Buscar

Sistema Tegumentar Pele AULA POWER POINT

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Tegumentar Pele
Disciplina de Dermato – Funcional
Andrezza Monteiro
 A pele recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Abaixo em continuidade com a derme está a hipoderme, que, embora tenha a mesma origem da derme, não faz parte da pele, apenas serve-lhe de suporte e união com os órgãos subjacentes.
A PELE
Funções da Pele
*Proteger o organismo contra a perda de água por evaporação e contra o atrito;
*Serve como grande receptor para as sensações gerais (dor, pressão, tato, temperatura);
*Colabora na termorregulação  do corpo;
*Participam na excreção de várias substâncias;
*Proteção contra os raios ultravioleta;
*Formação da vitamina D3;
*Importante papel nas respostas imunitárias do organismo.
*Na pele, observam-se várias estruturas anexas, que são os pêlos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas.
 
Epiderme
          A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. A característica da pele difere na maior parte da superfície do corpo. Há locais, como a palma da mão e a planta dos pés, onde a epiderme é muito mais espessa e a pele é denominada pele espessa. Em outros locais, a epiderme é mais fina, sendo denominada pele delgada.
Na pele espessa, podem ser distintas cinco camadas na epiderme:
*Camada basal: 
Células prismáticas ou cubóides, que repousam sobre a membrana basal, que separa a epiderme da derme. 
São responsáveis pela constante renovação do epitélio, com intensa atividade mitótica, por isto, esta camada também é conhecida como camada germinativa;
*Camada espinhosa: 
Células poligonais, cubóides ou ligeiramente achatadas, com núcleo central e com expansões citoplasmáticas que contém tonofibrilas. 
Essas expansões unem-se através de desmossomas, o que dá a célula um aspecto espinhoso;
*Camada granulosa: 
Células poligonais com núcleo central, nitidamente achatadas, que contém numerosos grânulos de querato-hialina (basófilos). 
Além desses grânulos, estas células secretam ainda corpos lamelares, substancia fosfolipídica associada a glicosaminoglicanas, que se espalha no espaço intercelular vedando esta camada de células, impedindo a passagem de compostos, principalmente de água (barreira impermeável).
*Camada lúcida: 
Delgada camada de células achatadas, eosinófilas, cujos núcleos e organelas desapareceram;
*Camada córnea: 
Camada superficial de células achatadas, mortas, sem núcleo e sem organelas. 
Membrana celular bem espessa e citoplasma cheio de queratina.
Na pele delgada, falta frequentemente a camada lúcida, além de apresentar uma camada córnea muito reduzida. A epiderme apresenta quatro tipos de células: 
Queratinócitos: 
São as células mais numerosas da epiderme. São as que se tornam queratinizadas. O processo de queratinização possui etapas nas camadas da epiderme:
*Camada basal: queratinócitos possuem tonofilamentos;
*Camada espinhosa: continua a síntese de tonofilamentos, que se agrupam em feixes de tonofibrilas. Início da síntese de querato-hialina;
*Camada granulosa: grande acúmulo de grânulos de querato-hialina;
Verdadeiro processo de queratinização: ocorre ao período entre a saída de células da camada granulosa e entrada na camada córnea. Aos grânulos de querato-hilaina se combinam com as tonofibrilas, convertendo-as em queratina. Esse processo envolve a decomposição do núcleo e das organelas e o espessamento da membrana celular;
*Camada córnea: células queratinizadas, que sofrem descamação.
Melanócitos:
Células do citoplasma globoso, com núcleo central e irregular, situadas geralmente nas camadas basal e espinhosa, com prolongamentos dentríticos dirigidos para a superfície da epiderme;
No seu interior ocorre a síntese de melanina, pigmento de cor marrom escura;
O processo de síntese de melanina consiste em:
A tirosina é transformada em 3,4-diidroxi-fenilalanina (DOPA) pela enzima tirosinase;
A DOPA, também sobre ação da tirosinas, produz DOPA-quinona, que, após uma serie de transformações, resulta a melanina;
Obs.: a tirosinase é sintetizada a nível de REG e acumulada em vesícula chamadas pré-melanossomas. Com o acumulo de melanina, essas vesículas passam a se chamar melanossomas e, ao fim da síntese, recebe o nome de grão de melanina. A partir deste grão, o pigmento é injetado no interior das células epiteliais e se localizam em posição supranuclear, onde oferecem máxima proteção ao DNA contra a radiação ultravioleta. Quando não existe atividade tirosinática, não há síntese de melanina: é o que ocorre nos casos albinos.
Células de Langerhans:
Células ramificadas de citoplasma claro, que podem ser evidenciadas através de impregnação pelo cloreto de ouro; 
Estão localizadas entre os queratinócitos, em toda a epiderme, porém, são mais frequentes na camada espinhosa;
 Fazem parte do sistema imunitário, podendo processar e acumular na sua superfície os antígenos cutâneos, apresentando-os aos linfócitos; 
Participa do desencadeamento das reações de hipersensibilidade por contato cutâneo.
Células de Merkel:
Célula epidérmica modificada, localizada na camada basal, e geralmente presentes na pele espessa;
Caracteriza-se pela presença de grânulos citoplasmáticos. A base desta célula está em contato com terminações nervosas, e por isso, é tida como mecano-receptor.
DERME
É o tecido conjuntivo sobre o qual se apóia a epiderme. O tecido conjuntivo propriamente dito apresenta-se de muitas formas, as quais são caracterizadas pelos tipos de células que as compõe e pelas fibras. Tais células podem ser: fibroblastos, fibrócitos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos, mastócitos, células adiposas e melanócitos.
As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa.
Sua superfície externa é irregular, observando saliências chamadas de papilas dérmicas. As papilas aumentam a área de contato derme-epiderme, trazendo maior resistência à pele.
Descrevem-se na derme duas camadas, de limite poucos distintos, que são: a papilar, superficial; e a reticular, mais profunda.
A camada papilar é delagada, constituída por tecido conjuntivo frouxo.
 A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso não modelado. Ambas camadas contem muitas fibras elásticas, responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são encontradas na derme as seguintes estruturas: pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
 A circulação da pele possui uma disposição tal que acomoda as diversas necessidades funcionais, como : nutrição da pele e anexos, aumento ou redução do fluxo para facilitar ou dificultar a perda de calor pelo corpo.
 Os vasos arteriais que suprem a pele foram dois plexos: um no limite entre a derme e hipoderme e outro entre as camadas papilar e reticular. Dos plexos venosos distinguem-se três: dois na posição descrita pelas artérias e uma na região media da derme. O sistema linfático inicia-se nas papilas dérmicas e convergem para um plexo entre as camadas papilar e reticular, daí partem ramos para o plexo localizado no limite entre a derme e hipoderme.
HIPODERME
 Também chamado de tecido subcutâneo, é formado por tecido conjuntivo frouxo. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre estruturas na qual se apoia. Dependendo do grau e nutrição do organismo, a hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O panículo adiposo proporciona proteção contra o frio.
 A hipoderme é rica em células que armazenam gordura (adipócito).
 A hipoderme tem como função a reserva energética, proteção contra choque mecânico e isolante térmico.
 
