Buscar

indice de barthel

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DOM BOSCO
UNIDBSCO
MONIELLY ROSA DA SILVA
ÍNDICE DE BARTHEL
Trabalho apresentado ao Prof.º Gerson Luiz Dál-Col na disciplina de Gerontologia para obtenção de nota parcial do segundo bimestre.
CURITIBA
2018
INTRODUÇÃO
Em decorrência ao aumento da população idoso mundialmente, a preocupação em relação à capacidade funcional vem surgindo para a estimativa da saúde e qualidade de vida desses indivíduos. Esse aumento gera maior probabilidade de ocorrência de doenças crônicas e, com isso, o desenvolvimento de incapacidades funcionais associadas ao envelhecimento (ROSA, et al, 2003).
Há muitos instrumentos para avaliar o estado funcional de idosos e vários desses são aplicados sem um estudo prévio de suas medidas. A escolha adequada do instrumento depende do ambiente operacional e dos objetivos da avaliação. Entretanto, a seleção correta pressupõe conhecer formalmente os resultados de validade e confiabilidade do instrumento em questão. (LITVOC; BRITO, 2004)
Dentre os possíveis instrumentos de avaliação da capacidade funcional do idoso, podemos destacar o índice de Barthel, que é amplamente utilizado no mundo todo, onde alguns estudos apontaram que, é um dos instrumentos mais utilizados para avaliar as atividades da vida diária.
O índice de Barthel avalia o nível de independência do idoso para realização de dez atividades básicas de vida diária: comer, higiene pessoal, uso dos sanitários, tomar banho, vestir, controle dos esfíncteres, deambular, transferências e subir e descer escadas (MAHONEY; BARTHEL, 1965).
ÍNDICE DE BARTHEL
Uma pontuação geral é formada atribuindo-se pontos em cada categoria, a depender do tempo e da assistência necessária a cada paciente. A pontuação varia de 0 a 100, em intervalos de cinco pontos, e as pontuações mais elevadas indicam maior independência (CANEDA, et al. 2006). 
A avaliação da atividade “Alimentação” relaciona-se ao ato de dirigir a comida do prato (ou similar) à boca, à capacidade de usar qualquer talher, bem como comer em tempo razoável. Idosos que requeriam auxílio foram classificados como “necessitando de ajuda”, e aqueles que não conseguiam levar a comida do prato à boca foram definidos como “dependentes”.
 “Banho” refere-se ao uso de chuveiro ou banheira e ao ato de se esfregar em qualquer uma dessas situações. Foram classificados como “dependentes” todos os idosos que necessitavam de qualquer auxílio de outra pessoa nessa função. 
Para avaliar a função “Vestuário” considera-se o ato de pegar as roupas no armário, bem como o ato de se vestir. Como roupas, compreendem-se roupas íntimas, roupas externas, fechos e cintos. Calçar sapatos é excluído da avaliação. Idosos que precisavam de auxílio, mas que conseguiam realizar pelo menos a metade das tarefas em tempo razoável recebiam a designação “necessitando de ajuda”. Se não conseguiam cumprir essa condição, eram considerados “dependentes”.
 A avaliação da atividade “Higiene pessoal” relaciona-se à capacidade de lavar o rosto, as mãos, escovar os dentes e barbear-se sem necessitar de ajuda. Foram considerados “dependentes” os idosos que necessitavam de qualquer auxílio de outra pessoa em qualquer um dos casos. 
A função “Evacuação” refere-se à ausência de episódios de incontinência. Foram considerados “continentes” os idosos que, além de não apresentarem perda involuntária de fezes, conseguiam fazer uso de supositórios ou enemas sozinhos, se necessário. Quando necessitavam de ajuda ou aconteciam episódios ocasionais de incontinência fecal, a classificação era de “incontinência ocasional”.
 Na avaliação da função “Micção”, considera-se continente quem não apresenta episódios de perda involuntária de urina e é capaz de lidar sozinho com a sonda vesical. Foram classificados como “incontinente ocasional” os idosos que apresentavam episódios esporádicos ou que não conseguiam lidar sem ajuda com sondas e outros dispositivos.
 A função “Uso do vaso sanitário” é avaliada pela facilidade no uso do vaso sanitário para excreções, assim como para arrumar as próprias roupas e limpar-se. Idosos que precisavam de auxílio para manter o equilíbrio ou para se limpar receberam a designação “necessitando de ajuda”. Dependentes eram aqueles que recebiam auxílio direto de outra pessoa ou que não desempenhavam a função, bem como os que utilizavam “papagaios” ou “comadres”. 
A função “Transferências” é avaliada pelo movimento necessário no deslocamento da cama para a cadeira e vice-versa. Foram classificados em “ajuda mínima” os idosos que requeriam supervisão ou apoio para efetuar a transferência. “Grande ajuda” era utilizada para designar os que conseguiam sentar-se, mas necessitavam de assistência total para a passagem. Dependentes eram os que não conseguiam sentar-se e incapazes de colaborar durante as transferências. 
Para avaliar a “Deambulação”, considera-se “independente” a pessoa capaz de caminhar sem ajuda por até 50 metros, ainda que com apoio de bengala, muleta, prótese ou andador. Em “ajuda” são classificados aqueles que podem caminhar até 50 metros, mas necessitam de ajuda ou supervisão. 
A independência na função “Degraus” diz respeito à capacidade de subir ou descer escadas sem ajuda ou supervisão, ainda que haja necessidade de dispositivo como muleta ou bengala, ou apoio no corrimão. “Ajuda” refere-se à necessidade de ajuda física ou de supervisão, ao descer e subir escadas.
