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Aula 4 Síndrome geriátrica osteoarticular e muscular

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+
Síndrome Geriátrica: 
Osteoporose e Sarcopenia 
 
Disciplina de Nutrição em Geriatria 
Faculdade Ciência da Saúde – UNIVAP 
Profa. Dra. Patrícia de Souza Genaro Galvão 
+
Osteoporose 
+
+
Definição da Osteoporose 
n  A redução da massa óssea, associada a um desarranjo da 
microarquitetura do osso, que resulta em maior fragilidade 
óssea e risco aumentado de fraturas” 
 OMS, 2001 
+
Epidemiologia 
Países desenvolvidos 
n  50% das mulheres 
n  20% dos homens 
n  Nas mulheres, o risco de ter fratura de quadril é 1 em 6 
n  Afeta mais de 20 milhões de norte-americanos/ano. 
n  Estima-se que gere um custo total anual – em decorrência 
das fraturas - de 20 bilhões de dólares nos EUA e 30 bilhões 
de dólares na União Européia. 
idade acima de 50 anos 
+
Epidemiologia 
n  No Brasil, há cerca de 10 milhões de pessoas com 
osteoporose, dos quais, apenas 20% recebe alguma forma de 
tratamento. 
n  Cerca de 2,4 milhões de indivíduos apresentam algum tipo 
de fratura anualmente e quase 100.000 são fraturas de fêmur. 
n  Destes pacientes, 200.000 morrerão por fatores que são 
resultados direto de fraturas. 
n  Estima-se que nos próximos 50 anos, o número de fraturas de 
fêmur, para ambos os sexos, dobrará e uma de quatro 
fraturas de fêmur, no mundo, ocorrerá na América Latina. 
(Sociedade Brasileira de Osteoporose, 2004) 
+
Fatores de risco 
n  Sexo 
n  Raça 
n  Idade 
n  Menopausa precose, 
n  Hormônio do crescimento, 
n  Momento em que ocorre a puberdade, 
n  Baixa ingestão de cálcio 
n  Hipovitaminose D 
n  Sedentarismo 
+
Fatores de risco 
n  Hipertireoidismo 
n  Hipogonadismo 
n  Hiperparatireoidismo 
n  Imobilização prolongada 
n  Cigarro 
n  Abuso de bebidas alcoólicas 
n  Uso de Glicocorticóides 
n  Quedas freqüentes 
+
Os fatores genéticos 
n  São responsáveis por até 80% da densidade de massa óssea. 
n  Especialmente pelo alelo receptor da vitamina D 
n  Genes para o colágeno 1A1 
n  Receptor de estrogênio e fator de crescimento tipo-insulina 1 
e sua proteína ligadora. 
+
Causas 
Osteoporose por deficiência de estrogênio no período pós-
menopausa 
n  A reabsorção acelerada do osso decorrente da escassez de 
estrogênio cause supressão do hormônio paratireoideano, 
reduzindo a formação de 1,25-diidroxivitamina D e diminuindo a 
absorção de cálcio pelo intestino. 
Osteoporose senil 
n  Ocorre diminuição do potencial replicativo e biossintético dos 
osteoblastos juntamente à perda da potência biológica das 
proteínas ligadas à matriz extracelular (fatores de crescimento). Há 
ainda diminuição da atividade replicativa das células 
osteoprogenitoras. 
+
Pico de Massa Óssea 
A densidade óssea em adultos e a presença de 
osteoporose, depende da obtenção de massa obtida ao 
longo da vida. 
+
Fisiopatologia 
n  Durante a vida adulta, ocorrem ciclos equilibrados de 
reabsorção óssea seguidos de formação óssea. 
n  Quando ocorre um desequilíbrio entre a atividade dos 
osteoblastos e dos osteoclastos - isto é, do remodelamento 
ósseo -, favorecendo a reabsorção óssea, desenvolve-se a 
osteoporose. 
 
+
Osso normal 
+
Osso com osteoporse 
+
Ativação celular 
+
Acometimento 
Os locais mais frequentemente acometidos compreendem: 
n  Vértebras 
n  Porção distal do rádio 
n  Osso do quadril (colo do fêmur) 
n  Costelas 
n  Úmero 
+
Fratura de coluna 
n  Os locais mais acometidos por fraturas de coluna, são as 
regiões torácicas médias e baixas e lombares superiores 
+
Fratura de quadril 
n  As fraturas mais perigosas são a de quadril. 
n  Estão associadas ainda a maior incidência de tromboembolismo 
pulmonar e infecções hospitalares, diminuindo a taxa de sobrevida e 
aumento dos cuidados de enfermagem domiciliar. 
+
Diagnóstico 
n  O diagnóstico é baseado na quantificação de massa óssea 
n  A absormetria de dupla emissão com raios X (DXA) 
n  O método com melhor relação eficácia/efetividade, custo/
benefício , boa acurácia, reprodutível e não-invasivo. 
n  Possui ainda baixa radiação, sendo, portanto o método de 
avaliação mais utilizado atualmente. 
+
Exame de densitometria óssea 
+
Classificação da osteoporse 
n  Foi proposta pela OMS uma estratificação da osteoporose, 
baseada em: 
n  T escore: número de desvios padrões pelo qual a densidade 
óssea do paciente difere do pico de densidade óssea de 
indivíduos do mesmo sexo e etnia. 
n  Diminuição da densidade mineral óssea: 
-1 = Normal 
-1 a -2,5 = osteopenia (baixa massa óssea) 
< -2,5 = osteoporose 
Presença de fratura por queda da própria altura 
+
Dietoterapia na osteoporose 
ü  Cálcio 
ü  Vitamina D 
ü  Proteína 
ü  Cloreto de Sódio 
ü  Vitamina K 
ü  Vitamina A 
ü  Magnésio 
+
Cálcio 
1000 g de 
cálcio 
99% esqueleto 
 
