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Transmissão vertical do HIV Profª Jeanne Alencar Coordenação Nacional de DST e Aids Fatores Maternos: Estágio da Doença; Estado Nutricional; Resposta Imune; Vírus: Carga Viral, genótipo, fenótipo; Exposição do feto ao sangue e secreções; Amamentação: colostro, duração, presença de inflamação. Patogenia da Transmissão Vertical do HIV Fatores Obstétricos: Estágio do desenvolvimento placentário; Lesão de Barreira; Idade Gestacional; Resposta Imune e Genética Fetal; Integridade da pele e mucosas; Infecção pelo HIV na gestação Projeto Nascer-Maternidades Objetivos Diminuir a ocorrência de transmissão vertical do HIV. Reduzir a morbi-mortalidade associada à sífilis congênita. Melhorar a qualidade do atendimento ao parto. Estratégias: Capacitação de equipes multiprofissionais para: Acolhimento; Aconselhamento; Utilização dos testes rápidos; Manejo clínico de parturientes HIV positiva e criança exposta; Testagem e indicação terapêutica para sífilis e vigilância epidemioógica. Ações Desenvolvidas Aquisição e distribuição de ARV para estados e municípios; Ressarcimento do teste rápido anti-HIV, do Inibidor de lactação e TPHA (Portaria do MS: GM Nº 822 de 27/06/03); Repasse de recursos fundo a fundo para estados e municípios habilitados, para compra e disponibilização da fórmula infantil para todos as crianças expostas ao HIV, durante os 6 primeiros meses de vida (Anexo II da Portarias do MS: GM N•1.071 de 09/07/03). Diagnóstico Triagem: ELISA Confirmatório: Western Blot TESTE RÁPIDO Parturientes durante sua admissão na maternidade Acidente ocupacional no paciente-fonte Ministério da Saúde, 2007 Transmissão vertical do HIV Gestação – 35% Peri-parto – 65% Amamentação – 7 a 22% Situação no Brasil Transmissão vertical do HIV De um total de 95% de gestantes que fazem o pré-natal, somente 52% realizam o teste anti-HIV. Em populações sem escolaridade, este índice chega a 19%. Situação no Brasil Transmissão vertical do HIV No Brasil, a estimativa de gestantes HIV+ é de 13.472 ano (Prevalência de 0,47%). FLUXOGRAMA NA ADMISSÃO DA PARTURIENTE NA MATERNIDADE Fatores que interferem na TV do HIV Aleitamento carga viral terapia anti-retroviral via de parto infecções associadas (sífilis, hepatite C, etc) GESTAÇÃO TRABALHO DE PARTO 2 mg/kg na 1a hora e 1 mg/kg/h até clampear o cordão RN ATÉ 42 DIAS 2 mg/kg VO cada 6 hs ou 1,5 mg/kg EV cada 6 hs 500 mg/d VO até o parto Uso de AZT na prevenção da transmissão vertical do HIV-1, esquema Redução: 67% POSOLOGIA DO AZT EV NA PARTURIENTE(PACTG 076/Consenso MS-2001) Adminisrar AZT EV, desde o início do TP até clampeamento do cordão; Iniciar a infusão, em acesso venoso individualizado; Dose : 2 mg /Kg na primeira hora, seguida por infusão contínua com 1 mg /kg/ hora; Suspender o AZT EV após o clampeamento do cordão; Apresentação: - frasco-ampola de 200 mg com 20 ml ( concentração de 10 mg/ ml); O AZT deve ser diluído em soro glicosado a 5% e gotejado, conforme orientação. Posologia e Administração POSOLOGIA DO AZT INTRA-VENOSO NA PARTURIENTE (PACTG 076/Consenso MS-2001) OBSERVAÇÕES A concentração não deve exceder 4mg/ml Essa recomendação se refere a qualquer tipo de parto, incluindo cesárea eletiva, sendo que neste caso o AZT IV deve ser iniciado 3 horas antes da intervenção cirúrgica. AZT ORAL NA PARTURIENTE ESQUEMA ALTERNATIVO O Esquema alternativo é empregado em situações excepcionais de não disponibilidade do AZT injetável no momento do parto: Dose: 300 mg no início do TP e, a partir de então, 300 mg, a cada 3 horas, até o clampeamento do cordão. Fatores que interferem na TV do HIV VIA DE PARTO????? Cesárea eletiva Benefício potencial se CV > 1.000 Sem benefício comprovado se CV < 1.000 Saúde materna no parto afeta morbidade Equacionar risco/benefício para mãe-feto Via de parto e HIV Técnica Cauterizar vasos da parede na abertura; Trocar campos e luvas antes da histerotomia; Extração fetal com bolsa íntegra; Desinfecção do RN no campo cirúrgico e na recepção. CESÁREA HEMOSTÁTICA Imagens cedidas – Clínica Obstétrica HCFMUSP-SP ATENDIMENTO DURANTE O TP / PARTO VAGINAL Não realizar procedimentos invasivos; Evitar amniotomia e bolsa rota por mais de 4 horas; Evitar toques repetidos e conduzir o TP (uso do partograma); Realizar o clampeamento imediato do cordão, sem