Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GERADOR DE VAN DE GRAAFF Santa Cruz, Rio de Janeiro. Setembro/2018 2 Relatório de Física referente à aula prática em laboratório, ministrada pelo professor Nelson sobre campo elétrico, distribuição de cargas e poder das pontas através de experimento com o gerador de Van de Graaff. 4º Período – Engenharia Elétrica Gabrielle Cristine Alves Barboza – Nº. Mat.:201702427943 Santa Cruz, setembro de 2018. 3 SUMÁRIO Sumário 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4 a) Objetivos ........................................................................................................................... 4 2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS: ........................................................................................ 11 2.1 – Procedimento I: Distribuição das Cargas Elétricas nos Corpos (Fita Metálica) ................ 11 2.2 – Procedimento II: O Poder das Pontas ............................................................................ 13 2.3 – Procedimento III: Linhas de força em um campo elétrico .............................................. 14 2.4 – Procedimento IV: Descarga em gases a alta pressão ..................................................... 15 3 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 20 4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................ 21 4 1 INTRODUÇÃO a) Objetivos Demonstração visual da existência das linhas de força através do campo elétrico gerado pela produção de uma tensão com um gerador de Van de Graaff, interpretando os efeitos do campo elétrico produzido pelo acúmulo de cargas em uma esfera oca metálica.·. b) Fundamentos teóricos Gerador de Van de Graaff Robert Van de Graaff (1901-1967), físico Americano, foi o criador do instrumento. Ele construiu o primeiro destes geradores que levou seu nome em 1931, com o propósito de produzir uma diferença de potencial muito alta (da ordem de 20 milhões de volts) para acelerar partículas carregadas que se chocavam contra blocos fixos. Os resultados das colisões nos informam das características dos núcleos do material que constituem o bloco. Figura 1: Robert J. Van de Graaff e uma das primeiras versões do Gerador Van de Graaff 5 O gerador de Van de Graaff é um gerador de corrente constante, enquanto que a bateria é um gerador de voltagem constante, o que varia é a intensidade dependendo de quais os aparelhos que são conectados. O Gerador Van de Graaff é uma máquina que utiliza uma Correia Móvel para acumular Tensão Eletrostática muito alta na cavidade de uma Esfera de Metal. O gerador eletrostático tipo Van de Graaff, tem capacidade para 200 kV, sua esfera tem 18 cm de diâmetro, é removível e dispõe de conexões para aterramento. A sustentação é construída em acrílico e possui articulação na ligação com a base, mede 45 cm de altura. A correia de borracha tem 6 cm de largura e se movimenta sobre 04 polias (19 mm de diâmetro), acionada por um motor elétrico de 1/8 de HP funcionando em 110 ou 220 V, conforme a sua rede local de energia e é munido de controle eletrônico da velocidade de rotação do motor. O conjunto está fixado em uma base metálica cujas dimensões são (40x30x2)cm. O conjunto é integrado por uma cuba de vidro, 7 eletrodos, 2 fixadores de eletrodos, 2 cabos de ligações e torniquete eletrostático. Figura 2: Gerador de Van de Graaff No gerador eletrostático, uma correia isolante recebe cargas superficiais que passam a ser transportadas a outro eletrodo, onde são removidas (como uma escada rolante transporta pessoas). Caracterizando-se assim uma corrente elétrica suficiente para gerar uma voltagem elevada por um curto período de tempo. O gerador eletrostático (Van de Graaff) pode ser entendido como uma esfera metálica isolada da terra que é permanentemente carregada Partes do Gerador: Esfera de alumínio polido Polias Conexão na esfera Escova superior Correia de borracha