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3a aula - Interpretação de exames laboratoriais

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Curso de Graduação em Nutrição 
 
Disciplina: 
Nutrição Clínica I 
Patologia I e Dietoterapia I 
 
Interpretação de exames 
laboratoriais 
Profª Dra. Célia Lopes da Costa 
RESOLUÇÃO CFN N° 306/2003 
 
DISPÕE SOBRE SOLICITAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS NA ÁREA DE 
NUTRIÇÃO CLÍNICA, REVOGA A RESOLUÇÃO CFN Nº 236, DE 2000 E DÁ OUTRAS 
PROVIDÊNCIAS. 
 
 O Conselho Federal de Nutricionistas, no exercício das competências que lhe são 
conferidas no art. 9º, incisos II e XII da Lei nº 6.583, de 20 de outubro de 1978, consoante 
deliberação adotada na 141ª reunião plenária, realizada em 11 e 12 de outubro de 2002; 
Considerando o princípio da integralidade da assistência à Saúde previsto no art. 6º, inciso I, 
alínea "d" e art. 7º, inciso II da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990; 
 Considerando que a cada profissional da equipe de Saúde deve ser garantida 
a necessária autonomia técnica, no seu campo específico de atuação, em obediência à 
Constituição da República Federativa do Brasil e observados os preceitos legais do 
exercício profissional; 
 Considerando que o inciso VIII do art. 3º da Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 
1991, dispõem como atividade privativa do nutricionista a assistência dietoterápica 
hospitalar, ambulatorial e a nível de consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo, 
planejando, analisando, supervisionando e avaliando dietas para enfermos; 
 
 Considerando que o inciso VIII do art. 4º da Lei nº 8.234, de 17 de 
setembro de 1991, atribuiu também ao nutricionista competência para a solicitação de 
exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico; 
Considerando as normas de conduta para o exercício da profissão do nutricionista, constante 
no Código de Ética dos Nutricionistas, aprovado pela Resolução CFN nº 141, de 22 de 
setembro de 1993; 
 Considerando que a Dietética e a Dietoterapia, ramos da ciência da Nutrição, cujo 
objetivo é preservar, promover e recuperar a saúde através da aplicação de métodos e 
técnicas próprios, integram o currículo específico da formação do nutricionista; e 
Considerando que a atuação do nutricionista na área de Nutrição Clínica abrange o 
atendimento ao cliente-paciente na internação, ambulatório, consultório e domicílio: 
RESOLVE: 
 
Art. 1º. Compete ao nutricionista a solicitação de exames laboratoriais 
necessários à avaliação, à prescrição e à evolução nutricional do cliente-paciente. 
 
Art. 2º. O nutricionista, ao solicitar exames laboratoriais, deve avaliar 
adequadamente os critérios técnicos e científicos de sua conduta, estando ciente 
de sua responsabilidade frente aos questionamentos técnicos decorrentes. 
 
 Parágrafo único. No contexto da responsabilidade que decorre do disposto 
no caput deste artigo, o nutricionista deverá: 
 
I - considerar o cliente-paciente globalmente, respeitando suas condições clínicas, 
individuais, sócio-econômicas e religiosas, desenvolvendo a assistência integrada junto à 
equipe multiprofissional; 
II - considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da equipe 
multiprofissional, definindo com estes, sempre que pertinente, outros exames 
laboratoriais; 
III - atuar considerando o cliente-paciente globalmente, desenvolvendo a assistência 
integrada à equipe multidisciplinar; 
IV - respeitar os princípios da bioética; 
V - solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas tenham sido aprovados 
cientificamente. 
 
Art. 3º - Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Nutricionistas. 
 
