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CONTROLE DA POSTURA E DO MOVIMENTO2018 (1)

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Aula de Fisiologia Veterinária I
Prof. Antonio Carlos Santana Castro
Núcleos = corpos de neurônios localizados no SNC
Gânglios = corpos de neurônios localizados fora do SNC
Tratos ou Fascículos = feixes de fibras nervosas que tem uma mesma origem, trajeto, destino e 
função no SNC
Comissuras= feixe de fibras nervosas que cruzam de um lado para o outro
Ipsilateral = do mesmo lado
Contralateral= para o lado oposto
Neurônios motores superior e inferior
 Neurônio motor inferior (NMI): presente na coluna ventral 
da medula espinhal (alfa ou esqueletomotor); lesão leva a 
paralisia ou paresia muscular com hipotônus, algum grau 
de flacidez e redução ou perda dos reflexos (hiporreflexia
ou arreflexia); rápida atrofia muscular.
 Neurônio motor superior (NMS): neurônios dos sistemas 
piramidal e extrapiramidal (fora da coluna ventral da 
medula); lesão leva a paralisia ou paresia espástica
(hipertônus), reflexos normais ou hiperreflexia e algum 
grau de atrofia muscular; alterações são geralmente 
contralaterais.
NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR E INFERIOR
ESQUEMA DE INICIAÇÃO DE MOVIMENTOS
CÓRTEX CEREBRAL
C
E
R
E
B
E
L
O
NÚCLEOS
VESTIBULARES
TECTO
FORMAÇÃO 
RETICULAR
NÚCLEO 
RUBRO
PONTE
TÁLAMO
SUBSTÂNCIA 
NEGRA
STRIATUM
PALLIDUM
NÚCLEOS
SUBTALÂMICOS
T
rato
 co
rtico
esp
in
h
al
Via motora comum
Neurônio motor
M. Estriado 
esquelético
Interneurônios
não representados
Piramidais = passam pelas pirâmides do bulbo; 
controlam a motricidade voluntária e movimentos 
precisos e delicados pp das extremidades dos membros 
torácicos dos carnívoros
Extrapiramidais = não passam pelas pirâmides; 
controlam os movimentos automáticos e involuntários; 
mais importantes nos animais domésticos 
EXTENSÃO DOS TRATOS PIRAMIDAIS E EXTRAPIRAMIDAIS
CÓRTEX MOTOR - ÁREA MOTORA PRIMÁRIA
3 – SULCO CRUZADO
4 – ÁREA MOTORA
5 - ÁREA SOMESTÉSICA
CÃO = área motora primária se estende caudalmente
ao sulco e se interpõe com a área sensitiva
DEMAIS ESPÉCIES: área motora é rostral ao sulco
Tratos descendentes - Piramidais
Córtico-espinhal
Ventral=direto
Lateral=cruzado
Piramidais
No homem:
Ventral= medula 
torácica
Lateral= toda a
medula
Ventral=musculatura
Axial
Lateral= musculatura
apendicular
Cão= 100% decussação
(lateral)
Gato= ventral pequeno e 
na região cervical
Cão= 50% cervical
20% torácico
30% lombossacral
Função: atividades precisas
e elaboradas de cada 
músculo dos membros
Tratos descendentes - Piramidais
 Trato córtico-
nuclear
 Termina em núcleos 
motores do facial, 
trigêmeo e 
hipoglosso
 Exerce controle sobre 
musculatura da cabeça e 
pescoço, influenciando 
movimentos oculares, 
mastigação, deglutição, 
expressão facial, lingua e 
pescoço
 Não passa pelas 
pirâmides
Tratos descendentes - Extrapiramidais
Rubro-espinhal – influencia musculatura apendicular
Vestíbulo-espinhal, Retículo-espinhal, Tectoespinhal –
ligam-se aos neurônios motores da parte medial da 
coluna ventral; influenciam musculatura axial (tronco) 
e proximal dos membros
Vestíbulo-espinhal, Retículo-espinhal: manutenção do 
equilíbrio e postura básica
Tectoespinhal: reflexos decorrentes de estímulos visuais; 
contração dos músculos do pescoço para o giro reflexo 
da cabeça em respostas à estímulos visuais e auditivos
Tratos descendentes - Extrapiramidais
Trato rubro espinhal
Atua na musculatura 
apendicular; facilita NMI
que inervam músculos
distais dos membros sendo 
Importantes na alternância 
de flexão e extensão dos 
membros durante a 
locomoção 
Descem pelo funículo lateral
Tratos descendentes - Extrapiramidais
Trato reticuloespinhal pontino = facilita 
neurônios alfa e gama que inervam os músculos 
extensores ipsilaterais mas inibem neurônios que 
inervam músculos flexores.
