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PETIÇÃO INICIAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO SEÇÃO 1 CIVIL

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AO JUÍZO DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DE VITÓRIA DA CONQUISTA- BA
GERALDO SILVA, brasileiro, xxxxxxx, xxxxxxxx, portador do documento de identidade RG: xxxxxxxxxxx e inscrito no CPF sob o nº xxxxxxxxxxx, endereço eletrônico xxxxxxxxxxxxxx, telefone xxxxxxxxxxx, residente e domiciliado a xxxxxxxxxxx, Vitória da Conquista – BA, vem através de seus advogados in fine assinados, a presença de V. Exa.,propor: 
AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C DEVOLUÇÃO DE QUANTIA PAGA
Em face de INÁCIO GUERRA, inscrito no CPF sob o nº xxxxxxxxxxxxx, domiciliado em xxxxxxxxxxx, Vitória da Conquista - BA, endereço eletrônico xxxxxxxxxxxxxx, telefone xxxxxxxxxxx, pelos fatos e fundamentos a seguir exposto:
PRELIMINARMENTE
Requer que as futuras intimações e publicações sejam expedidas exclusivamente a Dr. Eduardo Drumond Sena, OAB/RJ xxxxxxxx, com endereço profissional à Rua xxxxxxxxxx.
DOS FATOS
É profícuo enaltecer excelência, que durante toda a narrativa é chocante a discrepância moral e empática do réu, que menosprezou todos os argumentos e tentativas de acordo ora tentados pelo referido autor.
Ambos firmaram Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda de uma Máquina com a Requerida na data de 10/01/2017, sob o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
A forma de pagamento acordada entre as partes previu o seu cumprimento em:
SINAL: R$ 90.000,00 (noventa mil reais), pagos no ato da assinatura do contrato, a título de amortização a Inácio Guerra;
10/01/2018: 01 (uma) parcela no valor de R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais) no ato da entrega da máquina – parcela essa não paga;
	O autor, após grave crise econômica inédita pelo qual seu setor está passando, e alegando que se o negócio permanecesse vigente precisaria dispensar uma parcela significativa de sua mão de obra, sugeriu no dia 10/11/2017 que as partes assinassem um Distrato da Promessa de Compra e Venda, prevendo que Inácio devolvesse a quantia paga na amortização, sendo todo o diálogo registrado em troca de e-mails entre o autor e réu juntados como provas no referido processo, assim como o comprovante de depósito, feito pelo autor, fato é que o doravante réu não só recusou a celebração do distrato como reteve o valor referido.
Tal situação não pode ser aceita, eis que é abusiva em todos os aspectos.
Não obstante a intransigência do réu, o autor por diversas vezes buscou a conciliação extrajudicial, com a intenção de solucionar a contenda sem provocar este colendo foro. 
DO DIREITO
Em questão anterior ao mérito, faz-se mister esclarecer que, ao analisar a situação fática, chega-se à conclusão que a presente demanda é derivada de relação de consumo, em vista do disposto no art. 2º do Código de Defesa do Consumidor. A proteção do consumidor está respaldada na Constituição Federal, em seus artigos 5º, inciso XXXII e 170, inciso V.
O CDC reconhece, ainda, a vulnerabilidade técnica, fática e econômica do consumidor, por meio do disposto em seu artigo 4º. Já o art. 6º do mesmo Diploma, por sua vez, assegura a efetiva reparação de danos patrimoniais e morais (inciso VI) e a facilitação da defesa dos direitos do consumidor, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil (inciso VIII).
DA RESCISÃO DO CONTRATO
Cumpre-se ressaltar em um primeiro momento, que todo e qualquer negócio jurídico deverá ser norteado pelo princípio da boa-fé, bem como, interpretados através do mesmo, conforme expresso in verbis no Código Civil:
Art. 113 - “Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.”
Assim como, de maneira análoga e excepcionalmente importante como princípio basilar dos contratos, a boa fé contratual também prevista em lei no código civil sob a égide do art. 422:
“Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa fé.”
Logo, se demonstra imprescindível para exercer a autonomia do poder de contratar, a preservação da boa-fé entre o contratante e o contratado, conforme versa a respeito Paulo Nader, quando expõe que:
“A boa fé nos contratos significa, portanto, a honestidade e justiça nas condições gerais estabelecidas.” (2010, p.30).
 Há de se notar que na Teoria da Imprevisão sustenta-se a tese de que com a crise no setor do Autor a manutenção da Promessa de Compra e Venda se tornou demasiadamente onerosa, podendo inclusive gerar a dispensa de inúmeros trabalhadores. 
Assim, é direito do autor ter revistas cláusulas contratuais que se mostrem excessivamente desproporcionais e/ou tornem o pactum extremamente oneroso por fato superveniente.
No caso em tela, o Autor pretende a rescisão do contrato firmado com a parte Ré, diante dos fatos narrados acima, com devolução do valor pago na amortização.
A parte Ré ofende a legislação em vigor, já que não devolve a quantia paga mesmo sem sequer ter sido entregue a máquina em questão, sem a contrapartida necessária, e ainda, pasme, estamos diante de uma conduta de enriquecimento sem causa, conforme previsto no artigo 884 do Código Civil.
Saliente-se que os valores a ser restituídos deverão ser devidamente corrigidos monetariamente e acrescidos de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação.
DOS DANOS MATERIAIS 
O patrimônio do Autor foi diretamente afetado pela conduta da parte Ré, já que o setor do autor passa por grave crise e o dinheiro está retido, o que evidentemente caracterizou dano material ao Requerente, devendo este ser reparado, conforme dita o art. 5º, inciso V, de nossa Constituição Federal, em que “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”.
Maria Helena Diniz ensina que “o dano é um dos pressupostos da responsabilidade civil, contratual ou extracontratual, visto que não poderá haver ação de indenização sem a existência de um prejuízo. Só haverá responsabilidade civil se houver um dano a reparar, sendo imprescindível a prova real e concreta dessa lesão”.
Sendo assim, com base no ordenamento jurídico pátrio, bem como no entendimento pacificado na jurisprudência de nossos tribunais, é de rigor que este D. Juízo condene a Ré ao pagamento da multa e dos danos materiais sofridos pelo Autor, no ato do descumprimento do contrato firmado entre as partes.
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
A citação dos réus nos endereços constantes na parte inicial da presente peça vestibular, para contestarem a presente demanda, sob pena de revelia;
A total procedência da presente ação, rescindindo o contrato firmado entre o Autor e o Réu;
A condenação do Réu a devolução do valor pago no ato da celebração do contrato como forma de amortização, na importância de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), corrigidos e atualizados monetariamente, até a data do efetivo pagamento.
A condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, no valor de 20% do valor da causa.
A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015;
Requer que as futuras intimações e publicações sejam expedidas exclusivamente a Dr. Eduardo Drumond Sena, OAB/RJ xxxxxx, com endereço profissional à Rua xxxxxxxxxxxxx;
Por fim, dá-se a causa o valor de R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais).
Protesta o autor por todos os meios de prova em direito admitidos.
Termo em que,
Espera Deferimento.
Niterói, 13 de setembro de 2018.
Eduardo Drumond Sena
OAB/RJ XXXXXX

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