) e os distribuem 
através do crédito seletivo a quem necessita de recursos (aplicação), criando moeda median-
te o efeito multiplicador do crédito. (Instituição Monetária);
 • O objetivo é fornecer crédito de curto e médio prazos para pessoas físicas, comércio, indústria 
e empresas prestadoras de serviços.
Captação de Recursos
 • Depósitos à vista: conta corrente;
 • Depósitos a prazo: CDB, RDB;
 • Recursos de Instituições financeiras oficiais;
 • Recursos externos;
 • Prestação de serviços: cobrança bancária, arrecadação e tarifas e tributos públicos, etc.
17
Módulo I
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Aplicação de Recursos (Operações Ativas): 
 • Desconto de Títulos; 
 • Abertura de Crédito Simples em Conta Corrente: Cheques Especiais; 
 • Operações de Crédito Rural, Câmbio e Comércio internacional.
Comentário!
Para diminuir a criação de moedas feita pelos bancos comerciais, o BACEN utiliza o Depósito 
Compulsório.
Bancos Múltiplos
Os bancos múltiplos surgiram a fim de racionalizar a administração das instituições financeiras.
Carteiras de um banco múltiplo:
 • Comercial (MONETÁRIA);
 • De Investimentos;
 • De Crédito Imobiliário;
 • De Aceite (financeiras);
 • De Desenvolvimento (PÚBLICO);
 • Leasing.
Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos duas das carteiras 
mencionadas, sendo uma delas comercial ou de investimentos.
Um banco múltiplo deve ser constituído com um CNPJ para cada carteira, podendo publicar um 
único balanço.
Comentário!
Os bancos múltiplos com carteira comercial são considerados instituições monetárias.
Bancos de Investimento
 • São instituições criadas para conceder créditos de médio e longo prazos para as empresas.
 • Instituições de natureza privada, reguladas e fiscalizadas pelo BACEN e CVM
 • Tipos de Crédito: 
a. Podem manter contas correntes, desde que essas contas não sejam remuneradas e não 
movimentáveis por cheques; resolução 2.624 
b. Administração de fundos de investimentos;
c. Abertura de capital e subscrição de novas ações de uma empresa (IPO e underwriting). 
d. Capital de Giro; 
e. Capital Fixo (investimentos): sempre acompanhadas de projeto;
f. Captam recursos através de CDB/RDB ou venda de cotas de fundos.
g. Também podem captar recursos via emissão de Letra Financeira
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Comentário!
Com o crescimento do Mercado de Capitais, cada vez mais torna-se importante a presença 
dos bancos de investimento.
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVM)
Sua principal função é a de promover a aproximação entre compradores e vendedores de títulos, 
valores mobiliários e ativos financeiros, dando a estes a negociabilidade adequada por meio de 
operações no sistema eletrônico da bolsa.
 • Constituídas sob a forma de S.A., dependem da autorização do CVM e do BACEN para 
funcionar;
 • Típicas do mercado acionário, operando na compra, venda e distribuição de títulos e valo-
res mobiliários; 
 • Operam nas bolsas de valores e de mercadorias; 
 • Os investidores não operam diretamente nas bolsas. O investidor abre uma conta corren-
te na corretora, que atua nas bolsas a seu pedido, mediante cobrança de comissão (tam-
bém chamada de corretagem, de onde obtém seus ganhos). 
 • Uma corretora pode atuar também por conta própria; 
 • Têm a função de dar maior liquidez e segurança ao mercado acionário. 
 • Podem administrar fundos e clubes de investimento.
 • Podem Intermediar operações de câmbio
Comentário!
Graças aos limites operacionais estabelecidos pelas corretoras e regulamentados pela CVM, 
os riscos de falta de solvência e de liquidez são minimizados, pois se não existissem esses limi-
tes poderiam “quebrar” o sistema mobiliário, haja vista que a liquidação financeira no merca-
do acionário se dá sempre em D+3.
Sociedades Distribuidoras de Títulos de Valores Mobiliários (DTVM)
As DTVMs têm as mesmas funções que as CTVMs.
NOVIDADE → Não existe mais diferença na área de atuação entre as CTVMs e as DTVMs desde a 
decisão conjunta abaixo.
Decisão Conjunta (BACEN E CVM N°17) – 02/03/2009: 
“As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ficam autorizadas a operar direta-
mentenos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores.”
19
Módulo I
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O que faz uma Distribuidora?
Como instituição auxiliar do Sistema Financeiro Nacional, tem como objetivo intermediar opera-
ções com Títulos e valores mobiliários. Por exemplo: papéis de Renda Fixa, Ações, Debêntures, 
certificados de incentivos fiscais e, ainda, atuar no mercado de Commodities, na compra e venda 
de Ouro e intermediação em Bolsa de Mercadorias.
BM&F BOVESPA S.A.- Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros
Empresa criada pelos acionistas da Bovespa Holding S.A. e da Bolsa de Mercadorias & Futuros- 
BM&F S.A., é listada no Novo Mercado depois de obtido o seu registro de companhia aberta na 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada dia 12 de agosto de 2008.
 • A negociação das ações de sua emissão em bolsa iniciou-se no dia 20 de agosto do mesmo ano;
 • A bolsa opera um elenco completo de negócios com ações, derivativos, commodities, balcão 
e operações estruturadas;
 • As negociações se dão em pregão eletrônico e via internet, com facilidades de homebroker;
 • A nova companhia é líder na América Latina nos segmentos de ações e derivativos, com par-
ticipação de aproximadamente 80% do volume médio diário negociado com ações e mais de 
US$ 67 bilhões de negócios diários no mercado futuro.
Deveres e Obrigações:
 • Manter equilíbrio entre seus interesses próprios e o interesse público a que deve atender, 
como responsável pela preservação e autorregulação dos mercados por ela administrados;
 • Cabe à entidade administradora aprovar regras de organização e funcionamento dos merca-
dos e as normas de conduta necessárias ao seu bom funcionamento e à manutenção de eleva-
dos padrões éticos de negociação nos mercados por ela administrados
As Regras de Negociação da Bolsa devem:
 • Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais 
de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados em seus ambientes;
 • Assegurar igualdade de tratamento às pessoas autorizadas a operar em seus ambientes;
 • Evitar ou coibir práticas não equitativas em seus ambientes.
Fixar as variações de preços e quantidades ofertadas, em seu ambiente de negociação que for 
caracterizado como centralizado e multilateral, que exige a adoção de procedimentos especiais 
de negociação, bem como os procedimentos operacionais necessários para quando tais variações 
forem alcançadas, respeitadas as condições mínimas que forem estabelecidas pela CVM em regu-
lamentação específica.