Importantes para suportar o peso e para o controle 
postural
Descem pelo funículo ventral
Trato reticuloespinhal bulbar = oposto ao 
pontino; inibe neurônios alfa e gama que inervam 
músculos extensores; facilita neurônios que 
inervam músculos flexores.
Descem pelo funículo lateral
Resumindo: coordenam músculos extensores e 
flexores, sendo base para manutenção da postura, 
do tônus muscular e dos reflexos espinhais
Tratos descendentes - Extrapiramidais
Trato vestibuloespinhal lateral = facilitam neurônios 
alfa e gama que inervam músculos extensores 
ipsilaterais (inibem neurônios da musculatura flexora
ipsilaterais; inibem alfa e gama da musculatura 
extensora contralateral)
Resultado: facilita musculatura ipsilateral extensora e
inibe musculatura extensora contralateral
Trato vestibuloespinhal medial = comunica com 
fascículo longitudinal medial e influencia o tônus da 
musculatura do tronco
Descem pelo funículo ventral da medula espinhal
Importantes na manutenção do equilíbrio corporal 
facilitando os NMI que inervam os músculos extensores e
inibindo os NMI que inervam os músculos flexores
Tratos descendentes - Extrapiramidais
Trato tectoespinhal = origem no 
colículo rostral do mesencéfalo
Descem na medula espinhal no funículo 
ventral contralateral.
Responsáveis pelo controle dos 
músculos do pescoço e 
do tronco que são reflexamente 
ativados após um
estímulo auditivo ou visual
Tratos descendentes - Extrapiramidais
 Trato córtico-
pontino
 Conexões com o 
cerebelo
 Participa do 
circuito motor 
(coordenação 
motora)
Trato
córtico-pontino
Tratos descendentes 
Tratos motores descendentes: 2 grupos
Funículo lateral: cortico-espinhal lateral,
rubroespinhal = inervam músculos distais
dos membros
Exceção: trato reticuloespinhal bulbar: NMI 
que inervam músculos axiais e proximais dos
membros
Funículo ventral: trato reticulopontino, trato
vestibuloespinhal, trato tectoespinhal = 
NMI que inervam músculos extensores e 
flexores dos membros e músculos axiais
Sub Tratos ascendentes – relacionado com motricidade
 Trato 
espinocerebelar
 Passa pelo 
tronco 
encefálico
 Conduz 
propriocepção
inconsciente
Somatotopia dos tratos
Figura A- Nn. 
motores
Obs: músculos
mais proximais
dos membros =
parte medial do
corno ventral
músculos mais 
distais dos 
membros= parte 
lateral do corno 
ventral
Figura B – Subst. 
