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7ºAula Alguns apontamentos sobre a história da literatura infantil Brasileira Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conhecer o contexto histórico em que nasce a literatura infantil no Brasil • compreender sobre a formação da literatura infantil brasileira • conhecer alguns autores importantes Conteúdo e Metod. do Ensino da Língua Port. e Lit. nos anos Iniciais do Ensino Fundamental 50 1 – Século XVIII 2 – Século XIX 3 – Séculos XX – Lobato, finalmente! 4 – Outros Autores Seções de estudo Após termos visto o panorama histórico até o século XVII, chegamos, então, ao século XVIII. 1 - Século XVIII – O Brasil depende de Portugal 2 - Século XIX – período de transição Nesse momento, o Brasil lia, ainda, o que Portugal imprimia. Em 1750, com a reforma feita pelo Marquês de Pombal, nomeado Primeiro Ministro de Portugal, abre a nação portuguesa para as ideias Iluministas que circulavam por toda a Europa, expulsa os jesuítas, até então responsáveis pela Educação, torna o Ensino obrigatório para todas as crianças. O incentivo às publicações é evidente: O livro dos meninos (1778), reedições e traduções das Fábulas de Esopo, Fedroe de La Fontaine, entre outras obras. As fábulas já chegaram ao Brasil adaptadas pelos irmãos Grimm. Os textos contemplam estrutura simples em que o enredo se desenvolve a partir de um só “nó”. Em todos os contos repetem-se os mesmos valores ideológicos e a mesma estrutura básica. A metamorfose é recurso muito utilizado (transformação de humanos em animais ou coisas e, em geral é a mulher que consegue desencantar!). O uso de talismãs, isto é, objetos mágicos, também é um recurso muito utilizado. O Destino é determinante em muitos desfechos, ainda que o personagem faça de tudo para que o final fosse outro. Há sempre um mistério a ser desvendado, algo proibido ou algum desafio que exige muito do personagem. Valoriza-se a palavra dada; há uma nítida separação entre o bem e o mal; a esperteza e a inteligência sempre vencem; os mais velhos é que têm o poder; os heróis vencem provas com seus dons excepcionais; a mulher tem sempre o papel de mediadora, mas pode aparecer com características positivas ou negativas (COELHO, 1991). No Brasil, especificamente, inicia-se uma fase de progressos econômicos, com a descoberta das jazidas de ouro, em Minas. Apenas na segunda metade do século XVIII é que se pode falar em uma literatura nacional nas arcádias mineiras. Quanto à Educação, explica Coelho (1991, p.133) que: Continuava a ser dirigida pelos jesuítas, seguindo as mesmas normas que se impuseram desde início do século XVI: um ensino dirigido exclusivamente para a catequese dos índios e para o recrutamento de novos clérigos. Tem- se notícia de que um ou outro rapaz branco “pobre, mas talentoso”, teria tido ingresso nas escolas. Após a expulsão dos jesuítas, o que aconteceu no Brasil não foi diferente do ocorrido em Portugal. Destruiu-se um sistema de ensino sem ter outro que o substituísse. Isso gerou um atraso de vários anos até que um novo sistema de ensino fosse organizado. Enquanto isso, as transmissões orais de histórias populares continuavam chegando às nossas terras, via colonos que vinham das terras lusitanas. Você deve estar se perguntando sobre o motivo de estudarmos essa parte histórica, não é mesmo? Não é difícil perceber que, quando conhecemos o contexto histórico em que os textos foram veiculados, compreendemos melhor o sentido deles e os recursos utilizados pelos autores. Compreendemos melhor, também, a literatura contemporânea, quando vislumbramos seus antecedentes. Com a mudança da corte portuguesa para o Brasil, mudanças no campo econômico, político e cultural ocorreram, mas a Educação continua a enfrentar desajustes por conta da expulsão dos jesuítas, assim como ocorreu em Portugal. Esse período entre séculos foi importante, pois foi quando ocorreram reformas no sistema escolar e “incorpora em sua área também a produção literária para crianças e jovens” (COELHO, 1991, p. 204). Na segunda metade do século XIX, algumas editoras são implantadas no Brasil, e os livros de leitura foram adotados nas escolas, sendo esses os primeiros livros