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CASO CLÍNICO Profª Ma. Rosa Garbino PARKINSON Doença neurodegenerativa do SNC de progressão lenta que afeta principalmente as funções motoras do indivíduo. Esta doença foi primeiramente descrita pelo médico James Parkinson em 1817. DR. JAMES PARKINSON Esta doença foi primeiramente descrita pelo médico Inglês James Parkinson em 1817 na monografia que levou o titulo de “Um Ensaio sobre a Paralisia” (An Essay on the Shaking Palsy.) Trabalhou durante 30 anos em um asilo, onde se dedicou a cuidar do bem estar dos idosos. . DR. JAMES PARKINSON Após algumas décadas, o neurologista francês Jean-Martin Charcot constatou que a tal “paralisia agitante” não era em si uma paralisia, mas sim rigidez muscular, e que nem todos os pacientes apresentavam tremor. Então, como forma de homenagem ao pioneiro no assunto decidiu rebatizar a doença com o nome de Parkinson. . PARKINSON Degeneração dos neurônios da substância negra do mesencéfalo e das fibras dopaminérgicas meso-estriatais Diminuição da dopamina no sistema nervoso Mais comum em pessoas com idade avançada (60 anos) Não é fatal, mas não tem cura e torna o paciente mais susceptível e fraco Aumenta o risco de infecções e outros episódios com potencial mortal ( ex: pneumonia de aspiração) APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO Senhor de 72 anos, casado, pescador aposentado, reside na cidade de Balneário Camboriú–SC. Mora em casa de alvenaria com esposa, uma filha, genro e neta. Ao lado de sua casa mora mais um filho com a família. O paciente é portador das seguintes patologias: diabetes, pressão alta e há 1 ano começou a sentir os sintomas de Parkinson, procurou então o serviço de atendimento a Unidade Básica de Saúde, o diagnosticaram Parkinson, sendo assim foi encaminhado para o Serviço de Fisioterapia. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO Começou a sentir a doença se manifestar a partir de tremores involuntários do braço direito. Toma remédio para diabetes e pressão alta, pratica caminhadas e possui um controle de alimentação. Tem uma vida tranquila e sem aborrecimentos. É querido pela vizinhança, um dos primeiros moradores do bairro. Possui acompanhamento semanal do agente de saúde. CARACTERÍSTICAS DO PARKINSON Tremor de membros quando em repouso Rigidez nos membros e/ou tronco Distúrbios de movimento acinesia; bradicinesia. Micrografia. Problemas na fala. Postura curvada. Dificuldade de equilíbrio. Constipação intestinal. Incontinência urinária. TREMOR: Tremor (o mais característico) Tremor Clássico Parkinsoniano Aumenta quando o paciente se encontra em repouso ou situações de stress / cansaço. Movimento voluntário atenua o tremor e este desaparece completamente durante o sono. Rigidez muscular Boca aberta Deglutição difícil Todo o corpo Inexpressividade facial Bradicinesia: Lentidão dos movimentos causada pelo atrasado na transmissão de instruções do cérebro para o resto do corpo. Hipomimia Fala monocórdica Micrografia Dissinergia oculocefálica Escala de Hoehn e Yahr (UPDRS) 1º Estágio: sintomas em apenas um dos lados leve intensidade; apenas incômodo 2º Estágio: sintomas bilaterais Postura e equilíbrio afetados 3º Estágio: lentidão significativa dos movimentos dificuldade em caminhar ou manter-se em pé disfunção generalizada 4º Estágio: sintomas severos incapacidade de viver sozinho rigidez e bradicinesia 5º Estágio: invalidez completa incapaz de caminhar ou manter-se em pé necessidade de cuidados constante OUTROS SINTOMAS Depressão Ansiedade Instabilidade postural Bradifrenia (pensamento lento) Nem todos os pacientes com Parkinson sofrem perda cognitiva apesar do pensamento lento ser um dos sintomas comuns. Complicações Secundárias Alterações nutricionais Alterações respiratórias Alterações circulatórias Osteoporose Úlceras por pressão