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se 
a Resolução CFN nº 236, de 17 de março de 2000. 
Brasília, 24 de março de 2003. 
Abordagem nutricional 
Hospitalar 
Ambulatorial 
Diagnóstico nutricional 
História alimentar 
Exame físico 
Exames complementares 
Composição corporal 
Avaliação nutricional 
Diagnóstico nutricional 
Prescrição dietoterápica 
Músculos intercostais 
Músculos 
subcostais 
Perfil alimentar 
antes da 
hospitalização 
Perfil alimentar durante a hospitalização 
Interpretação 
de exames 
laboratoriais 
Interpretação dos exames laboratoriais 
 
SANGUE 
 O sangue humano é constituído por um líquido amarelado, o 
plasma, e por células e pedaços de células, genericamente 
denominados elementos figurados. 
 
a) Plasma 
b) Elementos figurados 
 
Neutrófilo 
Eosinófilo 
Basófilo 
 A hemocitopoese ou hematopoese é o processo de 
formação, maturação e liberação na corrente sanguínea 
das células do sangue. 
 
 As células sanguíneas formam-se originalmente 
das chamadas células-tronco que produzem duas 
diferentes linhagens celulares, a linfóide e a mielóide. 
 
Tecidos linfóides: presente no baço, timo e nódulos 
linfáticos, de onde vão originar os linfócitos e os 
plasmócitos. 
 
Tecidos mielóides: presente no interior da medula óssea 
vermelha, ocupando os espaços entre lâminas ósseas que 
formam o osso esponjoso, de onde vão originar as hemácias, 
os outros leucócitos e até as plaquetas. 
Hemograma 
completo 
Eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias): 
transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos, 
através da hemoglobina. 
 Seqüência da produção 
de hemácias pela medula óssea: 
hemocitoblasto  eritroblasto 
basófilo  eritroblasto 
policromatófilo  normoblasto 
 reticulócito  eritrócito. 
 
O eritrócito circula pelo sangue 
durante aproximadamente 120 
dias, antes de ser destruído 
pelo baço. 
Séria vermelha 
 
- Contagem de hemácias (Hm) 
É usado para detectar a quantidade de hemácias em um microlitro 
(milímetro cúbico) de sangue total e é parte de uma contagem 
completa de sangue. 
 
Valores de normalidade: 
Homens adultos: 4,6 a 6,2 milhões/ml de sangue venoso 
Mulheres adultas: 4,2 a 5,4 milhões/ml de sangue venoso 
Crianças: 3,8 a 5,5 milhões/ml de sangue venoso 
Bebês a termo: 4,4 a 5,8 milhões/ml de sangue capilar ao nascimento, 
diminuindo para 3,8 milhões/ml na idade de 2 meses, e aumentando 
lentamente daí em diante. 
 
Valores acima: indica policitemia absoluta ou relativa; 
Valores abaixo: indica anemia, sobrecarga de líquido ou hemorragia além de 
24 horas. 
 
Avaliação do tamanho da hemácia: macrocítica, normocítica e microcítica 
Avaliação do conteúdo de hemoglobina: hipocrômica e normocrômica 
 
- Índices hematimétricos 
 Os índices hematimétricos fornecem informações sobre o 
tamanho, concentração de hemoglobina e peso da hemoglobina de 
uma hemácia média. Os índices testados incluem volume 
corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular médio (HCM) e 
concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM). 
 
Valores de normalidade: 
VCM: 84 a 99 mm3 (avaliação do tamanho da hemácia) 
HCM: 26 a 32 pg (avaliação da média de hemoglobina por hemácia) 
CHCM: 31 a 36 g/dl (avaliação do grau de saturação de 
hemoglobina na hemácia) 
 
Valores acima: sugere anemias macrocíticas causadas por anemias 
megaloblásticas, devido à deficiência de ácido fólico ou vitamina 
B12, desordens congênitas de DNA ou reticulocitose; 
 
Valores abaixo: indicam anemias microcíticas hipocrômicas 
causadas por anemia por deficiência de ferro, anemia 
sideroblástica ou talassemia. 
- Índice de anisocitose (RDW - Red Cell Distribution 
Width) 
 
 Avalia a variação do tamanho das hemácias 
(anisocitose). É um índice eritrocitário e significa o 
coeficiente de variação do VCM. 
 