Escova metálica intermediária Polia de acrílico Conexão de fio terra (inferior) Escova metálica inferior 6 (positiva ou negativamente) através desta correia., Por sua vez, esta correia, é carregada pelo atrito entre a polia e a correia (como se alguém continuamente esfregasse um bastão de plástico em um pedaço de feltro e encostasse o bastão na correia). Em pequenos geradores como este, a diferença de potencial é da ordem de KV (Quilovolt), enquanto que nos grandes aceleradores ela pode ultrapassar 10 MV. Potencial elétrico – superfície equipotencial - é a propriedade com que um corpo energizado tem de conseguir realizar trabalho, ou seja, atrair ou repelir outras cargas elétricas. Com relação a um campo elétrico interessa-nos a capacidade de realizar trabalho, associada ao campo em si, independentemente do valor da carga q colocada num ponto desse campo. Para medir essa capacidade, utiliza-se a grandeza potencial elétrico. Para obter o potencial elétrico de um ponto, coloca-se nele uma carga de prova q e mede-se a energia potencial adquirida por ela. Essa energia potencial é proporcional ao valor de q. Portanto, o quociente entre a energia potencial e a carga é constante. Esse quociente chama-se potencial elétrico do ponto. Campo elétrico - linha de força - Um campo eléctrico é o campo de força provocada por cargas eléctricas (eletrons, protons ou ions) ou por um sistema de cargas. Cargas eléctricas num campo eléctrico estão sujeitas a uma força eléctrica. A fórmula do campo eléctrico é dada pela relação entre a força eléctrica F e a carga de prova q O conceito de Campo Elétrico pode ser obtido a partir da Lei de Coulomb: Onde K é a constante de Coulomb. No referencial da carga q1 temos: No vácuo e no SI, K0 = 7 Ou seja, para uma carga puntiforme, a expressão para o campo elétrico obtém a forma: Também é possível calcular o campo elétrico a partir da diferença de potencial: A expressão acima diz que o campo elétrico tem sentido da direção de maior potencial para menor potencial. A figura abaixo representa a expressão acima para uma carga positiva e uma carga negativa. 8 Figura 3: Representação vetorial do campo de uma carga puntiforme positiva e negativa Características das Linhas de Campo Elétrico. Define-se campo elétrico como uma alteração colocado no espaço pela presença de um corpo com carga elétrica, de modo que qualquer outra carga de prova localizada ao redor indicará sua presença. Através de curvas imaginárias, conhecidas comumente pelo nome de linhas de campo, visualiza-se a direção da força gerada pelo corpo carregado. As características do campo elétrico são determinadas pela distribuição de energias ao longo de todo o espaço afetado. Se a carga de origem do campo for positiva, uma carga negativa introduzida nele se moverá, espontaneamente, pela aparição de uma atração eletrostática. Pode-se imaginar o campo como um armazém de energia causadora de possíveis movimentos. É usual mediressa energia por referência à unidade de carga, com o que se chega à definição de potencial elétrico, cuja magnitude aumenta em relação direta com a quantidade da carga geradora e inversa com a distância dessa mesma carga. A unidade de potencial elétrico é o volt, equivalente a um Coulomb por metro. A diferença de potenciais elétricos entre pontos situados a diferentes distâncias da fonte do campo origina forças de atração ou repulsão orientadas em direções radiais dessa mesma fonte. A intensidade do campo elétrico se define como a força que esse campo exerce sobre uma carga contida nele. Dessa forma, se a carga de origem for positiva, as linhas de força vão repelir a carga de prova, e ocorrerá o contrário se a carga de origem for negativa. 9 Algumas características do Campo Elétrico são: 1. Tem natureza vetorial. 2. Tem em um dado ponto do espaço, direção da linha que une a carga ao ponto, e sentido divergente (para cargas positivas) e convergente (para cargas negativas). 