1% fluídos extracelulares e tecidos 
+
Excreção renal 
excesso de proteínas e sal 
Fatores dietéticos e absorção de 
cálcio 
Absorção Intestinal 
Fracionamento 
Forma do sal de cálcio 
ex: citrato > carbonato 
Absorção Intestinal 
Fibras, fitatos, oxalato 
ex: brocoli, espinafre 
+
0 
200 
400 
600 
800 
1000 
1200 
1400 
1 a 3 4 a 8 9 a 13 14 a 18 19 a 30 31 a 50 51 a 70 >70 
idade (anos) 
DRI Masculino Feminino 
m
g/
d 
Ingestão de cálcio ajustada da população 
americana CSFII – Nusser e cols, 1996 
 
+
Consumo de cálcio da população 
Brasileira segundo regiões 
Regiões Consumo de cálcio (mg/dia) 
Sul 399,4 (253,6) 
Sudeste 404,7 (239,0) 
Centro Oeste 434,6 (256,2) 
Nordeste 410,9 (246,8) 
Norte 417,7 (268,0) 
Pinheiro [resumo] 
+
 Perda Massa Óssea 
 
 Risco de Fraturas 
Suplementação de 
Cálcio 
Cumming RG 
Dawson-Hughes B 
Nordin BEC 
Heaney R 
Chapuy MC 
Reid IR 
Recker R 
Weaver CM 
Cálcio 
+
Biodisponibilidade de cálcio dos 
alimentos 
Alimento Porção Cálcio 
(mg) 
% cálcio 
absorvido 
Absorção 
estimada 
(mg) 
Porções 
necessarias 
= 1 copo 
leite 
Leite 1 copo gde 300 32 96 1 
Queijo 1 fatia 
media 
303 32 97 1 
Tofu 1/2 copo 258 31 80 1.2 
Couve 1/2 copo 
coz 
61 49 30 3.2 
Brocoli 1/2 copo 
coz 
35 61 22 4.5 
Espinafre 1/2 copo 
coz 
115 5 6 16.3 
+
Induz aumento PTH 
acelera perda massa óssea 
Osteoporose 
Vitamina D 
Insuficiência de vitamina D 
+
Níveis séricos de vitamina D 
suficientes para manter PTH adequado 
25(OH) D sérica 
Autores nmol/l ng/ml 
Chapuy e cols, 97 75-80 30-32 
Thomas e cols, 98 65-70 26-30 
Malabanan e cols, 98 50 20 
McKeena & Freaney, 98 70-75 28-30 
Meunier PJ, Vitamin D Insufficiency. Nutritional Aspects of Osteoporsis, 2001 
+
Quanto ingerir de vitamina D? 
As recomendações mudaram: 
 
•  0 a 70 anos – 600UI – 56,2 nmol/L 
•  > 71 anos – 800 UI – 74,9 noml L 
 
+ Suplementação de Vitamina D e prevenção 
de fraturas - Estudo Meta-Análise 
Bischoff- Ferrari HA et al, JAMA 2005 
Dose diária de 700 a 800 UI 
 
 26% risco de fratura quadril (RR 0,74; 95% IC 0,61-0,88) 
 23% risco de fraturas não vertebrais (RR 0,77; 95% IC 0,68-0,87) 
 
