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APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 PERFIL GLICÍDICO EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES Glicemia casual <200mg/dL Se acima, associado com presença de sintomas de poliuria, polidipsia, perda ponderal, diagnóstico de Diabetes Mellitus. Esse exame é a determinação da glicemia em amostra de sangue colhida em qualquer horário do dia, independente da pessoa estar em jejum ou não. Útil em casos de pessoas com sintomas muito evidentes e sugestivos de diabetes. Glicemia de jejum < 99mg/dl Valores acima de 126 mg/dl se correlacionam relativamente bem com os valores de 2 horas após sobrecarga acima de 200 mg/dl, de modo que glicemias de jejum > 126mg/ dl em duas ocasiões confirmam o diagnóstico de Diabetes. É a forma mais simples, prática e barata de diagnosticar o diabetes. Deve ser colhida amostra de sangue pela manhã, após um jejum de 8 a 12 horas. Glicose - Teste oral 75 gramas < 140mg/dL Indivíduos que apresentarem glicemia no tempo 120 minutos após sobrecarga de 75g de glicose, superior a 200mg/dl, são considerados como portadores de Diabetes. Indivíduos que apresentarem glicemia no tempo 120 Indicado em pacientes com glicemia de jejum pouco alterada, ainda não atingindo o nível para diagnóstico de diabetes, ou em pacientes de risco muito elevado para diabetes com glicemia de jejum normal. Colhe-se uma amostra de sangue (geralmente em jejum), então o paciente ingere 75g de APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 minutos entre 140 e 199 mg/dl o diagnóstico é de intolerância glicídica (pré- diabetes). glicose dissolvida em água e colhe uma nova glicemia após 2 horas. Pré-diabetes - jejum ≥100 e ˂126 Os indivíduos pré-diabéticos apresentam glicemia de jejum entre 100 e 125gd/L. O pré-diabetes refere-se a um estágio intermediário entre a homeostase normal de glicemia e a manifestação de DM. Os níveis glicêmicos de indivíduos pré- diabéticos podem permanecer imutáveis, reverter-se à normalidade ou, mais comumente, progredir para o Diabetes tipo 2. Pré-diabetes – 2 horas após 75g de glicose ≥140 e ˂200 Os indivíduos pré-diabéticos apresentam valores glicêmicos no teste de tolerância oral entre 140 e 199mg/dL. Hemoglobina glicada (A1C) De até 8% na faixa pré-puberal Menor que 8,5% na faixa puberal Menor que 7% na fase final da puberdade e em adultos OU Inferior a 6,5 % em pacientes diabéticos Se for maior que 6,5%, reavaliar a dieta e os medicamentos. Solicitar duas vezes ao ano para todos pacientes diabéticos ou a cada três meses para pacientes que se submeteram a alterações do esquema terapêutico ou não estejam alcançando os objetivos recomendados para o tratamento. Insulina 2,6 a 24,9 uUI/mL Valores superiores indicam possível Resistência à insulina. Utilizar o valor encontrado para o cálculo de HOMA. Utilizar para verificação de Resistência à insulina. Índice de HOMA HOMA IR >4,65 μU/mL • HOMA – IR > 3,6μU/mL + IMC > 27,5 kg/m2 O resultado é excelente quando próximo a 1. Utilizar para verificação de Resistência à insulina, juntamente com o resultado da glicemia. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 PERFIL LIPÍDICO EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES Colesterol total 02 a 19 anos Desejável : < 170,0 mg/dL Limítrofe : 170,0 a 199,0 mgd/L Elevado : > 199,0 mg/dL > 19 anos Desejável : < 200,0 mg/dL Limítrofe : 200,0 a 239,0 mg/dL Elevado : > 239,0 mg/dL Avaliação da função hepática. Colesterol total maior que 240mg/dL em dosagem anterior. Doença arterial coronariana conhecida ou outra doença vascular aterosclerótica. O uso de certos medicamentos e drogas, bem como a ingestão de bebidas alcoólicas pode estar