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Investidores Qualificados
Investidores Qualificados são aqueles que, segundo o órgão regulador, têm mais condições do 
que o investidor comum de entender o mercado financeiro.
São considerados INVESTIDORES QUALIFICADO:
 • Investidores Profissionais.
 • Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 
1.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualifica-
do mediante termo próprio;
 • As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou possu-
am certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes autônomos 
de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários, 
em relação a seus recursos próprios.
São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS:
• Instituições financeiras;
• Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
• Fundos de Investimento;
• Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
• Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 
10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado 
mediante termo próprio;
• Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM em re-
lação a seus recursos próprios.
Investidor não-residente
É a pessoa física ou jurídica, os fundos e as outras entidades de investimentos individuais ou cole-
tivas, com residência, sede ou domicílio no exterior, que investem os seus recursos no país.
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC)
Sociedade limitada ou fundação, sem fins lucrativos, com objeto social de instituir planos priva-
dos de concessão de pecúlios ou de rendas, de benefícios complementares ou assemelhados aos 
da previdência social, mediante contribuição de seus participantes, dos respectivos empregado-
res ou de ambos.
São acessíveis exclusivamente aos empregados de uma só empresa ou de um grupo de empresas, 
as quais são denominadas patrocinadoras. 
A constituição, a organização e o funcionamento dependem de prévia autorização do Governo 
Federal, através da Secretaria de Previdência Complementar (SPC).
Os recursos garantidores dos planos de benefícios da entidade fechada de previdência comple-
mentar devem ser alocados em quaisquer destes segmentos de aplicação:
I - segmento de renda fixa;
II - segmento de renda variável;
III - segmento de imóveis; ou
IV - segmento de empréstimos e financiamentos.
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Módulo I
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As informações contidas na política de investimento de cada plano devem ser encaminhadas à Previc 
no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da respectiva aprovação pelo Conselho Deliberativo.
A política de investimento de cada plano deve conter, no mínimo, os seguintes itens:
I. a alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação;
II. os limites por modalidade de investimento, se estes forem mais restritivos que os estabeleci-
dos nesta Resolução;
III. a utilização de instrumentos derivativos;
IV. a taxa mínima atuarial ou os índices de referência, observado o regulamento de cada plano 
de benefícios;
V. a meta de rentabilidade para cada segmento de aplicação;
VI. a metodologia ou as fontes de referência adotadas para apreçamento dos ativos financeiros;
VII. a metodologia e os critérios para avaliação dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez, 
operacional, legal e sistêmico; e
VIII. a observância ou não de princípios de responsabilidade socioambiental
É um exemplo de Investidor qualificado
 • Podem cobrar taxa de Performance
 • Os índices de referência admitidos para as carteiras de renda fixa são a taxa Selic, a taxa DI-Ce-
tip.
Os índices de referência admitidos para as carteiras de renda variável são o Ibovespa, o IBrX, o 
IBrX-50, o FGV-100, o IGC, o ITAG, o ISE ou outros índices aprovados por decisão conjunta da Secre-
taria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores 
Mobiliários
1.2 Códigos ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas
ANBIMA
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) é a repre-
sentante das instituições que atuam nos mercados financeiro e de capitais. A Associação represen-
ta mais de 340 instituições, entre bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset manage-
ments, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento.
Atuando como agente regulador privado, a ANBIMA criou e supervisiona o cumprimento das re-
gras de sete Códigos de Regulação e Melhores Práticas, atuando conjunta e construtivamente 
com as instituições públicas brasileiras para regular as atividades das entidades que atuam nos 
mercados financeiro e de capitais.
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Códigos de Regulação e Melhores Práticas:
 • Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários
Estabelece as melhores práticas a serem adotadas pelo mercado (coordenadores de ofertas), 
quando de uma oferta pública de valores mobiliários.Os principais documentos a serem ana-
lisados são os prospectos da oferta; anúncios legais e publicidade e carta de conforto (audito-
ria independente).
 • Programa de Certificação Continuada
Determina os princípios e as regras que devem ser observados pelas instituições participantes 
e pelos profissionais que atuam no mercado financeiro, no que diz respeito à sua conduta no 
desempenho das atividades.
 • Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais
Define e regulamenta as atividades relacionadas ao serviço de custódia, contabilidade e con-
troladoria de ativos e passivos, determinando que as instituições observem um conjunto de 
exigências mínimas superiores às exigidas pela legislação.
 • Private Banking ao Mercado Doméstico
Define as atividades que caracterizam a prestação do serviço de private banking no mercado 
brasileiro e estabelece requisitos mínimos a serem respeitados pelas instituições participantes 
que atuam neste segmento.
 • Regulação e Melhores Práticas para Novo Mercado de Renda Fixa 
Estabelece os princípios e as normas que devem ser adotados nas emissões de ofertas de títu-
los e valores mobiliários no ambiente do Novo Mercado de Renda Fixa. O Objetivo deste códi-
go é assegurar ao mercado de renda fixa privada menores custos de transação, mais transpa-
rência e liquidez e, consequentemente, a emissão de ativos com prazos mais longos.
 • Regulação e Melhores Práticas para o Mercado Aberto 
Contém os princípios e as regras que devem ser observados pelas instituições associadas e 
aderentes no exercício de suas atividades de estruturação e negociação de ativos e instrumen-
tos financeiros nos mercados de renda fixa e derivativos de balcão. O objetivo é estabelecer 
parâmetros pelos quais as atividades das instituições participantes, relacionadas à negociação 
de produtos financeiros, devem se orientar, com a finalidade de: propiciar a transparência no 
desempenho de tais atividades; promover a padronização de práticas e processos; promover 
credibilidade e adequado funcionamento; e manter os mais elevados padrões éticos e consa-
grar a institucionalização de práticas equitativas.
 • Regulação e Melhores Práticas para Gestão de Patrimônio Financeiro no Mercado Doméstico 
Define e regulamenta a Atividade de Gestão de Patrimônio Financeiro, estabelecendo os re-
quisitos mínimos a serem respeitados pelas instituições participantes que atuam neste seg-
mento. O objetivo deste Código é estabelecer, para as Instituições Participantes, os parâme-
tros relativos à Atividade de Gestão de Patrimônio Financeiro, com as seguintes finalidades: 
manter os mais elevados padrões éticos e de qualidade no desenvolvimento e prática da Ati-
vidade de Gestão de Patrimônio Financeiro; manter a transparência no relacionamento com 
os Investidores; e exigir dos profissionais envolvidos na Atividade de Gestão de Patrimônio Fi-
nanceiro qualificação mínima necessária para o exercício da referida atividade de acordo com 
os padrões estabelecidos pelo Código.