Alterações nutricionais - perda de peso derivada de náuseas (muitas vezes provocadas pela medicação), perda de paladar e deglutição difícil. Alterações respiratórias - diminuição da expansibilidade toráxica devido à rigidez muscular Alterações circulatórias - provocadas pela imobilidade Osteoporose - devido á má nutrição e inactividade (há também que ter em conta a idade típica desta doença) Úlceras por pressão - lesões cutâneas provocadas pela falta de irrigação sanguínea ou irritação da pele de uma certa área pressionada contra uma cama, cadeira de rodas, etc. EVOLUÇÃO DA PATOLOGIA Região lesionada Morte exagerada de neurônios dopaminérgicos num dos gânglios de base despigmentação Esta DEGENERAÇÃO diminui os níveis de dopamina na substância negra diminuir a projeção / ação desta no corpo estriado Explica a depressão, psicose e perda cognitiva EM PACIENTES COM PARKINSON Diagnóstico Clínico Análise dos sintomas A assimetria dos sintomas, a presença do tremor de repouso e a boa resposta à terapia dopaminérgica são indicadores objetivos. Visto que não existem marcadores biológicos objectivos para esta doença, o diagnóstico desta é clínico. É principalmente através da análise dos sintomas que se poderá obter um diagnóstico completamente certo. A assimetria dos sintomas, a presença do tremor de repouso e a boa resposta à terapia dopaminérgica são sinais mais objectivos que podem indicar a DP. Pode-se também recorrer a PET scans e SPECTs, tomografias que têm a capacidade de medir os níveis de dopamina no cérebro do paciente. Tratamento Terapia sintomática Terapia neuroprotetora Terapia restauradora Neuroestimulação Tratamentos cirúrgico Talomotomia Fisioterapia – Acompanhamento nutricional Fisioterapia Prevenção do aparecimento de complicações secundárias. Máxima manutenção das capacidades cognitivas. Manobras de alongamentos, fortalecimento muscular e tudo isso ligado com exercícios respiratórios. Principal função da fisioterapia é melhorar a qualidade de vida do paciente. Fisioterapia - exercício de postura, respiratórios e musculares. Esta tem como principais objectivos a prevenção do aparecimento de complicações secundárias e a máxima manutenção das capacidades cognitivas. Marcha Parkinsoniana (Festinante) Ficam de pé em uma postura de flexão geral, com a coluna inclinada para frente, a cabeça inclinada para baixo, os braços moderadamente fletidos nos cotovelos e as pernas ligeiramente fletidas. Imóveis e rígidos, com escassos movimentos automáticos dos membros e uma expressão facial fixa, como mascara, e piscando raramente. Embora os braços se mantenham imóveis, há frequentemente um tremor afetando os dedos e punho, de 4 a 5 ciclos por segundo. Parkinsonismo Doença de Parkinson Parkinsonismo é um termo genérico que designa uma série de doenças com causas diferentes e que têm em comum a presença de sintomas encontrados na doença de Parkinson. A doença de Parkinson é uma das muitas formas de Parkinsonismo e também a mais frequente. Neste cenário, o diagnóstico diferencial toma um papel muito importante, visto que é fácil confundir parkinsonismo com a doença de Parkinson, devido à similaridade de sintomas. No entanto, estas condições diferem em etilogia (agente causador). De facto, o parkinsonismo pode ser induzido por medicamentos, infecções, toxinas ou outros. A doença de Parkinson é uma das muitas formas de Parkinsonismo e também a mais frequente. Corresponde a cerca de 75% de todas as formas de parkinsonismo. Como não se conhece a causa da doença de Parkinson, ela é também chamada de parkinsonismo primário. RACIOCÍNIO CLÍNICO BRADICINESIA MOBILIZAÇÕES ARTICULARES MOVIMENTOS AMPLOS RACIOCÍNIO CLÍNICO MARCHA EM BLOCO TREINO DE MARCHA EM ZIG ZAG TREINO DE MARCHA COM CONES ESCADAS RACIOCÍNIO CLÍNICO EQUILÍBRIO Treino de marchaMomento de congelamento ao movimento (marcha): Frozing / Congelamento Fatores desencadeantes: inatividade física, situações de stress. Solução: manter o paciente calmo, reabilitação (fisioterapia). Doença de Alzheimer Profª Ma. Rosa Garbino DEMÊNCIA Perda adquirida e persistente da função intelectiva. DEMÊNCIA X ALZHEIMER Demência é um termo inclusivo que abrange muitas condições incluindo a Doença de Alzheimer. Demência é um termo que pode ser aplicado a várias condições diferentes ligadas ao sistema nervoso central. "Mais de 60% da perda cognitiva relacionada à idade se deve à doença de Alzheimer”. Demência vascular: após AVC ou diabetes, por falta de oxigênio no SNC. Demência frontotemporal: idosos, falta de proteínas no SNC Demência de corpos de Lewy: depósito de proteínas nas áreas de habilidades motoras e memória. DOENÇA DE ALZHEIMER Alois Alzheimer - 1907 Causa mais frequente de demência 20% da população com > 80 anos 70% dos casos de demência DOENÇA DE ALZHEIMER A partir da 4ª década de vida Sem predileção por sexo (F=M) 80%dos casos são esporádicos 20% dos casos são alterações genéticas. DOENÇA DE ALZHEIMER ▪ ESTAGIO I (1-3 anos) Memória - dificuldade de aprendizado Habilidade visuo-espacial Linguagem - lista de palavras, anomia Personalidade - indiferente, irritabilidade Achados psiquiátricos - melancolia, tristezas DOENÇA DE ALZHEIMER ▪ ESTAGIO II (2-10 anos) Memória recente e tardia severamente comprometida Desorientação espacial, incapacidade construcional Afasia fluente Acalculia Apraxia ideomotora Indiferença, irritabilidade, agressividade Desilusões mais intensas, infidelidade, s. de Capgras Inquietude motora, carfologia EEG - lentificação do ritmo de base TC/RN - normal; Dilatação ventricular, sulcos alargados. PET/SPECT - hipometabolismo/perfusão parietal/ frontal DOENÇA DE ALZHEIMER ESTAGIO III (8-12 anos) Deterioração severa das funções corticais Rigidez extrapiramidal, reflexos primários, atitude em flexão Incontinência urinária e fecal INCOMUM: convulsões, mioclonias EEG difusamente lento TC/RM - dilatação ventricular, sulcos alargados PET/SPECT - hipometabolismo/perfusão parieto-frontal OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA EVITAR / DIMINUIR DEFORMIDADES ARTICULARES EVITAR/DIMINUIR ENCURTAMENTOS MUSCULARES EVITAR/DIMINUIR DORES EVITAR COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS DOENÇA DE ALZHEIMER Critérios diagnósticos suspeitos/subjetivo Exame clínico História clínica Testes de memória específicos DOENÇA DE ALZHEIMER Critérios diagnósticos ▪ DEFINITIVO Critérios clínicos de PROVÁVEL Comprovação histopatológica da Doença de Alzheimer DOENÇA DE ALZHEIMER Achados patológicos ▪ ▪ Atrofia cerebral Alterações neuronais Emaranhados neuro-fibrilares Placas neuríticas Degeneração granulo-vacuolar ▪ Perda neuronal Emaranhados neuro-fibrilares EMARANHADOS NEURO-FIBRILARES ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ Doença de Alzheimer Senilidade normal Síndrome de Down Doença de Parkinson pós-encefalite Ataxia cerebelar hereditária Distrofia neuroaxonal difusa Dementia pugilistica Déficit cognitivo leve ▪ Prejuízo subjetivo da memória, corroborada por informantes: ▪ ▪ ▪ ▪ Prejuízo objetivo da memória, quando comparado com pessoas de mesma idade e nível educacional. Função cognitiva geral normal. Atividades de vida diária normal. Não estar demente. DOENÇA DE ALZHEIMER Fatores ambientais Idade Fatores genéticos Ab, APPb STRESS OXIDATIVO MORTE CELULAR Disfunção mitocondrial Doença de Alzheimer Fatores de risco ▪ AUMENTAM RISCO Idade Trauma craniano Histórico familiar Vitamina B12/ ácido fólico ¯ ▪ DIMINUEM RISCO Nível de educação Antiinflamatórios Estrógenos (?!) DOENÇA DE ALZHEIMER Tratamento ▪ ▪ ▪ Corrigir distúrbios metabólicos associados, co-morbidades. Estado nutricional - avaliação e correção. OBRIGADA! Google
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