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A colher que desaparece Resenha

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A colher que desaparece
Kean, Sam. A colher que desaparece. E outras histórias reais de loucura, amor e morte a partir dos elementos químicos. 1 Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., 2011, 376p.
Nathalia Pedrozo da Silva – RA: 6013661
São Paulo, 2016.
Sam Kean, fez milagre com a ideia de inovar expondo como foi historicamente a descoberta de cada elemento da Tabela Periódica, a forma como foi estruturada a princípio, contando várias histórias de loucura, amor, envenenamento por descuido ou uso excessivo de determinada substância.
É uma obra que deve estar na estante de todo apaixonado por química, cada capítulo é um novo achado sobre os elementos químicos, de inicio Kean deixa claro o que o fez se apaixonar pela química, com o elemento do Mercúrio, já muito jovem foi algo que ficou marcado em sua mente, toda a mágica que o elemento possui, à partir de sua aparência meio futurista , mesmo sendo um elemento perigoso, foi o que trouxe a fixação para sua vida.
Quando imaginamos a tabela periódica, já temos um mente o seu formato de linhas e colunas, não que exista apenas esse formato, mas é o mais conhecido e é o que aprendemos na escola desde o ensino fundamental. Tudo isso graças à Mendeleiev, que foi o criador da primeira tabela periódica, ele foi capaz de “prever” onde seria alocado o próximo elemento, enumerou as casas e propiciou a base de estudos para muitos estudiosos que vieram depois dele.
Cada elemento possui algumas particularidades, a maioria delas descoberta por acidente, estudando uma coisa quando se depara com outra, um exemplo disso temos o Hélio, que através de uma experiência com o Mercúrio, foi descoberto como um superfluido com zero viscosidade e zero resistência ao fluxo, sob temperatura de -271°C, ele também é o melhor exemplo de elemento fechado, pois é completo, não precisa de outro elemento para se estabilizar.
Algumas vezes encontramos perigos na tabela periódica, à exemplo disso temos o antimônio que é um elemento tóxico, mas na antiguidade, não tão antiga assim, já foi usado como tinta, laxante, rímel, remédio para gripe e levou alguns à loucura e outros a morte.
Além de contar sobre a história ou características dos elementos, Kean dá uma pincelada em vários outros tipos de comportamentos, como o dos elétrons, que são o motor da Tabela Periódica, pois no fim das contas tudo tem alguma ligação com eles, desde a localização dos elementos, até o tipo de ligação que eles poderão realizar.
As maiores palavras do mundo vem da tabela periódica, proteínas, aminoácidos, sucuris de letras, que vem no elemento carbono, o carbono é a espinha dorsal dos aminoácidos e é ele quem forma proteínas, Kean deixou claro com alguns exemplos que, se você para observar e tentar ler uma proteína, vai encontrar uma mistura do “y”, “l”, “ine”... Que não são por coincidência, descreve uma proteína, Mas por que os aminoácidos se agrupam dessa forma? Por causa da localização do carbono na tabela periódica e da sua necessidade de preencher seu nível energético mais externo com oito elétrons – uma regra de ouro chamada de regra do octeto.
Para Kean, não basta apenas falar sobre os elementos ou estruturas, ele conta como as criações surgiram, à respeito disso temos o espectroscópio, criação de Bunsen, quando, depois de quase perder um olho em uma explosão com arsênio, resolveu deixar de lado sua paixão por explosões e venenos e passou a se dedicar à coisas que não fossem mata-lo. Foi a criação do espectroscópio que possibilitou que a tabela periódica se desenvolvesse rapidamente, tornando possível identificar elementos pela espectroscopia, que é a analise da substancia baseado na interpretação dos resultados quanto a emissão ou absorção de radiações eletromagnéticas.
Da mesma forma que existem elementos absurdamente necessários, ricos e úteis no dia-a-dia, existem um ou outro que vira fonte de uma boa piada, a despeito disso, temos o Gálio, que é um metal sem muita serventia, já que ele derrete à 29°C, o que não o torna muito útil, uma boa piada que os cientistas fazem com o Gálio é fazer colheres de Gálio, servir numa xícara de chá e observar enquanto o convidado fica desconsertado com uma colher que desaparece bem na sua frente.