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 • Fundos de Investimento
Delimita os princípios que a indústria de fundos de investimento (administradores e gestores) 
deve adotar, visando a aumentar a qualidade e a disponibilidade de informações e a elevar os 
padrões fiduciários.
OBJETIVO: Estabelecer parâmetros pelos quais as atividades das Instituições Participantes, rela-
cionadas à constituição e ao funcionamento de fundos de investimento (“Fundos de Investimen-
to”), devem se orientar, visando, principalmente, a estabelecer:
I. a concorrência leal;
II. a padronização de seus procedimentos;
III. a maior qualidade e disponibilidade de informações sobre Fundos de Investimento, especial-
mente por meio do envio de dados pelas Instituições Participantes à ANBIMA;
IV. a elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.
O presente Código não se sobrepõe à legislação e regulamentação vigentes, ainda que venham a 
ser editadas normas, após o início de sua vigência, que sejam contrárias às disposições ora trazi-
das. Caso haja contradição entre regras estabelecidas neste Código e normas legais ou regulamen-
tares, a respectiva disposição deste Código deverá ser desconsiderada, sem prejuízo das demais 
regras neste contidas.
Para o registro dos Fundos de Investimento na ANBIMA, deve ser encaminhado pedido específico 
acompanhado dos seguintes documentos:
I. prospecto do Fundo de Investimento, quando for o caso (“Prospecto”);
II. regulamento do Fundo de Investimento (“Regulamento”);
III. comprovante de pagamento da taxa de registro;
IV. formulário de cadastro.
Marcação a Mercado
A MaM consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas dos Fun-
dos de Investimento, pelos respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos líqui-
dos ou, quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo 
teria em uma eventual negociação feita no mercado.
A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos Fun-
dos de Investimento, além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez 
que as oscilações de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores determinantes destes, estarão 
refletidas nas cotas, melhorando assim a comparabilidade entre suas performances.
É expressamente vedada:
 • divulgação, em qualquer meio, de qualificação, premiação, título ou análise que utilize dados 
de menos de 12 meses;
 • divulgação de rentabilidade do fundo com menos de 6 meses de registro na CVM;
 • divulgação de comparação entre Fundos que tenham classificação ANBIMA diferentes, sem 
qualificá-los e sem apresentar justificativa consistente para a comparação.
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1.3 Acordo de Basiléia – Conceito Internacional e suas Aplicações no Brasil
Em 1930, foi criado o BIS (Bank for International Settlements), o Banco de Compensações Interna-
cionais (www.bis.org). O BIS é uma organização internacional que fomenta a cooperação entre os 
bancos centrais e outras agências, em busca da estabilidade monetária e financeira.
Em 1975, foi estabelecido o Comitê de Supervisão Bancária da Basiléia (Basel Committee on 
Banking Supervision – BCBS), ligado ao BIS.
Em 1988, o BCBS divulgou o primeiro Acordo de Capital da Basiléia, oficialmente denominado Inter-
national Convergence of Capital Measurement and Capital Standards, com o objetivo criar exigên-
cias mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito.
No Brasil, o Acordo de 88 foi implementado por meio da Resolução 2.099, de 17 de agosto de 
1994. Essa resolução introduziu exigência de capital mínimo para as instituições financeiras, em 
função do grau de risco de suas operações ativas.
Em 1996, o Comitê publicou uma emenda ao Acordo de 88, incorporando ao capital exigido parce-
la para cobertura dos riscos de mercado (Emenda de 96).
O Novo Acordo de Capital da Basiléia
Em 2004, o BCBS divulgou revisão do Acordo de Capital da Basiléia, conhecida como Basiléia II, 
com o objetivo de buscar uma medida mais precisa dos riscos incorridos pelos bancos internacio-
nalmente ativos.
O novo acordo é direcionado aos grandes bancos tendo como base, além dos Princípios Essen-
ciais para uma Supervisão Bancária Eficaz (Princípios da Basiléia), três pilares mutuamente com-
plementares:
I. Pilar 1: requerimentos de capital;
II. Pilar 2: revisão pela supervisão do processo de avaliação da adequação de capital dos bancos; e
III. Pilar 3: disciplina de mercado.
A implementação do Novo Acordo de Capital da Basiléia no Brasil está sendo feita de forma gradu-
al. A primeira manifestação formal do Banco Central do Brasil para sua adoção se deu por meio do 
Comunicado 12.746, de 9 de dezembro de 2004,em que foi estabelecido cronograma simplificado 
com as principais fases a ser seguidas para a adequada implementação da nova estrutura de capital.
Convênios com Organismos e Instituições
Para o aperfeiçoamento dos processos de supervisão de instituições e conglomerados financei-
ros, cujos negócios englobam entidades coligadas em outros países, são adotados diversos proce-
dimentos, tais como:
a) elaboração de convênios de supervisão com autoridades estrangeiras;
b) acompanhamento das atividades dos organismos internacionais em assuntos relaciona-
dos à supervisão;
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c) intercâmbio de informações com autoridades supervisoras estrangeiras;
d) coordenação, suporte e acompanhamento das missões de supervisores estrangeiros no 
país; e
e) divulgação da supervisão brasileira em âmbito internacional.
De acordo com as recomendações do Comitê de Supervisão da Basiléia constantes do documento 
The Supervision of Cross-Border Banking, de outubro de 1996, o Banco Central do Brasil tem reali-
zado convênios de cooperação com órgãos de supervisão bancária de outros países. Esses docu-
mentos englobam, de modo geral, os seguintes pontos:
a) intercâmbio de informações relacionadas à supervisão de organizações bancárias autori-
zadas em um país e que possuem estabelecimentos transfronteiriços no outro país;
b) inspeções diretas nas dependências transfronteiriças;
c) confidencialidade da informação, ressaltando-se as restrições existentes na legislação de 
cada país e o uso das informações compartilhadas com base no convênio unicamente para 
fins de supervisão; e
d) outros itens relacionados com contatos, reuniões, prazo de vigência, modificações.
1.4 Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos 
e Valores
Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso transforma recursos obtidos através de 
atividades ilegais em ativos com uma origem aparentemente legal.
Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se 
por meio de um processo dinâmico que requer: primeiro, o distanciamento dos fundos de sua 
origem, evitando uma associação direta deles com o crime; segundo, o disfarce de suas várias 
movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; e terceiro, a disponibilização do 
dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo 
de lavagem e poder ser considerado "limpo".
Há mais de 20 anos percebeu-se a necessidade da adoção de um esforço internacional conjunto 
para combater a lavagem de dinheiro, envolvendo não só os Governos dos diversos países, mas 
também o setor privado, especialmente o sistema financeiro. Mais recentemente, os atentados 
terroristas em diversas partes do mundo revigoraram a necessidade desse esforço global com o 
objetivo de buscar a eliminação das fontes de financiamento ao terrorismo.
Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem teoricamente essas 
três etapas independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente.
Pena
 • reclusão de três a dez anos e multa
Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valo-
res provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo:
I - os converte em ativos lícitos;
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, 
movimenta ou transfere;
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III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
Importante!
A Pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, poden-
do o juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor 
ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que 
conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos 
ou valores objeto do crime.
A pena será aumentada de um a dois terços se os crimes definidos na lei forem cometidos de 
forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior: 
a) ao dobro do valor da operação; 
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da 
operação; ou 
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); 
Principais operações que são indícios de crimes de lavagem de dinheiro
I. aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou jurídica, sem 
causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente transferidos, dentro de 
curto período de tempo, a destino anteriormente não relacionado com o cliente;
II. troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de grande valor;
III. proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda estrangeira e vice-ver-
sa;
IV. compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pagamento ou outros 
instrumentos em grande quantidade - isoladamente ou em conjunto -, independentemente 
dos valores envolvidos, sem evidências de propósito claro;
V. movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras;
VI. movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocu-
pação profissional e a capacidade financeira presumida do cliente;
VII. numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em nome de um mesmo cliente, 
cujos valores, somados,resultem em quantia significativa;
VIII. abertura de conta em agência bancária localizada em estação de passageiros - aeroporto, 
rodoviária ou porto - internacional ou pontos de atração turística, salvo se por proprietário, 
sócio ou empregado de empresa regularmente instalada nesses locais;
IX. utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade financeira do usuário.
Fases da Lavagem do Dinheiro 
1. Colocação – a primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico. 
Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com 
regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal. 
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A colocação se efetua por meio de:
 • depósitos,
 • compra de instrumentos negociáveis;
 • compra de bens.
Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofis-
ticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como:
2. Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos 
recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização 
de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma 
eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países ampa-
rados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas "fantasmas";
3. Integração – nessa última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econô-
mico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas 
atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, 
torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal;
PARAÍSO
Fase 2: OcultaçãoFase 1: Colocação
Fase 3: Integração
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Exemplo Real
“O caso de Franklin Jurado (EUA, 1990-1996) ilustra o que seria um ciclo clássico de lavagem 
de dinheiro. Economista colombiano formado em Harvard, Jurado coordenou a lavagem de 
cerca de US$ 36 milhões em lucros obtidos por José Santacruz Londono com o comércio ilegal 
de drogas.
Odepósito inicial (colocação) - o estágio mais arriscado, pois o dinheiro ainda está próximo de 
suas origens - foi feito no Panamá. Durante um período de três anos, Jurado transferiu dóla-
res de bancos panamenhos para mais de 100 contas diferentes em 68 bancos de nove países, 
mantendo os saldos abaixo de US$10 mil para evitar investigações.
Os fundos foram novamente transferidos, dessa vez para contas na Europa, de maneira a obs-
curecer a nacionalidade dos correntistas originais, e, então, transferidos para empresas de 
fachada (ocultação).
Finalmente, os fundos votaram à Colômbia por meio de investimentos feitos por companhias 
europeias em negócios legítimos, como restaurantes, construtoras e laboratórios farmacêuti-
cos, que não levantariam suspeitas (integração).
O esquema foi interrompido com a falência de um banco em Mônaco, quando várias contas 
ligadas a Jurado foram expostas. Fortalecida por leis anti-lavagem, a polícia começou a inves-
tigar o caso e Jurado foi preso.
Além do comércio ilegal de drogas, a lavagem de dinheiro pode servir para a legalização de 
bens oriundos de outros crimes antecedentes, como sequestro e corrupção, entre outros".
Etapa da Colocação Etapa da Camuflagem Etapa da Integração
Dinheiro depositado em 
banco (às vezes com a 
cumplicidade de funcionários 
ou misturado a dinheiro 
lícito)
Transferência eletrônica mo 
exterior (frequentemente 
usando companhias escudo 
ou fundos mascarados como 
se fossem de origem lícita).
Devolução de um falso 
empréstimo ou notas 
forjadas usadas para encobrir 
dinheiro lavado.
Dinheiro exportado. Dinheiro depositado no sistema bancário no exterior.
Teia complexa de 
transferências (nacionais e 
internacionais) fazem com 
que seguir a origem dos 
fundos seja virtualmente 
impossível.
Dinheiro usado para 
comprar bens de alto 
valor, propriedades ou 
participações em negócios.
Revenda dos bens/
patrimônios.
Entrada pela venda de 
imóveis, propriedades ou 
negócios legítimos aparece 
"limpa".
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Identificação dos Clientes
A lei sobre crimes de “lavagem” de dinheiro exige que as instituições financeiras, entre outros:
 • identifiquem seus clientes mantendo cadastro atualizado; inclusive dos proprietários e repre-
sentantes das empresas clientes;
 • mantenham registro das transações em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mo-
biliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, 
que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por esta 
expedidas;
 • atendam no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as requisições formuladas pelo 
COAF, que se processarão em segredo de justiça.
Arquivem por cinco anos os cadastros e os registros das transações.
Comunicação ao COAF
De acordo com a Circular 2852/98, Carta-Circular 2826/98 e a complementação da Carta-Circular 
3098/03, as instituições financeiras deverão comunicar ao Banco Central:
 • as operações suspeitas envolvendo moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliá-
rios, metais ou qualquer outro ativo passível de ser convertido em dinheiro de valor acima de 
R$ 10.000,00;
 • as operações suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo, em 
um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de 
R$ 10.000,00;
 • depósito em espécie, retirada em espécie ou pedido de provisionamento para saque, de valor 
igual ou superior a R$100.000,00, independentemente de serem suspeitas ou não.
Toda a operação realizada por uma instituição financeira acima de R$ 10 mil deve ficar registrada 
no banco. A operação que for igual ou acima de R$ 10 mil e SUSPEITA deve ser reportada ao Bacen, 
através do SICOAF.
COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras
O COAF está vinculado ao Ministério da Fazenda e tem como finalidade disciplinar aplicar penas 
administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas 
previstas na Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades.
Porém, para que as atividades do COAF sejam bem sucedidas, é importante que todas as institui-
ções visadas, no que diz respeito à lavagem de dinheiro, proveniente do crime, mantenham em 
registro todas as informações de relevância sobre seus clientes e suas operações.
Além dos bancos, devem combater a lavagem de dinheiro empresas e instituições que trabalham 
com a comercialização de joias, metais preciosos e obras de arte.