branca e cinzenta
Substância branca – Tratos de associação
8 = Fascículo próprio da medula
Fascículo próprio da medula (sistema proprioespinhal)= conecta segmentos de um lado
ao outro ( reflexo do panículo; cutâneo do tronco)
Tratos de associação
 Fascículo longitudinal medial: localizado no tronco encefálico; conduz fibras para os núcleos 
vestibulares e fazem sinapse com os nervos cranianos III, IV e VI (centros que controlam os 
movimentos do globo ocular)
 Movimentos reflexos do olho compensam movimentos da cabeça, dando maior estabilidade 
à visão; atua no reflexo vestibulo ocular; tb se projeta para a formação reticular (motion
sickness) para o centro do vômito e se estende a medula espinhal no nível torácico cranial 
(manutenção da posição da cabeça)
Tratos de associação
 Fascículo longitudinal medial: localizado no tronco encefálico; conduz fibras para os núcleos 
vestibulares e fazem sinapse com os nervos cranianos III, IV e VI (centros que controlam os 
movimentos do globo ocular)
 Movimentos reflexos do olho compensam movimentos da cabeça, dando maior estabilidade 
à visão; atua no reflexo vestibulo ocular; tb se projeta para a formação reticular (motion
sickness) para o centro do vômito e se estende a medula espinhal no nível torácico cranial 
(manutenção da posição da cabeça)
12. Trato proprioespinhal
Núcleos da base: coordenam movimentos complexos por influenciar córtex motor e
outros centros motores do tronco encefálico(n. rubro, formação reticular etc)
 Um dos centros 
de comando do 
sistema extra-
piramidal
 Núcleos: 
caudado, 
putâmen, globo 
pálido, claustro 
e amigdalóide
 Função: 
Planejamento 
motor e iniciação 
de movimentos 
voluntários
N. caudado
Corpo 
estriado
N. lentiforme
Putâmen
Globo pálido
striatum
pallidum
Núcleos da base – Conexões aferentes 
a) Córtex cerebral motor
Núcleos da base – Conexões eferentes
a) Córtex cerebral motor: através do tálamo = participa não apenas na regulação motora voluntária
mas na aprendizagem das habilidades motoras
b) Substância negra e núcleos subtalâmicos – conexões recíprocas
Doença de Parkinson
em humanos: tremores
ritmicos em repouso,
iniciação e execução
lenta dos movimentos
Lesão dos núcleos:
Deficit de movimento,
incluindo movimentos
involuntários; dificuldade
de iniciar movimentos
intencionais
CEREBELO
Cerebelo – Estrutura e conexões intrínsecas
Núcleos centrais 
do cerebelo:
Fastigial (medial)
Interpósito 
(emboliforme 
e globoso)
Denteado (lateral)
Fibras eferentes
Núcleo olivar caudal
Núcleos centrais do cerebelo
Conexões extrínsecas e organização morfofuncional
FR
Conexões- cerebelo vestibular
 Vestibular = 
arquicerebelo
 Lóbulo flóculo-nodular
 Influenciam neurônios 
motores do grupo 
medial (axial) = 
manutenção do 
equilíbrio corporal
 Núcleos vestibulares 
originam fibras que 
seguem pelo fascículo 
longitudinal medial –
controle dos 
movimentos oculares
Conexões- cerebelo espinhal
 Espinhal = 
paleocerebelo
 Lóbulo rostral
 Cerebelo tem 
influência indireta 
na motricidade via 
tratos (a)vestíbulo-
espinhal e retículo-
espinhal (axial) e (b) 
rubro-espinhal 
(apendicular)
 Mecanismo postural 
e de locomoção = 
coordenação motora 
e manutenção do 
tônus muscular
Conexões- cerebelo cortical
 Cerebelo cortical = 
neocerebelo
 Lóbulo caudal
 Trato córtico-
pontino: origem em 
regiões motoras do 
córtex cerebral e em
 Áreas somestésicas : 
visão e audição
 Cerebelo influencia 
córtex motor
 Movimentos 
voluntários : 
musculatura distal 
dos membros
Considerações funcionais
 Centro controlador da motricidade (não inicia 
movimentos)
 Participa de processos cognitivos (sensoriais, 
atencionais e comportamentais); aprender, predizer e 
preparar o SN para análise de informações
 Vestibular – informações de posição e movimentos da 
cabeça = equilíbrio corporal
 Espinhal – mantêm a postura – musc. axial e 
apendicular – Lesão: ataxia; hipertonia e exagero de 
reflexos posturais 
 Cortical – Coordenação de movimentos precisos e 
delicados, planejamento de ações motoras – Lesão: 
ataxia c/ movimentos assincrônicos e isolados
 Lesões no cerebelo – efeitos ipsilaterais
MEDULA ESPINHAL
 VIA FINAL COMUM DO NEURONIO MOTOR 
INFERIOR
 UNIDADES MOTORAS
 RECRUTAMENTO E O PRINCÍPIO DO TAMANHO
 CÉLULAS DE RENSHAW E INIBIÇÃO RECORRENTE
Unidade motora
 Conceito: único motor alfa e todas as fibras musculares que 
ele inerva
 Controle fino: reduzido número de fibras musculares por ele 
inervados (músculos do olho)
 Músculos maiores = cada neurônio motor inerva centenas e 
milhares de fibras musculares (geram mais força)
 Recrutamento de unidades motoras depende do tamanho dos 
corpos celulares dos neurônios
 Menor força necessária, menores neurônios motores são 
ativados; menores neurônios disparam antes (menor limiar 
de despolarização)
Neurônios motores na coluna ventral da medula espinhal
 Neurônio motor alfa 
(motoneurônio)= inerva 
fibras musculares 
comuns, i.e, fibras 
extrafusais ; axônio 
mielínico longo de até 20 
µm de diâmetro; portanto 
condução rápida
 Neurônio motor gama 
(fusimotor) = inerva 
fibras intrafusais que 
formam parte de um fuso 
muscular; axônio 
mielínico mais fino (até 8 
µm), portanto condução 
lenta
 De todos os neurônios da 
coluna ventral, 2/3 dos 
axônios são gama e 1/3 
alfa
Célula de Renshaw
 É um interneurônio presente no corno ventral da medula espinhal que participa da 
inibição recorrente
 Quando um neurônio alfa é ativado, estimula, através de colaterais de seu axônio, uma 
célula de Renshaw que inibe o neurônio motor alfa que a excitou.