Mendeleiev foi o criador da primeira tabela periódica, mas não fez isso sozinho, ele e seu maior rival, Meyer, mesmo que estudando e querendo provar que era um melhor que o outro, deixaram vários espaços em branco e elementos em posições erradas, por muitos anos, nas suas versões da tabela periódica, Mendeleiev poderia vão ter deixado um espaço tão vago depois do Cério, se tivesse encontrado uma mina de porcelana, onde o cério foi descoberto, pois à partir de lá, com a exploração da porcelana que os lantanídeos foram descobertos em sua maioria.
As guerras foram um importante fator tanto de uso como de descoberta de novos elementos, até a Primeira Guerra Mundial, o gás tinha pouca relevância como uma arma tóxica, de início as pesquisas e testes se basearam no Bromo, com cargas energéticas para explodir um bom da de fumaça e derrotar o inimigo, mas não obtiveram sucesso nas primeiras tentativas, pois era um gás que dispersava muito rápido e não causava a eficácia desejada.
Depois do Bromo veio o nitrogênio, que também teve o mesmo efeito, não conseguiu asfixiar os inimigos e dispersava de forma muito rápida com o vento em uma planície, mas quando resolveram usar o Cloro como base para as bombas de gás, dessa vez sim obtiveram um efeito forte e devassador. 
Outro elemento que fez sucesso durante a Primeira Guerra foi o Molibdênio, que era usado para temperar o aço das Big Berthas e assim fazer com que aguentasse mais calor e durassem mais tempo, já que suportava mais calor.
O tungstênio, outro ponto negro e perigoso na tabela, pois ele foi absurdamente útil para construir mísseis e maquinários que destruíssem blindagem.
Moseley descobriu o número atômico e a diferença que isso fazia na organização da Tabela Periódica, já James Chadwick descobriu o nêutron, que é neutro e adiciona peso sem carga, e isso deu sentido para a origem da radioatividade e isso acarretou uma busca por novos elementos, essa busca seguiu a linha da fissão nuclear e das reações em cadeia de nêutrons, em resumo isso leva à armamento, pois quando estourou a Segunda Guerra Mundial os líderes militares estavam frenéticos para alistas os ciências.
Uranio e Plutônio, materiais caros e perigosos e causadores de uma das maiores atrocidades contra a humanidade, a bomba atômica.
A descoberta da molécula do DNA, não ganhou muita importância de começo, mas se tornou um objetivo de desejo entre muitos cientistas, pois não conseguiam entender sua estrutura, Pauling descobriu erroneamente e publicou um artigo, mas foi notado o erro, esse foi o grande erro que ele tem em seu histórico.
Os venenos da tabela periódica, temos o Cádmio, culpado pela intoxicação de muitos japoneses pela extração de minerais de uma mina, os o Cadmio escorria pelo vale e contaminava o solo, plantações, trazendo doença e morte para a população. 
Tálio, chumbo e polônio, são o trio parada dura com relação à envenenamentos, já que podem se infiltrarem no organismo antes de detonarem, os venenos tiram a razão dos cientistas, mesmo que ele não tenha a vida destruída mexendo diretamente com o elemento, pode perder o juízo tentando alcançar um objetivo e se perder na sociedade
Outra colocação que Kean observou e podemos ver ainda hoje é o uso do Cobre, pois o Cobre é a maneira mais barata e mais simples de fazer uma limpeza no ar e no sistema de água, já que ele se infiltra no metabolismo das bactérias ou algas e as sufoca até morrer, o cobre passou a ser usado como material na fabricação de moedas, maçanetas, copos, latão... Na mesma forma que o Iodo, que foi acrescentado na água para matar as impurezas, isso ocorreu no mundo todo, mas na Índia, o Iodo ainda não é usado em todos os sistemas de distribuição de água, e o que nota-se com isso é um alto índice de doenças, mutações e deformações na população,já que nem saneamento básico existe no país.