3. Tem módulo proporcional ao valor da carga e, inversamente proporcional ao quadrado da distância do ponto à carga (para cargas pontuais). 4. É medido, no SI, em Newton por Coulomb. Processos de Eletrização Existem três tipos de Eletrização de corpos: 1- Eletrização por Atrito Tem-se a eletrização por atrito quando atrita-se dois corpos . Ex.: pegando-se um canudinho de refrigerante e atritando-o com um pedaço de papel (pode ser higiênico); observa-se através de experimentos que ambos ficam carregados com a mesma quantidade de cargas , porem de sinais contrários. Figura 4: Eletrização por atrito 2- Eletrização por Contato Quando dois corpos condutores entram em contato, sendo um neutro e outro carregado, observa-se que ambos ficam carregados com cargas de mesmo sinal. Ex.: tendo-se um bastão carregado e uma esfera neutra inicialmente, ao tocar-se as esfera com este bastão verifica-se que a esfera adquire a carga de mesmo sinal daquela presente no bastão. Figura 5: Eletrização por contato 10 3 - Eletrização por Indução A indução ocorre quando se tem um corpo que esta inicialmente eletrizado e é colocado próximo a um corpo neutro. Com isso, a configuração das cargas do corpo neutro se modifica de forma que as cargas de sinal contrário a do bastão tendem a se aproximar do mesmo. Porém, as de sinais contrários tendem a ficar o mais afastadas possível. Ou seja, na indução ocorre a separação entre algumas cargas positivas e negativas do corpo neutro ou corpo induzido. Figura 6: Eletrização por indução 11 2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS: 2.1 – Procedimento I: Distribuição das Cargas Elétricas nos Corpos (Fita Metálica) - Material utilizados nos experimentos: Gerador eletrostático; Controlador de velocidade; Tiras de papel laminado; Tiras de papel crepom; Fita adesiva; Hélice preso ao suporte; Copo plástico com papéis picados dentro; 12 2.1- Procedimento I: Elevando as tiras de papel. As tiras de alumínio tenderam a movimentar-se na direção radial da esfera no sentido de afastamento. Esse processo é conhecido como eletrização por contato, ocorrendo assim uma transferência parcial da carga elétrica devido à diferença de potencial elétrico existente entre os pólos. O funcionamento do gerador gera um campo elétrico, e este através de condução irá carregar eletricamente as fitas de alumínio que estão fixadas nele. Devido ao fato das tiras ficarem carregadas com a mesma polaridade do globo, elas se afastam da superfície da esfera. Como a distribuição de cargas tem simetria esférica, a direção do campo elétrico é radial, ou seja, perpendicular à superfície da esfera. Não é possível saber, entretanto, a polaridade do campo elétrico, uma vez que, sendo ele positivo ou negativo, as tiras irão se repelir de qualquer maneira. No entanto, percebemos que devido o campo gravitacional, as tiras que tinham maior massa tiveram maior resistência em relação ao campo elétrico, mas se fosse desprezado a força peso, as tiras seguiriam na direção radial em sentido perfeito. Figura 7: Gerador de Van de Graaff (com fitas de papel alumínio) Com o eletroscópio de folha no topo da esfera, as cargas se concentraram neste, transferindo elétrons para o papel alumínio causando repulsão entre as tiras. O movimento de repulsão das tiras se deu porque nelas foram aplicadas cargas de mesmo sinal, pela forma de eletrização por contato. 