 Estão principalmente associadas com neurônios alfa que inervam músculos extensores 
do membro.
 A toxina do tétano se liga às células de Renshaw e bloqueia a liberação de seu 
neurotransmissor inibidor; sinal clínico mais evidente é rigidez extensora dos membros
Controle motor reflexo
 Reflexo: reação involuntária à 
um estímulo sensitivo 
específico
 Auxilia na manutenção do 
tônus muscular e da postura
 Reflexos no tronco encefálico e 
na medula espinhal
 Reflexo monossináptico ou 
simples : reflexo de 
estiramento ou miotático
(joelho)
 Reflexo mandibular (fechar a 
boca)
Controle motor reflexo
 Circuito motor gama: formado por neurônios motores gama, pelas fibras sensitivas Ia e por 
neurônios motores alfa
 SNC modula reflexos de estiramento e o tônus muscular , modulando o circuito gama
 Circuito gama é essencial à manutenção dos fusos musculares em atividade mesmo quando 
um músculo contrai e reduz seu comprimento
 Fusos musculares monitoram alterações na tensão e comprimento das fibras extrafusais
Controle motor reflexo- manutenção da postura 
e do tônus muscular
 Sistema motor mantêm a postura (a) através de tendência excitatória tônica aos circuitos 
que excitam os músculos extensores e (b) modulando os reflexos de estiramento
 Músculos extensores são antigravitacionais e excitados pelos tratos descendentes que 
passam pelo funículo ventral da medula
Controle motor reflexo- manutenção da postura 
e do tônus muscular
 Por que o reflexo de estiramento está envolvido na manutenção da postura e do 
tônus muscular?
 Gravidade atua no corpo e estira os músculos extensores, seus fusos musculares e excitam suas fibras 
sensitivas
 Eferentes do fuso muscular estimulam neurônios motores alfa que contraem os músculos extensores
 Modulação do reflexo de estiramento está sob controle dos tratos descendentes originados dos centros 
superiores
Exemplo: músculo gastrocnêmio
Controle motor reflexo- manutenção da postura 
e do tônus muscular
 Papel dos fusos musculares: 
detectam e corrigem 
pequenas alterações nos 
ângulos de articulações de 
suporte de peso
 Podem também induzir o 
encurtamento de músculos 
da locomoção; isto requer 
estímulo inicial dos 
neurônios gama pelas vias 
descendentes do cérebro 
(piramidal e extrapiramidal)
Controle motor reflexo- manutenção da postura e do 
tônus muscular
 Maioria dos arcos reflexos envolvem neurônios sensitivos, motores e interneurônios
 Interneurônios podem ser excitatórios ou inibitórios; podem cruzar a linha média da medula 
espinhal e terminar em neurônios motores contralaterais.
 Reflexo extensor cruzado: animal retira a mão a um estímulo nocivo mas estende o membro 
contralateral; quando um membro é flexionado, o membro oposto precisa estender para suportar 
o peso maior nesta mão.Esta flexão ipsilateral com reflexo de extensão contralateral ajuda a 
manter a postura
Controle motor reflexo- manutenção da postura e do 
tônus muscular
 Reflexo do Órgão Tendinoso de Golgi (estiramento): localizado nas fibras de colágeno do tendão.
