Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Nervos Cranianos Existem 12 pares de nervos cranianos, que emergem do encéfalo e passam pelos forames do crânio. Alguns desses nervos são compostos, em sua totalidade, por fibras nervosas aferentes, condutoras de sensações para o encéfalo (olfatório, óptico, vestíbulo-coclear); outros são inteiramente compostos por fibras eferentes (oculomotor, troclear, abducente, acessório, hipoglosso); os restantes contêm fibras aferentes e eferentes (trigêmeo, facial, glossofaríngeo e vago). Os nervos cranianos recebem os seguintes nomes: Olfatório Óptico Oculomotor Troclear Trigêmeo Abducente Facial Vestíbulo-coclear Glossofaríngeo Vago Acessório Hipoglosso Nervo Olfatório (I) É constituinte por inúmeros pequenos feixes nervosos que, originando-se na região olfatória de cada fossa nasal, atravessam a lâmina crivosa do osso Etmoide e terminam no bulbo olfatório. É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfató r ios , sendo, pois, classificados como aferentes viscerais especiais. Nervo Óptico (II) É const i tuído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao pólo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal ópt ico . Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, constituindo o quiasma ópt ico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no tracto óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando- se, pois, como aferentes somáticas especiais. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Optic_nerve_parts.jpg Nervo Oculomotor, Troclear, Abducente. São nervos motores que penetram na órbi ta pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos ext r ínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes: elevador da pá lpebra superior, reto superior, reto inferior, reto mediai, reto lateral, oblíquo superior e ob l íquo inferior. Todos estes músculos são inervados pelo oculomotor, com exceção do reto lateral e do obl íquo superior, inervados, respectivamente, pelos nervos abducente e troclear. Admite-se que os músculos ext r ínsecos do olho derivam dos somitos pré- ópt icos, sendo, por conseguinte, de origem miotômica. As fibras nervosas que os inervam são, pois, classificadas como eferentes somáticas. Além disto, o nervo oculomotor possui fibras responsáveis pela inervação p ré -gangl ionar dos músculos intrínsecos do bulbo ocular: o músculo ciliar, que regula a convergência do cristalino, e o músculo esfíncter da pupila. Estes músculos são lisos, com as libras que os inervam classificam-se como eferentes viscerais gerais. Nervo Trigêmeo O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma raiz motora. A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio trigeminal (ou semilunar, ou gânglio de Gasser), que se localiza no cavo trigeminal sobre a parte petrosa do osso temporal. Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal formam distalmente ao gânglio os três ramos ou divisões do t r igêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça através de fibras que se classificam como aferentes somáticas gerais. Estas fibras conduzem impulsos exteroceptivos e proprioceptivos. Os impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato) originam-se:1) da pele da face e da fronte.2) da conjuntiva ocular; 3) da parte ec todérmica da mucosa da cavidade bucal, nariz e seios paranasais.4) dos dentes; 5) dos 2/3 anteriores da l íngua. 6) da maior parte da dura -máte r craniana. Os impulsos proprioceptivos originam-se em receptores localizados nos músculos mastigadores e na art iculação têmporo-mand ibu la r . A raiz motora do t r igêmeo é const i tu ída de fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos m ú s c u l o s mastigadores (temporal, masséter, p ter igo ideo lateral, pterigoideo medial, mi lo-hiódeo e o ventre anterior do músculo digástr ico). Todos estes músculos derivam do primeiro arco branquial e as fibras que os inervam se classificam como eferentes viscerais especiais. Nervo Facial (VII) O Nervo Facial possui relação com o nervo vestíbulo- coclear e com outras estruturas do ouvido médio e interno, no trajeto intrapetroso e com a parótida, no trajeto extrapetroso, possuindo grande importância médica. Sua localização emerge do sulco bulho-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do