PÊLOS 
 Os pêlos são delgadas estruturas queratinizadas que se desenvolvem a partirde uma invaginação de epiderme. Estão presentes praticamente em toda superfície do corpo, com exceção de algumas regiões bem delimitadas.
Cada pêlo origiona-se de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso, que, no pêlo de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro observa-se uma papila dérmica. As células que recobrem esta papila forma a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pêlo.
Na fase de crescimento, as células da raiz multiplicam-se e diferenciam-se:
As células centrais da raiz produzem células grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas, que formam a medula do pêlo;
Ao redor da medula diferenciam-se células mais queratinizadas e dispostas compactamente, formando o córtex do pêlo;
Das células mais periféricas surge a cutícula do pêlo que apresenta grupos de células fortemente queratinizadas, envolvendo o córtex como escamas;
Estrutura do Pêlo
 Em um estado normal, os cabelos do couro cabeludo encontram-se 85% na fase de anagênese, 14% na fase catagênese e 1% na fase de telogênese, constituindo tais percentuais o tricograma normal do couro cabeludo. Por ultimo, as células epiteliais mais periféricas originam duas bainhas, envolvendo o eixo do pêlo na sua porção inicial. A bainha externa continua-se com o epitélio da epiderme, enquanto a interna desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo. Há também a membrana vítrea que deve ser uma membrana basal muito desenvolvida, deve0se lembrar também do conjuntivo que envolve o folículo e apresenta-se mais espesso, recebendo o nome de bainha conjuntiva do folículo piloso.
Há na derme feixes e músculo liso dispostos obliquamente, que se inserem de um lado na bainha conjuntiva do folículo e do outro na camada papilar da derme. A contração desses músculos promove o eriçamento do pêlo, recendo o nome de músculo eretor do pêlo. A pigmentação deve-se a presença de melanócitos, entre a papila e o epitélio da raiz do pêlo.
Tipos de pêlo:
Lanugem: é o pêlo que cobre o feto e desaparece após o nascimento. É delgado, macio, não pigmentado e não medulado. É protegido pelos folículos fetais e depreende normalmente no útero no sétimo ou oitavo mês de gestação ou então logo após o nascimento;
Velus: é o pêlo que substitui a lanugem após o nascimento. É macio, não medulado, fino, curto e raramente pigmentado. Pode ser encontrado normalmente nas faces das mulheres ou na área de calvície dos homens;
Pêlo terminal: é o pêlo que substitui o velus em determinadas áreas do corpo e em determinada idade da vida. É um pêlo mais comprido, pigmentado,visível e medulado. É encontrado nas axilas, regiões pubianas, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e cabelos do couro cabeludo.
Processo de queratinização do pêlo em relação à epiderme:
 Enquanto a epiderme produz queratina relativamente mole, com pouca adesividade e que descama, o pêlo forma uma massa compacta e coesa de substancia córnea dura , que não se descama;
 Na epiderme a diferenciação e queratinização são contínuas e difusas, enquanto no pêlo é intermitente e localiza-se no bulbo piloso;
Na epiderme, diferenciam-se de modo uniforme, as células epiteliais da raiz do pêlo diferenciam-se em múltiplos tipos celulares.
 Unhas
 São placas córneas (queratina) que se dispõem na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos e artelhos. A superfície da falange, que é recoberta pela unha, recebe o nome de leito unguenal. A porção proximal é chamada raiz da unha ou matriz. É na raiz da unha que se observa a sua formação, graças a um processo de proliferação e células epiteliais, que gradualmente se queratinizam, formando um aplaca córnea. A unha é constituída essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente aderidas uma às outras. Elas crescem no sentido distal dos membros, deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica de pele e não participa da formação da unha.
Origem embriológica da unha:
Assim como o pêlo, a unha é formada por uma invaginação da epiderme para a derme. Desta forma, tem origem ectodérmica – uma origem “nobre”, pois o SNC também origina-se de uma invaginação da ectoderme.
Velocidade de crescimento:
Em média, as unhas crescem por volta de 0,1mm ao dia, sendo o crescimento mais rápido no verão que no inverno, mais rápido nas unhas da mão do que no pé e mais rápido na mão dominante. As unhas individuais diferem ligeiramente nas velocidades de crescimento. Dessa forma, em circunstâncias normais, as unhas dos dedos das mãos levam cerca de 5 meses pra crescer inteiramente, enquanto as dos pés demoram de 12 a 18 meses.
