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Método do estudo epidemiológico Modo científico de abordar e investigar a saúde da população, os fatores que a determinam, a evolução do processo da doença e o impacto das ações propostas para alterar o seu curso. Estudos epidemiológicos têm mostrado que doenças e limitações não são consequências inevitáveis do envelhecimento, e que o uso de serviços preventivos, eliminação de fatores de risco e adoção de hábitos de vida saudáveis são importantes determinantes do envelhecimento saudável. OBSERVACIONAL Observa o processo de saúde-doença sem intervir DESCRITIVO Quando você está no processo de conhecer a doença, informam sobre a distribuição da doença na população, em termos quantitativos: Incidência ou Prevalência RELATO DE CASO Descreve um caso especificando desde o início a evolução do paciente. SÉRIE DE CASO Descreve vários casos especificando desde o início a evolução dos pacientes. ANALÍTICO Compara as diferenças dos grupos com “hipóteses”, estuda a associação entre causa e efeito, exposição e doença. TRANSVERSAL Observa a população alvo em apenas uma única oportunidade e investiga a associação entre causa e efeito ao mesmo tempo. Por exemplo, para validar se quem come em restaurante desenvolve intoxicação alimentar, pesquisa fatores que poderiam relacionar o efeito (intoxicação) com a causa (comer em restaurante). Mas o que o estudo não explica é que se a intoxicação alimentar poderia estar realmente relacionada com o restaurante ou se a pessoa já estava infectada antes. Vantagem: rápido, barato, útil como estudo inicial para levantamento de hipóteses. Desvantagem: não consegue mostrar relação temporal. ECOLÓGICO Utiliza dados secundários disponíveis em banco de dados (IBGE, DataSus), levantando uma pesquisa referente à uma população de uma região (país, estado, cidade, bairro) e relacionando com um determinado desfecho, sem ter um contato direto com o público. Compara a população com variáveis que podem estar associadas ao desfecho. Exemplo: desfecho> mortalidade infantil em SP variáveis> renda, escolaridade, IDH Relacionando as variáveis com o desfecho, pode se levantar uma hipótese ou realizar uma pesquisa estatística. Vantagens: ajudam a identificar fatores que necessitam de uma investigação, trabalha com dados secundários (informações com mais credibilidade) Desvantagem: o pesquisador não tem acesso às informações da população (se são receptivos, se aceitariam participar da pesquisa). CASO CONTROLE Pesquisa de forma retrospectiva pessoas que têm ou não uma doença, comparando o seu passado e investigando se foram expostas aos fatores de risco. Exemplo: escolhe pessoas com câncer de pulmão e sem câncer de pulmão e compara essas duas populações. Vantagens: barato, rápido, mais efetivo bom para doenças raras. COORTE Acompanham por longos períodos a saúde das pessoas nascidas em um lugar num certo ano. Escolhe as pessoas partindo da exposição ou não a um determinado fator. Exemplo: escolhe pessoas que fumam e que não fumam e acompanha essas pessoas ao longo do tempo até chegar num desfecho. Vantagem: avalia a incidência de uma doença, número de casos novos ao longo de um período de tempo, observa a história natural da doença, melhor relação de causalidade Desvantagem: caro, demora EXPERIMENTAL O investigador intervém, por exemplo: o investigador expõe um grupo á um fator e o outro grupo não é exposto ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO Pessoas aleatórias são divididas em grupos de estudo (sofrem intervenção) e grupos de controle (não sofrem intervenção), esses dois grupos são acompanhados e tem os desfechos comparados. *participantes não sabem a sua categoria e a equipe que atua não sabe a categoria do participante Exemplo: (MEDICAMENTO NOVO X MEDICAMENTO EXISTENTE) (MEDICAMENTO PARA DOENÇA SEM TRATAMENTO X TRATAMENTO INATIVO DA DOENÇA) ENSAIO DE CAMPO Envolvem pessoas que estão livres de doença, mas sob risco de desenvolvê-la. Os dados são coletados “no campo”, usualmente entre pessoas da população geral. Uma vez que os participantes estão livres da doença e o propósito é prevenir a ocorrência de doenças mesmo entre aquelas de baixa frequência, os ensaios de campo envolvem um grande número de pessoas, o que os torna caro e logisticamente complicados. ENSAIO COMUNITÁRIO Nesse tipo de experimento, os grupos de tratamento são comunidades ao invés de indivíduos. Esse delineamento é particularmente apropriado para doenças que tenham suas origens nas condições sociais e que possam ser facilmente influenciadas por intervenções dirigidas ao comportamento do grupo ou do indivíduo. Critérios para a classificação dos métodos • o propósito geral: estudos descritivos e analíticos (comparativos) • o modo de exposição das pessoas ao fator em foco: estudos de observação e de intervenção (experimentais) • direção temporal das observações: estudos prospectivos, retrospectivos e transversais Validade de uma investigação • validade interna: conclusões são corretas para a amostra investigada • validade externa: pode extrapolar para a população de onde veio a amostra ou para outras populações Viés Metodológico • Viés de seleção: erros referentes à escolha da população/pessoas. • Viés de aferição: erros na coleta, nos formulários, nas perguntas, despreparo dos entrevistadores. • Viés de confundimento: interações entre variáveis, outras associações, análise estatística inadequada.
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