Dose diária 400 UI 
Não encontrou efeito positivo 
 
+
Proteína 
Consumo de proteína 
 Massa 
muscular e 
força 
 Absorção 
intestinal de Ca 
 Proteínas da 
matriz óssea 
(colágenos) 
 IGF-1 
 GH 
 Estimula a 
formação 
óssea 
 Supressão 
do PTH 
 Supressão da 
reabsorção 
óssea 
 Densidade óssea 
+ Quantidade de ingestão proteica e massa 
óssea 
Munger e col, 1999; 
Hannan e col, 2000; 
Kestettere col, 2000; 
Wengreen e col, 2004; 
Kestetter e col, 2005; 
Hunt e col, 2009; 
Darling e col, 2009. 
Feskanich e col, 1996; 
Meyer e col, 1997; 
Dargent-Molina e col, 2008. 
Aumento do consumo de proteína 0,5 até 2,1g/kg/dia 
10 -30,8% consumo de energia 
ü  Redução na excreção de cálcio urinário; 
ü  Prevenção de perda de massa óssea; 
ü  Redução no risco de fratura de quadril; 
ü  Consumo de proteína explica 1-2% da DMO. 
Consumo > 95g/dia 
Aumento do risco de fraturas 
Associado com baixo consumo 
de cálcio <500mg/dia. 
+ Qualidade de ingestão proteica e massa 
óssea 
Proteína animal 
Proteína vegetal 
Roughead e col, 2003; 
Larsson e col, 2005; 
Evans e col, 2007; 
Lau e col, 1998; 
Promislow e col, 2002; 
Spenc e col, 2005; 
Appleby e col, 2007 
Koh e col, 2009; 
Kenny e col, 2009; 
ü Não afeta a excreção de cálcio urinário 
ü Aumenta a DMO de quadril, colo de fêmur, 
coluna e corpo total; 
ü Associação positiva com IGF-1 
ü Sem efeito na densidade óssea 
ü Associado com baixo consumo de 
cálcio, aumento o risco de fratura. 
+
The Framingham Osteoporsis 
Study 
-5 
-4 
-3 
-2 
-1 
0 
Fêmur L2-L4 
Q1- baixo Q2 Q3 Q4 
ü  Follow-up 4 anos, 615 indivíduos (391M/224H), 75 ± 4 anos 
ü  Ingestão protéica média = 68 ± 23 g/dia (17-152 g/dia) 
%
 p
er
da
 B
M
D
 
* * 
Hannan e cols, 2000 JBMR 
+
Elevada ingestão pode levar calciúria 
 
Cada 2,3 g Nau 24-40 mg Cau 
Mulheres - cada g extra de Na 1% ao ano da DMO 
 
Devine e cols, 1995 AJCN 
Estudo longitudinal 2 anos, 124 mulheres pós-menopausa 
Correlação positiva entre ingestão de NaCl e DMO 
Sódio 
+
Lin PW, J Nutr 2003 
 
186 adultos, 23-76 anos 
 
Estudo randomizado 90 dias 
3 níveis de Na (50, 100 150 mEq/d) 
 
 
Dieta habitual Dieta saudável 
 
DASH DIET = CTx, OC 
DASH DIET + Na = OC, PTH e UCa 
DASH Diet melhora marcadores do 
metabolismo ósseo 
+
Estudos em animais, humanos e in vitro: 
 
 
 
Excesso de retinol na dieta 
 
Retinol Atividade do osteoblasto 
 Formação do osteoclasto 
Vitamina A 
Estimula reabsorção óssea 
Inibe formação óssea 
+ Ingestão de vitamina A e fraturas de quadril 
em mulheres na pós-menopausa 
0 
0,2 
0,4 
0,6 
0,8 
1 
1,2 
1,4 
1,6 
1,8 
2 
Menor quintil Maior quintil 
 mcg/dia ER 
Alimentos e 
Suplementos 
Alimentos 
ü  Estudo prospectivo, 72 337 mulheres. 34 a 77 anos (Nurses 
Health Study) 603 fraturas de quadril em 18 anos 
R
is
co
 R
el
at
iv
o 
Feskanich e cols, 2002 JAMA 
*
* p=0.003 
+
Níveis de Retinol Sérico e 
Risco de Fraturas 
0 
0,5 
1 
1,5 
2 
2,5 
< 1,95 > 2,64 
Geral 
Quadril 
ü  Estudo coorte, 2322 homens 49-51 anos 266 fraturas em 30 
anos follow-up 
R
is
co
 d
e 
Fr
at
ur
a 
Quintil de retinol sérico (µmol/l) 
Michaelsson e cols, NEJM 2003 
+
 2/3 magnésio total localiza-se nos ossos 
 
 Parece ser mitogênico para crescimento dos osteoblastos 
 
 
Deficiência ã secreção de PTH, e ä calcitriol 
 
Depleção de Mg pode ã P e citocinas (TNF, IL 1,6,11) 
 Ê ã osteoclastos 
Magnésio 
+
Dimai e cols (1998) 
12 homens 27-36 anos, suplementação (15 mmol/dia), 30 
dias 
 ¤ Marcadores de formação e reabsorção óssea, 
 5-10 dias de suplementação 
Doyle e cols (1999) 
 26 mulheres, idade - 23 anos, (10 mmol/dia), 28 dias 
 Não encontrou alteração nos 
marcadores de reabsorção óssea 
Suplementação de magnésio 
+
Distribuição porcentual de adequação de 
macronutrientes em mulheres com 
osteoporose na pós-menopausa 
 
0% 
20% 
40% 
60% 
80% 
100% 
Gordura Carboidrato Proteína 
Abaixo do recomendado Parâmetro recomendado Acima do recomendado 
Genaro e cols, 2006 
+
Ingestão média de micronutrientes de 
mulheres na pós-menopausa com 
osteoporose 
 
