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2018 1 DIREITO DO TRABALHO 1 AULA empregado rural Profa. MARIA CÉLIA FERREIRA DE REZENDE PLANO DE AULA TRABALHADOR RURAL SEDE NORMATIVA: Lei nº 5.889/73, Decreto nº 73.626/74, artigo 7º da Constituição Federal e em os artigos 76, 129, 442, 467, 487, 491, da CLT; Lei 605/49, OIT CONVENÇÃO 141; dl 5/93. 2 EMPREGADO RURAL PECUARIA AGRICULTURA /LAVOURA CONCEITO Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. : PRESSUPOSTOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO Pessoa física. Pessoalidade. Não eventualidade. Subordinação. Onerosidade. Propriedade rural ou prédio rústico. Atividade agroeconômica (rurícola), sem transformação do produto. . PROPRIEDADE RURAL OU PRÉDIO RÚSTICO. O imóvel Rural pela legislação agrária, consoante o art. 4º do Estatuto da Terra, atualizado, após a Constituição Federal de 1988, pelo coincidente inc. I do art. 4º da Lei nº 8.629/93, que o define como o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa se destinar à atividade agrária. Quanto o termo rústico inserido no conceito “mais em razão da tradição de nosso direito, que frequentemente se refere aos prédios rústicos quando se trata de imóveis rurais”. Vale registrar, que o imóvel rural pode existir “dentro do perímetro urbano dos municípios”, o que retira por vezes a sua rusticidade ATIVIDADE AGROECONÔMICA (RURÍCOLA), SEM TRANSFORMAÇÃO DO PRODUTO Consideram-se como atividade rural a exploração das atividades agrícolas, pecuárias, a extração e a exploração vegetal e animal, a exploração da apicultura, avicultura, suinocultura, sericicultura, piscicultura (pesca artesanal de captura do pescado in natura) e outras de pequenos animais; a transformação de produtos agrícolas ou pecuários, sem que sejam alteradas a composição e as características do produto in natura, realizada pelo próprio agricultor ou criador, com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas atividades rurais, utilizando-se exclusivamente matéria-prima produzida na área explorada, tais como: descasque de arroz, conserva de frutas, moagem de trigo e milho, pasteurização e o acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja, acondicionados em embalagem de apresentação, produção de carvão vegetal, produção de embriões de rebanho em geral (independentemente de sua destinação: comercial ou reprodução). Também é considerada atividade rural o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou industrialização (Lei nº 9.430/96, art. 59). OJ-SDI1-38 EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. EMPRESA DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA. (LEI Nº 5.889/73, ART. 10 E DECRETO Nº 73.626/74, ART. 2º, § 4º) (inserido dispositivo) – DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010 O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja atividade está diretamente ligada ao manuseio da terra e de matériaprima, é rurícola e não industriário, nos termos do Decreto n.º 73.626, de 12.02.1974, art. 2º, § 4º, pouco importando que o fruto de seu trabalho seja destinado à indústria. Assim, aplica-se a prescrição própria dos rurícolas aos direitos desses empregados. Histórico: OJ 315 – MOTORISTA RURAL – CANCELADA OJ 419.ENQUADRAMENTO. EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE EM EMPRESA AGROINDUSTRIAL. DEFINIÇÃO PELA ATIVIDADE PREPONDERANTE DA EMPRESA. CANCELADA. TRT 6ª REGIAO: EMENTA: VINCULO DE EMPREGATICIA RURAL GENITOR X FILHO: TRABALHO RURAL – CARACTERIZAÇÃO – PROPRIEDADGE DESTINADA À EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADE AGROECONÔMICA E NÃO À FINALIDADE RECREATIVA. Trabalhador rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou em prédio rústico, presta serviços de natureza não-eventual a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, sob a dependência deste e mediante salário (inteligência dos artigos 2º e 3º da Lei nº 5.889/73).. Tendo a propriedade em que se dava a prestação dos serviços grande quantidade de coqueiros e atuando o genitor da reclamada no ramo da comercialização de coco, tendo fazendas que igualmente produziam a fruta, não é razoável imaginar que o reclamante, na condição de responsável pelo local, não contribuísse para a exploração da referida atividade e para a obtenção dos ganhos decorrentes desta atividade, não obstante também lhe fosse cometida a obrigação de zelar pela casa localizada na propriedade da demandada, a qual não chegava a ter nem mesmo uma finalidade recreativa. Recurso a que se nega provimento Decreto 73.626/74, define: Consideram-se como exploração industrial em estabelecimento agrário, as atividades que compreendem o primeiro tratamento dos produtos agrários in natura sem transforma-los em sua natureza, tais como: Industrial rural: Feijao,arroz , milhos, descascamento, pasteurização, sem A) O beneficiamento, a primeira modificação e o preparo dos produtos agropecuários e hortigranjeiros e das matérias primas de origem animal ou vegetal para posterior venda ou industrialização II – o aproveitamento dos subprodutos oriundos das operações de preparo e modificação dos produtos in natura, referidos no item anterior; Par. 5, art. 2 do mencionado decreto: Para fins previstos no par. 3 , não será considerado indústria rural aquela que, operando a primeira transformação do produto, altere a sua natureza retirando-lhe a condição de matéria prima. Ex; Alambique. O que determina o tipo de empregado é a ativida preponderante. CONSORCIO DE EMPREGADORES RURAIS Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego Nº1.964, de 01/12/1999, publicada no DOU de 02/12/1999, DEFINIÇÃO: È a união de produtores rurais, pessoas físicas, com a finalidade única de contratar diretamente, empregados rurais, sendo concedido a um dos produtores poderes para contratar e administrar a mão de obra utilizada em suas propriedades no mesmo município ou municípios limítrofes, desde que o endereço seja da propriedade rural e não o do domicilio do proprietário. Objetivo: Regularizar a contratação da mão de obra e racionar custos no cumprimento da legislação trabalhista e previdenciária. FORMAÇÃO DE UM CONSÓRCIO E SEU RECONHECIMENTO LEGAL Pacto de Solidariedade entre si, deixando claro que todos os produtores rurais são responsáveis solidariamente pelo cumprimento das obrigações trabalhistas. CONSTITUIÇÃO DO CONSÓRCIO Deve ser escrito com a qualificação completa de todos os participantes, contendo, pelo menos, as seguintes informações: Nome Completo, Estado Civil, CPF, Documento De Identidade, Matricula Cadastro Especifico Do INSS-CEI (Individual), Inscrição No INCRA, Endereço Domiciliar E Endereço Da Propriedade Vinculada ao grupo, deverá ser registrado em Cartório de Título e Documento. Matricula única, chamada CEI coletiva, onde constará o nome do “RESPONSAVEL" (produtor eleito pelos demais participantes), seguido da expressão "e outros“, vedado o uso de nome-fantasia. DIREITOS E DEVERES DO PRODUTOR CONSORCIADO E DO EMPREGADO Os direitos e deveres de cada produtor integrante do "Consórcio de Empregadores Rurais" são idênticos aqueles ao do empregador individual e do empregado individual.
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