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Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 1/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br Material de apoio à disciplina Máquinas de Fluxo e Volumétricas Capítulo 2 Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 2/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2. Máquinas de Fluxo - São máquinas transformadoras de energia mecânica, no qual o meio operante é um fluido. - A passagem do fluido pela máquina interage com o elemento rotativo, onde o fluido não está confinado. - O funcionamento de todas as máquinas de fluxo se dá segundo os mesmos princípios, o que possibilita se utilizar o mesmo método de cálculo para elas quando trabalhamos com a hipótese de fluido ideal. - Veremos nesse capítulo a definição de alguns elementos construtivos fundamentais destas máquinas bem como alguns critérios de classificação. - Como exemplos de máquinas de fluxo, temos: Turbinas hidráulicas Ventiladores Bombas centrífugas Turbinas a vapor Turbocom- pressores Turbinas a gás Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 3/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.1. Elementos construtivos - Aqui serão apresentados os elementos construtivos fundamentais das máquinas de fluxo onde ocorrem os fenômenos fluidomecânicos essenciais para seu funcionamento. a) Rotor - É onde ocorre a transformação de energia mecânica em energia de fluido, ou vice-versa. - É o órgão principal da máquina! - É construído por um número específico de pás giratórias, pelas quais circula o fluido de trabalho e que dividem o espaço confinado em canais. Rotor de uma bomba semiaxial ou de fluxo misto (Henn, 2012). Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 4/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br b) Sistema diretor - Tem a finalidade de coletar o fluido para dirigí-lo por um caminho específico. Sistema diretor em forma de caixa espiral de uma bomba centrífuga (Henn, 2012). - Geralmente é acompanhado de outro transformador de energia. - No caso das bombas centrífugas, onde há um difusor. - Ele transformará parte da energia cinética do líquido expelido pelo rotor em energia de pressão. Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 5/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br http://www.sulzer.com/pt/Products-and-Services/Pumps-and-Systems/Single-Stage-Pumps/ISO5199- Pumps/Other-ISO5199-Pumps/Process-Pump-BE Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 6/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br http://www.sulzer.com/pt/Products-and-Services/Pumps-and-Systems/Single-Stage-Pumps/ISO5199- Pumps/Other-ISO5199-Pumps/Process-Pump-BE Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 7/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Já para as turbinas hidráulicas Pelton, o sistema diretor é um injetor. Sistema diretor de turbina hidráulica do tipo Pelton (Henn, 2012). - Este transformará a energia de pressão do fluido em energia cinética (de velocidade) que será fornecida ao rotor por meio de jatos que são apro- priadamente direcionados. http://www.bflhydro.com/img/img-modal-pelton.jpg Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 8/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br http://www.hydrosolarenergy.gr/attachments/Image/PELTON_4.JPG Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 9/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 10/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 11/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br Usina Hidrelétrica Canastras: -29.393605, -50.745329 Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 12/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Porém, em alguns tipos de máquinas de fluxo, o sistema diretor não se faz presente, como no caso dos ventiladores axiais domésticos. - Assim, a existência do rotor é imprescindível para caracterizar uma máquina de fluxo. 