 A contração do músculo esquelético estira o tendão (excita o órgão tendinoso); as fibras aferentes 
do órgão inibem os neurônios motores alfa que inervam o músculo envolvido e excitam o 
músculo antagonista. 
 Este reflexo opõe-se a contrações prolongadas e fortes da musculatura esquelética (proteção)
Controle motor reflexo- manutençãoda postura e do 
tônus muscular
 Choque espinhal : ocorre imediatamente após transecção completa da medula espinhal
 Caudal à lesão, há paralisia flácida, atonia e completa perda de reflexos (arreflexia). Há 
também atonia da bexiga e do reto com retenção de urina e fezes. No cão, em poucas horas 
há uma recuperação desses reflexos. Quanto menos evoluído o animal, mais rápida é a 
recuperação.
 Fenômeno de Schiff Sherrington: ocorre no cão após transecção completa e brusca ou 
compressão da medula espinhal na região toracolombar (ex: atropelamento)
 Imediatamente após a lesão, ocorre uma completa paralisia flácida e arreflexia caudal à 
lesão, o que se assemelha ao choque espinhal. Entretanto, há uma severa e duradoura 
hipertonia dos membros torácicos com rigidez extensora, que desaparece em duas semanas.
 Clinicamente, o envolvimento dos membros torácicos podem levar o foco para a região 
cervical como local da lesão.
 Acredita-se que esse fenômeno seja causado pela interrupção das fibras que originam do 
corno ventral da região lombar da medula espinhal, ascendem pelo fascículo próprio da 
medula e inibem os neurônios alfa extensores na intumescência da região cervical da 
medula espinhal.
Controle motor reflexo- manutenção da postura e do 
tônus muscular
Rigidez da descerebração
Teoria: centros superiores do cérebro
(núcleos da base) exercem influência
inibitória nos sistemas reticuloespinhal
e vestíbuloespinhal; perda da inibição
resulta na liberação desses sistemas
Consequência: aumentam tônus 
extensor dos músculos nos membros e 
pescoço
Transecção mesocolicular – transecção de todas as vias descendentes com tônus 
extensor exagerado (rigidez) do tronco e membros; animal não consegue andar ; 
quando cai, não levanta
Obs: sistemas pontino e vestibulo-
espinhal aumentam tônus
extensor
Controle motor rítmico
 Marcha: método de locomoção utilizando quatro membros 
alternadamente para proporcionar apoio e propulsão, com pelo menos 
um membro em contato com o solo a todo momento
 Ciclo da locomoção depende de duas fases: (a) Oscilação= mão/pé fora 
do chão e oscilando para frente; (b) Postura= mão/pé em contato com o 
solo e a perna está em movimento para trás
 Fase de oscilação = músculos flexores
 Fase de postura = músculos extensores
 Marcha do gato na esteira ilustra esse padrão
 Padrão ritmico da marcha depende de grupos
de interneurônios espinhais
Controle motor rítmico
 Marcha do gato na esteira ilustra esse 
padrão
 Padrão ritmico da marcha depende de 
grupos de interneurônios espinhais que 
atuam como gerador de padrões centrais 
localizados na região toracolombar da 
medula espinhal
Este gerador de padrões centrais induz 
contrações e relaxamentos ritmicos e 
repetitivos dos músculos flexores e extensores
Os estímulos motores descendentes do córtex 
cerebral podem iniciar, modificar ou terminar 
a atividade motora
O mesencéfalo também inicia atividade 
motora; quando estimulado eletricamente o 
gato caminha na esteira rolante. 
