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TEMA
As ideias de participação e controle social estão intimamente relacionadas: por meio da participação na gestão pública, os cidadãos podem intervir na tomada da decisão administrativa, orientando a Administração para que esta adote medidas que realmente atendam ao interesse público e, ao mesmo tempo, podem exercer controle sobre a ação do Estado, exigindo que o gestor público preste contas de sua atuação. 
A participação contínua da sociedade na gestão pública é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988, permitindo que os cidadãos não só participem da formulação das políticas públicas, mas, também, fiscalizem de forma permanente a aplicação dos recursos públicos. 
Com base neste texto, após a Constituição Federal de 1988, qual o tipo de participação popular que o Estado democrático e de direito reconhece como necessário?
Após um longo período, em nosso país, marcado pelo cerceamento dos direitos políticos e civis, despontou a oportunidade para que a sociedade tivesse voz para reclamar os seus direitos sociais por meio da nova constituição. 
Já em sua concepção a Carta Magna de 1988, conhecida como “constituição cidadã”, coloca o Brasil como um Estado Democrático de Direito, estabelecendo uma nova ordem política e jurídica no país, através da participação social direta da população
O artigo 204 da Carta Magna ratifica a participação da sociedade civil na efetivação, participação, formulação, execução dos programas e controle das ações em todos os níveis.
A Lei Orgânica de Assistência Social propõe um conjunto integrado de ações e iniciativas do governo e da sociedade civil para garantir proteção social para quem dela necessitar. 47 A gravidade dos problemas sociais brasileiros exige que o Estado assuma a primazia da responsabilidade em cada esfera de governo na condução da política. Por outro lado, a sociedade civil participa como parceira, de forma complementar na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de Assistência Social. Possui, ainda, o papel de exercer o controle social sobre a mesma.
No âmbito desta relação conflituosa, surgem movimentos que se contradizem com as propostas do Estado e lutam por equidade. Citamos como exemplo, o Movimento de Reforma Sanitária, cuja mobilização era em torno da saúde como um direito de todos. 
A Constituição de 1988 destaca, entre seus princípios fundamentais, a participação popular na gestão pública, em seu artigo 1°, parágrafo único, expressa-se o princípio da soberania popular “todo poder emana do povo” que exerce “diretamente” ou por meio de seus representantes, na forma estabelecida pela constituição.
Segundo José Afonso da Silva (1998, p. 141-2): 
É no regime da democracia representativa que se desenvolvem a cidadania e as questões da representatividade, que tende a fortalecer-se no regime da democracia participativa. A Constituição combina representação e participação direta, tendendo, pois, para a democracia participativa. É o que, desde o parágrafo único, do art. 1º, já está configurado, quando, aí, se diz que todo o poder emana do povo, que exerce por meio de representantes eleitos (democracia representativa) ou diretamente (democracia participativa). Consagram-se, nesse dispositivo, os princípios fundamentais da ordem democrática adotada.
O Estado Democrático de Direito tem como objetivo garantir que os direitos civis e sociais sejam respeitados, sendo regido por meio de leis, às quais todos são submetidos 
A forma direta, através do sufrágio universal, pode se dar pelo plebiscito, referendo e iniciativa popular. 
Nos plebiscitos, os eleitores devem opinar sobre a questão discutida, e assim fazer valer a opinião popular na elaboração da lei a respeito, já nos referendos, o povo dá seu parecer favorável ou contra, sobre uma lei já elaborada pelo Congresso.
Quanto à iniciativa popular, a população pode apresentar projetos de lei ao Congresso Nacional, contanto que contenham assinaturas no mínimo de 1% da população eleitoral, em pelo menos 5 estados brasileiros.
Conforme o Sistema Único de Assistência Social - SUAS, será nas dimensões das Conferências / Conselhos e outros foros cuja firmeza agregará toda ação, que se efetuará a participação e controle social via sociedade civil.
Os Conselhos foram criados a partir de Nossa Lei Maior em 1988, para organizar as ações das Políticas Públicas e seu gerenciamento financeiro. São fiscalizadores e deliberativos e caminham em harmonia com as sugestões citadas nas Conferências, pois esta circula no âmbito dos espaços assistenciais para averiguar a qualidade do serviço prestado, atuando para normatizar, acompanhar, fiscalizar, disciplinar e avaliar as estruturas envolvidas na rede socioassistencial, corroborando cada vez mais a relação municípios e usuários.
O CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social, afirma o quão é importante a organização dos instrumentos de participação, pois é o Conselho Paritário que representa a população, suas necessidades e atribuições.
A participação popular foi efetivada na LOAS (artigo 5º, inciso II), ao lado de duas outras diretrizes, a descentralização político-administrativa para Estados, Distrito Federal e Municípios, o comando único em cada esfera de governo (artigo 5º, inciso I), e a primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo (artigo 5º, inciso III)). O controle social tem sua concepção advinda da Constituição Federal de 1988.