 Esse índice representa a amplitude de distribuição 
dos glóbulos vermelhos, que se altera precocemente na 
deficiência de ferro, mesmo antes da alteração de outros 
parâmetros, como a alteração do VCM e a diminuição da 
hemoglobina. 
 
Valor de normalidade: de 11 a 14%. 
 
- Hemoglobina (Hg) 
 Teste é usado para medir a quantidade de hemoglobina 
(Hb) encontrada em um decilitro de sangue total. A 
concentração de hemoglobina correlaciona-se estreitamente 
com a contagem de hemácias. 
 
Valores de normalidade: 
Recém-nascidos: 14 a 20 g/dl 
1 semana de idade: 15 a 23 g/dl 
6 meses de idade: 11 a 14 g/dl 
Crianças de 6 meses a 18 anos: 12 a 16 g/dl 
Homens: 14 a 18 g/dl 
Mulheres:12 a 16 g/dl 
 
Valores acima: sugere hemoconcentração originária de policitemia ou 
desidratação; 
Valores abaixo: indica anemia, hemorragia recente ou retenção de líquido 
causando hemodiluição. 
- Hematócrito (Ht) 
 Pode ser efetuado separadamente ou como parte de um 
hemograma completo. Mede a porcentagem por volume de 
hemácias contidas em uma amostra de sangue total (Ex.: 
hematócrito de 40% indica 40 ml de hemácias contidas em uma 
amostra de 100ml). 
 
Valores de normalidade: 
Recém-nascidos: 42% a 60% 
1 semana de idade: 47% a 65% 
6 meses de idade: 33% a 39% 
Crianças de 6 meses a 18 anos: 35% a 45% 
Homens: 42% a 54% 
Mulheres: 36% a 46% 
 
Valores acima: indica policitemia ou hemoconcentração devido à perda 
sangüínea ou desidratação; 
Valores abaixo: sugere anemia, hemodiluição ou uma perda maciça de sangue. 
- Contagem de Reticulócitos 
 Os reticulócitos são hemácias imaturas não-nucleadas que 
permanecem no sangue periférico durante 24 a 48 horas enquanto 
maturam. Elas geralmente se apresentam como hemácias maiores que 
as maturadas. 
 Auxiliar na avaliação de perda sangüínea, resposta da medula 
óssea à anemia e terapia para anemia, e na distinção entre anemias 
hipoproliferativas e hiperproliferativas. 
 
Valores de referência: 
Adultos: 0,5 a 2% da contagem total de hemácias. 
Bebês: varia de 2 a 6% ao nascimento, diminuindo para níveis de 
adulto em 1 a 2 semanas. 
 
Valores acima: indica uma resposta da medula óssea à anemia causada por 
hemólise ou perda sangüínea; 
 
Valores abaixo: indica medula óssea hipoproliferativa (anemia hipoplásica) ou 
eritropoiese ineficaz (como pode ocorrer em anemia perniciosa). 
Transferrina 
 Também chamada de siderofilina, é uma glicoproteína 
formada no fígado, transporta ferro obtido de fontes dietéticas 
ou da decomposição de hemácias para a medula óssea para uso na 
síntese da hemoglobina ou para o fígado, baço, medula óssea, para 
estoque. O nível sérico de ferro é, usualmente, obtido 
simultaneamente para avaliar a capacidade de fixação. Níveis 
inadequados podem levar à síntese prejudicada de hemoglobina e, 
possivelmente, anemia. 
 
Valor de normalidade: Homem adulto: 215-365 mg/dl 
 Mulher adulta: 250-380 mg/dl 
 Criança: 203-360 mg/dl 
 
Valores acima: podem indicar deficiência grave de ferro, desnutrição ou 
gravidez. 
 
Valores abaixo: podem indicar produção inadequada devido a danos hepáticos 
ou excessiva perda de proteína em razão de doença renal ou inflamação e 
infecção aguda, crônica ou câncer. 
Ferritina 
 Proteína da maior importância para avaliação do 
armazenamento de ferro e normalmente está em pequenas 
quantidades no soro. Importante para rastrear a deficiência ou 
sobrecarga de ferro. 
 