Genaro e cols, 2006 
Micronutrientes Média (desvio padrão) EAR /AI * 
Cálcio (mg/dia) 723,80 (263,96) 1200 mg* 
Fósforo (mg/dia) 986,56 (289,4 ) 700 mg/dia 
Magnésio (mg/dia) 240,37 (87,45) 320 mg/dia 
NaCl (g/dia) 8,11 (2,9) 3,0g/dia* 
Vitamina D (mcg/dia) 4,2 (2,0) 10 e 15 mcg/dia* 
 Vitamina A (ERA/dia) 
 
437,67 † 
 
700 ERA/dia 
 
 
ERA = equivalentes da atividade de retinol, 
 
EAR = ESTIMATED AVERAGE REQUIREMENT 
 
AI = ADEQUATE INTAKE 
 
† = mediana da ingestão 
 
+
Exames bioquímicos séricos do metabolismo 
mineral e ósseo de mulheres na pós-menopausa 
com osteoporose. 
 
Genaro e cols, 2006 
Exames 
bioquímicos séricos 
Média (desvio 
padrão) 
Mínimo - 
Máximo 
Valores de 
referência 
Cálcio (mg/dl) 9,09 ( 0,6) 7,0 - 10,6 8,4 - 10,2 mg/ dl 
Cálcio iônico (mg/dl) 1,21 (0,1) 0,9 - 1,4 0,9 - 1,3 mg/dl 
Fósforo (mg/dl) 3,68 (0,4) 2,7 - 5,0 2,4 - 4,6 mg/ dl 
Magnésio (mg/dl) 2,06 (0,2) 1,5 - 2,5 1,5 - 2,5 mg/dl 
Fosfatase alcalina (U/l) 166,75 (68,8) 115 - 370 50 - 250 U/L 
25(OH)D (nmol/l) 63,15 (19,2) 30,7 - 106,2 > 75 nmol/l 
1,25(OH)D (pg/ml) 39,44 (10,8) 17,9 - 68,4 15,9 - 55,9 pg/ml 
PTH intacto (pg/ml) 56,91(20,6) 24,0 - 132,9 13 - 54 pg/ml 
 
+
Genaro e cols, 2006 
Percentual de mulheres com osteoporose 
 de acordo com os níveis séricos de 25(OH)D. 
 
0,0% 
10,0% 
20,0% 
30,0% 
40,0% 
50,0% 
60,0% 
70,0% 
80,0% 
24,4% 
75,6% 
Insufficiency < 50 nmol 
Adequate > 50 nmol 
+ Qual a ingestão dos nutrientes 
relacionados a saúde óssea no Brasil ? 
+
Metodologia 
ü  Estudo transversal de base populacional 
 
ü  Amostragem propabilística, CENSO 2000 e PNAD 2003 
ü  2400 indivíduos ≥ 40 anos de ambos os sexos, e todas 
classes sociais 
ü  Entrevista domiciliar – 120 cidades das 5 regiões 
 
+
Metodologia para avaliação da 
ingestão alimentar 
ü  Recordatório de 24h 
ü  Cálculo de nutrientes – Nutrition Data System for Research - 
NDSR, 2005 (Universidade de Minnesota, MN) 
ü  Padronização de medidas caseiras (Fisberg 02; Pinheiro 04) 
ü  Padronização de receitas (Fisberg, Wehba, Cozzolino 02) 
ü  Adequação – DRIs 1997 a 2001, EAR como ponto de corte 
ü  Nutrientes ajustados pela energia (Willet & Stampfer, 1997) 
+
A ingestão média de todos os nutrientes, exceto proteína 
esteve abaixo dos valores recomendados 
Resultados 
+
Recomendações 
n Aumentar a ingestão de cálcio e vitamina D 
n Adequar dieta quanto a ingestão de proteínas e 
sódio 
n Aumentar a ingestão de vegetais e frutas 
n Atividade física 
 
 
 