13 2.2 – Procedimento II: Cata-vento elétrico ou torniquete elétrico A hélice começou a girar. Isto ocorre porque nas pontas eletrizadas da hélice o ar se ioniza e os íons que possuem carga de mesmo sinal que as pontas são repelidas. Esses por sua vez repelem as pontas (forças de reação) determinando a rotação do torniquete em sentido anti-horário e com velocidade elevada. Figura 8: Gerador de Van de Graaff (com hélice) 14 2.3 – Procedimento III: Chuva de Confete Figura 9: Gerador de Van de Graaff (com papel picado) Pegou-se um pequeno copo descartável, colocou o confete (papel picado), prendeu uma fita crepe na “cabeça” do gerador, sob atuação do campo elérico do gerador, ao ser ligado, pode-se observar que alguns papéis picados voaram formando uma espécie de “chuva” de papel picado e outros ficaram aderidos no copo. Isso se dá porque, o copo plástico com os papéis dentro, ao entrar em contato com o Gerador de Van Der Graaff, as pequenas partículas começam a mover-se para fora do copo, pelo simples fato de que a esfera eletrizada com íons positivos e os pápeis são leves e estão neutralizadas, ou seja, tanto o terminal de saída quanto as partículas tem cargas positivas, sendo assim, se repele entre elas. 15 2.4 – Procedimento IV: Descarga em gases a alta pressão PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Ligamos o aparelho e aproximamos o bastão de teste da cabeça do gerador (figuras 10 e 11). Figura 10: Gerador de correia com bastão Resultado Foi verificado que o gás em questão é o ar atmosférico. No momento em que aproximamos o bastão de teste ao Gerador ocorreu uma transferência visível de elétrons de um corpo para o outro. Essa transferência é denominada descarga elétrica, que é o rompimento de elétrons no ar. 16 Figura 11: Aproximação do bastão de teste junto à cabeça do gerador A transferência é parecida com o fenômeno natural, os raios, possuindo até mesmo uma cor parecida, sendo esbranquiçado e com o espectro combinado do oxigênio e do nitrogênio. O raio algumas vezes parece possuir outras cores, quando ocorre em ambientes e meios diferentes. Em contraste com o amarelo das luzes artificiais, o raio pode parecer azulado e vice-versa. 20 3 CONCLUSÃO Pode-se concluir que o experimento atingiu o objetivo proposto para o aprendizado, de forma que através de uma configuração simples conseguiu-se visualizar com clareza a formação dos campos elétricos pelas linhas equipotenciais formadas pelo campo elétrico gerado. Pôde-se notar o seu comportamento diante de cada mudança estabelecida através da troca de configuração e disposição dos materiais usados nos experimentos. Portanto pode-se comprovar que as linhas de força são sempre perpendiculares às superfícies metálicas doseletrodos desta forma nunca podendo ser paralelas aos mesmos, pois as linhas demonstram o trajeto do campo elétrico de um eletrodo ao outro como que se formando uma ponte entre eles para a circulação da corrente elétrica, constatou-se assim, a existência do campo elétrico e fez-se o seu mapeamento com o auxilio da farinha de mandioca sobre o óleo de rícino. Com o conhecimento teórico de Campo Elétrico obtido a principio, vislumbra-se pelos experimentos realizados sua ação prática que condiz com a ação teórica. O experimento foi muito satisfatório com aprendizado e como forma de se demonstrar como funciona o Gerador de Van de Graaff e colocar em prática a teoria para se entender melhor os fenômenos físicos. 21 4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Halliday, D. & Resnick, R. Física, Vol. 3, Rio de janeiro, livros técnicos e científicos, editora Latda, 1984. PURCELL, Edward M. Curso de fisica de Berkeley: eletricidade e magnetismo. : Edgar Bluchen, 1973. 424 p. JUNIOR, Ramalho Francisco. Elementos de física. 1º edição: SP, Ed. Moderna, 1986. V2 Material coletado na internet: -Gerador de Van de Graaff; disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Gerador_de_Van_de_Graaff/ > acesso em 09/09/18. - InfoEscola; disponível em: < https://www.infoescola.com/fisica/gerador-de-van-de-graaff/> acesso em 09/09/2018. 1 INTRODUÇÃO a) Objetivos 2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS: 2.1 – Procedimento I: Distribuição das Cargas Elétricas nos Corpos (Fita Metálica) 2.2 – Procedimento II: Cata-vento elétrico ou torniquete elétrico 2.3 – Procedimento III: Chuva de Confete 2.4 – Procedimento IV: Descarga em gases a alta pressão 3 CONCLUSÃO 4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Compartilhar