O mesencéfalo age na formação reticular do 
bulbo que atua no gerador de padrões centrais 
da medula espinhal
Destruição do trato reticuloespinhal bulbar 
bloqueia o efeito locomotor do mesencéfalo
O padrão ritmico básico do gerador de 
padrões centrais da medula independe de 
centros superiores; estes apenas 
modulam os geradores padrões
Reflexo de ajuste no ar 
(air-righting reflex)
ESQUEMA DE INICIAÇÃO DE MOVIMENTOS - RESUMO
Estática e dinâmica do sistema locomotor
 Estática = princípios de construção 
 Dinâmica = movimentos (locomoção)
 Comparação do corpo animal com uma ponte: animal é 
mais do que uma máquina
 Corpo sólido obedece leis da física
 Tipo de locomoção é de suma importância na construção 
do aparelho locomotor; a estática é determinada pelo 
princípio da dinâmica, que é em parte responsável pelas 
inúmeras diferenças entre espécies no sistema locomotor
 1ª pergunta de importância estática: qual é a posição 
do centro de gravidade do corpo em repouso
Considerando o tronco:
face cranial do ombro até face 
caudal do túber isquiádico, 
centro está 42,8% do tronco 
caudal ao ombro ou 38 cm
caudal ao cotovelo 
Carnívoros e suínos : mais ou 
menos no mesmo local
Ruminantes e equinos
pesados: um pouco mais 
caudal
Cavalo – 55% peso 
no membro 
torácico
Cão – 2/3 do peso
Empurrar o 
animal para 
frente ou para o 
lado
Construção do tronco
 Comparação com ponte se aplica ao cavalo, porco, carnívoros ( exceto 
ruminantes, processos espinhosos lombares direcionados ligeiramente 
para trás)
 Slijper – “ponte arqueada” ou “ arco de corda”
Arco – parte inferior : sistema de pressão (discos e arcos intervertebrais)
Parte superior : sistema de tensão resistência (processos espinhosos, lig. interespinhoso, 
mm do dorso , lig. supraespinhoso
Arco e corda podem alterar
sua forma pela ação muscular 
Arco = Coluna vertebral torácica e lombar , pelve, músculos e ligamentos
Elasticidade = disco intervertebral, lig. Interespinhoso, supraespinhoso, flavo (amarelo), 
nucal, tonicidade dos mm. longos e curtos do dorso
Esterno, linha alba e mm abdominais (pp. reto abdominal) 
Corda que estica o arco
Arco 
Superextensão na região lombar não ocorre devido ao ligamento 
longitudinal ventral
Corda 
Região torácica – mais rígida
Região abdominal – distensível e contrátil 
Construção do tronco
Adições nas extremidades anterior e posterior da ponte = vigas 
equalizam o impulso centrífugo do setor inferior durante a 
locomoção e auxiliam no equilíbrio
Viga anterior = cabeça e pescoço
Viga posterior = sacro e cauda
Construção do tronco
Viga anterior = maior (peso do membro 
torácico maior e movimento é para frente) e 
fixada ao tronco; móvel
Viga posterior = firme e menor
Sacro tem conexão móvel com última lombar 
mas imóvel com a pelve; suspenso pelo firme 
lig sacroilíaco dorsal e lig sacrotuberal largo
Viga posterior é duramente
Impulsionada contra o arco.
Consequência desta junção
firme com o sacro e pelve =
Quando arco é curvado 
dorsalmente, toda a garupa 
segue com um movimento
para frente e para baixo, 
permitindo um maior alcance
para a frente (no galope)
Construção do tronco Coluna vertebral e pescoço suspensos na viga 
anterior e mais móveis.
Erguendo ou abaixando a viga anterior, o centro de
gravidade pode ser deslocado, alterando o
equilíbrio
No movimento acelerado para frente, as forças 
que atuam na viga anterior são compensadas pelo
abaixamento da cabeça e da tensão do mm
do pescoço
Animais com pescoço longo:
cavalo e ruminantes – lig
nucal
Cães (pouco desenvolvido), 
Gatos e porco – ausentes –
músculos
Construção dos membros
 Membro torácico – suporta maior peso mas tem menos musculatura; 
mais vertical
 Membro pélvico – articulações mais anguladas; maior massa muscular 
(58,5% no cavalo) dos membros
 Membro torácico – sinsarcose (movimento mais livre)
 Estrutura suspensora mais importante no membro torácico é o mm serrátil
ventral.