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Convenção de Viena
Convenção contra o tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV da Cons-
tituição, e Considerando que a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias 
Psicotrópicas, foi concluída em Viena, a 20 de dezembro de 1988.
Considerando que a referida Convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional, pelo Decreto Le-
gislativo n° 162, de 14 de junho de 1991.
Conhecimento do Cliente e suas necessidades
A coleta de informações sobre o cliente é necessária para possibilitar a análise apropriada da situ-
ação financeira, experiência e objetivos de investimentos do cliente. 
As informações necessárias devem ser obtidas através do seguinte processo e devem estar for-
malizadas no Manual de Suitability que todas as instituições devem possuir:
Informações sobre o investidor:
Para a definição do perfil do investidor, deverão ser abordados, no mínimo, os seguintes aspectos:
1. Experiência em matéria de investimentos;
2. Horizonte de tempo;
3. Objetivos de investimentos;
4. Tolerância ao risco.
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Módulo II
2. Fundamentos de Economia, Finanças e Estatística
Proporção: de 5% a 10%.
2.1 Fundamentos de Estatística
Média
A principal vantagem do cálculo da média é o cálculo do retorno médio de um investimento.
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado 
mês:
1º → + 3%
2º → + 4%
3º → − 2%
4º → − 1%
5º → + 1%
Assim, podemos calcular o “retorno médio” desse ativo, calculando a média desses valores.
3 4 +
x = −+
+ − +
= =
2 1 1
5
5
5
1
( ) ( )
%
O que acontece com a média se somou “X” em cada um dos retornos? Vamos somar 3% em cada 
um dos retornos acima e tentar identificar o que vai acontecer com a média.
1º → + 3% + 3% = 6%
2º → + 4% + 3% = 7%
3º → − 2% + 3% = 1%
4º → − 1% + 3% = 2%
5º → + 1% + 3% = 4%
 O que esperar do Módulo 2?
 • Neste capítulo teremos no mínimo 4 questões de prova e no máximo 7 questões 
de prova.
 • Podem ser exigidos em prova alguns cálculos, mas nada muito complexo.
 • Não se mate estudando este capítulo nem fique nervoso se encontrar dificuldades 
em entendimento, pois a importância deste módulo no seu resultado final é muito 
pequena.
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Assim, podemos calcular o novo “retorno médio” desse ativo, calculando a nova média:
x =
+ + + +
= =
6 7 1 2 4
5
20
5
4%
Ou seja, notamos que a média é de 4%, exatamente 3% maior que a média anterior. Coincidência? 
Não, como somamos o mesmo valor em TODOS os retornos, é de se esperar que a média sofra o 
mesmo ajuste.
Moda
É o valor que ocorre com maior frequência em uma série de valores.
Exemplo:
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado 
mês:
1º → + 3%
2º → + 4%
3º → − 2%
4º → − 2%
5º → + 1%
A Moda é −2%.
Um conjunto de resultado pode apresentar uma moda ou mais, sendo classificado como:
1. moda = unimodal
2. modas = bimodal3. ou mais =multimodal
Mediana
É o valor que divide o conjunto em dois subconjuntos, os quais terão exatamente a mesma quan-
tidade de elementos.
Exemplo para amostra Ímpar
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determina-
do mês:
1º → + 3%
2º → + 4%
3º → − 2%
4º → − 3%
5º → + 1%
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Observação! Para encontrar a mediana, é necessário colocar as oscilações em ordem:
−3%; −2%; +1%; 3%; 4%
Assim a Mediana = +1%
Exemplo para amostra Par
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determina-
do mês:
1º → + 3%
2º → + 4%
3º → + 2%
4º → + 6%
Colocando as oscilações em ordem:
+2%; +3%; +4%; +6%
Mediana será a média entre os valores centrais:
mediana , %=
+
=
3 4
2
3 5 
Variância
Mede o grau de dispersão de um conjunto de dados é dado pelos desvios em relação à média des-
se conjunto.
Cálculo da variância:
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determina-
do mês:
1º → + 3%
2º → + 5%
3º → + 7%
4º → −2%
5º → + 2%
Primeiro efetuar o cálculo da média:
X = 3+5+ 7 + (−2)+ 2
5
= 15
5
= 3%
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Calcular agora a variância:
i
n
x x
n
=1
1
2
1
 - 
 - 
( )
( )
σ X2 =
(3− 3)2 + (5− 3)2 + (7 − 3)2 + (−2− 3)2 + (2− 3)2
4
σ X2 =
0+ 4+16+ 25+1
4
= 46
4
= 11,5%
Assim, a Variância é de 11,5%.
Desvio Padrão
A variância possui um problema de construção como medida de dispersão de dados: ela apresen-
ta uma unidade de medida igual ao quadrado da unidade de medida dos dados originais. Esse pro-
blema é resolvido extraindo-se a raiz quadrada da variância, o que chamamos de desvio padrão.
No mercado financeiro, em geral é esse o valor que é chamado de VOLATILIDADE de um ativo e 
utilizado como principal medida de risco de se investir em determinado ativo.
Quais dos dois ativos abaixo possuem maior risco?
Data PETR4 VALE5 Cálculo da média para PETR4:
XPETR4
5 5
 = 
(- 4) + (-3) + 1 + 6 (- 5)
 = 
- 5
 = - 1%
Cálculo da média para VALE5:
XVALE5
5 5
 = 
(- 2) + (- 1) + 1 + (- 2) + (- 1)
 = 
- 5
 = - 1%
07/07 − 4% − 2%
08/07 − 3% − 1%
09/07 + 1% +1%
10/07 + 6% − 2%
11/07 − 5% − 1%
Ou seja, o retorno esperado nas duas carteiras são os mesmos. Qual ação escolher então?
Um investidor racional, diante de dois ativos similares com mesmo retorno, irá escolher o de me-
nor risco. Para isso, devemos calcular o Desvio Padrão de cada ativo.
Cálculo do Desvio padrão para PETR4
σ X2 =
(−4− (−1))2 + (−3− (−1))2 + (1− (−1))2 + (6− (−1))2 + (−5− (−1))2
4
σ X2 =
9+ 4+ 4+ 49+16
4
= 82
4
= 20,5 = 4,52%
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Cálculo do Desvio padrão para VALE5
σ X2 =
(−2− (−1))2 + (−1− (−1))2 + (1− (−1))2 + (−2− (−1))2 + (−1− (−1))2
4
σ X2 =
1+ 0+ 4+1+ 0
4
= 6
4
= 1,5% = 1,22%
Assim podemos afirmar que a ação da PETR4 possui um RISCO MAIOR para o investidor, por apre-
sentar um desvio padrão maior.
