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PROJETO EXTENSÃO HORTICULTURA

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1 INTRODUÇÃO
A extensão rural não é uma tarefa simples de ser definida, porém, é de grande importância o seu conhecimento. No caso, extensão rural seriam ações orientadas e direcionadas para um determinado publico rural, transmitindo novos conhecimentos, experiências, tecnologias, processos e oportunidades. No entanto, a extensão rural vai muito mais além de apenas estender um determinado conhecimento ou tecnologia, podendo influir de maneira direta ou indiretamente na produtividade de uma determinada propriedade rural (FREIRE, 1977).
A extensão rural atua no comportamento de diversos componentes do desenvolvimento rural, como por exemplo, na autonomia da população rural, buscando gerar certa autonomia tanto intelectual quanto tecnológica, além de outras, como social, politica e financeira. A função do extensor é analisar as condições do produtor, para escolher as melhores atividades e tecnologias para os mesmos, buscando sempre trazer economia, lucratividade e desenvolvimento aos produtores, para que os mesmos, não desistam de suas atividades a campo (ANJOS, 2003).
Na atualidade, se vê muitos problemas nas propriedades rurais, principalmente quanto a má conservação dos solos, onde os produtores se preocupam apenas em instalar a cultura, deixando de lado o fator primordial para se ter uma boa produtividade, que são os solos. Portanto, ai está uma função do extensor, que é de recomendar a utilização de tecnologias que além de proteger o solo, pode ainda influenciar na produtividade da cultura, como exemplo temos a cobertura morta ou até mesmo o mulching (SOUZA, 2011).
Recomenda-se a utilização de coberturas de solo, orgânica ou plástica, principalmente em cultivos orgânicos, sendo utilizada em hortaliças com inúmeros benefícios além do controle de plantas daninhas, favorecem o desenvolvimento das plantas em função do melhor controle da temperatura do solo, menor evapotranspiração e uma menor compactação do solo, além de facilitar a colheita e comercialização, pois o produto colhido é mais limpo e sadio. Outro benefício encontrado com a utilização da cobertura é o favorecimento do desenvolvimento de matéria orgânica, pois essas palhadas são ricas em nutrientes e quando em processo de decomposição, fornecem o mesmo para as plantas. Essas palhadas favorecem um ambiente úmido e mantem a temperatura do solo, favorecendo a decomposição e atividade de microrganismo benéficos do solo (CLAUS et al., 2016).
A escolha de uma planta de cobertura deve levar em consideração a sua relação de carbono e nitrogênio (C/N), pois influenciara no período que ela ficará no campo protegendo o solo contra as adversidades. Ou seja, as plantas que possuem maior relação C/N, em outras palavras, maior índice de carbono, são aquelas que permanecerão por mais tempo cobrindo o solo, pois o carbono demora mais para ser decomposto, como exemplo temos as gramíneas como milho e aveia. A cobertura morta é uma prática cultural pela qual se aplica, ao solo, material orgânico como a cobertura da superfície, sem que a ele seja incorporado. Através dela, procura-se influenciar positivamente as qualidades físicas, químicas e biológicas do solo, diminuindo a erosão e criando condições ótimas para o crescimento radicular (SOUZA, 2011).
Segundo Claus et al. (2016), o mulching preto é o mais utilizado em cultivos de inverno, principalmente em regiões que apresentam baixa temperatura, pois essas estruturas podem além de aumentar a temperatura em até 3ºC, evitando a perda de água na forma de evaporação. Em regiões de alta temperatura, podem causar um aumento exagerado na temperatura do solo, influenciando negativamente no cultivo de hortaliças uma vez que são altamente sensíveis ao acréscimo de temperatura.
	A utilização de mulchings coloridos pode ter um efeito positivo na cultura, pois, além da radiação absorvida diretamente dos raios solares, a planta poderá absorver a radiação refletida pelo plástico, melhorando sua taxa fotossintética. Assim, o objetivo desse trabalho será avaliar o efeito da cobertura dos canteiros com mulchings, azul, vermelho, preto e branco, além de palhada e canteiro nu, na produção da abobrinha italiana (ANDRADE et al., 2005).
REFERÊNCIAS
ANDRADE JÚNIOR, V. C.; YURI, J. E.; NUNES, U. R.; PIMENTA, F. L.; MATOS, C. S. M.; FLORIO, F. C. A.; MADEIRA, D. M. Emprego de tipos de cobertura de canteiro no cultivo da alface. Horticultura Brasileira. Brasília, DF. 2005.
ANJOS, F. S. dos. Pluriatividade e desenvolvimento rural no sul do Brasil. Cadernos de Ciência & Tecnologia, 2003, pág 11-44.
CLAUS, A; BOTTCHER, A; ALGERI, A; PASSOLONGO, L. A; SATO, A. J. Desenvolvimento de alface cultivada em diferentes coberturas de solos. Anais da X SEAGRO. Cascavel, PR. 2016.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
SOUZA, J. L. Manual de horticultura orgânica. 2 ed. Atual e ampliada. Viçosa, MG. Aprenda Fácil. 2011.

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