Valor de normalidade: Homens: 36 a 262 microg/l 
 Mulheres: 10 a 64 microg/l 
 Mulheres (pós-menopausa): 24 a 155 microg/l 
 
Valores acima: podem indicar doença hepática aguda ou crônica, 
sobrecarga de ferro, leucemia, inflamação ou infecção aguda ou crônica, 
mal de Hodgkin ou anemias hemolíticas crônicas. Nessas desordens, as 
reservas de ferro na medula óssea podem estar normais ou 
significativamente aumentadas ou também são caracteristicamente 
normais ou ligeiramente elevados em pacientes com doença renal crônica. 
 
Valores abaixo: indicam deficiência crônica de ferro 
Leucócitos (glóbulos brancos): são células especializadas 
na defesa do organismo, combatendo vírus, bactérias e 
outros agentes invasores que penetram no corpo. Os 
leucócitos também são produzidos na medula óssea. 
Classificação dos leucócitos 
Granulócitos (apresentam grânulos no citoplasma) 
Agranulócitos (não apresentam 
grânulos no citoplasma) 
 
Neutrófilo 
 
Eosinófilo 
 
Basófilo 
 
Linfócito 
 
Monócito 
 
Leucócitos 
Graulócitos Agranulócitos 
Neutrófilos Eosinófilos Basófilos Linfócitos Monócitos 
Mielócitos 
Meta mielócitos 
Bastões 
Segmentados 
Resposta imune 
adquirida 
Resposta imune 
inata e imediata 
Série branca 
 
- Contagem de leucócitos 
 A contagem de leucócitos é parte de uma contagem 
completa de sangue. Ela indica a quantidade de leucócitos 
em um microlitro (milímetro cúbico) de sangue total. 
 
 A contagem de leucócitos pode aumentar ou 
diminuir significativamente em determinadas doenças, 
porém é diagnosticamente útil somente quando o 
diferencial de glóbulos brancos e o estado clínico do 
paciente são levados em consideração. 
 
Valores de normalidade: varia de 4.000 a 10.000/ml. 
Valores acima (leucocitose): indica uma infecção, como, 
por exemplo, um abscesso, meningite, apendicite ou 
amigdalite. Também pode resultar de leucemia e necrose 
tecidual devido a queimaduras, infarto do miocárdio ou 
gangrena. 
 
 
Valores abaixo (leucopenia): indica depressão da medula 
óssea, que pode resultar de infecções virais ou de reações 
tóxicas, como, por exemplo, as que acompanham o 
tratamento com antineoplásicos, ingestão de mercúrio ou 
outros metais pesados, ou exposição ao benzeno ou 
arsênicos. A leucopenia caracteristicamente acompanha 
influenza, febre tifóide, sarampo, hepatite infecciosa, 
mononucleose e rubéola. 
Diferenciação dos leucócitos: 
 O diferencial de leucócitos é usado para avaliar a 
distribuição e morfologia dos glóbulos brancos, fornecendo 
informação mais específica sobre o sistema imune do paciente 
do que a contagem de leucócitos isoladamente. 
 
 Os leucócitos são classificados de acordo com os cinco 
tipos principais: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e 
monócitos, sendo determinada à porcentagem de cada tipo. 
 
Objetivos: 
- Identificar diversos tipos de leucemias, reações alérgicas, 
infecções parasíticas, estágio e gravidade de uma infecção; 
 
- Servir de suporte para o diagnóstico de outras doenças. 
Valores de normalidade (adultos): 
Basófilos: 0 a 200/ml (0 a 2%) 
Eosinófilos: 40 a 500/ml (1 a 5%) 
Linfócitos: 880 a 4.000/ml (22 a 40%) 
Monócitos: 120 a 1.000/ml (3 a 10%) 
Neutrófilos: 1.800 a 7.500/ml (45 a 75%) 
Desvio para esquerda 
Basófilo Eosinófilo Mielócito Metamielócito Bastões Segmentados Linfócitos Monócitos 
Desvio para direita 
 Linfócitos e 
monócitos 
Indicação de 
virose, tumores, 
leucemias, 
tuberculose e etc 
 das formas 
jovens (bastões e 
segmentados) 
Indicação de 
infecção bacteriana 
Plaquetas ou trombócitos: 
representam fragmentos de 
megacariócitos e participam do 
processo de coagulação 
sangüínea. 
 Os megacariócitos 
desintegram-se, formando 
plaquetas, enquanto ainda estão 
na medula óssea, que depois são 
liberadas no sangue. 
Coagulação sangüínea 
 Mecanismos da hemostasia (impedimento de 
perda sangüínea): 
 