Glândulas sebáceas:
 Situam-se na derme e seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos folículos pilosos. Nos grandes e pequenos lábios da vagina os ductos abrem-se direto na superfície da pele. Na palma da mão e na sola do pé não há glândulas sebáceas;
 São alveolares e geralmente vários alvéolos desembocam em um ducto curto. Esses alvéolos são formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas;
 Secretam uma substancia oleosa chamada sebo que recobre não só o pêlo, mas também a superfície da pele, para a manutenção e sua textura. O sebo é produzido como uma secreção holócrina (o produto é liberado junto com os restos celulares);
 A atividade dessas glândulas é influenciada por hormônios sexuais. Na puberdade ocorre o aumento na produção das células sebáceas e sebo, e seu acúmulo origina a acne.
Glândulas sudoríparas:
* Merócrina:
Distribuem-se por toda superfície do corpo, exceto em alguns locais com lábios e genitália externa.
Não estão associadas a folículos pilosos;
São do tipo simples, tubulosa, enovelada. Sua porção secretora localiza-se profundamente na derme ou superiormente na hipoderme.
Na porção glandular estão presentes células de 3 tipos: mioepiteliais, clara e escura;
O ducto da glândula sudorípara é constituído por epitélio cúbico estratificado. Suas células são menores e aparecem mais escuras que as células da porção secretora;
Essas glândulas produzem uma solução aquosa pobre em proteínas e rica em cloreto de sódio, uréia, ácido úrico e amônia em quantidade varáveis: o suor. Portanto, funcionam, em parte, como órgãos excretores;
Também desempenham um importante papel na regulação da temperatura, pelo resfriamento resultante da evaporação do suor.
* Apócrina:
 Encontram-se na axila, aréola e mamilo da glândula mamária, na região circum-anal, em associação com a genitália externa, glândula ceruminosa do canal auditiva e glândula de Moll das pálpebras.
  Desenvolvem-se a partir da mesma invaginação da epiderme que dá origem aos folículos pilosos acima da abertura das glândulas sebáceas.
 Produzem uma secreção que contém proteína e sua composição varia com a localização anatômica, sendo ligeiramente viscosa e sem cheiro, mas que adquire um odor desagradável e característico pela ação de bactérias;
 Essas glândulas respondem aos hormônios sexuais e desenvolvem-se na puberdade. As glândulas axilares da mulher sofrem alterações cíclicas que acompanham o ciclo menstrual.
Glândula mamária:
 A mama é um conjunto de 15 a 25 glândulas exócrinas do tipo tubuloalveolar composto, que tem por função secretar leite. Ela é divida em 15 a 25 lóbulos por tecido conjuntivo denso e adiposo, sendo de fato, cada lóbulo uma glândula mamária, com sua parte secretora e ducto excretor próprio.
 As glândulas de ambos os sexos seguem um curso de desenvolvimento até a puberdade, após as glândulas femininas desenvolvem-se sobre a influencia de hormônios hiofisários ovarianos e outros. Após a menopausa, as mamas seguem atrofia e involução progressiva.
 Inervação da Pele
A pele contém diversos receptores sensoriais constituídos por terminações periféricas de neurônios sensoriais. Os mais numerosos são as terminações nervosas livresda epiderme, mas também ocorrem na derme. Outras terminações nervosas estão envolvidas por uma cápsula: terminações nervosas encapsuladas (pressão e tato). As principais são:
*Corpúsculo de Vater Pacini: estrutura grande e ovóide. Comtém terminação nervosa mielinizada. Uma vez dentro do corpúsculo, só a porção inicial da fibra matem a cobertura mielin. A fibra é circundade por camadas de células achatadas, que são continuas como o endoneuro. São pressoreceptores e encontram-se no tecido conjuntivo, especialmente na pele de grande sensibilidade, como nas pontas do dedo;
*Corpúsculo de Meisser: encontrados na derme sendo mais numerosos nos dedos das mãos e dos pés. Geralmente são cilíndricos, constituídos por células de sustentação que se acredita serem células de Schwann modificadas e terminais não mielinizados e fibras aferentes São receptores táteis;
*Corpúculo de Ruffini: estruturas arredondadas, encontram-se na pele e articulação. Uma única fibra mielinizada de grande diâmetro divide-se em muitos ramos pequenos não-mielinizados no interior da cápsula.
As glândulas sebáceas são inervadas pela porção simpática do sistema nervoso autônomo (merócrinas respondem ao calor e pressão nervosa; apócrinas respondema estímulos emocionais e sensoriais, mas não ao calor).
Lesões Elementares da Pele
 