+
Sarcopenia 
+
Sarcopenia 
A sarcopenia foi definida como a redução de massa muscular 
esquelética apendicular em dois desvios-padrão abaixo da 
média (<5.45kg/m2) de controles jovens e saudáveis 
pareados para a mesma etnia na população do Novo México. 
(Baumgartner, 1998) 
SARCOPENIA 
Diminuição da 
massa muscular 
Envelhecimento 
+
Fisiopatologia da sarcopenia 
Processo neuropático crônico 
+
Fisiopatologia da sarcopenia 
Capacidade de regeneração 
do músculo esquelético 
Estress oxidativo 
ERO 
+
Fisiopatologia da sarcopenia 
Metabolismo proteico (Degradação 
e síntese) 
Deficiência de vitamina D 
Ingestão de proteína 
Citocinas 
inflamatórias 
TNF-α 
IL-6 
Cortisol 
Testoterona, Estradiol, 
GH, IGF-1 
+
Consumo proteico 
Consumo de proteína 
Metabolismo proteico do 
músculoesquelético 
Otimização da absorção de aminoácidos 
(cadeia ramificada) 
Estimulação e regulação da síntese proteica 
muscular 
+
Fisiopatologia da sarcopenia 
Fatores 
ü Hormonais 
ü Metabólicos 
ü Imunológicos 
ü Nutricionais 
Unidades motoras 
Fibras musculares 
Massa muscular 
Força muscular 
Sarcopenia 
Atividade física 
Adaptado de Doherty, 2003 
+
Epidemiologia da sarcopenia 
USA Prevalência 3 – 60% 
US$ 18,5 bilhões 
Europa Prevalência 8,9 – 22,5% 
China Prevalência 7,6 – 12,3% 
Brasil Não há dados sobre a 
prevalência de 
sarcopenia 
+
Conseqüências da Sarcopenia 
Sarcopenia 
Diminuição da 
capacidade 
funcional 
Diminuição 
da mobilidade 
Perda da 
independência 
 Risco de Quedas 
 Fraturas 
+
Função da proteína na massa 
muscular 
Consumo de proteína 
Ativação 
mTOR 
 Massa Muscular 
 Tradução de 
RNA-mensageiro 
 IGF-1 
 Síntese 
proteica 
+
Quantidade de ingestão proteica e massa 
muscular 
Aumento do consumo de proteína 
0,5 até 2,0g/kg/dia 
ü 40% menos de perda de massa muscular 
ü Balanço nitrogenado positivo; 
ü Aumento do balanço endógeno proteico 
Bos e col, 1997; 
Chevalier e col, 2003; 
Thalacker-Mercer e col, 
2007 
Houston e col, 2008; 
 
+
Qualidade de ingestão proteica e massa 
muscular 
Aminoácidos essenciais 
(Proteína animal) 
Boersheim e col, 2008; 
Volpi e col, 1999; 
Baier e col, 2009; 
Rieu e col, 2006; 
Kastsanos e col, 2006; 
Symons e col, 2007; 
Pannemans e col, 
1998; 
Lord e col, 2007. 
 
ü Aumento da massa magra; 
ü Aumento do metabolismo proteico 12%; 
ü Melhora da síntese proteica muscular 
50%; 
ü Preditor do índice de massa muscular 
(r2=0,19; p=0,008). 
+
Artigo 2 
 
 
 
“Relação entre consumo de proteína, composição 
corporal e massa óssea de mulheres com 
sarcopenia” 
  
  
  
Artigo original 
+
Tabela 1: Características gerais de 
mulheres com e sem sarcopenia. 
Características gerais 
Total 
(n=198) 
Sarcopênica 
(n=35) 
Não Sarcopênica 
(n=163) 
 
p 
Dados antropométricos 
Idade (anos) 71,10 (5,03) 70,66 (5,76) 71,20 (4,87) 0,328 
Peso (kg) 59,29 (10,14) 53,54 (8,46) 60,52 (10,06) <0,001 
Altura (cm) 150,57 (6,22) 151,34 (6,43) 150,41 (6,18) 0,438 
IMC (kg/m2) 26,06 (3,97) 23,49 (3,75) 26,61 (3,81) <0,001 
IMC= índice de massa corporal 
+
Continuação da tabela 1 
Características gerais Total (n=198) 
Sarcopênica 
(n=35) 
Não Sarcopênica 
(n=163) 
 