 Estruturas do mecanismo passivo do membro torácico e membro pélvico
 Fixação no membro pélvico : tendões e ligamentos
 Certos princípios básicos de construção estática são semelhantes mas 
existem algumas diferenças entre espécies
 Bovino vs Equino (2 vs 1 dedo); ligamentos mais fortes no equino
 Peso relativo e absoluto de carnívoros é menor – menos peso para carregar
 Tronco de carnívoros – mais leve e móvel; número maior de vértebras 
lombares
Construção dos membros
 Membro pélvico: quando todas as articulações estão estendidas, 
associado ao membro sendo impulsionado contra o solo,o tronco é 
lançado para frente no seu centro de gravidade, razão pela qual a 
musculatura extensora é bemdesenvolvida no membro pélvico
 Músculos importantes na propulsão: glúteos (estendem quadril); 
quadríceps femoral (estende o joelho), tríceps sural (estende o tarso), e 
flexores digitais superficial e profundo ( empurram a sola contra o solo)
 Musculatura posterior : bíceps femoral, semitendíneo e 
semimembranáceo auxiliam o inicio do movimento (puxam o joelho 
para trás e através do tendão calcanear comum) estendem o quadril e o 
tarso
Estruturas ligamentosas e tendíneas predominam
Centro de gravidade: 9 espaço
intercostal
Estruturas musculares predominam
Dinâmica 
Fase de levantar (lifting) o membro 
do solo, toda a perna é encurtada pela 
flexão das articulações. 
MM envolvidos: 1. flexores do quadril 
(tensor da fascia lata, iliopsoas; glúteo 
superficial) 2. flexores do joelho (mm 
das nádegas)3. flexores do tarso (tibial 
cranial,fibular terceiro), 4. flexor digital 
superficial e profundo
Fase de balanço (swinging), tensor da 
fascia lata e sartório empurram a coxa e 
joelho cranialmente.
Sartório, pectíneo e grácil asseguram o 
avanço do membro paralelo ao plano 
mediano. Isto é importante porque 
nessa fase, há uma tendência do joelho 
supinar pela ação do iliopsoas, gêmeos, 
quadrado femoral, obturadores.
Dinâmica Ao final da fase de balanço 
(swinging), o membro está preparado 
para tocar o solo (fase de suporte) 
através da lenta extensão das 
articulações.
Inicialmente, articulações digitais são 
estendidas pelos mm extensores digitais 
lateral e longo, seguido pela extensão 
progressiva do joelho e tarso 
(quadríceps e tríceps sural). Todo o 
membro é gradualmente estirado e 
trazido para mais próximo do solo. O 
extensor digital longo assegura o 
contato de toda a sola do pé com o 
chão.
Nessa fase de suporte, o membro 
suporta a carga tensionando todos os 
extensores
Fase de impulso (thrusting), pé é 
colocado no chão e a sola é empurrado 
contra o solo pela contração dos flexores 
digitais
Dinâmica dos movimentos
Empinar (levantar) os membros pélvicos e escoicear envolvem os 
mm extensores longos do dorso, pp o sistema do longíssimo, da 
garupa e das nádegas
Caso clínico
História: Exame de cadela boxer de 11 anos de idade. Vacinas em ordem. Cadela teve 
adenocarcinoma de mama, removido seis meses antes do exame. Proprietário relata que nos 
ultimos dias , o animal ficou progressivamente mais fraco nos membros torácicos e pélvicos
esquerdos , e que , ocasionalmente, parava com a mão dianteira esquerda virada para cima.
No dia anterior à consulta, tinha apresentado uma convulsão
 Exame Clínico: alterações senis rotineiras e resultados da cirurgia de mama. Cadela 
sonolenta e com fraqueza nos membros torácicos e pélvicos esquerdos. Apresentava 
déficit da resposta de propriocepção consciente nos membros torácicos e pélvicos 
esquerdos. Radiografia do tórax revelou lesões neoplásicas, metastáticas nos pulmões.
 Comentário: Testa-se propriocepção consciente: vira-se a mão/pé do animal com a parte 
inferior para cima. Resposta requer: - função normal de receptores da pele e articulações 
– integridade dos nervos periféricos do membro testado – integridade dos 
tratos ascendentes sensitivos em direção ao cérebro; cruzam para o lado oposto no tronco 
encefálico e terminam no córtex contralateral – Após tomar consciência que mão/pé está 
em posição incomum, trato corticoespinhal desencadeia resposta para os músculos da 
mão/pé afetados e há o retorno à posição normal
Dúvida: déficit na propriocepção pode estar na medula espinhal (cervical) ou no córtex 
motor direito.
- Cadela apresentou convulsões, indicativo de lesão cerebral
- Cérebro é local comum de metástase
Caso clínico
Caso clínico

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