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7 Aula de Reparação tecidual

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03/09/2014 
1 
Prof.ª Ms. Luciana Estevam Simonato 
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS 
FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS 
 
 
REPARAÇÃO 
TECIDUAL 
Disciplina de Processos Patológicos 
INTRODUÇÃO 
REPARAÇÃO 
 consiste na 
substituição de células 
mortas ou lesadas por 
novas células sadias, 
originadas dos elementos 
parenquimatosos ou do 
estroma do tecido lesado 
INTRODUÇÃO 
TECIDOS 
 ESTROMA 
 (sustentação) 
 
 PARÊNQUIMA 
 (células especializadas) 
INTRODUÇÃO 
 ESTROMA 
 - Tecido de sustentação do órgão, por onde chegam os 
vasos sanguíneos e linfáticos 
 - Constituído por células derivadas 
do mesênquima (células 
mesenquimais indiferenciadas) 
 
• Fibroblastos: fibras 
• Osteoblastos: ossos 
• Condroblastos: cartilagem 
INTRODUÇÃO 
 PARÊNQUIMA 
 - Representado pelas células 
especializadas do órgão, ou seja, 
as células ativas, com função 
definida 
• Hepatócitos 
• Células parenquimatosas 
glândulas (glândula salivar, 
glândula sebácea, pâncreas...) 
INTRODUÇÃO 
O reparo do tecido danificado pode ser dividido 
em dois tipos: 
 
 REGENERAÇÃO 
 CICATRIZAÇÃO 
 
REGENERAÇÃO: quando a reparação proceder, em grande parte, 
da proliferação dos elementos parenquimatosos pode haver 
reconstituição quase perfeita da estrutura original 
 
O tecido neoformado na regeneração tem as mesmas 
características do tecido lesado, tanto estéticas (formas) 
como funcionais 
03/09/2014 
2 
INTRODUÇÃO 
O reparo do tecido danificado pode ser dividido 
em dois tipos: 
 
 REGENERAÇÃO 
 CICATRIZAÇÃO 
 
CICATRIZAÇÃO: quando a reparação for feita à custa do estroma, 
principalmente, pelo tecido conjuntivo. O tecido fibroso neoformado irá 
substituir os elementos parenquimatosos, ou seja, as células funcionalmente 
ativas são perdidas, diminuindo a reserva funcional do tecido 
 
O tecido neoformado na cicatrização não tem as mesmas 
características do tecido lesado 
INTRODUÇÃO 
 O resultado final da reparação depende de vários 
fatores, entre eles o mais importante é a capacidade 
intrínseca das células do tecido lesado de se 
regenerarem ou de se multiplicarem 
 
As células do organismo podem ser divididas em três grupos, 
conforme sua capacidade regenerativa: 
 
• Lábeis 
• Estáveis 
• Permanentes 
INTRODUÇÃO 
 Lábeis: divisão mitótica contínua, ou seja, por 
toda a vida 
Ex: células epiteliais, linfáticas e hematopoiéticas 
 
 Estáveis (Quiescentes): têm baixo nível de 
replicação, porém multiplicam-se quando 
estimuladas 
Ex: células derivadas do mesênquima (fibroblastos, osteoblastos e 
condroblastos...), parequimatosas das glândulas, musculares 
lisas e endoteliais 
 
 Permanentes (Perenes): perdem a 
capacidade de multiplicação, ou seja, não podem 
ser submetidas à divisão mitótica na vida pós-natal 
Ex: células nervosas e musculares estriadas e cardíacas 
INTRODUÇÃO 
• REGENERAÇÃO 
 (células lábeis e estáveis) 
 
 
• CICATRIZAÇÃO 
 (células permanentes) 
REPARAÇÃO: é a denominação do processo global 
de restauro que ocorre em tecidos lesados 
 
Contém dois momentos básicos: 
 REGENERAÇÃO: caracterizada por eliminação das 
células lesadas e sua substituição por células sadias 
semelhantes 
 