que traduziam alguma preocupação com a realização de uma literatura infantil brasileira, “mostrando que os conceitos de literatura e educação andaram sempre essencialmente ligados”(COELHO, 1991, p. 206). Coelho (1991), aponta os seguintes valores ideológicos presentes, tanto nas primeiras obras brasileiras quanto nas criações posteriores. NACIONALISMO Preocupação com a língua portuguesa falada no Brasil e com o incentivo ao entusiasmo e dedicação à pátria; culto das origens e amor pela terra; idealização da vida do campo em oposição à urbana. INTELECTUALISMO Valorização do estudo e do livro como meios de realização social; meios que permitem ascensão econômica através do Saber. TRADICIONALISMO CULTURAL Valorização dos grandes autores e das grandes obras literárias do passado, como modelos da cultura a ser assimilada. MORALISMO E RELIGIOSIDADE Exigência absoluta de retidão de caráter, honestidade, solidariedade, fraternidade, dentro dos preceitos cristãos. Vários livros foram publicados, alguns, seguindo os modelos europeus, outros, buscando adaptar-se à criança brasileira. O primeiro livro que teve uma tiragem grande e foi reeditado por mais de 20 anos foi O Livro do Povo, de Antônio Marques Rodrigues. Os Contos da Carochinha, de Figueiredo Pimentel, foi a primeira coletânea brasileira de Literatura infantil, com contos de Perrault, Grimm, Andersen e outros. Era uma vez e Cazuza são obras de Viriato Correia até hoje reeditadas. 51 3 - Século XX – Lobato, fi nalmente! Laura Sandroni, no texto “De Lobato à década de 70”, discorre sobre a produção literária desse grande escritor. Vamos ver o que diz a autora? Com a publicação de A menina do narizinho arrebitado, em 1921, José Bento Monteiro Lobato inaugura o que se convencionou chamar de fase literária da produção brasileira destinada a crianças e jovens. Como veremos, sua obra foi um salto qualitativo comparada aos autores que o precederam, já que é quase toda permeada do ânimo de debates temas políticos contemporâneos ou históricos, que problematiza de modo a ser compreendido por crianças e expressa em linguagem original e criativa, na qual sobressai a busca do coloquial brasileiro antecipatória do Modernismo (SANDRONI, 1998, p.12). Diante da importância de Monteiro Lobato para a compreensão da Literatura Infantil Brasileira, discutiremos, mais detalhadamente, as principais características desse escritor. Para Ligia Cadermatori Magalhães, Embora Narizinho arrebitado, a primeira história que veio a público, tenha surgido como “literatura escolar”, com o caráter de “segundo livro escolar para uso das escolas primárias”, o que sem dúvida, garantiu a distribuição do livro, o texto apresenta uma feição bastante distinta daquela que marca a narrativa didática e moralizante. O principal traço de ruptura consiste em que a história de Monteiro Lobato procura interessar a criança, captar sua atenção e diverti-la. É bastante conhecido seu ideal de livro: um lugar onde a criança possa morar. Para alcançá-lo, o Autor reconhecia a necessidade do gênero sofrer modifi cações e expressa essa intenção já na sua primeira obra. Introduzindo na trama personagens do conto infantil tradicional, como Dona Carochinha e Pequeno Polegar, o Autor denuncia o desgaste das velhas fórmulas. (MAGALHÃES, 1987, p.135 – 136). O sucesso de Lobato não aconteceu de uma hora para outra. Foi um processo e nem sempre o que produziu agradou o público ou era de boa qualidade. Tinha como preocupação valorizar o elemento nacional,desde a língua falada no Brasil até os temas escolhidos. Publica, em 1920, A menina do narizinho arrebitado e, devido ao sucesso, lança, no ano seguinte, Narizinho arrebitado – 2º livro de leitura , com uma tiragem de mais de 50.000 exemplares e todos vendidos ao governo de São Paulo, para distribuição nas Escolas Públicas. As obras de Lobato são traduzidas e logo chegam ao exterior. Mais adiante, em 52, O sítio do Pica-pau amarelo chega à TV. Coelho compara o que era apresentado, naquela época, com o que vemos hoje e tece severa crítica ao Sítio apresentado pela TV Globo-RJ: “o que antes era essencialidade ou fidelidade à criação de Lobato, transforma-se agora em puro espetáculo de exterioridades: cores, falas, músicas, movimentação, basicamente dirigidas aos olhos e raramente atingindo o espírito ou a mente das crianças” (1991, p.229). Cabe, aqui, uma reflexão a partir das palavras de Coelho. Embora O Sítio do pica-pau amarelo não passe mais na TV, hoje, ainda, vemos muitas encenações sobre esse tema. Vemos, em muitas salas de aula, quando o professor trabalha um trecho do Sítio, logo aproveita a oportunidade para representar, animar, caracterizar as personagens, preocupando-se com o visual e com a música, deixando de lado o texto e reafirmando a ideia da autora acima mencionada: privilegiando os olhos em detrimento da mente das crianças, perdendo a oportunidade da reflexão e da análise crítica. Isso não ocorre apenas com os textos de Lobato, mas vem tornando-se regra geral. Diante da dificuldade que muitos professores enfrentam para trabalhar textos literários, acabam apelando para apresentações que, não são de todo condenáveis, mas não podem pretender substituir o trabalho com o texto. Lobato foi ousado ao traduzir e adaptar histórias como O gato Félix, D. Quixote para crianças, O irmão de Pinóquio, As cavalarias de Augias e outras. Por meio desses textos, permitiu que as crianças conhecessem textos clássicos e, também, questionar os valores e a moral contida nos textos originais, questionando-os e renovando-os ( COELHO, 1991). Esse questionamento não se limitou aos contos adaptados por ele, mas tornou-se uma prática que traduzia seu modo de pensar e de se posicionar em seus textos. As consequências não foram positivas, pois estava em plena “era getuliana”, época de intensa repressão, o que lhe valeu o enquadramento como comunista e subversivo. Vamos, então, conhecer a visão de outra estudiosa da Literatura Infantil, além de Coelho, que temos visto com mais frequência. Trata-se de Lígia Cadermatori Magalhães, que resume as principais características lobatianas, tanto no que se refere à forma, quanto no que diz respeito ao conteúdo. As peculiaridades do conceito e da criação de literatura infantil de Monteiro Lobato o particularizaram tanto em relação ao que, até então, circulava como história destinada à criança, que permitem falar em uma nova estética da literatura infantil. A renovação dos moldes tradicionais é feita por Lobato em dois planos: o da retórica, entendendo-se por isso as soluções comunicativas no plano linguístico; e o da ideologia, entendida na ampla acepção de conjunto de ideias que dão conformação ao texto. No plano retórico, observa-se o cuidado em despir a língua de qualquer rebuscamento que pretende, apenas, o efeito literário; em lugar do ornamento verbal, ganha a primazia a linguagem afetiva, e a elegância da frase literária é relegada pela espontaneidade do estilo infantil. A sintaxe se aproxima das construções do discurso oral, conferindo ao texto um tom de coloquialidade. O vocabulário acolhe expressões de linguagem popular com a mesma naturalidade com que apresenta neologismos: as primeiras servem à criação de um fabulário nosso, contribuem para o contexto cultural que se quer afi rmar; as expressões criadas ao sabor das provocações do momento se assemelham à espontaneidade infantil, insubmissa à infl exividade da norma, porque privilegiam a afetividade da mensagem. Expressões populares e informais, como “mangando”, “gangenta”, “cocoroca”, Conteúdo e Metod. do Ensino da Língua Port. e Lit. nos anos Iniciais do Ensino Fundamental 52 4 - Outros Autores “serelepe”, surgem ao lado de construções como “borboletograma”, “caranguejando”, “camaronando”, “macelar”. As onomatopeias são também um recurso bastante representativo da descontração linguística do texto e da expressividade que o anima. Muito frequente na obra de Lobato, o recurso onomatopaico é exercido com o máximo de graça e comunicabilidade no fragmento seguinte: Justamente naquela semana as jaboticabas tinham chegado “no ponto” e a menina não fazia outra coisa senão chupar jaboticaba. ( ... ) Escolhia as mais bonitas, punha-as entre os dentes e tloe! E depois do tloe, uma engulidinha de caldo e pluf! - caroço fora. E tloc, pluf tloc, pluf, lá passava o dia inteiro na árvore. ( ... ) Assim que via Narizinho trepar à árvore, Rabicó vinha correndo postar- se em baixo à espera dos caroços. Cada vez que soava lá em cima um tloc! seguido de um pluf! ouvia-se cá embaixo 11m nhoe! do leitão abocanhando qualquer coisa. E a música da jaboticabeira era assim: tloe! pluf!