 A análise da pele é um dos passos mais importantes para se definir a forma de tratamento após o reconhecimento das alterações que ocorrem nos tecidos que compõem a sua estrutura tegumentar. 
 Qualquer alteração presente na estrutura da pele seja qual for a causa que a provocou caracteriza a formação de lesões elementares. 
 Os mecanismos indutores de lesões elementares podem ser de natureza circulatória, inflamatória, metabólica, degenerativa ou hiperplásica. 
Dependendo dos tipos de lesões e das causas que a provocaram podemos classificar as lesões da pele da seguinte forma :
1) Quanto à Modificações da Cor
A) Manchas Pigmentares: estão relacionadas à melanina e podem ser classificadas em hipercrômicas, hipocrômicas e acrômicas 
As manchas hipercrômicas apresentam tom escuro por excesso de melanina no local onde estão presentes. As manchas hipocrômicas são claras por apresentarem menor quantidade de pigmento e as acrômicas são desprovidas de melanina.
Manchas por pigmentos como bilirrubina, caroteno, alcaptona que podem ter coloração amarelada, marron, etc. 
Manchas relacionadas a pigmentos estranhos ao organismo como ouro, prata, arsênio, corantes, etc. 
Medicamentos e substâncias que contenham ouro, prata e arsênico podem alterar a coloração da pele assim como tatuagens através dos pigmentos coloridos que ficam nela impregnados e os antimaláricos que a tornam amarelado.
Manchas Hipercrômicas
Manchas Hipocrômicas
Manchas Acrômicas
B)Manchas devidas a alterações vasculares:
a) transitórias: eritema e enantema, cianose e cianema que são manchas de coloração arroxeada. 
O eritema é de cor avermelhada devido à presença de sangue arterial e é provocada por hiperemia enquanto que na cianose a coloração da pele se torna azulada devido a redução da hemoglobina no sangue principalmente nas extremidades digitais, orelhas, conjuntivas e leito ungueal. Quando este processo ocorre nas mucosas é chamado de cianema e também chamamos de enantema o eritema das mucosas. 
b) permanentes: nevo vascular (angioma) e teleangectasia 
O aumento do número de vasos sanguíneos é chamado de nevo vascular e a teleangectasia é a dilatação permanente do calibre de pequenos vasos
ERITEMA
ENANTEMA
CIANOSE
C) Manchas devidas ao pigmento sanguíneo 
* São as púrpuras de coloração avermelhada que dependendo da extensão da mancha podem ser classificadas em petéquia, víbice, hematoma e equimose.
A petéquia é uma lesão purpúrica puntiforme, a víbice é uma lesão purpúrica linear, a equimose é uma lesão purpúrica de grande extensão e o hematoma é uma coleção de lesões purpúricas geralmente de origem traumática.
2) Eflorescências elementares sólidas 
* Segundo a aspecto que apresentam podem ser subdivididas em :
ponfo ou seropápula: é uma eflorescência circunscrita de tamanho variável que faz saliência na pele, com coloração que varia do eritematoso ao anêmico. Nesta lesão surge vasodilatação com saída de plasma e de células sanguíneas. 
*pápula: eflorescência de consistência dura, superficial com menos de 5 cm , com certa elevação que não forma cicatriz ao regredir. As pápulas podem ser epidérmicas com aumento de células de uma ou várias camadas da epiderme ou em placas que são lesões elevadas em platô provenientes da formação de numerosas pápulas. 
tubérculo: é uma formação de consistência endurecida , elevada com mais de 5 mm devido à infiltração de células mesenquimais em toda derme deixando cicatriz ao regredir 
*nódulo: é uma formação de consistência endurecida de dimensões variáveis, muitas vezes reconhecida pela palpação , em virtude do número de células presentes na hipoderme ou derme profunda. 
*queratose: é um espessamento da epiderme por proliferação da camada córnea. A superfície das queratoses em geral é áspera e esbranquiçada. 
*vegetação: é a hipertrofia de algumas papilas dérmicas podendo se apresentar sob o aspecto de verrugas.
Pápula, nódulo, queratose e vegetação
3)Eflorescências elementares de conteúdo líquido
 