 CICATRIZAÇÃO: os tecidos incapazes de regenerar-se 
são substituídos por fibrose com formação de cicatrizes 
INTRODUÇÃO REPARAÇÃO TECIDUAL 
A reparação começa no início da inflamação. 
Algumas vezes, logo após a lesão, se a 
resolução não ocorreu, os fibroblastos e as 
células endoteliais vasculares começam a 
proliferação para formar um tipo especializado 
de tecido que é indicador da cicatrização, 
denominado de tecido de granulação 
Histologicamente, se caracteriza pela presença de 
pequenos vasos sanguíneos (angiogênese) e 
proliferação de fibroblastos 
03/09/2014 
3 
TECIDO DE GRANULAÇÃO 
Aspecto clínico 
TECIDO DE GRANULAÇÃO 
Aspecto histológico 
REPARAÇÃO TECIDUAL 
Os mecanismos responsáveis pela regeneração 
tecidual, pela organização do tecido de 
granulação e cicatrização envolvem inúmeras 
etapas e fenômenos dentre os quais os mais 
importantes são: 
 
 a migração, proliferação e diferenciação celulares 
 interações das células com moléculas da matriz 
extracelular 
Vasos e 
endotélio 
Área lesada torna-
se edemaciada 
Macrófagos 
migram para 
a área lesada 
Organização e Reparo: Os macrófagos limpam a área 
inflamada 
Organização e Reparo: tecido de granulação imaturo 
com angiogênese 
Brotos capilares 
crescem e 
formam uma rede 
Macrófagos secretam 
fatores de crescimento 
vasculares e 
fibrinogênicos 
Organização e Reparo: tecido de granulação jovem, com vasos neo-
formados, edema e infiltrado macrofágico 
03/09/2014 
4 
Organização e Reparo: maturação do tecido de 
granulação 
Os fibroblastos 
proliferam e 
inicia-se a 
deposição de 
colágeno 
Organização e Reparo: tecido de granulação fibrovascular com fibroblastos 
jovens que tendem a alinhar-se seguindo as linhas de estresse tensional 
Organização e Reparo: formação da cicatriz 
O colágeno 
torna-se denso 
Os fibroblastos deixam 
de produzir fatores de 
crescimento 
Remodelação 
vascular 
Organização e Reparo: tecido de granulação com predomínio de 
fibroblastos maduros e deposição de colágeno jovem. Não há infiltrado 
inflamatório 
Trauma/Ferimento 
Coágulo de fibrina 
Tecido de granulação 
Reepitelização 
Infiltrado inflamatório agudo 
Maturação do tecido de granulação 
Reparação completa 
 Proliferação fibroblástica 
 Neoformação vascular (angiogênese) 
 Aumenta a quantidade de colágeno devido a proliferação fibroblástica 
 Diminui a quantidade de vasos sanguíneos 
 Diminui a quantidade de células inflamatórias 
 
Ocorre segundo dois mecanismos básicos: 
cicatrização por PRIMEIRA INTENÇÃO ou 
cicatrização por SEGUNDA INTENÇÃO 
Cura das Feridas Cutâneas 
Cicatrização por 
1ª intenção 
Cicatrização por 
2ª intenção 
03/09/2014 
5 
Cicatrização por 1ª intenção 
É mais fácil e rápida, uma vez que a quantidade 
de tecido perdido é mínima, o que permite 
coaptação das bordas 
 
Exemplos: 
 Incisão cirúrgica 
 Corte por faca 
Ocorre quando as bordas da ferida, limpas, 
são aproximadas e suturadas (feridas cirúrgicas) 
Cicatrização por 1ª intenção 
Ocorre por etapas sucessivas e ao final do primeiro 
mês a cicatriz contém conjuntivo destituído de 
infiltrado inflamatório e com epiderme intacta. A força 
elástica aumenta durante os meses seguintes. 
Cicatrização por 1ª intenção Cicatrização por 1ª intenção 
 24h: Os neutrófilos aparecem nas margens da incisão e 
há uma resposta inflamatória aguda em cada lado da 
incisão, levando a edema, rubor e dor no local da ferida. 
As células epiteliais das margens da ferida sofrem 
mitoses e começam a migrar através da ferida 
 