Mas tais inovações podem não surtir o efeito desejado, caso a sociedade não tenha o conhecimento de seus direitos, dessa forma, para se construir uma sociedade verdadeiramente democrática, o primeiro passo seria possibilitar aos cidadãos o acesso a informação.
Vemos atualmente, a forma representativa da democracia brasileira em crise, causando cada vez mais, a necessidade de uma cidadania plena, da participação ativa do povo para que os direitos sejam realmente garantidos.
Considerações finais
A participação popular nos foi assegurada pela Constituição Federal, permitindo não só nossa participação, mas também permite-nos atuar como agentes fiscalizadores, exigindo que o gestor preste conta de suas ações. 
Desta forma, não se detêm apenas a escolher seu representante de quatro em quatro anos, mas nos permite acompanhar de perto, propondo, fiscalizando e avaliando as tomadas de decisões administrativas.
Temos diversos espaços de participação política, através de diversos mecanismos populares, tais como: conferências, plebiscito, referendo, o voto livre e direto. A própria constituição teve em sua criação, a participação popular, que ao apresentar um manifesto com mais de quatrocentos mil assinaturas, reivindicando maior participação popular, teve o aceite da Assembleia Constituinte. O próprio SUS, foi também uma solicitação da população e mesmo com as falhas que existem, entre sua concepção e o método como atua hoje, ainda é um modelo para outros países, no que concerne à saúde pública.
É de fundamental importância (ainda que não seja um hábito da maioria), que cada cidadão assuma essa tarefa de participar da gestão pública. Um dos órgãos de controle da correta aplicação dos recursos federais, que são repassados para os estados, municípios e Distrito Federal, é a Controladoria-Geral da União (CGU), porém, devido à grande extensão territorial e dos muitos municípios, para que o controle de recursos se faça de maneira mais eficaz, a CGU conta com a participação dos cidadãos.
Somente com participação da sociedade, o controle dos gastos do Governo Federal em todo Brasil, se tornará mais eficiente, e assim, garantirá a correta aplicação dos recursos públicos, assim quem sabe poderemos um dia construir uma sociedade verdadeiramente democrática e igualitária em termos sociais e políticos.
Mas tais inovações podem não surtir o efeito desejado, caso a sociedade não tenha o conhecimento de seus direitos, dessa forma, para se construir uma sociedade verdadeiramente democrática, o primeiro passo seria possibilitar aos cidadãoso acesso a informação e consequentemente o entendimento de que sua participação vai muito além do voto.
Bibliografia:
FONTE: Portal Brasil, Entenda a diferença entre plebiscito, referendo e leis de iniciativa popular. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/governo/2014/11/entenda-a-diferenca-entre-plebiscito-referendo-e-leis-de-iniciativa-popular>. Acesso em: 20 mai. 2017.
AUAD, Denise. MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR NO BRASIL: PLEBISCITO, REFERENDO E INICIATIVA POPULAR. Disponível em:<http://gestaocompartilhada.pbh.gov.br/sites/gestaocompartilhada.pbh.gov.br/files/biblioteca/arquivos/mecanismos_de_participacao_popular_no_brasil.pdf>. Acesso em: 25 mai. 2017.
ROCHA, José Claudio. A participação popular na gestão pública no Brasil. Disponível em:<https://jus.com.br/artigos/19205/a-participacao-popular-na-gestao-publica-no-brasil>. Acesso em: 21 mai. 2017.
Fonte: Portal da Transparência - Governo Federal. Disponível em http://www.portaldatransparencia.gov.br/controleSocial/. Acesso em: 28. Mai. 2017.
Fonte: Wikipedia. Conselhos de políticas públicas. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselhos_de_pol%C3%ADticas_p%C3%BAblicas>. Acesso em: 27. Mai. 2017.
ROCHA, Enid. 20 ANOS DA CONSTITUIÇÃO CIDADÃ: AVALIAÇÃO E DESAFIO DA SEGURIDADE SOCIAL 131 A Constituição Cidadã e a institucionalização dos espaços de participação social: avanços e desafios. Disponível em: http://desafios2.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/participacao/outras_pesquisas/a%20constituio%20cidad%20e%20a%20institucionalizao%20dos%20espaos%20de%20participao%20social.pdf. Acesso em: 28. Mai. 2017.
SCUASSANTE,Priscyla Mathias. A participação popular, prevista na Constituição Federal de 1988, garante efetivamente a realização do Estado Democrático de Direito?. Disponível em: < http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6652>. Acesso em 26.Mai. 2017.
JR., Nelson Saule. A Participação dos Cidadãos no Controle da Administração Pública. Disponível em <http://www.polis.org.br/uploads/840/840.pdf>. Acesso em: 28. Mai. 2017.

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