-nhoe! - tloe! pluf! nhoe! (p. 34). Não apenas pela naturalidade das frases e pela espirituosidade da nomeação, Lobato capta o leitor para o seu mundo fi ccional; o estímulo a ver a realidade por conceitos próprios, incitando o senso crítico ele um leitor que, tradicionalmente, é chamado para aceitar e propagar verdades prontas, constitui-se em elemento de relevante atrativo para a criança. O conjunto da obra de Monteiro Lobato apresenta problemas sociais, políticos, econômicos e culturais que, através das especulações e discussões das personagens, são vistos criticamente. Causa de assombro aos conservadores foi a honestidade com que o Autor trouxe à tona, em livros como Geografi a de Dona Benta 3, problemas incompatíveis com o ufanismo nacional e a “patriotada” política: - E aquela fumaceira que estou vendo lá, vovó? . Dona Benta suspirou. - É a queima do café, minha fi lha. - Queima do café? Será que estão torrando café para exportá-lo em pó? - Estão queimando-o, destruindo-o porque acham que há café demais. A idéia é que se queimarem uma parte do café produzido, a parte restante alcançará melhor preço. - É certo isso? - Não minha fi lha, isso é o que em bom português se chama “imbecilidade econômica” (p. 53). O Ceará tem sido uma das maiores vítimas dessas secas, que duram às vezes um ano ou mais. ( ... ) - Mas por que não corrigem isso? Por que não fazem poços artesianos, ou não plantam árvores nessas caatingas, ou não constroem canalizações como aquela que a senhora nos mostrou nos Estados Unidos para irrigar as terras secas da Califórnia? Dona Benta mastigou antes de responder. Por fi m disse: Não sabemos resolver nossos problemas, Pedrinho, essa é que é a verdade (p. 69-70). A visão crítica da brasilidade faz parte do compromisso com a verdade assumida perante o leitor. Atraído pelas ações e pe1as personagens, o leitor é levado ao conhecimento de situações ignoradas e provocado a uma postura crítica diante delas. Nisso consiste o nacionalismo do autor: apontar os erros para que seja possível uma correção:. A verdade e a liberdade são enfatizadas insistentemente ao longo da obra, e o sítio, pequena propriedade rural, é o lugar onde esses valores podem ser exercitados. A valorização da verdade e da liberdade trouxe consigo o estabelecimento de uma nova moral, distinta daquela que caracteriza os contos clássicos. O maniqueísmo da moral absoluta é relativizado por esses valores; a circunstância é determinante, não há padrões preestabelecidos quando a interpretação é um exercício livre. A conciliação dessas perspectivas ideológicascom o ludismo da obra é feita sem difi culdades por Monteiro Lobato, denunciando a falsidade da alternativa fantasia ou realidade. O maravilhoso, antes de ser a antítese do real, é uma forma de interpretá-lo no nível do leitor infantil. A partir de Lobato, surge, no Brasil, uma série de narrativas em que o ambiente rural é uma constante, embora a reprodução do espaço não tenha sido sufi ciente para recriar o ambiente do sítio de Dona Benta, caracterizado pela interação cultural com diferentes lugares, em diferentes tempos, transcendido, sempre, o seu caráter regional. (MAGALHÃES, Ligia Cadermatori. “Literatura Infantil Brasileira em formação”. In: ZILBERMAN, Regina; MAGALHÃES, Ligia Cadermatori. Literatura Infantil: autoritarismo e emancipação. São Paulo: Ática, 1987, p.139-140) . O que vocês acharam do texto? A partir da leitura do fragmento acima e das informações anteriores podemos ter uma ideia da importância de Monteiro Lobato para a ruptura com os modelos tradicionais de Literatura Infantil (quase sempre importados) e, ao mesmo tempo, da importância na/para da Literatura Infantil genuinamente brasileira. Outros autores, de suma importância, seguiram-se a Lobato. Vamos, aqui, mencionar alguns nomes, mas é impossível nos aprofundarmos em todos os que gostaríamos... Mas vocês podem e devem ampliar e aprofundar as pesquisas. ANA MARIA MACHADO é um ícone