p 
Composição corporal 
Massa Muscular Total (kg) 32,61 (3,86) 28,90 (2,77) 33,41 (3,59) 0,000 
MMEa (kg) 13,87 (2,08) 11,67 (1,69) 14,34 (1,84) 0,000 
IMME (kg/m2) 6,09 (0,72) 5,06 (0,38) 6,31 (0,57) 0,000 
Força muscular (kg) 20,54 (4,25) 19,05 (2,84) 20,65 (4,46) 0,011 
Gordura corporal (%) 40,51 (7,73) 40,62 (7,86) 40,48 (7,73) 0,924 
Gordura corporal (kg) 23,55 (7,17) 22,24 (4,29) 23,83 (7,63) 0,094 
CMO corpo total (g) 1,869 (0,293) 1,778 (0,302) 1,888 (0,288) 0,054 
DMO corpo total (g/cm2) 1,015 (0,098) 0,993 (0,873) 1,019 (0,100) 0,116 
Densidade Óssea 
DMO coluna L1-L4 (g/cm2) 0,946 (0,164) 0,907 (0,126) 0,954 (0,170) 0,064 
DMO colo de fêmur (g/cm2) 0,785 (0,104) 0,755 (0,091) 0,792 (0,106) 0,040 
DMO trocânter (g/cm2) 0,693 (0,133) 0,630 (0,102) 0,707 (0,111) 0,000 
DMO fêmur total (g/cm2) 0,831 (0,119) 0,778 (0,114) 0,842 (0,117) 0,004 
MMEa= massa muscular esquelética apendicular IMME= índice de massa muscular esquelética, CMO= conteúdo mineral ósseo, DMO= 
densidade mineral óssea. 
+ Tabela 2: Consumo de proteína e aminoácidos 
essenciais de mulheres com e sem sarcopenia. 
Consumo alimentar 
Total 
 (n=163) 
Sarcopenicas 
(n=35) 
Não Sarcopenicas 
(n=163) 
p 
Energia (Kcal) 1339,49 (397,47) 1268,87 (354,79) 1354,66 (404,96) 0,211 
Proteína (g/dia) 65,87 (11,93) 63,66 (9,79) 66,34 (12,32) 0,167 
Proteína (%) 20,12 (3,78) 19,62 (3,55) 20,22 (3,82) 0,375 
Proteína animal (g/dia) 43,00 (13,58) 41,02 (10,73) 43,43 (14,11) 0,262 
Proteína vegetal (g/dia) 22,80 (6,03) 22,57 (6,11) 22,85 (6,03) 0,809 
Proteína (g/kg/dia) 0,98 (0,37) 0,96 (0,36) 0,98 (0,37) 0,732 
+
Continuação da tabela 2 
Consumo alimentar 
Total 
 (n=163) 
Sarcopenicas 
(n=35) 
Não Sarcopenicas 
(n=163) 
p 
Triptofano (g/dia) 0,76 (0,22) 0,72 (0,22) 0,77 (0,22) 0,212 
Treonina (g/dia) 2,52 (0,80) 2,28 (0,68) 2,57 (0,82) 0,033 
Isoleucina (g/dia) 2,96 (0,91) 2,71 (0,78) 3,01 (0,93) 0,052 
Leucina (g/dia) 5,13 (1,57) 4,76 (1,37) 5,21 (1,60) 0,128 
Valina (g/dia) 3,35 (1,02) 3,10 (0,89) 3,40 (1,04) 0,044 
Lisina (g/dia) 4,43 (1,53) 4,02 (1,23) 4,52 (1,58) 0,036 
Metionina (g/dia) 1,46 (0,47) 1,33 (0,38) 1,49 (0,49) 0,129 
Fenilalanina (g/dia) 2,89 (0,86) 2,69 (0,75) 2,93 (0,88) 0,115 
+ Tabela 3: Composição corporal e densidade 
óssea segundo o consumo de proteína. 
Composição corporal e 
densidade óssea 
Proteína 
< 0,8 g/kg/dia 
Proteína 
0,8 – 1,2 g/kg/
dia 
Proteína 
> 1,2 g/kg/dia 
p-trend 
Massa Magra Total (kg) 31,87 (3,52) 32,59 (3,49) 33,94 (4,72)* 0,020 
MMEa (kg) 13,38 (1,95) 13,96 (1,94) 14,54 (2,38)* 0,013 
IMME (kg/m2) 6,01 (0,65) 6,06 (0,71) 6,30 (0,84)* 0,109 
Força muscular (kg) 19,90 (3,63) 20,33 (4,56) 21,14 (4,62) 0,363 
Gordura corporal (%) 38,24 (7,13) 40,90 (8,07) 43,67 (6,96)*† 0,001 
Gordura corporal (kg) 20,78 (5,90) 23,87 (6,51) 27,71 (8,27)*† 0,001 
MMEa= massa muscular esquelética apendicular, IMME= índice de massa muscular esquelética. * p<0,05 versus (0,8g/kg/dia); † p<0,05 
versus (0,8 – 1,2 g/kg/dia). 
+
Continuação da tabela 3 
Composição corporal e 
densidade óssea 
Proteína 
< 0,8 g/kg/dia 
Proteína 
0,8 – 1,2 g/kg/
dia 
Proteína 
> 1,2 g/kg/dia 
p-trend 
CMO corpo total (g) 1,784 (0,265) 1,906 (0,282) 1,945 (0,325)*† 0,005 
DMO corpo total (g/cm2) 0,988 (0,090) 1,025 (0,095) 1,039 (0,109)*† 0,011 
DMO coluna L1-L4 (g/cm2) 0,903 (0,131) 0,965 (0,168) 0,983 (0,192)*† 0,014 
DMO colo de fêmur (g/cm2) 0,760 (0,944) 0,795 (0,102) 0,813 (0,117)*† 0,017 
DMO trocanter (g/cm2) 0,679 (0,118) 0,689 (0,103) 0,727(0,117)* 0,071 
DMO fêmur total (g/cm2) 0,807 (0,116) 0,833 (0,107) 0,868 (0,135)* 0,026 
CMO= conteúdo mineral ósseo, DMO= densidade mineral óssea. * p<0,05 versus (0,8g/kg/dia); † p<0,05 versus (0,8 – 1,2 g/kg/dia). 
+ Figura 1: Correlação entre o consumo de proteína, índice 
de massa muscular esquelética e densidade mineral 
óssea em mulheres idosas. 
Proteína (g/dia)
11010090807060504030
Ín
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kg
/m
2) 9
8
7
6
5
4
3
Proteína (g/dia)
11010090807060504030
DM
O
 T
ro
câ
nt
er
 (g
/c
m
2)
1,2
1,0
,8
,6
,4
,2
r=0,185 
p=0,010 
r=0,157 
p=0,028 
 