* São as bolhas, vesículas e pústulas. As bolhas apresentam conteúdo líquido (seroso) de grandes dimensões enquanto que as vesículas apresentam pequenas dimensões. 
Nas pústulas observamos presença de conteúdo líquido purulento podendo conter bactérias e diversos neutrófilos. 
O abscesso é uma coleção de pus presente na profundidade dos tecidos. 
Todas as lesões de conteúdo líquido, ao involuírem, em geral não deixam cicatrizes com exceção dos abcessos.
Bolhas, vesículas e pústulas
4)Eflorescências por solução de continuidade
 
*São as erosões, ulcerações, fissuras, escoriações, 
As escoriações são roturas de tecidos provenientes de mecanismo traumático como cortes com objetos, arranhões, etc. 
As erosões provocam lesões do tegumento por mecanismo patológico superficial que agride a epiderme. 
Nas ulcerações temos erosão profunda da derme e até mesmo da hipoderme, músculos e até ossos. 
As fissuras são lesões lineares ou estreitas da pele.
Pele com ulceração
5)Eflorescências elementares caducas 
*escama, crosta e escara 
As escamas são laminulas epidérmicas que se desprendem com facilidade e são devidas a distúrbios de queratinização. 
As crostas são decorrentes do ressecamento de exsudatos do tipo seroso, purulento ou hemático que se eliminam espontâneamente . 
As escaras são lesões negras mais ou menos espessas que podem atingir planos profundos da pele e são provenientes de necrose tecidual.
6) Sequelas 
* São as cicatrizes e as atrofias .
As cicatrizes são sequelas provenientes de lesão de pele e as atrofias são caracterizadas pela diminuição da espessura da pele.
Manchas Pigmentares
Vitiligo
 Vitiligo caracteriza-se pela diminuição ou falta de melanina (pigmento que dá cor à pele) em certas áreas do corpo, gerando manchas brancas nos locais afetados. As lesões, que podem ser isoladas ou espalhar-se pelo corpo, atingem principalmente os genitais, cotovelos, joelhos, face, extremidades dos membros inferiores e superiores (mãos e pés). O vitiligo incide em 1% a 2% da população mundial.
Causas
a) Teoria neural
Vitiligo segmentar: incide geralmente sobre a região de um nevo (pinta) e é provocado por substâncias que destroem os melanócitos, células que produzem melanina.
b) Teoria citóxica
A despigmentação da pele é provocada por substâncias como a hidroquinona presente em materiais como borracha e certos tecidos.
c) Teoria auto-imune
Consiste na formação de anticorpos que atacam e destroem o melanócito ou inibem a produção de melanina. Parece estar associado a outras doenças auto-imunes, como diabetes e doenças da tireóide. Há ocorrênciafamiliar em 20% a 30% dos casos.
Sintomas e Diagnósticos do Vitiligo
Sintomas
Aparecem manchas brancas e bem delimitadas espalhadas pelo corpo. Não há como prever a surgimento e a evolução da doença podendo ocorrer, em um mesmo paciente, regressão de determinadas lesões enquanto surgem outras.
Apesar dos danos estéticos que acarreta, o vitiligo não causa nenhum prejuízo à saúde.
Diagnóstico 
O diagnóstico de vitiligo é clínico, isto é, o médico deve examinar as lesões e pedir exames laboratoriais para determinar se o paciente é mesmo portador de vitiligo e se existem outras doenças associadas. Algumas manchas brancas podem ser provocadas pelo sol ou por micoses e não constituem lesões de vitiligo.
Tratamento
Os tratamentos convencionais são longos e geralmente envolvem aplicações de pomadas à base de corticóides, loções e fototerapia (exposição ao sol com uso de substâncias fotossensibilizantes). Raramente ocorre cura definitiva das lesões, pois há áreas que apresentam maior dificuldade de recuperar a pigmentação. Quando o processo afeta mais de 50% do corpo a opção de tratamento pode ser a despigmentação total da pele
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os resultados do tratamento cubano que esteve em voga durante algum tempo não foram superiores aos da fototerapia convencional..
É importante levar em conta que o estado psicológico do paciente, visto que fatores emocionais podem agravar o aparecimento e evolução das lesões.
Recomendações
* Procure um dermatologista para diagnóstico e tratamento, se notar o aparecimento de mancha branca na pele. Não há como prevenir as lesões de vitiligo ou a progressão da doença;
* Tome sol com cuidado, por períodos curtos, usando protetor solar, evitando a exposição entre 10h e 16h;
* Reaplique o protetor solar a cada duas horas, especialmente se estiver na praia ou na piscina;
* Hidrate a pele normalmente. O portador de vitiligo não precisa de
hidratantes nem sabonetes especiais.
Pitiríase Versicolor
 
 A pitiríase versicolor é uma infecção fúngica que provoca sobre a pele placas de uma cor que vai do branco ao pardacento. 
 A infecção é bastante frequente, especialmente nos adultos jovens. Raramente provoca dor ou comichão, mas impede o bronzeamento das zonas da pele afectadas, formando placas. As pessoas com pele naturalmente escura podem apresentar placas claras e as de pele clara placas escuras. As placas localizam-se, normalmente, no peito ou nas costas e podem escamar-se ligeiramente. Com o passar do tempo, estas pequenas áreas podem juntar-se para formar placas extensas. 
Diagnóstico e Tratamento da Pitiríase
Diagnostica-se a pitiríase versicolor pelo aspecto que apresenta. O médico pode utilizar a luz ultravioleta para pôr em evidência a infecção ou, então, pode examinar ao microscópio amostras de raspagem da zona infectada. Os champôs anticaspa, tal como o sulfureto de selénio a 1 %, normalmente curam a pitiríase versicolor. Esses shampoos são aplicados, sem se diluírem, sobre as zonas afetadas (incluindo o couro cabeludo) ao deitar. Deixam-se toda a noite e são removidos de manhã por lavagem. O tratamento costuma prolongar-se por 3 ou 4 noites. As pessoas que apresentam irritação cutânea devido a este tratamento podem limitar o tempo de exposição da sua pele ao shampoos a 20-60 minutos, ou então podem recorrer a medicamentos com receita. 
É possível que a pele não volte a recuperar a sua pigmentação normal até muitos meses depois do desaparecimento da infecção. O processo reaparece com frequência, inclusivamente depois de um tratamento satisfatório, porque o fungo que o provoca é um hóspede normal da pele. Se reaparecerem as lesões, deve-se repetir o tratamento.
Pelagra
 