nervo facial penetram no meato acústico interno, no interior do qual o nervo intermédio perde a sua individualidade, formando-se, assim, um tronco nervoso único que penetra no canal facial. O nervo facial encurva-se fortemente para trás. Formando o joelho externo, ou geníeulo do nervo facial, onde existe um gânglio sensitivo, o gânglio geniculado. Em seguida o nervo descreve uma nova curva para baixo, emerge do crânio pelo forame estilomastóideo atravessa a glândula parótida e distribui uma série de ramos para os músculos mímicos, músculo estilo-hióideo e ventre posterior do músculo digástrico. Os quatro outros componentes funcionais do VII par pertencem ao nervo intermédio, que possui fibras aferentes viscerais especiais, aferentes viscerais gerais, aferentes somáticas gerais e aferentes viscerais gerais. As libras aferentes são prolongamentos periféricos de neurônios sensitivos situados no gânglio geniculado; os componentes eferentes originam-se em núcleos do tronco encefálico. O nervo facial possui diferentes tipos de fibras: Fibras eferentes viscerais especiais: músculos mímicos, estilohiódeo e ventre posterior do digástrico. Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação pré- ganglionar das glândulas lacrimal, submandibular e sublingual. Fibras aferentes viscerais especiais: recebem impulsos gustativos originados nos 2/3 anteriores da língua e seguem inicialmente junto com o nervo cordo do tímpano, através do qual ganham o nervo facial. https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=637&tbm=isch&sa=1&ei=bmhqWbwNYL6wQS93bSQCw&q=nervo+facialone rvo+facial+&gs_l=psyab.3...78799.78799.0.79069.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.psyab..0.0.0....0.99tdO6osNv0#imgrc=dUxS 4an T1Ktb1M: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=4mlqWuHsKMq_wATlzLnIBQ&q=neuroanatomia+v rvo+facial&oq=neuroanatomia+nervo+facial&gs_l=psyab.3...2589.4849.0.5062.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.psyab..0.0.0....0 .Wt5zDdbyePE#imgrc=PZwweOcqNCff6M: Nervo Vestíbulo-Coclear (Vlll) É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo, região denominada ângulo ponto-cerebelar. Localiza-se no meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal. Compõe-se de uma parte vestibular e uma parte coclear, que, embora unidas em um tronco comum, têm origem, funções e conexões centrais diferentes. A parte coclear do VIII par é constituída de fibras que se originam nos neurônios sensitivos do gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição originados no órgão espiral - de Corti-, receptor da audição, situado na cóclea. As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas especiais. A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados com o equilíbrio, originados em receptores da porção vestibular do ouvido interno. Lesões do nervo vestíbulo-coclear causam diminuição da audição, por comprometimento da parte coclear do nervo, juntamente com vertigem, alterações do equilíbrio e enjoo, por envolvimento da parte vestibular. Ocorre também um movimento oscilatório dos olhos denominado nistagno. https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=6GlqWuqJOMa3wQS0t7mgCQ&q=nervo+vestibulo +coclear&oq=nervo+vestibulo+coclear&gs_l=psyab.3...633052.642308.0.642577.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.psyab..0.0.0.. ..0.zyiVNEZoHOs#imgrc=Qap10TcsCXMLJM: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=bGxqWsyuIoipwATA5IWgCg&q=nervo+vestibulo+c oclear+neuroanatomia&oq=nervo+vestibulo+coclear+neuroanatomia&gs_l=psyab.3...223600.225897.0.226065.0.0.0.0.0.0.0.0.. 0.0....0...1c.1.64.psy-ab..0.0.0....0.IBir-qtNeEw#imgrc=aAT4NJ3l_u3yOM: Nervo Vago (X) O maior dos nervos cranianos é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. Neste longo trajeto o nervo vago dá origem a numerosos ramos que inervam a laringe e a faringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais. Possui dois gânglios sensitivos, o gânglio superior, situado ao nível do forame jugular e o gânglio inferior, situado logo abaixo deste forame. Entre os dois gânglios reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório. O nervo vago possui diferentes tipos de fibras: Fibras aferentes viscerais gerais: muito numerosas, conduzem impulsos aferentes originados na faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome. Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais. Fibras eferentes viscerais específicas: inervam os músculos da faringe e da laringe, o nervo motor mais importante da laringe é o nervo laríngeo, recorrente do vago, cujas fibras, entretanto, são, em grande parte, originadas no ramo interno do nervo acessório. https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=T21qWsGeLoi3wQSnu4ADQ&q=nervo+v ago&oq=nervo+vago&gs_l=psy-ab.3...1010671.1013060.0.1013507.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.psy ab..0.0.0....0.NPnmGLZjZNU#imgdii=mSzMTALiqvv8eM:&imgrc=CSATVC3ujfu7YM: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=RnFqWvnPFcidwgSUgqTICA&q=nervov ago+neuroanatomia&oq=nervo+vago+neuroanatomia&gs_l=psyab.3...192557.195827.0.195982.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0... .0...1c.1.64.psy-ab..0.0.0....0.sum4uUXTl38#imgrc=JBb7wBFyMjD9lM: Nervo Acessório (XI) É formado por uma raiz craniana e uma raiz espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos radiculares que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula e constituem um tronco comum que penetra no crânio pelo forame magno . A este tronco reúnem-se os filamentos da raiz craniana que emergem do sulco lateral posterior do bulbo. O tronco comum atravessa o forame jugular em companhia dos nervos glossofaríngeo e vago, dividindo-se em um ramo interno outro externo. O ramo interno, que contém as fibras da raiz craniana, reúne- se ao vago e distribui- se com ele. O ramo externo contém as libras da raiz espinhal, tem trajeto próprio e, dirigindo-se obliquamente para baixo, inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo. Funcionalmente, as fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago são de dois tipos: Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da laringe através do nervo laríngeo recorrente. Fibras eferentes viscerais gerais: inervam vísceras torácicas juntamente com fibras vagais. https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=C3JqWrLVFIHwwASH44yoDw&q=nervo +acessorio&oq=nervo+acessorio&gs_l=psy-ab.3...862368.865240.0.865593.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.psy- ab..0.0.0....0.iN5Vp7LMnE8#imgrc=USYgOz_nMnp9gM: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=bnVqWrTrA8WAwgSQ2aKICw&q=nerv+ acessorio+neuroanatomia&oq=nervo+acessorio+neuroanatomia&gs_l=psyab.3...130775.133165.0.133333.0.0.0.0.0. 0.0.0..0.0....0...1c.1.64.psy-ab..0.0.0....0.pe6uX2Gmvgc#imgrc=_JgweookzieJ4M: Nervo Hipogrosso (XII) É essencialmente motor, emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. Este emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, tem trajeto inicialmente descendente, dirigindo-se, a seguir, para diante, distribuindo-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. Embora haja discussão sobre o assunto, admite-se que a musculatura da língua seja derivada dos miótomos da região occipital. Assim, as fibras do hipoglosso são consideradas eferentes somáticas, o que, como veremos, está de acordo com a posição de seu núcleo no tronco encefálico. Nas lesões do nervo hipoglosso, há paralisia da musculatura de uma das metades da língua. Nesse caso, quando o paciente faz a protrusão da língua, ela se desvia para o lado lesado, por ação da musculatura do lado normal não contrabalançada pela musculatura da metade paralisada. https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=9HVqWvi3HYywwAS9z5YQ&q=nervo+hipoglosso& oq=nervo+hipoglosso&gs_l=psy-ab.3...505298.508234.0.508447.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.psy- ab..0.0.0....0.7IqbdD31QfM#imgrc=xPyyGM-yhes9vM: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=8ndqWpqZBIWGwQSwx4iABQ&q=nervo+hipoglos so+neuroanatomia&oq=nervo+hipoglosso+neuroanatomia&gs_l=psyab.3...72473.76152.0.76350.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1. 64.psy-ab..0.0.0....0.hLj64r2FVMg#imgrc=LqXGoGbeaPHnKM: Referências MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional.2ªed.São Paulo:Atheneu,2006. SNELL,R.S. Neuroanatomia Clínica: para estudantes de Medicina.5ªed.Rio de Janeiro: Guanabara CARNEIRO, M. A. Atlas de Anatomia Neuroanatomia.1ªed.Goiânia:UFG,1997.
Compartilhar