+
Síndrome da Fragilidade 
+
Definição 
Fragilidade:Facilmentequebráveloudestrutível;que 
provavelmente fracassa ou morre rapidamente; 
particularmente susceptível às doenças; com força ou 
capacidade diminuída; fraco, leve,fino, tênue. 
Dicionário Michaelis 
+
Definição 
Síndrome biológica de 
diminuição da capacidade de 
reserva homeostática do 
organismo e da resistência aos 
estressores, que resulta em 
declínios em múltiplos sistemas 
fisiológicos, causando 
vulnerabilidade e desfecho 
clínico adverso. 
Fried et al, J. Geront, 2001 
` O que é?
` Qual sua importância?
` Como pode ser 
diagnosticada?
` Como pode ser 
tratada?
HSPE 2
+
Epidemiologia 
n  Mulheres; 
n  Afro-descendentes; 
n  Menor nível educacional; 
n  Menor renda; 
n  Pior estado de saúde; 
n  Taxas mais altas de comorbidades crônicase incapacitação. 
Fried L, et al J Gerontol Med Sci 2001 
+
Evidências 
n  Síndrome da Fragilidade atinge mais idosos brasileiros, que 
em outros países; 
n  689 idosos, SP, Idade>75anos; 
n  A síndrome atingia 14,1% em 2006. 
n  Em 2008, apenas dois anos depois, a prevalência já era de 
mais de 45%; 
 
Laurenti, R et al. 2009 
+
Fenótipo 
 
Fried and Walston, Frailty and Failure to Thrive, in Principles of Geriatric 
Medicine and Gerontology, 2003
Fried and Walston, Frailty and Failure to Thrive, in Principles of Geriatric 
Medicine and Gerontology, 2003
+
n  Perda de peso não intencional ≥ 4,5kg ou 5% peso corporal 
no ano anterior; 
n  Exaustão: auto relato de fadiga; 
n  Diminuição da força de preensão (mão dominante ajustada 
segundo gênero e IMC); 
n  Baixa atividade física; 
n  Lentidão: velocidade da marcha em segundos e ajustada 
segundo gênero e altura; 
` Perda de peso não intencional ≥ 4,5kg ou 5% peso corporal no 
ano anterior; 
` Exaustão: auto relato de fadiga;
` Diminuição da força de preensão (mão dominante ajustada
segundo gênero e IMC);
` Baixa atividade física;
` Lentidão: velocidade da marcha em segundos e ajustada
segundo genero e altura (4,6m);
J Ger Med Sci, 2001
+
Funcionalidade 
+
Principais desfechos 
n  Perda de independência 
n  Incapacidades 
n  Piora do balanço e marcha 
n  Co-morbidades 
n  Imobilizações 
n  Sobrecarga do cuidador 
Quedas e fraturas 
+
Quedas 
+
Definição 
Queda é o deslocamento não intencional do corpo para um 
nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção 
em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais, 
comprometendo a estabilidade (diretriz de quedas). 
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2000 
+
Incidência 
Grandes síndromes geriátricas
215
Epidemiologia 
A queda é um evento súbito e por isso, como indicador epidemiológico, 
é estimada em taxa de incidência (número de casos novos por ano).
Quadro 9 – Percentual de incidência de quedas dos idosos por faixa de idade 
Idade Incidência de quedas
mais de 65 anos e menos de 70 anos 28% a 35%
mais de 70 anos e menos de 75 anos 35%
mais de 75 anos 32% a 42%
 
Estudos prospectivos (estudos que analisam uma comunidade por um 
determinado período de tempo) indicam que de 30% a 60% da popu-
lação com mais de 65 anos que vive em comunidade cai anualmente e 
metade apresenta quedas múltiplas.
É animador saber que os idosos mais saudáveis caem menos, 15% em 
um ano. Mas este dado de que 60% a 70% dos idosos que já caíram 
cairão novamente no ano subseqüente é muito preocupante e nos alerta 
para a necessidade de desenvolver medidas preventivas para evitar esta 
ocorrência. A Caderneta da Pessoa Idosa é um instrumento que ajuda a 
identificar os idosos que caem com mais freqüência, principalmente, nos 
últimos 12 meses. 
Um estudo com idosos de uma comunidade no município de São Paulo 
revelou uma incidência de 31% de quedas e 11% de duas ou mais que-
das (PERRACINI; RAMOS, 2002). Esses dados são interessantes, pois 
refletem um pouco da realidade brasileira.
Em idosos asilados, 50% estão sujeitos a quedas e a prevalência média 
nas instituições é de cerca 43%. Essas estatísticas nos confirmam a 
impressão de que quanto pior a capacidade funcional, maior o risco de 
quedas. Os idosos asilados apresentam maior limitação de movimento e 
marcha e, por isso, maior chance de cair.
Como conseqüência da queda pode haver a hospitalização que é mais 
freqüente na faixa etária mais elevada. Além disso, esses pacientes ten-
dem mais a ser encaminhados para Instituições de Longa Permanência 
para Idosos (ILPI). Outros dados nos informam que as lesões acontecem 
de 30% a 75% das quedas, porém metade dos feridos não procura aten-
Fonte: Downton (1998). 
Você poderá se aprofundar no 
assunto, lendo o Caderno de 
Atenção Básica, volume 19, 
cap.12. 
n  Os idosos mais saudáveis caem menos, 15% em um ano. 
n  60% a 70% dos idosos que já caíram cairão novamente no 
ano subseqüente 
+
Fatores contribuintes para quedas 
 