(1) espasmo vascular: imediatamente após a ruptura ou o 
corte de um vaso sangüíneo ocorre vasoconstrição 
(contração) do vaso sangüíneo lesado. 
 
(2) formação de tampão plaquetário: acúmulo de 
plaquetas para formar um tampão plaquetário no vaso 
lesado (adesividade das plaquetas no local da lesão e 
aderência das plaquetas entre si). 
 
(3) coagulação sangüínea: 
 
(4) regeneração: crescimento de tecidos fibrosos no coágulo sangüíneo para 
obturar o orifício do vaso. A síntese de alguns fatores de coagulação ocorre 
no fígado e é dependente de vitamina K, cuja deficiência pode provocar 
hemorragias. 
Contagem de plaquetas 
 
 As plaquetas ou trombócitos promovem a coagulação, 
ou seja, a formação de um coágulo hemostático em locais 
de comprometimento vascular. 
 É o mais importante teste de rastreamento da 
função plaquetária. . 
 
Valores de normalidade: variam entre 130.000 a 
370.000/ml. 
Valores acima (trombocitose): pode resultar de hemorragias, 
desordens infecciosas; câncer; anemia por deficiência de ferro; 
cirurgia recente, gravidez ou esplenectomia e desordens 
inflamatórias. O paciente se recupera da desordem primária ou a 
contagem permanece elevada em trombocitemia primária.Valores abaixo (trombocitopenia): pode resultar de medula 
óssea aplástica ou hipoplástica; uma doença infiltrativa de medula 
óssea, como, por exemplo, carcinoma ou leucemia; hipoplasia 
megacariocítica; trombopoiese infecciosa proveniente de deficiência 
de ácido fólico ou vitamina B12; acúmulo de plaquetas em um baço 
aumentado; destruição aumentada de plaquetas devido à drogas ou 
desordens imunes; coagulação intravascular disseminada ou lesões 
mecânicas às plaquetas. 
Bioquímica do 
sangue 
Controle 
da 
glicemia 
CORTISOL 
(em situações de 
estresse metabólico) 
Secreção 
de 
insulina 
Ação periférica da insulina 
Bioquímica do sangue 
 
Glicose 
- Glicemia de jejum: mede os níveis plasmáticos de glicose 
após jejum de ± 8 horas. Utilizado para diagnóstico de 
diabetes e monitorização de terapia dietética ou por drogas. 
 
- Glicemia pós-prandial: deve ser realizado 1 a 2 horas 
após qualquer refeição e o valor desejado para a glicemia 
capilar é de no máximo 180 mg/dl. Não é sugerido como um 
teste diagnóstico, mas apenas de controle. 
 
- Teste oral de tolerância à glicose (TOTG): em caso 
de suspeita de diabetes, ingere 75g de glicose diluída em 250 
a 300 ml de água. Após duas horas de espera é feita a coleta 
de sangue. 
- Curva glicêmica: é realizado após a coleta em jejum, se a 
glicemia for igual ou inferior a 140 mg/dl administram-se 75 g 
de glicose. 
- Curva clássica (jejum, 30, 60, 90, 120 e 180 min) 
- Simplificada (jejum, 30, 60, 90 e 120 min) 
- Prolongada de 4 horas (jejum, 30, 60, 90, 120, 180 e 240 
min). 
 
 O diabetes é caracterizado quando os tempos até 120 
min apresentarem glicemia superior a 200 mg/dl. 
 