O que é Pelagra?
A doença acontece por conta da deficiência da niacina, que é a vitamina B3. A doença pode ser considerada rara e os pacientes que sofrem dessa enfermidade geralmente são idosos, pessoas desnutridas e também quem faz uso excessivo de álcool.
Umas das características da doença são os problemas gastrointestinais e muitas vezes, afetam também o cérebro do paciente.
O problema tem mais reflexos durante a primavera. Alguns pacientes passam por todo o verão sofrendo com a doença.
A doença é caracterizada por problemas nutricionais, visto que acontece por conta da deficiência de niacina, que é a vitamina B.
É considerada uma doença rara e os pacientes mais comuns em sofrerem com a doença são idosos, pessoas que consomem álcool em excesso e também pessoas que são consideradas desnutridas.
A niacina é uma das vitaminas essenciais para o bom desenvolvimento do metabolismo. Quando acontece a falta dessa vitamina, a célula não mantém um funcionamento adequando e por conta disso, os principais órgãos do corpo são afetados com a doença.
Pelagra – Fotos
Como se adquire Pelagra?
 A causa mais comum para o desenvolvimento da doença é o consumo de álcool em excesso. Porém, dietas que contenham pouca vitamina B podem levar o paciente a sofrer de pelagra.
Por esse motivo, toda e qualquer dieta ou procedimento de emagrecimento deve ser orientada por um médico, para que o emagrecimento aconteça de forma saudável e adequada, evitando que o paciente passe por dificuldades e problemas de saúde.
 SINTOMAS:
 A maioria dos sintomas começam com a letra D, que são a dermatite, doença de pele, diarreias e algumas dificuldades e problemas mentais, conhecidos como demência.
Além desse sintomas, a pele pode ficar mais escura, seca e áspera. Quem tem problemas de gastrite também estão propícias a desenvolver a doença.
 No inicio da doença, os primeiros sintomas surgem quando a pele fica em tom avermelhado, parecendo que o paciente sofreu queimaduras. Se houver exposição ao sol, a aparência pode piorar e prejudicar o paciente ainda mais.
Essa alteração na pele persiste e pode mudar de cor, chegando a uma tonalidade mais escura, amarronzada.
 
 
Diagnóstico e Tratamento da Pelagra
DIAGNÓSTICO
Para poder diagnosticar a doença com precisão, o médico avaliar todo o histórico alimentar do paciente.
Depois disso, é necessário que a pessoa que sofra da doença realize exames como de sangue e também de urina.
Com os resultados é possível concluir ou não a existência da doença. Os sintomas citados acima também fazem parte da avaliação do profissional.
É possível que o médico também avalie quais são os hábitos alimentares e a rotina na alimentação do paciente. Com base nas informações, resultados de exames o diagnostico pode ser concluído para que o paciente possa prossegui com o tratamento adequado para cura da doença. 
 
COMO É FEITO O TRATAMENTO
Depois de confirmado o problema é o momento de tratar. O procedimento consiste na administração de alimentos, vitaminas e medicamentos que tenham como base a vitamina B, pois a doença acontece justamente na falta dessa vitamina.
No decorrer do tratamento é essencial que o paciente não faça ingestão de bebidas alcoólicas, pois assim torna o processo ineficaz e o paciente não vai manter avanços no estado clinico na pelagra.
Alguns alimentos fazem parte do tratamento, que são carnes magras, aves, peixes, legumes. Esse cardápio deve ser constante para o paciente, pois aumenta a vitamina B no corpo.
Para isso, o médico responsável pelo tratamento irá indicar uma dieta balanceada e adequada, a fim de repor as vitaminas que faltaram na alimentação e desencadeou na doença.
 
Como prevenir a Pelagra?
 Um dos principais motivos para o desencadeamento da doença é o consumo de álcool em excesso, neste caso, o controle desse hábito já é um passo para prevenção da doença.
Em seguida, destaca-se a alimentação, como principal forma de evitar a doença, que consiste com uma alimentação adequada e balanceada para cada caso e paciente, desde que contenham vitaminas necessárias para a qualidade de vida e benefícios da saúde.
Dentre as vitaminas destaca-se a niacina, vitamina B3, que transforma a gordura em açúcar,passando ao paciente mas energia e disposição.
 O cardápio que auxilia com essa vitamina abriga peixes, carnes, aves e também o fígado.
 A ausência desse tipo de alimento causa outras doenças em paralelo com a pelagra, que são fortes dores de cabeça, sensação de cansaço, muita insônia e também indigestão.
As outras doenças apresentam sintomas próprios e podem ser mais comum do que a pelagra, mas o ideal é que o paciente tenha todos os cuidados preventivos, pois cada anormalidade na saúde afeta o dia a dia dos paciente, causando, em alguns casos, problemas psicológicos.
 Como a pelagra deixa sintomas visíveis a outras pessoas, por conta da pele, que fica em aparência de queimadura, isso pode causar constrangimentos ao paciente. Mais um motivo para manter a saúde em dia e se cuidar sempre, seguindo as orientações medicas
 