2.2. Classificação das máquinas de fluxo - Diversos critérios podem ser utilizados na classificação destas máquinas, os quais destacam-se: 2.2.1. Segundo a direção da conversão de energia; 2.2.2. Segundo a forma dos canais entre as pás e o rotor; 2.2.3. Segundo a trajetória do fluido no rotor. https://dchwko70o5vba.cloudfront.net/media/products/v -91-ventilador-de-piso-turbo-action-5000-premium-696- 0410372111724_21822963.jpg Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 13/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.2.1. Segundo a direção da conversão de energia - Classificam-se como motoras e geradoras. - Transforma a energia de fluido em trabalho mecânico. - Transforma trabalho mecânico em energia de fluido. - A energia do fluido diminui na sua passagem pela máquina. - A energia do fluido aumenta na sua passagem pela máquina. - Algumas máquinas podem funcionar tanto como motoras quanto geradoras, como, por exemplo, nas bombas-turbinas reversíveis, que dependendo do sentido do fluxo no rotor funcionam como bomba ou como gerador (girando no sentido contrário). http://voith.com/br/gp2_3_D_radialpumpe_x_ besser.png Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 14/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Exemplos de máquinas de fluxo motoras: Turbina hidráulica Pelton (Henn, 2012). http://voith.com/br/gp2_vh_3_D_pelton_1_x_000028.pn g Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 15/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Exemplos de máquinas de fluxo geradoras: Ventilador centrífugo http://www.polyvent.com.br/produtos.asp?categ= 2&codigo=54 http://www.rwbennett.com/rnr_images/image001.jpg Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 16/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Existe o caso de máquinas de fluxo motoras (turbina a gás) acionarem máquinas de fluxo geradoras (turbocompressor), sendo montadas no mesmo eixo (classificadas como Mistas). Turboalimentador de motor a pistão (Henn, 2012). http://www.provmec.com/ficheiros/conteudos/images/Capturar2.JPG Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 17/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.2.2. Classificação da forma dos canais entre as pás e o rotor - Classificam-se como de ação e de reação. - Os canais do rotor constituem simples desviadores de fluxo. - Os canais constituídos pelas pás móveis do rotor têm a forma de injetores (nas turbinas) ou de difusores (nas bombas e ventiladores). - Não há aumento ou diminuição da pressão do fluido ao passar pelo rotor. - Ou seja, há a redução (nas turbinas) ou o aumento (nas bombas e ventiladores) da pressão do fluido ao passar pelo rotor. Exemplo: turbina Pelton Exemplos: bombas centrífugas, turbinas hidráulicas do Tipo Francis. Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 18/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.2.3. Classificação a trajetória do fluido no rotor - Classificam-se como radiais,axiais, diagonais ou de fluxo misto ou semiaxial e tangenciais. - Nas radiais, o escoamento percorre uma trajetória predominantemente radial (perpendicular ao eixo do rotor). - Como exemplos, temos os ventiladores centrífugos, as bombas centrífugas e a turbina Francis lenta. http://en.wikipedia.org/wiki/Francis_turbine#mediaviewer/Fil e:Francis_Turbine_inlet_scroll_Grand_Coulee_Dam.jpg Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 19/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Nas axiais, o escoamento percorre uma trajetória paralela ao eixo do rotor. - Como exemplos, temos os ventiladores axiais, as bombas axiais e as turbinas hidráulicas do tipo Kaplan. http://www.alterima.com.br/index.asp?InCdSecao=20&InCd Materia=226&Turbinas+Hidr%E1ulicas http://sao-paulo.all.biz/turbinas-kaplan- g24320#.VPycVUKhghQ Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 20/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Quando o escoamento não é nem radial nem axial, a máquina é denominada de diagonal ou de fluxo misto ou semiaxial. Bomba semiaxial de fluxo misto (Henn, 2012). - As partículas de fluido percorrem o rotor numa trajetória situada sobre a superfície aproximadamente cônica. - Como exemplos temos as bombas semiaxiais, a turbina Francis rápida e a turbina hidráulica Dériaz. http://www.daviddarling.info/images/Deriaz_turbine.jpg Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 21/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Nas máquinas tangenciais, o jato