 48h: Os macrófagos começam a infiltrar a incisão e a destruir 
a fibrina. A continuidade da superfície é restabelecida na forma 
de camada superficial delgada 
 
 Crosta 
Coágulo 
Neutrófilos 
1as vinte quatro horas: 
Cicatrização por 1ª intenção 
Cicatrização por1ª intenção 
 3º dia: O tecido de granulação começa a invadir o espaço 
tecidual. A continuidade da superfície epitelial é reforçada pelo 
espessamento da camada epitelial 
 
 5º dia: O espaço da incisão é preenchido com tecido de 
granulação vascular: ocorre deposição progressiva de 
colágeno. A superfície epitelial atinge sua espessura normal. A 
resposta inflamatória aguda nas margens da ferida começa a 
ceder, com redução do edema e do rubor nos tecidos afetados 
 
 7º dia: As suturas são comumente removidas das feridas 
cutâneas e a ferida apresenta aproximadamente 10% da 
resistência tensional da pele normal 
03/09/2014 
6 
Mitoses 
Macrófagos 
Capilares neoformados 
Fibroblastos 
3- 7 dias: 
Cicatrização por 1ª intenção 
Tecido de granulação 
 10º dia: Há proliferação de fibroblastos e deposição 
de colágeno no tecido de granulação na área da incisão, 
garantindo maior resistência tensional da pele normal 
 
 15º dia: A deposição de colágeno segue a linha tensional do 
tecido. O tecido de granulação perde alguma vascularidade, 
mas ainda apresenta-se mais rosado do que os tecidos 
adjacentes 
 
 1º mês: Reparo completo, com tecido conjuntivo sem 
infiltrado inflamatório, coberto por epiderme intacta. A ferida 
agora possui 50% da resistência tensional da pele normal 
 
Cicatrização por 1ª intenção 
Cicatriz 
fibrosa 
Cicatrização por 1ª intenção 
1as semanas: 
0 hora 
 
- incisão é preenchida por coágulo 
 
24 
horas 
3º dia 
 
- neutrófilos são substituídos por macrófagos 
- começa tecido de granulação 
 
5 º dia 
 
- espaço preenchido por tecido de granulação 
- neovascularização é máxima 
- fibrilas de colágeno começam a aparecer 
- proliferação epitelial atinge o máximo 
 
2ª 
semana 
 
- proliferação de fibroblastos 
- acúmulo contínuo de colágeno 
- inflamação e vasos recém formados desaparecem em grande parte 
1º mês - fibrose = tecido conjuntivo sem inflamação, coberto por epiderme 
intacta 
Cicatrização por 1ª intenção 
- neutrófilos infiltram o coágulo 
- mitoses nas células basais epiteliais  fechamento epitelial em 24 
a 48 horas 
Cicatrização por 1ª intenção Cicatrização por 2ª intenção 
Ocorre quando há perda tecidual. O processo de 
cicatrização é mais complexo e o defeito tecidual 
deve ser preenchido. Resulta em maior 
deposição de fibrina com presença de restos 
necróticos e resposta inflamatória intensa. O 
tecido de granulação é abundante 
As etapas da cicatrização cutânea por segunda intenção são 
as mesmas que ocorrem na primeira intenção, apenas são 
mais demoradas e com tecido de granulação mais abundante 
03/09/2014 
7 
Cicatrização por 2ª intenção 
 Quando há uma perda mais excessiva de tecido, 
não permitindo coaptação das bordas e o 
processo regenerativo é mais complicado 
 