Úlceras de Decúbito
As úlceras de decúbito (úlceras de pressão, úlceras cutâneas) são lesões cutâneas decorrentes de uma insuficiência do fluxo sanguíneo e da irritação da pele localizada sobre uma proeminência óssea , nas zonas onde a pele foi pressionada por uma cama, por uma cadeira de rodas, por um aparelho gessado, por uma tala ou por outro objeto rígido durante um período prolongado
Causas da úlcera da decúbito
A pele possui um suprimento sangüíneo abundante que fornece oxigênio a todas as suas camadas. Quando este suprimento sangüíneo é interrompido por mais de 2 ou 3 horas, a pele morre, começando por sua camada mais externa (a epiderme). Uma causa comum de redução do fluxo sangüíneo para a pele é a pressão. O movimento normal faz a pressão variar e, dessa forma, a circulação sangüínea não é interrompida durante um longo período. Uma camada de gordura subcutânea, especialmente sobre as proeminências ósseas, atua como um coxim para a pele e evita que os vasos sangüíneos sejam comprimidos e obstruídos. Os indivíduos que não podem se mover apresentam um risco maior de apresentar úlceras de decúbito. Esse grupo é formado por indivíduos com paralisia, muito fracos ou submetidos a alguma forma de contenção.
Também apresentam risco os indivíduos incapazes de sentir desconforto ou dor, sinais que que normalmente motivam os indivíduos a se moverem. As lesões nervosas (devidas a uma lesão, a um acidente vascular cerebral, ao diabetes ou a outras causas) diminuem a capacidade de sentir dor. O coma também pode diminuir essa capacidade de percepção. Os indivíduos desnutridos não possuem a camada protetora de gordura e a sua pele não cicatriza adequadamente porque não possui os nutrientes essenciais. Esses indivíduos também apresentam um maior risco de úlceras de decúbito.
Quando a pressão interrompe o fluxo sanguíneo, a área da pele privada de oxigênio inicialmente torna- se vermelha e inflamada e, a seguir, ulcera. Mesmo quando o fluxo sanguíneo encontra-se apenas parcialmente interrompido, a fricção e outros tipos de lesão da camada externa da pele podem causar a formação de úlceras. As vestimentas inadequadas, as roupas de cama enrugadas ou o atrito dos calçados contra a pele podem contribuir para a lesão cutânea. A exposição prolongada à umidade (frequentemente transpiração, urina ou fezes) pode lesar a superfície cutânea e possibilitar a formação de úlceras de decúbito.
Sintomas da Úlcera de Decúbito
Na maioria dos indivíduos, as úlceras de decúbito causam alguma dor e prurido. Nos indivíduos com a sensibilidade afetada, mesmos as úlceras profundas e graves podem ser indolores. As úlceras de decúbito são categorizadas por estágios. No estágio 1, ainda não existe a formação de uma úlcera, a pele íntegra apresenta apenas hiperemia. No estágio 2, a pele encontra-se hiperemiada e inflamada (frequentemente com bolhas) e as camadas superiores da pele começam a morrer.
No estágio 3, ocorre a formação da úlcera com exposição das camadas mais profundas da pele. No estágio 4, a úlcera aprofundasse através da pele e da camada de gordura, atingindo o tecido muscular. No estágio 5, o tecido muscular em si é destruído. No estágio 6, o estágio mais profundo de uma úlcera de decúbito, ocorre a exposição óssea, com o osso apresentando lesões e, algumas vezes, infecção. Uma vez ocorrida a ruptura da pele, a infecção torna-se um problema. A infecção retarda a cicatrização das úlceras rasas e pode ser letal nas úlceras mais profundas.
Prevenção das úlceras
As úlceras de decúbito são dolorosas e potencialmente letais. Elas prolongam o tempo de internação em hospitais, asilos ou casas de repouso e aumentam os custos do tratamento. A prevenção é prioridade máxima e as úlceras de decúbito profundas quase sempre podem ser prevenidas com um cuidado intensivo do paciente. A prevenção das úlceras de decúbito frequentemente envolve a participação de auxiliares de enfermagem e de membros da família, além dos enfermeiros. Uma inspeção meticulosa diária da pele de um indivíduo confinado ao leito pode detectar precocemente a hiperemia.
Qualquer sinal de hiperemia indica a necessidade de uma ação imediata para se evitar que ocorra a ruptura da pele. As proeminências ósseas podem ser protegidas com materiais macios (p.ex., algodão e lã fofa). As camas, as cadeiras e as cadeiras de rodas podem ser acolchoadas para reduzir a pressão. Os indivíduos que não conseguem se mover devem ser mudados de posição frequentemente. A recomendação usual é a mudança de posição a cada 2 horas e a manutenção da pele limpa e seca. Os indivíduos que passam muito tempo ao leito podem utilizar colchões especiais (colchões de água ou de ar). Para os indivíduos que já apresentam úlceras de decúbito em vários locais do corpo, os colchões de ar ou os colchões de espuma do tipo caixa de ovos podem diminuir a pressão e prover um maior alívio. Para aqueles que apresentam úlceras de decúbito profundas, pode ser necessária a utilização de um colchão com suspensão de ar.
Tratamento das Úlceras de Decúbito
 O tratamento de uma úlcera de decúbito é muito mais difícil que a sua prevenção. Felizmente, nos estágios iniciais, as úlceras de decúbito geralmente cicatrizam por si após a pressão ser removida. A melhoria do estado geral de saúde através da administração de suplementos proteicos e calóricos pode ajudar a acelerar a cicatrização. Quando a pele se rompe, a proteção da mesma com um curativo de gaze pode ajudar na cicatrização. A gaze revestida de Teflon ou impregnada de vaselina apresenta a vantagem de não grudar na lesão em processo de cicatrização. Para as úlceras mais profundas, curativos especiais contendo um material gelatinoso podem favorecer o crescimento de pele nova.
Quando a úlcera parece estar infectada ou é exsudativa, a lavagem delicada com sabão ou o uso de desinfetantes (p.ex., povidona-iodo) pode remover o material morto e infectado. No entanto, uma lavagem muito enérgica retarda a cicatrização. Algumas vezes, o médico precisa remover (debridar) o material morto com o auxílio de um bisturi. Alternativamente, podem ser utilizados agentes químicos, mas o resultado produzido por eles geralmente não é tão bom quanto o do debridamento com bisturi.
As úlceras de decúbito profundas são de difícil tratamento. Algumas vezes, elas exigem o transplante de pele saudável para a zona lesada. Infelizmente, esse tipo de cirurgia nem sempre é possível, sobretudo nos indivíduos idosos, frágeis e desnutridos. Frequentemente, quando ocorrem infecções mais profundas em uma úlcera, antibióticos são administrados. Quando os ossos localizados abaixo de uma úlcera são infectados, a osteomielite (infecção óssea) é extremamente difícil de ser curada e pode disseminar-se através da corrente sanguínea, exigindo muitas semanas de tratamento com um antibiótico.
 