Os elementos são utilizados como remédios à muito mais tempo, nem sempre foram utilizados da maneira certa, mas vacinas, antibióticos e todo o mais vem das variações de cada elemento.
Uma outra inovação na medicina foi o uso do titânio na reparação de fraturas ósseas, visto que por ser um metal nobre, ou seja, pouco reativo, não oferece risco ao organismo.
É histórico que vários tipos de materiais já foram utilizados como moeda de troca, como o gado, especiarias, dentes de golfinho, sal, grãos de cacau, cigarros, patas de besouro, ouro, jóias e nenhum deles teve um grau de falsificação convincente, atualmente a moeda de papel possui uma série de armadilhas para ser verificado casos de falsificação, tomando por base uma nota de euro sob um laser especial, a luz vai ativar uma tinta invisível, o papel fica preto e pequenas ramificações orientadas formando desenhos aleatórios ganham cor, tudo isso graças ao Európio. A falsificação existe, mas é tão absurdamente trabalhoso ter a mesma perfeição do que a moeda original, que dificulta e muito a vida dos falsificadores.
A tabela periódica, inspirou Sam Kean, e vários outros autores e artistas, na verdade, em alguns casos ela inspirou e “curou” da loucura como, por exemplo, Lowell, que tive Lítio administrado de forma a transforma-lo de um gênio enlouquecido em um homem comum.
Entrando em um campo de loucura, patologia e erros, temos uma falha famosa causada pelo desespero de dois cientistas que tinham tudo pra darem certo, B. Stanley Pons e Martin Fleischmann, pois foram acusados de impostores, vigaristas e enganadores, visto que acreditaram de todas as formas terem descoberto a fusão a frio, uma fusão que não precisa de altas temperaturas e pressões estrelares para acontecer, de uma forma absurdamente errônea, Pons e Fleischamann convocaram uma coletiva, depois que um experimento supostamente deu resultado positivo, mas da mesma forma que eles foram rápidos, toda a sociedade de estudiosos tentou e conseguiu derrubar a teoria, já que não haviam constatações suficientes para provar que tal fusão fosse real.
Esse grande fracasso fez com que a busca por uma fonte de energia limpa se tornasse a obsessão de alguns cientistas, e foi nessa brincadeira e loucura que Rontgen descobriu a capacidade de enxergar através de um sólido, ou seja, o famoso Raio-X, existem situações ruins, mas que inspiram outras mentes e fazem 
O surgimento dos lasers também veio da tabela periódica, pois é através da agitação dos elétrons pulando de camada para camada em um átomo que são emitidas luzes distintas, não que tenha sido uma tarefa fácil capotar as luzes e usar da forma correta, ou descobrir a existência dessas luzes, mas são elas as responsáveis pelos lasers. Dentro de um laser uma luz estroboscópica pulsa numa velocidade extrema e essa infusão de luzes excita os elétrons e faz com que saltem e pode ser uma luz dimensionada para a direção desejada, através do laser.
Além de novas ciências, como a ciência das bolhas, os elementos são responsáveis por toda uma gama de eventos, materiais, eles são tudo e estão em todos os lugares. Incluindo fora da Terra, a única coisa que ainda não foi provada é se existe ou não vida extraterrestre, é uma questão que assombra muitos cientistas, mas que os enche os olhos, pois não são capazes de entender porque seriamos os únicos no espaço, seria pretensão demais achar que tudo se resume à Terra, achar que tudo o que foi descoberto até hoje é o suficiente e que nada mais irá mudar, que nenhuma outra teoria irá surgir.
Sam Kean brincou e encheu os olhos de muitos leitores, ele se divertiu ao escrever o livro, o que mostra todo o lado fascinante, não simplesmente de uma estrutura de linhas e colunas, mas de armas químicas, venenos, revoluções e as vezes até o motivo de algumas risadas de todos os elementos já descobertos que compõem a Tabela Periódica.
Bibliografia:
Kean, Sam. A colher que desaparece. E outras histórias reais de loucura, amor e morte a partir dos elementos químicos. 1 Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., 2011, 376p.

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