líquido proveniente do injetor incide tangencialmente sobre o rotor, sendo a turbina hidráulica do tipo Pelton um exemplo a ser citado. http://elettroblackout.altervista.org/ xplthydro.jpg http://www.alterima.com.br/wa_upload/i mages/roda-pelton.jpg Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 22/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br http://www.alterima.com.br/wa_upload/images/rodas-pelton-g.jpg Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 23/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.3. Turbinas hidráulicas - O escoamento da água se dá em canais formados por pás curvas, dispostas simetricamente em torno de um eixo móvel, e que constituem o rotor ou receptor. - OBS.: Devido à mudança progressiva da direção dos filetes, o escoamento dá origem a forças do tipo µv, ou quantidade de movimento, que determinam conjugados de rotação. µ v vazão mássica (kg/s) velocidade (m/s) F = m.a = µ.v (kgf) - Nas turbinas, a atuação é baseada na energia cinética (velocidade). - Podemos classificar as turbinas hidráulicas em cinco tipos: - Francis: de reação, radiais e helicoidais - Propeller: de reação, radiais, de pás fixas - Kaplan: de reação, axiais, de pás orientáveis - Pelton: de ação ou impulsão, de jato e tangenciais - Dériaz: semelhante a Francis, porém com pás orientáveis, podendo funcionar como bomba. Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 24/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - O modo pelo qual é feita a transformação do trabalho em energia hidráulica permite classificar as bombas em três tipos principais: - Bombas de deslocamento positivo - Turbobombas - Bombas especiais (bomba com ejetor, pulsômetros, bombas de 2.4. Classificação das máquinas geratrizes: bombas - São máquinas cuja finalidade é realizar o deslocamento de um líquido por escoamento. Transformam trabalho mecânica Energia de pressão e cinética emulsão de ar) 2.4.1. Bombas de deslocamento positivo - Também são chamadas de volumógenas. Possuem uma ou mais câmaras, em cujo interior o movimento de um órgão propulsor comunica energia de pressão ao líquido, provocando o seu deslocamento. Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 25/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - As bombas de deslocamento positivo podem ser: Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 26/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Nas bombas de deslocamento positivo (volumógenas) existe uma relação constante entre a descarga e a velocidade do órgão propulsor da bomba. - Nas bombas alternativas, o líquido recebe a ação das forças diretamente de um pistão ou êmbolo ou de uma membrana flexível (diafragma). Podem ser: - Simples efeito: quando apenas uma face do êmbolo atua sobre o líquido. - Duplo efeito: quando as duas faces atuam. - Simplex: quando existe apenas uma câmara com pistão ou êmbolo. - Duplex: quando são dois os pistões ou êmbolos. - Triplex: quando são dois os pistões ou êmbolos. - Multiplex: quando são quatro ou mais os pistões ou êmbolos. Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 27/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Campo de emprego das bombas em função de vazões (m³/h) e alturas de elevação (m): Campo de emprego das bombas (Macintyre, 1997, pág. 41). Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 28/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br Bomba de êmbolo de simples efeito (Macintyre, 1997, pág. 40). Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 29/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Nas bombas rotativas, o líquido recebe a ação de forças provenientes de uma ou mais peças dotadas de movimento rotacional, comunicando energia de pressão, que provoca o escoamento. - OBS.: A descarga e a pressão do líquido bombeado sofrem pequenas variações quando a rotação é constante. - São usadas para pressões elevadas (H) e pequenas vazões (Q). - Existe uma grande quantidade de bombas rotativas. Alguns exemplos são: Bombas rotativas (Macintyre, 1997, pág. 42). B o m b a d e e n g re n a g e n s B o m b a d e r o lo s Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 30/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br