Pele x Involução Cutânea
A pele por sua constituição fornece proteção contra agentes nocivos, defesa contra a luz solar, termo regulação do corpo, amortecedor de impactos, equilíbrio hídrico e reserva de calorias.
A pele, apesar de sua estrutura ser bem complexa, como todo organismo vivo, ocorre naturalmente um processo de envelhecimento que chamamosde involução cutânea. Abaixo segue o que ocorre em cada faixa de idade devido a involução cutânea:
14 aos 18 anos: produção maior de hormônio que ocasiona mais gordura. Nesta fase a pele é hidratada, o teor de água é bom e em geral efetiva produção de gordura.
18 aos 25 anos: diminuição do colágeno solúvel da pele. O colágeno além de dar sustentação à pele, também a hidrata. O colágeno em pele envelhecida produz pouca água e começa a se tornar indissolúvel.
25 aos 30 anos: a pele diminui a produção de colágeno solúvel de forma mais intensa, que tem a capacidade de retenção de água.
30 aos 35 anos: decresce nesta fase a produção de sebo e suor. Além disso, a pele mostra nítidos sinais de deficiência de água, o que prejudica muito a epiderme. Diminui a quantidade de colágeno solúvel. A hipoderme diminui sua espessura, o que contribui para o surgimento de rugas e sulcos profundos.
35 aos 40 anos: Cai com rapidez à produção de queratinócitos (o processo de formação das células é mais lento), a espessura da epiderme diminui, surgem escamas, rugas na testa, “pés de galinha”, etc.
40 aos 45 anos: Há uma diminuição da espessura da hipoderme, somada a uma fragilidade das fibras elásticas e a carência das fibras de colágeno solúveis, determina um grau maior de rugas. Involução da arcada dentária ocasionando o aparecimento de sulcos nasogenianos. Os melanócitos diminuem a produção de pigmentos, surgindo os cabelos brancos.
45 aos 55 anos: As fibras de colágeno ficam ainda mais entrelaçadas e ricas em colágeno insolúvel, a pele torna-se flácida porque também as fibras de elastina não conseguem manter as tensões necessárias ao bom funcionamento da pele. Os melanócitos reduzem a produção em mais de 80%.
55 aos 60 anos: A desidratação da camada córnea é bastante acentuada. A hipoderme é uma lâmina bem fina e irregular. Os sulcos e rugas aprofundam-se e a pele ganha uma cor acinzentada. A espessura dos lábios é metade da espessura dos 30 anos.
60 aos 90 anos: A circulação sangüínea diminui. A epiderme não acompanha os movimentos da musculatura, tornando-se lentamente um pergaminho. Cai a capacidade de regeneração diante das lesões.
Vale lembrar que essa involução foi medida em pessoas com hábitos de vidas normais, com alimentação saudável, que dorme tempo adequado, consome água, não fuma e não se expõe a nenhum daqueles fatores que promovem o estresse oxidativo que já conhecemos, como poluição e excesso de radiação solar
 
FIM

Continue navegando