 
Tolerância diminuída: Tempo 120 min entre 140 e 200 mg/dl 
de glicose. 
 
Tolerância aumentada: Tempo 60 e/ou 90 min com glicemia 
inferior a 70 mg/dl de glicose. 
 
 
 
Diagnóstico de Diabetes 
Mellitus 
 
Critérios 
 
Jejum 
(de 8 a 12 h) 
 
Pós-prandial 
(2h após 75g de 
glicose) 
 
 
Casual 
 
Normal 
 
70 a 99 mg/dl** 
 
< 140 mg/dl 
 
Intolerante à glicose 
 
 100 e < 126 mg/dl 
 
 140 e < 199 mg/dl 
 
Diabetes 
 
 126 mg/dl 
(2 dias diferentes) 
+ Hemoglobina 
glicada >6,5 
 
 200 mg/dl 
 
 200 mg/dl* 
(c/ sintomatologias) 
 
Diabetes gestacional*** 
 
> 126 mg/dl 
 
 140 mg/dl 
* Sintomatologia clássica: poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso inexplicável. 
 
** ADA (2006): Estados pré-diabéticos passaram de > 100 mg/dl para > 90 mg/dl. 
 
*** Realizado entre a 24º e 28º semana de gestação. Inicialmente a gestante 
realiza um teste com 50g de glicose, se após 1 hora a glicemia for  140 mg/dl e a 
de jejum for  85 mg/dl, é realizado do TOTG com 75g de glicose. 
Valores acima: diabetes, pancreatite, doença aguda 
recente, síndrome de Cushing, acromegalia ou 
feocromocitoma, hiperlipoproteinemia, doença hepática 
crônica, síndrome nefrótica, tumor cerebral, septicemia 
ou uso de alguns medicamentos. 
 
Valores abaixo: hiperinsulinismo, insulinoma, 
hipoglicemia funcional ou reativa, mixedema, 
insuficiência adrenal, hiperplasia adrenal congênita, 
hipopituitarismo ou síndrome de má absorção. 
Hemoglobina glicada 
 Era conhecida como glicohemoglobina ou hemoglobina 
glicosilada. É o exame mais importante no controle do diabetes. 
 São medidas três hemoglobinas menores: Hb A1a, Hb 
A1b e Hb A1c (predominante). Tais hemoglobinas menores são 
variantes da Hb A, uma hemoglobina formada por glicosilação, 
ou seja, um processo no qual a glicose torna-se incorporada à 
Hb A. Ele resume como a doença esteve controlada nos últimos 
60 a 90 dias. 
 
Valor de normalidade: 
4 a 6% e abaixo de 7% (meta para o tratamento segundo ADA). 
Pré-puberdade: até 8 % 
Puberdade: < 8.5 % 
Final da puberdade e adultos: < 7 % 
Idosos: avaliação individualizada (< 7 ou 8%) 
Gestantes: não ultrapassar 1% do limite normal 
Frutosamina 
 A frutosamina refere-se a um nome genérico para a 
estrutura formada pela interação de glicose com grupo amino 
do aminoácido lisina presente na albumina e teoricamente 
representa a maioria das proteínas glicosiladas circulantes. 
 Sua dosagem pode ser útil para a avaliação de 
alterações do controle de diabetes em intervalos menores, 
como em situações de julgamento da eficácia de mudança 
terapêutica, assim como no acompanhamento de gestantes com 
diabetes. Também pode ser indicada quando, por razões 
técnicas, a Hb A1C não é considerada um bom parâmetro de 
seguimento, como nos casos de hemoglobinopatias e anemia 
hemolítica. 
 Reflete o controle glicêmico das últimas 2 a 3 semanas. 
 
 
Valor de normalidade: 205 a 285 micromol/L 
Lipidograma 
Glóbulos 
vermelhos 
Lipídios totais 
 Os lipídios totais compreendem os triglicerídios, 
colesterol, fosfolipídios, carotenóides, hormônios 
esteróides, vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos. 
 