APLICAÇÃO DO ÍNDICE: POPULAÇÃO E GÊNERO
O índice de Barthel, como já citado anteriormente, pode ser aplicado tanto à população idosa como também à população de deficientes físicos, que tenha algum tipo de limitação funcional, sejam eles lesionados medulares, lesionados por acidente vascular cerebral, entre outros.
Não existe um gênero alvo específico, o índice pode ser utilizado tanto para o sexo feminino quanto masculino, desde que estejam inseridos ao agrupamento citado acima. 
ÍNDICE DE CORRELAÇÃO COM MEDIDA OURO
Como padrão-ouro, o artigo de validação (MINOSSO, et al. 2010) usado como base deste trabalho utilizou a Medida de Independência Funcional - MIF, que trata-se de um instrumento amplamente utilizado internacionalmente para avaliação da capacidade funcional. 
A MIF é composta por 18 categorias agrupadas em seis dimensões: auto-cuidado, controle de esfíncteres, transferências, locomoção, comunicação e cognição social. Cada item tem uma pontuação de 1 a 7, em que 1 corresponde à dependência total e 7, à independência completa. Cada dimensão é analisada pela soma dos itens que a compõem. Nesse instrumento são descritos dois domínios: o motor, referente às dimensões de auto-cuidado, controle de esfíncteres, transferências e locomoção; e o cognitivo, que engloba as dimensões de comunicação e cognição social.
A análise fatorial para a escala traduzida confirmou a estrutura de um domínio da escala original e a carga fatorial foi considerada boa, podendo-se observar que os itens estão correlacionados de forma moderada ou forte entre si, a não ser no caso das eliminações vesicais e intestinais. Esses achados permitem recomendar a utilização do Índice de Barthel para a avaliação funcional de idosos atendidos em ambulatórios no Brasil, a fim de subsidiar a avaliação de suas necessidades de saúde.
As correlações obtidas no estudo entre os dois índices foram significativas, em que pesem a fraca magnitude em relação à cognição social e o reduzido valor prático no domínio da comunicação, uma vez que o Índice de Barthel não possui nenhum item para a avaliação dessas funções.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
 A Medida de Independência Funcional possui correlação satisfatória com a maioria dos seus domínios, com exceção dos domínios de mobilidade em transferências, comunicação e cognição social e tem como diferencial a incorporação da avaliação cognitiva, que o índice de Barthel não proporciona.
A vantagem do indicador de Barthel é a sua simplicidade e utilidade na avaliação de pacientes antes, durante e após o tratamento. É funcionalmente orientado e pode ser maisbem usado acompanhado por uma avaliação clínica.
ANEXO – ÍNDICE DE BARTHEL
	 Pontos
	Âmbito da avaliação
	Alimentação
	10
	Independente: capaz de utilizar qualquer instrumento necessário alimenta-se em um tempo razoável, capaz de cortar o alimento, usa temperos, passa manteiga no pão, etc., sozinho.
	5
	Necessita de ajuda: por exemplo, para cortar o alimento, passar manteiga no pão, etc.
	0
	Dependente: necessita ser alimentado.
	Banho
	5
	Independente: capaz de lavar-se por inteiro, usando o chuveiro ou banheira, permanecendo em pé e se ensaboando com a esponja por todo o corpo. Inclui entrar e sair do chuveiro/banheira sem a necessidade de uma pessoa presente.
	0
	Dependente: necessita de alguma ajuda.
	Vestuário
	10
	Independente: capaz de vestir-se e arrumar-se na roupa. Amarra os sapatos, abotoa os botões, etc. Coloca coletes e cintas inguinais.
	5
	Necessita de ajuda: faz metade das tarefas em um tempo razoável.
	0
	Dependente: incapaz de arrumar-se, sem assistência maior.
	Higiene pessoal
	5
	Independente: realiza todas as tarefas (lavar as mãos, rosto, cabelo, etc.). Inclui barbear-se e escovar os dentes. Não necessita de nenhuma ajuda. Inclusive pluga o barbeador elétrico na tomada se for o caso.
	0
	Dependente: necessita de alguma ajuda.
	Evacuação
	10
	Continente: nenhum acidente; se necessita de enema ou supositórios pode fazer por si mesmo.
	5
	Acidente ocasional: raro (menos de uma vez por semana), ou necessita de ajuda com supositório.
	0
	Incontinente.
	Micção
	10
	Continente: nenhum acidente: seco durante o dia e a noite. Capaz de usar qualquer dispositivo (cateter). Se necessário, será capaz de trocar a bolsa coletora de urina.
	5
	Acidente ocasional: menos de uma vez por semana. Necessita ajuda com fraldas.
	0
	Incontinente.
	Uso do vaso sanitário
	10
	Independente: entra e sai sozinho. É capaz de tirar e colocar as roupas, limpar-se e prevenir manchas nas roupas, esvaziar e limpar a comadre. Capaz sentar-se e levantar-se sem ajuda ou pode usar barras de suporte.
	5
	Precisa de Ajuda: necessita de ajuda para manter-se em equilíbrio, limpar-se ou tirar a colocar e roupa.
	0
	Dependente: incapaz de manejar-se sem assistência maior.
	Transferências
	15
	Independente: não necessita de ajuda. Se utilizar cadeira de rodas, faz de forma independente.
	10
	Mínima ajuda: inclui supervisão verbal e pequena ajuda física (por exemplo, oferecido (a) pelo (a) cônjuge).
	5
	Grande ajuda: capaz de sentar-se sem ajuda, mas necessita de muita assistência para sair da cama.
	0
	Dependente: necessita de apoio completo para levantar-se com a ajuda de duas pessoas. Incapaz de permanecer sentado.
	