Exemplos: 
 Queimaduras 
 Raspagem por queda 
Cicatrização por 2ª intenção 
Cicatrização por 2ª intenção 
Cicatrização por 2ª intenção 
 Maior quantidade de tecido perdido 
 Coágulo de fibrina maior e mais 
detritos necróticos e exsudato que 
devem ser removidos, gerando uma 
reação inflamatória mais intensa 
 Maior quantidade de tecido de 
granulação e tecido cicatricial são 
formados 
 Contração da ferida marcante 
 Processo mais lento 
Neutrófilos 
e fibrina 
1as vinte e quatro horas: 
Cicatrização por 2ª intenção 
Proliferação 
vascular 
 
Reepitelização 
a partir das 
bordas 
3 a 7 dias: 
Cicatrização por 2ª intenção 
03/09/2014 
8 
Semanas: 
Contração da ferida 
Cicatrização por 2ª intenção Cicatrização por 2ª intenção 
CARACTERÍSTICA 
DIFERENCIAL 
 
1ª INTENÇÃO 
 
2ª INTENÇÃO 
 
tipo de ferida 
 
linear, coaptante, 
pouco traumatizada, 
perda mínima de 
substância 
 
irregular, anfractuosa, 
não-coaptante, traumatizada, com 
perda de substância 
(comum em úlceras) 
 contaminação 
 
não contaminada 
 
contaminada ou não 
 
intensidade da reação 
inflamatória 
menor 
 
maior 
 
formação de tecido de 
granulação 
 
menor 
 
maior, às vezes exuberante 
 
volume da cicatriz final 
 
menor 
 
maior, às vezes com formação de 
quelóide 
 retração cicatricial 
 
menor 
 
maior 
 
perda de células 
especializadas 
 
menor 
 
maior 
 
tempo de resolução 
 
menor 
 
maior 
 
Fatores sistêmicos 
 Nutrição 
Ex. deficiência protéica, em particular, a deficiência da vitamina C, inibe a 
síntese de colágeno e retarda a cicatrização 
 
 Condição metabólica 
Ex. diabetes melito esta associado à cicatrização retardada 
 
 Condição circulatória 
Ex. a oferta sanguínea inadequada causada, em geral, por anormalidades 
venosas (veias varicosas), que retardam a drenagem venosa, também 
debilita a cicatrização 
 
 Hormônios 
Ex. os glicocorticóides têm efeitos antiinflamatórios e inibem a síntese de 
colágeno 
Fatores locais 
 Infecção 
Ex. Microorganismos levam ao atraso da cicatrização, devido ao seu 
resultado na lesão tecidual persistente e inflamação 
 
 Fatores mecânicos 
Ex. movimento inicial das feridas, podem atrasar a cicatrização, pela 
compressão dos vasos sanguíneos e separação das margens da ferida 
 
 Corpos estranhos 
Ex. suturas desnecessárias ou fragmentos de aço, vidro, ou mesmo osso, 
constituem impedimentos à cicatrização 
 
 Tamanho, localização e tipo de ferida 
Ex. feridas em áreas ricamente vascularizadas, como a face, cicatrizam mais 
rapidamente que aquelas pouco vascularizadas, como o pé 
03/09/2014 
9 
Complicações 
Podem ser agrupadas em três categorias gerais: 
 
 Formação deficiente de cicatriz 
Ex. Deiscência (abertura da ferida), ulceração da ferida 
 
 Formação excessiva de cicatriz 
Ex. Quelóide, carne esponjosa (granulação exuberante) 
 
 Formação de contraturas 
Ex. Deformidade da área 
 
Formação deficiente da cicatriz: 
 Formação inadequada do tecido de granulação 
 Perda da organização tecidual dos componentes da cicatriz 
durante o período de reparo 
Resultando em deiscências das feridas e úlceras 
Complicações 
Deiscência 
 Formação de quelóides 
 Formação excessiva de tecido granulação: granuloma 
piogênico 
Formação excessiva de componentes de 
reparo: 
Complicações 
Quelóide Quelóide 
03/09/2014 
10 
Granuloma piogênico 
 Na pele os locais mais propensos a desenvolver contraturas 
são as mãos, plantas dos pés, pescoço e região anterior do 
tórax. São complicações relativamente comuns após 
queimaduras 
Formação de contraturas: 
Complicações 
FIM... 
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