associado ao encontro de valores alterados de colesterol total sérico. De modo ideal, a avaliação do colesterol total sérico deve ser realizada após pelo menos uma semana com dieta habitual mantida, sem o uso de bebidas alcoólicas ou exercícios. Colesterol HDL Menos de 40 mg/ dL - Grande risco de doença cardíaca 40 -59 mg/dL - Deve melhorar 60 mg/dL - Protetor contra doença cardíaca OU Desejável – ≥ 60 Indesejável - Até 40 - Apresenta papel protetor na formação de aterosclerose; Transporta o colesterol de outras partes do organismo de volta ao fígado. Colesterol LDL Ótimo ˂ 100 mg/dL Desejável- até 100 mg/dL Adequado - 100 a 129 mg/dL - Elevação associada a maior chance de desenvolvimento de doença cardíaca aterosclerose e indiretamente ao APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 Discretamente elevado - 130 a 159 mg/dL Elevado - 160 a 189 mg/dL Muito elevado - maior ou igual 190 infarto e AVC. Colesterol VLDL Desejável - Até 30 mg/dL Discretamente elevado - 30 a 40 mg/dL Elevado - 40 a 99 mg/dL Muito elevado - Maior ou igual a 100 mg/dL - Colesterol VLDL alto acelera o aparecimento de aterosclerose e chances de doenças cardíacas ou metabólicas. Triglicerídeos Desejável - Até 150 Discretamente elevado - De 150 a 199 Elevado - De 150 a 199 Muito elevado - Maior ou igual a 500 - Triglicérides abaixo de 100 mg/dL: não requerem tratamento Níveis superiores a 200 mg/dL: devem ser acompanhados Entre 100 e 200 mg/Dl: controvérsia em relação ao tratamento. PERFIL HEPÁTICO EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES ALT (Alanina aminotransferase) Adultos: 3 a 50 U/L Valores aumentados: necrose celular hepática de qualquer causa, choque severo, insuficiência cardíaca, hepatite infecciosa e tóxica, icterícia obstrutiva, obstrução biliar, cirrose. Para verificar disfunção hepática. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 Valores diminuídos: azotemia, diálise renal crônica. AST (Aspartato aminotransferase) Mulher: 9-25 U/L Homem: 10-40 U/L Valores aumentados: doenças hepáticas, infarto agudo do miocárdio, pancreatite aguda, dano intestinal, hipotireoidismo. Valores diminuídos: azotemia, diálise renal crônica, estados de deficiência de piridoxal fosfato. Para verificar disfunção hepática, marcador auxiliar de infarto agudo do miocárdio e pericardite. Fosfatase alcalina Idade : Mulheres (U/L) : Homens (U/L) RN : 150,0 a 600,0 : 150,0 a 600,0 5 meses a 9 anos: 250,0 a 950,0 : 250,0 a 950,0 10 a 11 anos : 250,0 a 950,0 : 250,0 a 730,0 12 a 13 anos : 200,0 a 730,0 : 275,0 a 875,0 14 a 15 anos : 170,0 a 460,0 : 170,0 a 970,0 16 a 18 anos : 75,0 a 720,0 : 125,0 a 720,0 > 18 anos : 35,0 a 104,0 : 40,0 a 129,0 As fosfatases alcalinas estão presentes em ossos, fígado, intestino, placenta, rins e leucócitos. Cerca de 90% da fosfatase alcalina circulante são isoenzimas hepáticas e ósseas. A fosfatase alcalina total encontra-se elevada em distúrbios do trato biliar, hepatites, doenças de Paget, neoplasias, Para verificar disfunção hepática, icterícias obstrutivas, diagnóstico de doenças ósseas e metabolismo mineral. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 hiperparatireoidismo, osteomalacia e raquitismo. Gama GT (Gama glutamiltransferase) Homem: 08 a 61 U/L Mulher: 05 a 36 U/L Valores aumentados: doenças hepáticas em geral, pancreatites, infarto agudo do miocárdio, lupus eritematoso sistêmico, obesidade patológica, hipertireoidismo,estados pós-operatórios, carcinoma de próstata. Auxilia no diagnóstico de colestase hepato-biliar e consumo de álcool. Bilirrubina total Adultos: Total: 0,2 a 1,0 mg/dl. Direta: 0,1 a 0,4 mg/dl. Indireta: 0,1 a 0,6 mg/dl Recém-nascido prematuro: 0 a 1 dia: 8,0 mg/dl. 1 a 2 dias: 12,0 