n  Intrínsecos – são aqueles relacionados ao indivíduo, levando 
à instabilidade postural. São responsáveis por cerca de 70% 
dos incidentes de queda. 
n  Extrínsecos – são aqueles relacionados ao ambiente que 
cerca o indivíduo. São responsáveis por 30% dos incidentes 
de queda. 
+
Alterações ligadas ao 
envelhecimento 
 Diminuição dos estímulos motores Estas alterações conferem uma 
marcha senil, caracterizada por: 
n  Base alargada 
n  Diminuição do balanço dos braços 
n  Postura encurvada 
n  Flexão de quadril e joelhos 
n  Dificuldade para retornar 
n  Passos curtos 
n  Lentidão 
+
Intabilidade postural 
ENVELHECIMENTO E SAÚDE DA PESSOA IDOSA
220
A marcha senil caracteriza-se por uma forma mais cuidadosa de andar, 
resultante da tentativa de aumentar a estabilidade e a segurança. O padrão 
de marcha dos idosos assemelha-se ao de alguém que anda sobre uma 
superfície escorregadia ou no escuro.
Foto 1 – Marcha senil
Deve-se considerar como paciente com risco aumentado de queda: 
sexo feminino, 80 anos ou mais, equilíbrio diminuído, marcha 
lentificada com passos curtos, pouca aptidão física, fraqueza muscular 
dos membros inferiores, déficit cognitivo, doença de Parkinson, uso de 
sedativos e ou polifarmácia.
Figura 6 – Instabilidade 
Para ter uma idéia da 
dificuldade do idoso em seus 
deslocamentos, tente mimetizar 
a postura e a marcha descritas 
anteriormente; assim, você 
fixará melhor na memória 
como pode ser a marcha senil. 
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+
Fatores extrínsecos 
n   Riscos ambientais 
n  Tipos de movimentação executada pelo indivíduo 
n  Mais de 70% das quedas acontecem em casa, 
principalmente no quarto, na cozinha, no banheiro e na sala 
de jantar. 
n  Alguns trabalhos demonstram que 10% das quedas ocorrem 
em escadas, especialmente ao des-cer, sendo o primeiro e o 
último degraus, os mais perigosos 
+
Riscos nas áreas comuns da casa 
 
n  Iluminação inadequada 
n  Tapetes soltos ou com dobras 
n  Degraus altos ou estreitos 
n  Ausência de corrimão 
n  Obstáculo no caminho 
n  Piso irregular 
n  Fios soltos no chão 
n  Acúmulo de mobília 
+
Riscos nas áreas comuns da casa 
 
n  Camas e cadeiras com altura inadequada 
n  Telefones pouco acessíveis 
n  Prateleiras excessivamente altas ou baixas 
n  Riscos no banheiro 
n  Piso escorregadio 
n  Falta de barras de apoio 
n  Vaso sanitário baixo 
+
Multifatorial 
Grandes síndromes geriátricas
225
Não podemos deixar de abordar o meio urbano, que é hostil para o 
idoso e qualquer cidadão que não esteja em sua plena capacidade física. 
Vocês devem se lembrar da Dona Conceição na Unidade de Aprendiza-
gem I. Naquela situação, pudemos perceber como o transporte coletivo 
é inadequado (ônibus com degraus altos, motoristas despreparados para 
as necessidades do cidadão da terceira idade e impacientes). Podemos 
apontar ainda outros problemas, como: 
temporização dos sinais de trânsito insuficiente para uma tra- ✔
vessia segura; 
calçamento irregular e buracos; ✔
iluminação inadequada; ✔
falta de rampas. ✔
 
ATIVIDADE 9
Faça uma lista de todos os obstáculos que você percebe em sua casa, na USF ✔
e no seu território.
Faça uma proposta de intervenção para tornar a realidade diagnosticada por ✔
você mais segura para um idoso.
Encaminhe ao seu tutor.
Figura 8 – Natureza multifatorial da queda
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Conclusão 
Ao avaliar o idoso é necessário ter 
um olhar multidisciplinar

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