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Avaliação psicológica no contexto legal Julia Tavares; Larissa Tavares. A identidade do psicólogo forense A literatura estrangeira que fala sobre a avaliação psicológica no âmbito legal, diz que o psicólogo que atua nessa área, nomeia-se “Psicólogo Forense” Forense = forensis (no latim) Está relacionada à ideia de fórum* *Local na Roma Antiga onde os cidadãos resolviam disputas Ou seja O papel do psicólogo forense é simples e direto: auxiliar o sistema legal onde estas disputas ocorrem, disponibilizando informação psicológica com finalidade de facilitar uma decisão legal. Origem A Psicologia Forense, possivelmente surgiu no ano de 1911, no “Tribunal de Flandes”, localizado na Bélgica. Já a Psicologia Forense brasileira originou-se durante os anos 1930 com as atividades desenvolvidas pelo psicólogo polonês Waclaw Radecke (1887-1953), no Laboratório de Psicologia da “Colônia de Psicopatas de Engenho de Dentro”, no Rio de Janeiro. A profissão de psicólogo no Brasil, ocorreu apenas no ano de 1962. No decorrer da história, pode-se identificar a emissão de pareceres psicológicos, que foram demandados pelos Tribunais de Justiça, para auxiliar na solução de conflitos. Até determinado momento o foco estava em uma avaliação psicológica direcionada ao criminoso e seus atos ilegais. Atualmente valoriza-se as necessidades das vítimas tendo em vista sua subjetividade. O psicólogo poderá se valer de seus conhecimentos em psicologia clínica, psicologia cognitiva, psicologia do desenvolvimento, entre outras áreas, focalizando a proteção de direitos da vítima e não mais o agressor. O psicólogo deverá: Possuir conhecimento do sistema jurídico que irá atuar; Conhecer as jurisdições e instâncias; Legislação vigente; Normas estabelecidas quanto à sua atividade; Familiariza-se com a terminologia da área jurídica. Habilidades e competências do psicólogo forense na prática da avaliação psicológica Encontrar, ler e analisar determinantes legais (estatutos, leis, decretos etc.) que teriam relação com o pedido de avaliação que foi encaminhado; Capacidade na tradução dos pontos de interesse dos agentes jurídicos em relação às teorias, construtos e comportamentos que podem ser observados pelos psicólogos e que teriam relevância legal para a questão jurídica em discussão; Compreender o sistema legal para o qual esta prestando seu serviço, para que possa ajustar os seus achados e o modo de comunica-los em relação ao contexto de trabalho; Competência em métodos de avaliação da saúde mental no contexto forense; Conhecimento das características especiais das populações para as quais são solicitadas as avaliações forenses; Traduzir dados psicológicos em evidencias legais, respeitando-se os limites legais e éticos de fazê-lo; Conhecer os limites éticos de sua ação profissional, produzidos e relacionados à demanda legal.