Valor de normalidade: 400 a 1000 mg/dl 
 
 Devido sua heterogeneidade possui valor pouco 
significativo; 
 
 Aumento: diabetes, nefrose, hipotereoidismo, 
hepatites agudas; 
 
 Diminuição: esteatorréia, síndromes de má absorção, 
hipertireoidismo e infecções agudas. 
Colesterol total 
 
 É formado por duas frações, o colesterol livre 
(20 a 40%) e esterificado (60 a 80%, combinado com 
ácidos graxos). 
 
Valor de normalidade: < 200 mg/dl 
 Limítrofe: 201 a 239 mg/dl 
 Elevado:  240 mg/dl 
 
 Transporte: LDL (60 a 70%), HDL (20 a 35%) e VLDL 
(5 a 12%); 
 
 Coleta de sangue: jejum de 12 a 14 horas e dieta 
estável por 3 semanas. 
 
 Não dosar após trauma, infecção bacteriana ou viral, 
aguardar 8 semanas; 
 
 Hipercolesterolemia: diabetes mellitus, síndrome nefrótica, 
hipotireoidismo, alterações do trato biliar com icterícia, 
anestesia pelo éter, quadros de aterosclerose, osteoartrite 
hipertrófica, catarata senil e psoríase. 
 
 Hipocolesterolemia: desnutrição, má absorção, 
hipertireoidismo, anemia perniciosa, anemia hemolítica, alguns 
casos de hepatite virótica e tóxica, doenças infecciosas agudas 
(pneumonia, febre tifóide), tuberculose pulmonar grave, 
obstrução intestinal e prostática, doença celíaca e estados 
caquéticos. Tem sido associada com o aumento da freqüência 
de câncer colorretal; 
 
 O colesterol do organismo sofre influência da dieta e da 
síntese do organismo. 
HDL-colesterol 
 A lipoproteína de alta densidade está envolvida no 
transporte reverso de colesterol para o fígado e 
conseqüente excreção. Níveis elevados estão relacionados 
com menor risco de doenças coronarianas aterosclerótica. 
 
Valor de normalidade: Baixa < 40 mg/dl 
 Alta  60 mg/dl 
 
 HDL aumentado: exercício físico, estrogênios, uso 
moderado de álcool, redução de peso, heparina, ácido 
nicotínico; 
 
 HDL diminuído: sedentarismo, obesidade, diabetes, fumo, 
androgênios e progesterona, uremia, hipertrigliceridemia, 
dietas ricas em gordura e carboidratos, doenças coronarianas. 
LDL-colesterol 
 
 A lipoproteína de baixa densidade é a maior 
carreadora de colesterol e a mais aterogênica. Seus 
valores elevados estão diretamente relacionados com 
risco de doenças coronarianas aterosclerótica. 
 
 
Valores de referência: Ótimo : < 100 mg/dl 
 Desejável: 100 a 129 mg/dl 
 Limítrofe: 130 a 159 mg/dl 
 Elevado: 160 a 189 mg/dl 
 Muito elevado:  190 mg/dl 
 Valores acima de 160 mg/dl requerem tratamento 
medicamentoso devido ao alto risco de doença 
coronariana; 
 
 LDL aumentado: diabetes mellitus, hipotireoidismo, doenças 
hepáticas obstrutivas, insuficiência renal crônica e algumas 
drogas (progesterona, esteróides anabólicos, 
corticosteróides); 
 
 Índice de Castelli I: colesterol total / colesterol HDL 
 (♂ até 5.1 e ♀ até 4.4) 
 
 Índice de Castelli II: colesterol LDL / colesterol HDL(♂ até 3.3 e ♀ até 2.9) 
 
 Os índices de Castelli são considerados marcadores 
mais sensíveis para DAC que o HDL-colesterol isolado. 
Triglicerídios 
 
 Os triglicerídios são ésteres de ácidos graxos do 
glicerol. São transportados do intestino para o fígado, 
tecido adiposo e músculo através dos quilomícrons e do 
fígado para os outros tecidos através da lipoproteína 
VLDL. 
 