da Literatura Infantil contemporânea. O Gato do mato, para crianças a partir de 4 a 5 anos; O domador de monstros, para crianças a partir de 6/7 anos, Pimenta no cocuruto, para crianças a partir de 5 anos, são algumas das ótimas indicações para as contações de histórias. Não poderíamos deixar de dar uma atenção especial à famosa obra História meio ao contrário, ganhadora de vários prêmios, cuja leitura recomendamos. Vamos, então, nos dedicar a um breve comentário sobre essa obra. Primeiramente, vamos pensar no título. História meio ao contrário já indica uma transgressão ao que se vê, em termos de histórias infantis. O “felizes para sempre” é trazido para o início da história. Os acontecimentos são envoltos em 53 humor e ironia, a ponto de um rei não conhecer seu povo, ser prepotente, sequer conhecer o que se passa fora de seu castelo e dar mostras de pouca inteligência. O príncipe não vence o dragão e não casa com a Princesa; há, portanto, um afastamento da lógica tradicional. Junto à história principal, há várias outras pequenas histórias. RUTH ROCHA é autora de várias coleções e ganhadora de vários prêmios. A primavera da lagarta; Palavras, muitas palavras; O Reizinho mandão; O Rei que não sabia de nada; Sapo vira rei vira sapo e Marcelo, marmelo martelo são algumas das obras da autora. Nesta última, há três histórias bem divertidas: na primeira, Marcelo, que é muito curioso em relação ao nome das coisas, quer mudar o nome de tudo, “o que nos leva a descobrir que tudo pode ser alterado, desde que nos coloquemos numa posição diferente em relação às coisas” (COELHO, 1988, p.810). A autora trata da dificuldade que os adultos sentem para compreender a linguagem da criança. A segunda história, Terezinha e Gabriela, mostra duas meninas diferentes uma da outra, mas que tentam adotar comportamentos contrários, até que entendem que isso não da certo, pois cada pessoa tem sua personalidade. A terceira história, O dono da bola, mostra as consequências do egoísmo e faz com que o protagonista aprenda a conviver com os colegas. 1 - Século XVIII – O Brasil depende de Portugal Percebemos que a impressão de livros era feita em Portugal e que o Marquês de Pombal teve grande importância. Em Portugal, expulsa os jesuítas e torna o ensino obrigatório. No Brasil, a situação é a mesma em relação à expulsão dos jesuítas. No final do século XVIII é que se pode reconhecer uma literatura nacional. As fábulas são traduzidas e adaptadas 2 - Século XIX Destacamos a mudança da Corte portuguesa para o Brasil e isso gera alguns progressos. A expulsão dos jesuítas desorganiza o sistema escolar. Implantação de editoras no Brasil. Produzem livros de leitura para as escolas. A linha ideológica dessas obras está centrada no nacionalismo, intelectualismo, tradicionalismo, moralismo e religiosidade. 3 - Séculos XX – Lobato, finalmente! Verificamos que Lobato foi o responsável pela produção literária verdadeiramente infantil (A menina do narizinho Agora é com vocês! Pesquisem mais sobre outros autores e verão que há muitas possibilidades para que o trabalho em sala de aula seja desenvolvido por vocês com qualidade e criatividade! Retomando a aula Para fi nalizar, vamos pontuar alguns itens! arrebitado). Valoriza o nacionalismo e o português do Brasil. Apresenta uma visão crítica do País, o que lhe valeu o enquadramento como comunista. 4 - Outros Autores Vimos que há muitos autores importantes, mas nos dedicamos a orientar sobre o trabalho de Ana Maria Machado e Ruth Rocha, ambas ganhadoras de vários prêmios. A pesquisa, no entanto, deve continuar! COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas. São Paulo: Ática, 1991. LOPES, Eliane Marta Santos Teixeira; GOUVÊA, Maria Cristina Soares de. Lendo e escrevendo Lobato. São Paulo: Autêntica, 1999. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena assistir Atividades As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na ferramenta “Atividades”. Após respondê-las, envie-nas por meio do Portfólio- ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual. Em caso de dúvidas, utilize as ferramentas apropriadas para se comunicar com o professor.
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