Nesse caso, o investidor racional irá optar em comprar ações da VALE5.
Covariância
Em geral, observa-se que, quando os juros sobem, os preços das ações caem. Esse comportamen-
to sugere que há uma covariância negativa entre as variáveis taxa de juros e preços de ações. 
A covariância é uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-relacionam de forma linear, 
ou seja, como Y varia em relação a uma determinada variação de X.
Quando a covariância é positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma direção; isto é, se uma 
sobe, a outra tende a subir e vice-versa. Quando a covariância é negativa, duas variáveis tendem 
a variar em direções opostas; isto é, se uma sobe a outra tende a cair e vice-versa. Quanto mais 
próxima de zero for a covariância, menor a possibilidade de se identificar um comportamento in-
terdependente entre as variáveis.
Correlação
A covariância busca mostrar se há um comportamento de interdependência linear entre duas va-
riáveis. Porém, a covariância é uma medida dimensional, sendo afetada pelas unidades de medida 
das séries X e Y. Para corrigir esse problema da covariância, chegou-se à medida de correlação que 
é um número adimensional que varia entre -1 e 1 (inclusive). 
A correlação (ou coeficiente de correlação linear de Pearson) é dada pela fórmula.
ρX ,Y =
COVXY
σ X ×σ Y
O coeficiente de correlação mostra se há relação linear entre duas séries de dados X e Y. Se o co-
eficiente de correlação for igual a 1, significa que existe relação linear perfeita entre X e Y, de tal 
forma que se X aumenta, Y aumenta na mesma proporção também.
Se o coeficiente de correlação for igual a -1 significa que existe relação linear perfeita entre X e Y, 
de tal forma que se X aumenta, Y diminui na mesma proporção também.
Quando a correlação é zero, não existe relação de linearidade entre as variáveis X e Y.
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Diagramas de dispersão que mostram correlação 
positiva entre as variáveis
Correlação fraca Correlação forte Correlação perfeita
Diagramas de dispersão que mostram correlação 
negativa entre as variáveis
Correlação fraca Correlação forte Correlação perfeita
Exemplo de Correlação entre dois ativos
Correlação = 0 Correlação = - 1 Correlação = 1
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Distribuição Normal
A Distribuição Normal explica a probabilidade de um evento ocorrer.
A importância de se saber a média e o desvio padrão está em conhecer a probabilidade de os 
eventos ocorrerem. As probabilidades de se afastar da média certa quantidade de desvios-padrão 
já estão calculadas pelos estatísticos.
68,28% 95,44%
x - 1σ    x x + 1σ     x - 2σ     x x + 2σ
Aplicação da distribuição normal em um investimento:
Considere que um fundo de investimento em ações tenha média dos retornos igual a 4% e um risco 
(desvio padrão) de 3%, então é de se esperar que os futuros retornos desses ativos estejam entre:
Cálculo para um Desvio Padrão
 • 4% (média) – 3% (um desvio padrão) = 1%
 • 4% (média) + 3% (um desvio padrão) = 7%
Assim, é de se esperar que os retornos desse fundo estejam entre:
1% a 7% → Com aproximado 68% de confiança.
Cálculo para dois Desvios Padrão
 • 4% (média) – 6% (dois desvio padrão) = – 2%
 • 4% (média) + 6% (dois desvio padrão) = 10%
Assim, é de se esperar que os retornos desse fundo estejam entre:
– 2% a 10% → Com aproximado 95% de confiança.
Cálculo para três Desvios Padrão
 • 4% (média) – 9% (três desvio padrão) = – 5%
 • 4% (média) + 9% (três desvio padrão) = 13%
Assim, é de se esperar que os retornos desse fundo estejam entre:
– 5% a 13% → Com aproximado 99% de confiança.
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Exemplo de questões de prova utilizando o conceito de Desvio Padrão
Um título, no valor de R$60,00, possui um desvio padrão de 10 reais. A amostra possui 95% de 
probabilidade. Quais são os valores máximos e mínimos que a probabilidade aponta para o título?
Como a amostra possui probabilidade de 95%, logo estamos falando de um intervalo compreendi-
do entre a média menos 2 desvios padrão até a média somada com 2 desvios padrão.
60 – 2 x 10 = 40,00
60 + 2 x 10 = 80,00
Resposta: 40,00 até 80,00
Calculando a média a o Desvio Padrão de uma amostra simples com HP-12C
EXEMPLO 1.1
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determina-
do mês:
1º → + 3%
2º → + 5%
3º → + 7%
4º → − 2%
5º → + 2%
Como calcular a média e o desvio Padrão:
PressionarObjetivo Visor
F REG Limpa memória do registrador 0,00
3 Σ+ Introduz o valor de 3% 1,00
5 Σ+ Introduz o valor de 5% 2,00
7 Σ+ Introduz o valor de 7% 3,00
2 (CHS) Σ+ Introduz o valor de -2% 4,00
2 Σ+ Introduz o valor de 2% 5,00
G 0 Calcular a média 3,00
G . Calcular o Desvio Padrão 3,39
Logo a média e o desvio padrão são respectivamente 3 e 3,39.
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Calculando a Média e a Mediana de uma Amostra Ponderada com HP-12 C
Neste exemplo, vamos considerar uma amostra ponderada e calcular a média e a mediana com a 
utilização da Calculadora HP.
EXEMPLO 1.2
Considerando que, em determinada empresa, os salários são distribuídos conforme a tabela abaixo:
Quant. Funcionários Salário
10 R$ 1.000,00
15 R$ 1.500,00
15 R$ 2.000,00
30 R$ 2.500,00
20 R$ 3.000,00
a) Qual é a média salarial dessa empresa?
Tome cuidado, pois, como o interesse é em calcular a média de Salário ponderado e não de fun-
cionários, devemos informar à Calculadora primeiro o valor dos salários e depois a quantidade de 
funcionários que recebem aquele salário. A ordem trocada altera o resultado.
Pressionar Objetivo Visor
F REG Limpa memória do registrador 0,00
1000 enter 10 Σ+ Informa que 10 pessoas recebem 1.000,00 cada 1,00
1500 enter 15 Σ+ Informa que 15 pessoas recebem 1.500,00 cada 2,00
2000 enter 15 Σ+ Informa que 15 pessoas recebem 2.000,00 cada 3,00
2500 enter 30 Σ+ Informa que 30 pessoas recebem 2.500,00 cada 4,00
3000 enter 20 Σ+ Informa que 30 pessoas recebem 3.000,00 cada 5,00
G 6 Calcular a média ponderada 2.194,44
Logo a média ponderada é de R$ 2.194,44.
b) Qual é o salário mediano dessa empresa?