Valor de normalidade: Desejável: < 150 mg/dl 
 Limítrofe: 150 a 199 mg/dl 
 Elevado: 200 a 499 mg/dl 
 Muito elevado:  500 mg/dl 
 
 Coleta de sangue: jejum de 12 a 14 horas, a última 
refeição deve ser pobre em gordura, peso corpóreo deve 
estar estável por duas semanas e evitar ingestão de álcool ou 
outro medicamento que afete o lipidograma; 
 
 Hipertrigliceridemia: diabetes, síndrome nefrótica, 
pancreatite, aterosclerose, doenças coronarianas e 
anticoncepcionais orais; 
 
 Uso exagerado de carboidratos na dieta estimula a 
síntese hepática de triglicerídios e VLDL. 
VLDL - colesterol 
 
 Lipoproteína de muito baixa densidade. É a maior 
carreadora de triglicerídeo e colesterol derivado do 
fígado. Depois que se fragmentam, transformam-se em 
LDL. 
 
Valor de normalidade: Desejável < 30 mg/dl 
 
Lesão renal 
Uréia sérica 
 
 Produto final principal do metabolismo de proteína. Formada 
no fígado, a partir de amônia e excretada pelos rins, a uréia constitui 
40 a 50% do nitrogênio não-protéico do sangue. O nível de uréia 
reflete a ingestão de proteína e a capacidade excretora renal, porém 
é um indicador menos confiável de uremia do que o nível de creatinina 
sérica. 
 Avalia a função renal e auxiliar no diagnóstico de doença 
renal e de hidratação. 
 
Valor de normalidade: 10 a 45 mg/dl (apresenta-se ligeiramente 
mais alto em idosos) 
 
Valores acima: ocorrem em doença renal, fluxo sangüíneo renal 
reduzido (desidratação, por exemplo), obstrução do trato urinário e 
em catabolismo de proteína aumentado (queimaduras). 
 
Valores abaixo: ocorrem em comprometimento hepático grave, 
desnutrição e super-hidratação. 
Creatinina sérica 
 
 Junto com os níveis de uréia, a análise dos níveis 
séricos de creatinina fornece indicação de lesão renal. A 
creatinina é um produto final não-proteína do metabolismo da 
creatina que aparece no soro em quantidades proporcionais à 
massa muscular corpórea. 
 Avaliar a filtração glomerular renal e rastrear lesão 
renal. 
 
Valor de normalidade: 
Crianças até 12 anos: 0,3 a 0,8 mg/dl 
Adultos do sexo feminino: 0,6 a 1,0 mg/dl 
Adultos do sexo masculino: 0,8 a 1,2 mg/ml 
 
Valores acima: indicam doença renal que tenha prejudicado 
seriamente 50% ou mais dos néfrons. Também estar 
associados a gigantismo, hipertireoidismo e acromegalia. 
Ácido úrico 
 
 É o principal metabólito final da purina. As 
desordens do metabolismo de purina, a destruição rápida 
de ácidos nucléicos e as condições marcadas por excreção 
renal prejudicada caracteristicamente elevam os níveis de 
ácido úrico sérico. 
 Confirma o diagnóstico de gota e auxiliar na 
detecção de disfunção renal. 
 
 
Valor de normalidade: 3,4 a 7,0 mg/dl (homens) e 2,4 a 
6,0 mg/dl (mulheres). 
 
 
Valores acima: pode indicar gota ou função renal 
prejudicada. Também elevam-se em ICC, doença de 
armazenamento de glicogênio, infecções, anemia hemolítica 
ou falciforme, policitemia, neoplasias, psoríase, neoplasias 
disseminadas, síndrome de Down, doença renal policística, 
nefropatia crônica por chumbo e toxemia gravídica. 
 
 
Valores abaixo: pode indicar absorção tubular defeituosa 
(como na síndrome de Fanconi), atrofia hepática aguda, 
doença de Wilson e alguns tipos de cânceres. Uma dieta com 
baixo teor de purina pode também diminuir os níveis séricos 
de ácido úrico.

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