mg/dl. 3 a 5 dias: 14,0 mg/dl. Recém-nascido a termo: 0 a 1 dia: 6,0 mg/dl. 1 a 2 dias: 10,0 mg/dl. 3 a 5 dias: 8,0 mg/dl Bilirrubina indireta elevada pode ocorrer em casos onde a taxa de produção de bilirrubina excede a taxa de conjugação, especialmente em casos de hemólise ou anemia megaloblástica, além de síndrome de Gilbert. A dosagem da bilirrubina no sangue é solicitada quando há suspeita de anemia hemolítica ou de doença hepática ou das vias biliares. AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA DO SANGUE EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 Hemoglobina sanguínea Crianças entre 6 e 59 meses: Anêmico - hemoglobina menor que 11g/dl Gravemente anêmico-hemoglobina abaixo de 9g/dl Gestantes, crianças de 6 meses a 6 anos: Anêmico - hemoglobina sanguínea abaixo de 11g/dl Mulheres e crianças de 6 a 14 anos: Anêmico- hemoglobina sanguínea abaixo de 12g/dl Homens: Anêmico-hemoglobina sanguínea abaixo de 13g/dl Valores aumentados e diminuídos de hemoglobina estão presentes praticamente em todas as condições que determinam aumento e diminuição das hemácias, respectivamente. Para o diagnóstico de anemia ferropriva, considerar também o exame de ferritina. VCM (Volume corpuscular médio) Abaixo de 83mm3/eritrócitos Anemia microcítica. Indica o tamanho das hemácias. HCM (Hemoglobina corpuscular média) Abaixo de 26pg/ eritrócitos Anemia ferropriva. Correlaciona-se ao peso da hemoglobina na hemácia. CHCM (Concentração de hemoglobina corpuscular Abaixo de 32g de hemoglobina/dL de eritrócito Anemia hipocrômica. Concentração de hemoglobina dentro da hemácia. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 média) ANEMIAS CARENCIAIS EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES Ferritina Feminino: 10,0 – 291,0 ng/mL Masculino: 22,0 – 322,0 ng/mL Abaixo de 12 ng/mL já é um indicativo de anemia. Avalia a quantidade de reserva de ferro corporal. Importante! A ferritina pode estar alta não apenas pelo excesso de ferro, mas também em: processo inflamatório agudo e crônico ou ativação do sistema imunológico, alcoolismo e doenças do fígado, como a cirrose, as hepatites e a esteatose, obesidade e síndrome metabólica. Transferrina Normal – 200 a 400 mg/dL Depleção leve - 150 a 200 mg/dL Depleção moderada - 100 a 149mg/dL Depleção severa - < 100mg/dL Principal proteína plasmática com função de transporte de ferro. Em situações carenciais de ferro sua produção é aumentada. Quando a carência é suprida os níveis voltam ao normal. Avalia o transporte de ferro. Utilizar também para confirmar o diagnóstico de anemia ferropriva. Vitamina B12 Homem: 81 a 488,0 pg/mL Mulher: 111 a 522 pg/mL Valores aumentados: insuficiência renal crônica, diabetes, insuficiência cardíaca Utilizar para confirmar o diagnóstico de anemia perniciosa/megaloblástica. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 grave, leucemias, alguns carcinomas, doenças no fígado. Valores diminuídos: deficiência de vitamina B12, síndromes de má absorção, dieta vegetariana, desordens congênitas, deficiência de ferro, deficiência de folato (ácido fólico). Lembrando que a análise de vitamina B12 é feita em conjunto com a deficiência de folato. Anticorpos anti-fator intrínseco Negativo : < 6,0 U/mL Positivo : > 6,0 U/mL Detectam-se anticorpos anti-FI em 50% dos portadores de anemia perniciosa, mas raramente em outras situações, o que torna este exame altamente específico. Solicitar esse exame quando há deficiência de vitamina B12 para tentar descobrir a causa, considerando que a ausência do fator intrínseco gera problemas na absorção de B12. Ácido fólico Níveis séricos: Normal situa-se entre 9,8 e 16,2 nmol/ml Níveis eritrocitários: Normal de 420 a 620 nmol/ml. Valores aumentados: dieta vegetariana, deficiência de vitamina B12, neoplasias. Valores diminuídos: deficiência primária de folato dietético, hipertireoidismo, anemia perniciosa, alcoolismo, má nutrição, doenças hepáticas, deficiência de vitamina B12, hemodiálise crônica, doença Lembrando que o folato sérico reflete o consumo recente e o folato eritrocitário indica melhor a situação dos tecidos. Quando associado ao folato eritrocitário reduzido, o paciente pode manifestar resultados anormais dos testes de desidrogenase lática, homocisteína e ferro. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 celíaca adulta, anemia hemolítica, gravidez. VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES Vitamina A Deficiente - < 0,35 µmol/L Baixo - 0,35 a 0,69 µmol/L Aceitável - 0,70 a 1,04 µmol/L Normal - ≥ 1,05 µmol/L A medida de retinol no sangue fornece um índice das reservas corporais, pois quando os depósitos no fígado são baixos, o retinol do plasma diminui. A deficiência de zinco interfere no transporte de vitamina A. Proteína Transportadora de Retinol (RBP) Normalidade de 3-5mg/dL no sangue Encontra-se reduzida nas doenças hepáticas, na carência de vitamina A e zinco, na inflamação e infecção; e está aumentada na insuficiência renal e suplementação de vitamina A. Utilizar para identificar deficiência de Vitamina A. 25-hidroxivitamina D Deficiência: até 20 ng/mL Insuficiência: de 21 a 29 ng/mL Suficiência: de 30 a 100 ng/mL O valor considerado ótimo é entre 40 a 50 ng/mL. A vitamina D é necessária ao organismo humano para manter níveis normais de cálcio e fósforo, que por sua vez, são necessários para a Valores de 25 hidroxi-vitamina D de 30 a 100 ng/mL são considerados suficientes por terem apresentado melhor correlação com a absorção de cálcio, densidade mineral óssea e níveis de PTH. Valores inferiores a 30 ng/mL podem APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 mineralização normal dos ossos, contração dos músculos, condução nervosas e função celular geral do organismo. ser indicativos de insuficiência ou deficiência, devendo ser correlacionados com a clínica e com os demais exames laboratoriais de avaliação do metabolismo do cálcio. Cálcio sérico Unidades convencionais (mg/dL) Prematuros: 6,2 – 11,0 0 a 10 dias: 7,6 – 10,4 10 dias a 24 meses: 9,0 – 11,0 2 a 12 anos: 8,8 – 10,8 Adultos: 8,6 – 10,0 Unidades internacionais (nmol/L) Prematuros: 1,55 – 2,75 0 a 10 dias: 1,90 – 2,60 10 dias a 24 meses: 2,25 – 2,75 2 a 12 anos: 2,20 – 2,70 Adultos: 2,15 – 2,50 Valores críticos: 7,0mg/dL (1,75mmol/L) ≥12mg/dL ( 2,99mmol/L) Níveis aumentados: hiperparatireoidismo, algumas neoplasias com ou sem metastáses ósseas, mieloma, desidratação, hipervitaminose D, síndrome de imobilidade, hipertireoidismo, hepatopatias, insuficiência renal, sarcoidose, linfoma, uso de diuréticos e estrógenos. Níveis diminuídos: osteomalácia, pancreatite, hipomagnesemia,hipervolemia, má absorção, dificiência de vitamina D, diminuicão da albumina e em situações que cursam com fósforo elevado (insuficência renal, hipoparatireoidismo). Diagnóstico de disfunção da glândula paratireoide, osteopenia e osteoporose, pancreatite aguda, na investigação de litíase urinária. Utilizar também dosagem do cálcio iônico, pois evita as distorções causadas pelas variações dos níveis da albumina. Cálcio ionizado 1,05 a 1,30mmol/L Ingestão insuficiente de cálcio, vitamina D e/ou fósforo. Má absorção de cálcio e A dosagem do cálcio ionizado representa a concentração do cálcio livre e biologicamente ativo no soro. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 vitamina D. O cálcio circula em quantidades quase iguais na forma livre e ligada a proteínas (a albumina conta com cerca de 70% das proteínas que ligam o cálcio em condições normais). Uma porção de íons cálcio não ligados à proteína liga-se a ânions como bicarbonato, fosfato e citrato. Na presença de concentrações de albumina anormais, a dosagem de cálcio ionizado fornece dados mais adequados sobre o status de cálcio, permitindo melhor avaliação de estados hipo e hipercalcêmicos. Iodo urinário Deficiência grave: < 20 Deficiência moderada: 20 – 49 Deficiência leve: 50-99 Ausência de deficiência: ≥100 O excesso de Iodo, por período prolongado, pode induzir o desencadeamento de tireoidite crônica auto-imune pré- existente assintomática. È possível ainda, que esta exposição da tireoide à excessiva carga diária de iodo acione dispositivos que produzam antígenos específicos da tireoide (TG e TPO) capazes de atrair o sistema Investigar dosagem de TSH, considerando que baixos níveis de iodo e de hormônios tireoidianos, aumentam a produção de TSH. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 imunocompetente, com eventual produção de anticorpos antitireoide em indivíduos geneticamente predispostos a moléstias autoimunes. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES Albumina Normal: > 3,5 g% Depleção leve: 3,0 – 3,5 g% Depleção moderada: 2,4 – 2,9 g% Depleção severa: < 2,4 g% Valores aumentados: desidratação. Valores diminuídos: ingestão inadequada; absorção entérica diminuída (síndromes mal absortivas); aumento de catabolismo (neoplasias, infecções, traumas, inflamações); edema, ascites, queimaduras. É um marcador importante de desnutrição Pré-albumina Normal: 20 mg/dL Depleção leve: 10 a 15 mg/dL Depleção moderada: 5 a 10 mg/dL Níveis baixos são encontrados nos processos inflamatórios, doenças malignas, desnutrição É um marcador importante de desnutrição APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 Depleção grave: < 5 mg/dL proteica. Níveis altos são vistos em doença do Hodgkin. Níveis começam a se elevar de 4 a 8 dias após o início de uma suplementação nutricional, pois níveis de pré-albumina se correlacionam diretamente com a conduta nutricional adotada. Transferrina Depleção leve: 150 a 200 mg/dl Depleção moderada: 100 a 150 mg/dl Depleção grave: < 100 mg/dl A diminuição dos níveis de transferrina pode ser observada nas doenças hepáticas e em situações clínicas com perdas proteicas, como certas enteropatias, síndrome nefrótica e desnutrição. Utilizar como apoio para o diagnóstico de desnutrição. É o parâmetro nutricional mais sensível, pois sua vida média é menor que a albumina (oito dias), bem como suas reservas orgânicas. FUNÇÃO RENAL EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES Ureia Normal: 20-40mg/dL Valores aumentados: insuficiência renal aguda ou crônica, insuficiência cardíaca congestiva, desidratação severa, choque, catabolismo proteico aumentado, perda muscular. Valores diminuídos: gravidez A ureia, embora menos específica para função renal do que a creatinina, é mais sensível a alterações iniciais da função renal, sendo importante marcador nestas condições. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 (segundo trimestre), diminuição do consumo de proteínas. Creatinina Normal: 0,60 a 1,30mg/dL Valores aumentados: diminuição da função renal (é necessária a perda da função renal em pelo menos 50% para que ocorra elevação dos níveis de creatinina), obstrução do trato urinário, diminuição do aporte sanguíneo renal, desidratação. Valores diminuídos: massa muscular diminuída, debilitação, gravidez. A massa muscular e as produções de creatina e creatinina tendem a ser mais estáveis, fazendo desta determinação um bom indicador da função renal. Cistatina C Normal: 0,62 a 1,12 mg/L Sua concentração sérica dependerá quase que exclusivamente da capacidade de filtração glomerular. Ao contrário da ureia e creatinina, sua concentração independe da massa muscular, do sexo ou da alimentação. Valores de referência idênticos Marcador ideal para o monitoramento da Taxa de Filtração Glomerular em crianças e adultos. Monitoramento em transplantes renais. Monitoramento de drogas nefrotóxicas. Doenças renais agudas e crônicas. Monitoramento de nefropatia diabética. Altamente sensível para a avaliação da taxa de filtração glomerular. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 para adultos e crianças. Proteinúria parcial 1,0 a 15,0 mg/dL Indicador de doença renal. Habitualmente indivíduos normais não apresentam proteinúria. Microalbuminúria – amostra isolada Normal: < 26,0 mg/g de creatinina Considera-se a presença de microalbuminúria quando a excreção urinária é maior que 30 mg/24 horas; níveis maiores que 300 mg/24 horas indicam a presença de macroalbuminúria. A presença de microalbuminúria em diabéticos indica comprometimento renal; quando os níveis forem menores que 300 mg/24 horas é possível reverter ou retardar o prognóstico do dano renal. Marcador inicial da lesão renal. FUNÇÃO TIREOIDIANA EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES TSH 0,4 a 4 mU/ml No hipotireoidismo subclínico o TSH está elevado Variáveis fisiológicas que alteram os níveis de TSH: gravidez, idade, ritmo circadiano. Em alguns momentos na gravidez, o HCG compete com o TSH (funcionando como TSH), passando a dirigir a tireoide. Não é incomum APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 encontrar, no primeiro e segundo meses da gravidez, TSH suprimido e T4 livre elevado com HCG >100.000 unidades. Solicitar esse exame juntamente com T3 livre, T3 reverso e T4 livre. T3 livre 80 a 200 ng/dl Valores aumentados: hipertireoidismo, tireoidite sub aguda avançada. Valores diminuídos: hipotireoidismo primário e hipotireoidismo secundário É a forma livre circulante da triiodotironina (T3), sendo considerada a fração biologicamente ativa. T3 reverso 8,0 a 40,0 ng/dl Quando o T3 reverso está cronicamente mais alto do que o T3 livre, tem-se clinicamente um hipotireoidismo subclínico. Para lembrar: o hormônio T3 tem sua origem de 10% a 30% glandular e o restante circulante resulta da transformação do anel externo do hormônio T4 e deste, 40% é convertido na forma inativa, T3 reverso. T4 livre 4,5 a 12,5 mcg/dl Elevado nas fases iniciais do hipertireoidismoquando os níveis de T4 e T3 totais estão ainda dentro dos limites de normalidade. Na prática clínica, a dosagem de T4 livre acaba sendo, na maioria dos casos, mais útil que a dosagem de T3 ou T3 livre. APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 Valores aumentados: hipertireoidismo. Valores diminuídos: hipotireoidismo. FUNÇÃO INTESTINAL EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES Sangue oculto nas fezes Sem desenvolvimento de cor: reação negativa Coloração esverdeada: traços de sangue Coloração verde-clara: + Coloração verde-escura: ++ Coloração verde-azulada: +++ Coloração azul: ++++ Quanto maior o número de “+”, maior a quantidade de sangue oculto nas fezes. Exame indicado para auxílio ao diagnóstico de lesões da mucosa gastrointestinal. MARCADOR DE INFLAMAÇÃO EXAME DE SANGUE EXAMES PARA SOLICITAR VALORES DE REFERÊNCIA INTERPRETAÇÃO OBSERVAÇÕES APOSTILA – EXAMES LABORATORIAIS AP001 Proteína C reativa Até 0.1 mg/dL Níveis elevados se associam a maior risco cardiovascular. Dosagem é útil na avaliação de diversas condições tais como, infarto do miocárdio, infecção bacteriana, artrite reumatoide, inflamações intestinais, apendicite aguda e aterosclerose.
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