Primeiro temos que ver quantos funcionários tem e se este número é par ou ímpar. Neste caso, 
são 10+15+15+30+20 = 90 funcionários, que é PAR. 
Agora sabemos que a mediana será a média dos termos centrais de ordem 45 e 46.
Colocando os funcionários em ordem crescente de salário, encontramos que os funcionários que 
ocupam as ordens 45 e 46 possuem salários de 2.500,00 cada.
Calculando a média, temos = (2.500 + 2.500) / 2 = 2.500,00.
Logo, o salário mediano é de 2.500,00.
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Dicas do Professor
 • Não confunda Variância com Covariância;
 • Para calcular a Variância e o Desvio Padrão, precisamos apenas dos da-
dos históricos de um único ativo;
 • Conhecendo a Variância de um ativo é possível determinar o Desvio 
Padrão, apenas extraindo a Raiz Quadrada;
 • Para calcular a Covariância e a Correlação são necessários os dados his-
tóricos de dois ativos, já que essa medida mensura o comportamento 
entre duas variáveis;
 • Conhecendo a Covariância entre dois ativos é possível determinar a 
Correlação entre eles.
2.2 Fundamentos de Economia
PIB (Produto Interno Bruto)
O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país duran-
te certo período. Isso inclui do pãozinho até um avião produzido pela Embraer, por exemplo.
O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. 
A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de um pão, a farinha de trigo 
usada não entra na contabilidade.
O PIB é obtido pela equação:
PIB = Consumo + Investimentos + Gastos do Governo + Saldo da Balança Comercial (Exportação – 
Importação).
O cálculo do PIB deve considerar apenas o valor agregado, descontando sempre o valor dos in-
sumos, ou seja, imaginamos que uma indústria tem um custo de matéria prima de 1.000,00, para 
produzir determinado produto e o vende, 1800,00, concluímos que essa indústria contribui com 
R$ 800,00 para o PIB de cada produto vendido. (R$ 1.800,00 – R$ 1.000,00).
SELIC Meta X SELIC Over
A taxa Selic Over é a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada 
e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e 
cursadas no referido Sistema na forma de operações compromissadas.
A taxa Selic Meta é Definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a Selic – Meta que regu-
la a taxa Selic Over assim como todas as outras taxas do Brasil.
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Comentário!
A selic over pode ser alterada diariamente (dias úteis), pois se trata de uma média das taxas 
de negociação dos TPF, enquanto a Selic Meta só é alterada pelo Copom, através de reuniões 
ordinárias ou extraordinárias.
CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro)
Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das instituições financeiras, que 
lastreiam as operações do mercado interbancário. Suas características são idênticas às de um CDB, 
mas sua negociação é restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir recur-
sos de uma instituição financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja mais flui-
do, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem.
A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a rentabilidade de fundos, 
como os DI, por exemplo. O CDI é utilizado para avaliar o custo do dinheiro negociado entre os 
bancos, no setor privado e, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), essa modalidade de 
aplicação pode render taxa de prefixada ou pós-fixada.
CDI X SELIC
Títulos Privados (CDI)
Títulos Públicos Federais
Taxa Selic Over
Taxa CDI
IF = Instituição Financeira
Taxa Selic
Meta
COPOM
IF IF
IF
TR (Taxa Referêncial)
A TR representa a Taxa Básica Financeira (TBF), que é calculada em função da taxa média dos 
CDB, deduzida de um redutor (R), da seguinte forma:
 
 
 ( )1
1
TBF
TR
R
+
= −
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A TR é utilizada na remuneração dos títulos da divida agrária (TDA), dos recursos das cadernetas 
de poupança e do FGTS.
É competência do BACEN calcular e divulgar a TR.
Taxa de Câmbio
Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de 
outra moeda.
PTAX é a taxa que expressa à média das taxas de câmbio prática no mercado interbancário. Divul-
gada pelo BACEN.
TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN pelas instituições autoriza-
das por ele a atuar.
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
A ponderação das despesas das pessoas para 
se verificar a variação dos custos foi definida 
do seguinte modo
 • Índice Oficial de inflação do Brasil
 • Calculado pelo IBGE.
 • Divulgado mensalmente
 • Utilizado como referência para META de inflação 
definida pelo CMN para o COPOM
 • População-objetivo do IPCA abrange as famílias 
com rendimentos mensais compreendidos 
entre 1 (um) e 40 (quarenta) salários-mínimos, 
qualquer que seja a fonte de rendimentos, 
e residentes nas áreas urbanas das regiões 
metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, 
Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, 
São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e 
município de Goiânia.
Tipo de Gasto Peso % do Gasto
Alimentação 25,21
Transportes e comunicação 18,77
Despesas pessoais 15,68
Vestuário 12,49
Habitação 10,91
Saúde e cuidados pessoais 8,85
Artigos de residência 8,09
Total 100,00
IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado)
 • Calculado pela FGV;
 • Divulgado mensalmente.
IGP-M/FGV é composto pelos índices:
 • 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA);
 • 30% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
 • 10% do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC).
O índice que mais afeta o IGP-M é o IPA.
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Uma alta no Dólar (PTAX) influência pode significar um aumento no INCC, pois muitos itens utiliza-
dos na Construção Civilsão importados, o que consequentemente também afeta o IGP-M, já que o 
mesmo é composto por 10% do INCC.
Comentário!
O que difere o IGP-M/FGV e o IGP-DI/FGV é que as variações de preços consideradas pelo IGP-
-M/FGV referem-se ao período do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência e o 
IGP-DI/FGV refere-se a período do dia um ao dia trinta do mês em referência.
Política Fiscal
Conjunto de medidas adotadas pelo Governo, dentro do orçamento do Estado, que visam obter as 
rendas indispensáveis à satisfação das despesas públicas.
Chamamos de política fiscal as decisões do governo sobre como e quanto irá arrecadar de tributos 
(impostos, taxas e contribuições) e sobre quanto e de que forma irá gastar os recursos disponíveis.
Contas do Setor Público:
Receita
Impostos
Despesas
não
financeiras
Superávit/
Déficit
Primário
Pagamento de
juros sobre a
dívida pública
Superávit
Déficit Nominal
Política Cambial
Política federal que orienta o comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio.
 • O Brasil adota um regime de Política Cambial Flutuante SUJA sem Banda Cambial;
 • Em um regime de taxas perfeitamente flutuantes, o Bacen não intervém no mercado, per-
manecendo inalteradas as reservas internacionais.
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Reservas Internacionais
As Reservas Internacionais de um país são formadas por ativos em moedas estrangeiras, como 
títulos, depósitos bancários, ouro, etc., que podem ser usados para pagamentos de dívidas inter-
nacionais.
