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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE FÍSICA FIS224-LABORATÓRIO DE FÍSICA A REFLEXÃO E REFRAÇÃO DA LUZ 1. OBJETIVO Determinar as distâncias focais de um espelho côncavo e de uma lente convergente Obter o índice de refração do acrílico. 2. INTRODUÇÃO Um raio de luz incidente na superfície de interface de dois meios (1 e 2) pode dar origem a um raio refletido e outro refratado, ambos definindo, com o primeiro, um plano normal à interface, denominado plano de incidência. Define-se o ângulo de incidência 1, o ângulo de reflexão r e o ângulo de refração 2, respectivamente formados pelos raios incidente, refletido e refratado com a direção normal à interface. Verifica-se, experimentalmente, que 1 = r, denominada lei da reflexão. A relação entre 1 e 2 é denominada lei da refração de Snell-Descartes, expressa por: n1sen1 = n2sen2 , (1) sendo n1 e n2, os índices de refração dos meios 1 e 2, respectivamente. O índice de refração é a razão entre as velocidades de propagação da luz no vácuo (c) e no meio (v), ou seja, n = c/v. O ângulo será maior no meio que tiver menor índice de refração e vice-versa. Analisando a equação (1) pode-se prever que, se um raio de luz passar de um meio 1 mais refringente para outro meio 2 menos refringente (n1 > n2), o feixe se afastará da normal (1 < 2) (veja figura 1). Figura 1: Refração e reflexão de um raio de um em uma interface. Para ângulos de incidência superiores a um dado ângulo crítico não haverá mais a refração da luz, ocorrendo a reflexão interna total do feixe incidente, de volta para o meio mais refringente. O ângulo crítico θc é definido como o ângulo de incidência para o qual o ângulo refratado é de 90º. Substituindo na lei de Snell temos: 1 2 c o 2c1 n narcsen90sennsenn . (2) Como se nota das equações (1) e (2), uma observação atenta dos ângulos de incidência e de refração, ou a simples medição do ângulo crítico, pode levar à determinação experimental do índice de refração de um dos meios uma vez conhecido o índice do outro meio. Uma lente é um meio transparente limitado por duas superfícies curvas, embora uma das faces da lente possa ser plana. A luz incidente sobre uma lente sofre duas refrações ao atravessá-la. A distância focal de uma lente depende do índice de refração do meio e também dos raios de curvatura das faces. 1 1 Normal 2 Normal Raio incidente Raio refratado Ar (meio 2) Acrílico (meio 1) r Raio refletido Para lentes delgadas, ou seja, quando a espessura da lente for pequena comparada às distâncias envolvidas (distância do do objeto à lente, distância di da imagem à lente e distância focal f da lente) e os raios incidentes forem perpendiculares ao plano da lente, a equação dos pontos conjugados pode ser utilizada: io d 1 d 1 f 1 (3) A equação (3) também se aplica na formação da imagem de um objeto em espelhos esféricos. Traçando-se os raios seguindo as leis da reflexão e refração é possível descrever a formação de imagens reais e virtuais por espelhos (planos, côncavos e convexos) e lentes (divergentes e convergentes) empregados em instrumentos ópticos. 3. MATERIAL Lente convergente, espelho côncavo, laser, anteparo, semi-disco de acrílico, disco graduado em graus, bancada óptica, suportes variados. 4. PROCEDIMENTO a) Espelho esférico: 1) Fixe um espelho côncavo em um suporte apropriado e aponte-o para um objeto distante (para um prédio ou árvore, por exemplo, situado a algumas dezenas de metros) capturando a imagem deste objeto no anteparo. Com isto estime a distância focal desse espelho. fest = ( ± ) m. 2) Monte o suporte com o espelho e o anteparo na bancada óptica. 3) Usando como objeto um feixe de laser refletido por um pedaço de papel meça quatro combinações diferentes de do e di. do (m) od 1 (m-1) di (m) id 1 (m-1) Tabela 1: Valores medidos para o espelho. 4) Determine, graficamente, a distância focal do espelho. 5) Compare os valores obtidos nos itens 1) e 4). b) Refração e reflexão interna total: 1) Disponha o semi-disco de acrílico sobre o disco graduado em graus, de forma que a superfície plana do semi-disco coincida com o diâmetro do suporte e que os centros do semi-disco e do disco graduado coincidam. 2) Faça incidir a luz do laser perpendicularmente à face circular do semi-disco. Para isto é necessário nivelar o disco graduado e ajustar a altura do laser. O feixe do laser não é circular. Ajuste o laser no suporte de maneira que o feixe fique na vertical. 3) Para quatro valores diferentes do ângulo de incidência (diferentes do ângulo crítico), meça o ângulo de refração e determine o índice de refração médio do acrílico. 2 1 (graus) sen1 2 (graus) sen2 Tabela 3: Valores medidos para o acrílico. 4) Determine, graficamente, o índice de refração do acrílico. Considere que o índice de refração do ar é 1,0. 5) Faça três medidas do ângulo crítico c e calcule novamente o índice de refração do acrílico. c (graus) n Valor médio de n = ±= Tabela 4: Valores medidos para o ângulo crítico. 6) Compare os valores obtidos nos itens 4) e 5). 3
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