	Deambulação
	
	15
	Independente: pode utilizar qualquer tipo de auxiliar para marcha (próteses, bengalas, muletas, etc.) exceto andador. A velocidade não é importante. Pode caminhar pelo menos 50 metros ou equivalente sem supervisão ou ajuda.
	
	10
	Necessita de ajuda: supervisão verbal ou física, incluindo instrumentos ou outras formas de ajuda para permanecer de pé. Deambula por 50 metros.
	
	5
	Independente em cadeira de rodas: impulsiona sua cadeira de rodas pelo menos 50 metros. Vira a cadeira em cantos apenas.
	
	0
	Dependente: requer ajuda maior.
	
	Degraus
	
	10
	Independente: capaz de subir/descer um andar com escadas sem ajuda ou supervisão mesmo utilizando o corrimão ou outros instrumentos de apoio.
	
	5
	Necessita de ajuda: supervisão verbal ou física.
	
	0
	Dependente: necessita de ascensores (cadeira elevador), não pode subir degraus.
	
	Total
	Soma simples do resultado de cada item.
	
	Pontuação: 100- 0 Ponderação
	Dependência total: pontuação menor de 20
Dependência grave: pontuação de 20 a 35
Dependência moderada: pontuação de 40 a 55
Dependência leve: pontuação igual ou >maior de 60
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANEDA, M. A. et al. Confiabilidade de escalas de comprometimento neurológico em pacientes com acidente vascular cerebral. Arquivos de Neuropsiquiatria. 64: 3-A (2006) 690-697. Disponível: <https://www.researchgate.net/publication/40004091_Validacao_do_Indice_de_Barthel_numa_amostra_de_idosos_nao_institucionalizados> Acesso em: 06 de junho de 2018.
MAHONEY, F. I., BARTHEL, D. W. Functional evaluation : the Barthel Index. 1965. 61-65.
MINOSSO, J. S. M.; AMENDOLA, F.; ALVARENGA, M. R. M.; OLIVEIRA, M. A. C. Validação, no Brasil, do Índice de Barthel em idosos atendidos em ambulatórios. Revista Acta Paul Enferm. 2010;23(2):218-23.
LITVOC, J.; BRITO, F. C. Capacidade funcional. Envelhecimento: prevenção e promoção da saúde. São Paulo: Atheneu; 2004. p. 17-35.
ROSA, T. E. C. Fatores determinantes de capacidade funcional entre idosos. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, SP, Brasil. Faculdade de saúde Púbica da USP. São Paulo, SP, Brasil. Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. 2002.

Continue navegando