Contas Externas e Balanço de Pagamentos
É o registro das transações de um país com o resto do mundo. No Brasil, os valores são expressos 
em dólares americanos, mesmo quando são efetuados com outros países que não os EUA. Duas 
grandes contas formam o balanço de pagamentos de um país:
a) Conta Corrente:
 • engloba os registros de três outras contas: a balança comercial, a conta de serviços e ren-
das e as transferências unilaterais.
Balança comercial: Registra o comércio de bens, na forma de exportações e importações. Quando 
as exportações são maiores que as importações temos um superávit na Balança Comercial. Um 
déficit ocorre quando as importações são maiores que as exportações.
Conta de Serviços e Rendas: inclui os pagamentos/recebimentos relacionados com o comércio de 
bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com viagens internacionais, o aluguel de equi-
pamentos, os serviços governamentais, a exportação e importação de serviços e o pagamento/
recebimento de juros e de lucros e dividendos.
Transferências Unilaterais: contabilizam o saldo líquido das remessas de recursos ou doações fei-
tos entre residentes no Brasil e residentes em outros países.
b) Conta de Capitais: registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros por resi-
dentes no Brasil e a venda de ativos brasileiros a estrangeiros.
Balança
Comercial
Balança de
Pagamentos
Conta
Corrente
Contas de
Capitais
Exportação
Conta
Corrente
Balança
Comercial
Contas de
Serviços e Rendas
Transferências
unilaterais
Importação
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2.3 Fundamentos de Finanças
Taxa Equivalente na HP 12C
Podem-se utilizar as funções financeiras para descobrir taxas equivalentes, mas ensinarei uma ma-
neira de programar a HP 12c a fim de facilitar as transformações de taxas. É importante salientar 
que o que faremos aqui será traduzir a mesma fórmula de taxas equivalentes para a linguagem da 
máquina.
Pressionar Objetivo Visor
F P/R entrar no modo de programação 00- 
F PRGM limpar memória de programas anteriores 00- 
STO 0 guardar o prazo desejado na memória “0” 01- 44 0
RCL i busca o valor digitado na taxa 02- 45 12
1 % divide a taxa por 100 04- 25
1 + soma 1 com a taxa unitária 06- 40
RCL 0 busca o valor do prazo que quero 07- 45 0
RCL n busca o valor do prazo que tenho 08- 45 11
÷ divide os dois prazos 09- 10
YX eleva a taxa unitária somado 1, a razão das taxas 10- 21
1 - subtrai 1 do resultado obtido 12- 30
1
multiplica o resultado por 100, a fim de transformar a taxa 
unitária em percentual.
13- 1
0 14- 0
0 15- 0
X 16- 20
G GTO Retorna a primeira linha de programação. 
Observação! usar “00” para HP (dourada) e “000” para 
HP Platium.
17- 43,33 00
00 ou 000
F P/R Finaliza o modo de programação 0,00000000
Após programar sua HP 12c, vamos ver como irá funcionar a transformação de taxas.
Armazenamento na HP:
i : Taxa que tenho;
n: Prazo que corresponde a essa taxa;
Digitar o prazo desejado e logo após digitar R/S.
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EXEMPLO 1.3
Qual é a taxa anual equivalente a taxa de 4% ao mês?
Pressionar Objetivo Visor
4 i Introduz a taxa que tenho em i 4,0000
30 n Introduz o prazo que tenho, correspondente à taxa 30,000
360 Prazo desejado 360
R/S Executa o programa 60,10
Resposta 60,10% ao ano.
Observação! O prazo não necessariamente precisa ser em dias, poderia utilizar 1 para a variável 
“n” digitar 12 e executar o programa. Deve apenas manter a proporcionalidade.
EXEMPLO 1.4
Uma empresa tomou recursos emprestados de uma Instituição Financeira, a uma taxa de 3,1% ao 
mês. Qual é a taxa de juros total cobrada, sabendo que o empréstimo foi pago após 182 dias?
Pressionar Objetivo Visor
3,1 i Introduz a taxa que tenho em i 3,1000
30 n Introduz o prazo que tenho, correspondente à taxa 30,000
182 Prazo desejado 182
R/S Executa o programa 20,35
Resposta 20,35% ao período.
Taxa Aparente X Taxa Real
Se considerarmos que um valor aplicado em certo fundo de investimento obteve 15% de lucro no 
ano de 2007 e que a inflação acumulada no ano de 2007 foi de 4,5%, assim o ganho REAL desse 
cliente foi inferior ao lucro APARENTE.
Taxa aparente: 15%
Inflação: 4,5%
Para o cálculo da taxa Real, não podemos apenas subtrair a inflação, e sim utilizar a fórmula de Fisher.
Taxa REAL
Taxa
Inflação
= 
( + 
( + )
 - 1
1
1
Nominal
 x 100



 
 
 
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Logo:
Taxa real : = 1,1004 = 10,04%
1 15
1 045
,
,
Pergunta: Em uma aplicação financeira, o ganho nominal pode ser igual ao ganho real?
Resposta: Sim, quando a inflação for igual a zero.
Pergunta: Em uma aplicação financeira o ganho real pode ser superior ao ganho nominal?
Resposta: Sim, quando a inflação for inferior a zero, ou seja, houver deflação.
Taxa Conjunta
O bom exemplo de utilização de taxa conjunta é o caso da remuneração das cadernetas de pou-
pança.
Sabemos que a poupança é remunerada pela taxa fixa de 0,5% ao mês mais a variação da TR (Taxa 
Referencial, divulgada diariamente pelo Banco Central).
Seguindo esse raciocínio, se a T.R do dia de hoje é de 0,25%, podemos concluir que os recursos apli-
cados em poupança no dia de hoje estarão remunerando uma taxa de 0,50% + 0,25% = 0,75%.
Pensar dessa maneira é a mesma coisa que concluir no exemplo de taxa real que em um aumento 
de salário de 6% atrelado a uma inflação de 5% me sobrará 1% de aumento líquido, pois 6% - 5% = 
1%. Relembrando o conteúdo anterior, notamos que para calcular a taxa real, nós dividíamos as 
taxas ao invés de subtraí-las. Seguindo esse processo lógico, concluímos que, para calcular a taxa 
conjunta, não somamos, mas multiplicamos as taxas unitárias acrescido de uma unidade, logo á 
fórmula matemática a ser utilizada é:
ic = [(1 + i) x (1 + I) - 1] x 100
Onde:
Ic = Taxa conjunta;
i = Taxa a ser corrigida;
I = Taxa de correção.
EXEMPLO 1.5
Quanto vai ganhar um cliente que aplicar

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