ordenha; Limpar delicadamente as vias aéreas do RN; Banho imediato + AZT oral; Não isolar a paciente e o RN (alojamento conjunto); Adotar as precauções-básicas e universais. PARTO NORMAL Reforçar as informações passadas pelo aconselhamento, enquanto a puérpera aguarda os testes confirmatórios; Garantir e ensinar o preparo da fórmula infantil; Assegurar suporte emocional e social; Garantir a inibição da lactação ; Aleitamento materno contra indicado Contra-indicar o aleitamento cruzado Assistência no puerpério Assistência no puerpério Orientar teste anti-HIV, do parceiro e de outros filhos Complementar orientações sobre prevenção das DST Orientar anticoncepcão Enfatizar riscos envolvidos em novas gestações, possibilitando o planejamento futuro do casal. Assegurar o encaminhamento para seguimento clínico Prever agendamento de retorno Incentivar e ressaltar a importância do acompanhamento clínico e ginecológico especializado, bem como da criança, até a definição final do seu status sorológico (reforço da adesão). Assistência no puerpério “PIOR DO QUE PERDER UMA CRIANÇA COM HIV É SABER QUE ISSO PODERIA SER EVITADO”. OBRIGADA! * * * * A figura representa a figura da gestante que está sujeita a poder ser portadora do HIV, ou seja, qualquer tipo, qualquer raça e qualquer classe social * * * * * * Fluxograma proposto para a parturiente. * Outro fator interferente é a TARV. * O protocolo 076 demonstrou que o uso do AZT durante toda a gestação ( acima de 14 semanas), parto e para o RN fazia a transmissão vertical despencar em 67% ( de 25% para cerca de 8%) * Comentar as doses do AZT no parto e enfatizar a retirada dele assim que o cordão umbilical for ligado. * Frisar a concentração máxima de 4 mg/ml e que, no caso de cesárea eletiva a medicação deve ser dada por 3 horas antes da cirurgia, a fim de ter alta biodisponibilidade para a criança. * Esquema alternativo, EXCEPCIONAL, por via oral caso não haja disponibilidade do AZTEV. * Outro fator comprovado que aumenta a chance de transmissão vertical é a via do parto. * Fluxograma proposto para a escolha da via de parto * A cesárea eletiva mostrou um benefício potencial para aqueles RN cujas mães tinham cargas virais acima de mil cópias/ml, segundo os dados do Comitê Americano de Obstetrícia e Ginecologia em 2000. Não houve benefício comprovado em CV<1000. Por esse estudo também se evidenciou que a saúde materna no parto afeta a morbidade da cesárea ( pacientes mais graves ou com doenças definidoras de AIDS teriam maiores complicações pós-operatórias). Daí a importância de se equacionar o risco e o benefício para cada gestante e criança. * Uma das técnicas de cesárea que se mostrou mais protetora foi a da cesárea hemostática , de Towers, que tem os tempos descritos no diapositivo. Embora a casuística do trabnalho seja pequena, não podemos deixar de lembrar que, teoricamente, o feto protegido pela bolsa não tem contato com sangue materno. * Passos da cesárea: OBSERVAÇÂO - a melhor tática para rotura da bolsa é na área occipital da criança, para que as membranas fiquem protegendo sempre a face (figura 3 mostra a rotura na região da face) * Normas para um parto vaginal bem conduzido. * * Medidas para o pós-parto, enfatizando que o aconselhamento é fundamental, que o rastreamento precisa ser complementado pelo teste confirmatório do HIV ( 2 ELISAS e 1 WB), que a lactação deve ser bloqueada de acordo com a avaliação do teste rápido reagente, facilidade da presença ou não do confirmatório, vulnerabilidade da mulher. * O aleitamento também tem diferentes fases para maior ou menor contaminação, e demonstrou-se que o colostro possui um alto poder de contaminação por apresentar grande quantidade do vírus; daí a contra-indicação formal nos países onde há políticas de intervenção para prevenção e saúde, como o Brasil. Já na África, a realidade social de pobreza e desnutrição e ausência de políticas de saúde efetivas fazem com que não exista contra-indicação formal para o aleitamento. * Orientações para busca dos contactantes, que será feita na referência, orientar as formas de prevenção enfatizando preservativo, abordar métodos para anticoncepção respeitando os direitos reprodutivos do casal. * Outras medidas a serem salientadas ainda na maternidade.
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