Bombas rotativas (Macintyre, 1997, pág. 42). B o m b a d e p a lh e ta s B o m b a d e p is tã o g ir a tó ri o B o m b a h e li c o id a l B o m b a d e e x c ê n tr ic o Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 31/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.4.2. Turbobombas - Órgãos essenciais: as turbobombas (Kinectic Pumps) são caracterizadas por possuírem um órgão rotatório dotado de pás (rotor), que exercem sobre o líquido forças que resultam da aceleração que lhe imprime. - OBS.: Essa aceleração (ao contrário das de deslocamento positivo) não possui a mesma direção e o mesmo sentido do movimento do líquido em contato com as pás. - A descarga das turbobombas depende: - Características da bomba - Número de rotações por minuto - rpm - Características do encanamento Turbobombas Presença de um rotor Turbobombas Forças de inércia e µv Exerce forças que resultam duma aceleração Quantidade de movimento: kgf s mkg s m v s kg ou* 2 Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 32/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - O rotor é um disco de formato cônico dotado depás. - Rotor fechado: existe uma corda circular. - Rotor aberto: não existe esta corda. Rotor ou impulsor Comunicar ao líquido aceleração para que o mesmo adquira energia cinética - As turbobombas podem ter rotor fechado ou aberto: Finalidade Rotores fechados de turbobombas (Macintyre, 1997, pág. 43). Rotor aberto de turbobomba (Macintyre, 1997, pág. 43). Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 33/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - As turbobombas necessitam de outro órgão, o difusor (recuperador), onde é feita a transformação da energia cinética do líquido em pressão. Energia cinética Difusor Pressão - OBS.: A energia de pressão do difusor é gradativamente crescente e realiza uma contínua diminuição da velocidade com simultâneo aumento da pressão, na região de recalque. - Utilizamos o Teorema de Bernoulli: 1 2 11 0 2 00 22 z g vP z g vP Hipótese de simplificação (bombas): 10 zz Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 34/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Entre a saída do rotor e o caracol, em certas bombas, colocam-se palhetas para orientar o escoamento, as chamadas pás guia, a fim de reduzir perdas por atrito. Em bombas de múltiplo estágio as pás guia são obrigatórias Bomba centrífuga com pás guia, Macintyre, 1997, pág. 44). Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 35/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.4.2.1. Classificação das turbobombas a) Bomba centrífuga pura ou radial - Líquido penetra no rotor paralelo ao eixo, sendo dirigido pelas pás para a periferia. Trajetórias curvas. - Bombas desse tipo possuem pás cilíndricas, com geratrizes paralelas ao eixo de rotação, sendo essa pás fixadas ao eixo e a coroa de rotação (rotor fechado), ou a um disco (eixo) apenas (rotor aberto). - Descargas de 5 a 500 l/s e até mais. - Pequenas, médias e grandes alturas de elevação. Bomba centrífuga. Rotor aberto, (Macintyre, 1997, pág. 45). - Rotor aberto: - Indústria petroquímica - Indústria de papel e celulose - Água suja e esgoto Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 36/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.4.2.2. Classificação segundo o número de rotores a) Bomba de simples estágio - Existe apenas um único rotor, e o fornecimento de energia ao líquido é feito num único estágio. - OBS.: Esse tipo de construção poderia ser feita par qualquer condição de bombeamento. Porém, dimensões excessivas e custos elevados impossibilitam a sua construção para grandes alturas de elevação. - Geralmente esse limite varia de 50 a 100 m. b) Bombas de múltiplos estágios - Usam-se dois ou mais rotores para fornecer a energia ao fluido, afim de atender grandes alturas de elevação. - OBS.: A passagem do líquido em cada rotor e difusor constitui um estágio na operação de bombeamento. - Os rotores são fixados no mesmo eixo, e colocados em uma “caixa” cuja a forma permite esse escoamento. Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 37/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - Exemplos de máquinas de fluxo geradoras: Bomba centrífuga de múltiplos estágios http://www.flowserve.com/files/Files/Images/Products/P umps/023-I-WXH-Cutaway_large.jpg http://www.ebbombas.com.br/imgs/aplicacao/26030a09 ebbaee927be8c3def85a6ef2.jpg Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 38/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - O difusor de pás guia fica colocado entre dois rotores consecutivos, também chamado de distribuidor, que é fundido ou fixado na carcaça da bomba. - OBS.: Usadas para sistemas de alta pressão (ex.: caldeiras, com pressões superiores a 250 kgf/cm² ). 2.4.2.3. Classificação segundo o número de entradas para aspiração a) Bomba de aspiração simples - A entrada do líquido se faz de um lado e pela abertura circular na coroa do rotor. Bombas de aspiração simples (Macintyre, 1997, pág. 44). Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 39/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br b) Bomba de aspiração dupla - O rotor é de forma tal que permite receber o líquido por dois sentidos opostos, paralelamente ao eixo de rotação. - A carcaça é bipartida. Bomba de aspiração dupla (Macintyre, 1997, pág. 53). - OBS.: O rotor tem forma simétrica em relação ao plano normal, e funciona como se fossem dois, duplicando a capacidade. - Seu rendimento é muito bom, o que explica seu largo emprego para descargas médias. Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 40/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.4.2.5. Funcionamento de uma bomba centrífuga - Uma bomba é dita afogada ou escorvada significa enchida com o líquido a ser bombeado. - Este é o caso das bombas centrífugas. - Esse tipo de bomba não é auto-aspirante, devido as folgas entre o rotor e carcaça. - Bombeamento de H2O entre dois reservatórios: - Gradiente hidráulico entre entrada e saída: Preservatório 1 < Paspiração < Precalque< Preservatório 2 Eixo Energia Mecânica Rotor Energia Cinética Difusor Energia de Pressão Reservatório 1 Reservatório 2 Aspiração Recalque Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 41/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2. Máquinas de Fluxo 1) Atividade: Reunidos em grupos de 4 alunos, fazer um fluxograma Da classificação das seguintes Máquinas de Fluxo: Bombas; Ventiladores; Turbinas; Compressores; Em relação à direção: axial, tangencial, radial; Citar um exemplo de cada máquina. 2) Classificar as seguintes máquinas: Turbinas: Pelton, Francis, Kaplan; Bombas: Parafuso, centrífuga, engrenagens; Pistão Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 42/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br 2.5. Referências - Na preparação deste capítulo foram utilizadas as seguintes referências: - Henn, Érico Antônio Lopes, 2012, Máquinas de fluido, 3ª Edição, Editora UFSM, (ISBN: 8573910755), 496 p. - Macintyre, Archibald Joseph, 2011, Bombas e instalações de bombeamento, 2ª Edição, Editora LTC, (ISBN: 8521610866; 9788521610861), 782 p. - Macintyre, Archibald Joseph, 1983, Máquinas motrizes hidráulicas, Editora Guanabara Dois, (ISBN: 8570300166), 649 p. OBS.: Algumas das figuras que acompanham os slides deste capítulo possuem um link para acesso e podem conter direitos autorais. Porto Alegre - RS, 2015/1, Capítulo 2, Slide 43/55 Máquinas de Fluxo Prof. Sérgio Bartex – sergio_bartex@uniritter.edu.br - As imagens da capa (primeiro slide) deste material foram retiradas dos seguintes endereços eletrônicos em fevereiro de 2014, e podem conter direitos autorais: www.grs-ltd.co.uk/grsltd/wp-content/uploads/2013/06/5266171_print.jpg www.directindustry.com/prod/soler-palau/axial-fans-circular-ducts-14160-584670.html www.tecnocino.it/wp-galleryo/hovercraft-militare/hovercraft.jpg s.hswstatic.com/gif/artificial-heart-abiocor-hand.jpg www.sulzer.com/en/-/media/Media/Images/ProductsAndServices/PumpsAndSystems/Single_ Stage_Pumps/BA/BA_end_suction_single_stage_centrifugal_pump.jpg?mw=690 2.bp.blogspot.com/-4hrKgSCITIU/UI0fsJLiX_I/AAAAAAAAAWg/1UuIf6ckGn0/s320/turbina.jpg www.rockridgewindmills.com/faq/FAQ4.jpgimg.directindustry.com/images_di/photo-mg/centrifugal-fan-low-pressure-14160-6463601.jpg www.adsadvance.co.uk/media/images/RR%20Trent%20XWB_tcm239-17683%5B1%5D.jpg • • • • • • • • •